ForumDefesa.com

Economia => Portugal => Tópico iniciado por: P44 em Setembro 16, 2010, 03:13:06 pm

Título: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Setembro 16, 2010, 03:13:06 pm
Até quando  :?:
Citar
quinta-feira, 16 de Setembro de 2010 | 08:02    
   
Dívida portuguesa cresceu 2,5 M€ por hora até Agosto

O aumento líquido da dívida pública portuguesa nos primeiros oito meses do ano ascendeu a 14,2 mil milhões de euros, o que corresponde a uma média de 2,5 milhões de euros por hora, noticia esta quinta-feira o jornal Público. O valor da dívida emitida aproxima-se já do total previsto no Orçamento de Estado para 2010, que se situa nos 17,4 mil milhões de euros.

As dificuldades de financiamento têm forçado o Estado português a recorrer com maior frequência à emissão de dívida, para uma média de 2,5 M€ por hora, segundo contas do economista João Duque.

Entre Janeiro e Agosto do ano passado, Portugal emitiu 11,1 mil milhões de euros de dívida, ou seja, 1,9 M€ por hora.

A agravar a situação estão também os níveis cada vez mais elevado das taxas de juro a pagar aos investidores, que têm batido sucessivamente recordes históricos.

O peso da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB), passou de 80% no ano passado para 87% este ano, face aos valores do PIB de 2009, uma situação que é agravado pelas perspectivas de fraco crescimento económico para este ano.

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... ews=143619 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=1&id_news=143619)

Citar
JPMorgan: Evolução orçamental de Portugal é "preocupante"
16 Setembro 2010 | 14:23
Sara  Antunes




Portugal parece não estar a conseguir ser bem sucedido na consolidação orçamental. E se a Grécia parece estar "algo adormecida" nesta batalha, o JPMorgan considera que a situação de Portugal "parece um pouco mais preocupante".
O JPMorgan emitiu uma nota de análise onde considera que “Espanha e Irlanda parecem estar a conseguir os seus objectivos orçamentais para este ano”, segundo a Bloomberg.

Já a Grécia mostra “algum adormecimento” e, em relação a Portugal “a situação parece um pouco mais preocupante, com a falta de progressos orçamentais reflectidos num crescimento mais célere da despesa o que é inconsistente com o objectivo orçamental”.

Esta nota surge depois de vários alertas enviados a Portugal. Ainda esta semana Michael Meister, membro do Governo da chanceler alemã, afirmou que Portugal não está a fazer o suficiente para evitar o futuro da Grécia e necessita de mais medidas para animar a sua economia.

“Cada país tem que fazer a sua parte para impulsionar a sua economia na Zona Euro, não apenas cortando os gastos como Portugal fez”, disse Meister na terça-feira, acrescentando que “necessitamos assinalar aos mercados: não se preocupem, estamos a resolver os nossos problemas estruturais, e seria desejável mais participação de Portugal”.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=443845 (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=443845)
Título: Re: o Desastre da Dívida Pública
Enviado por: cromwell em Setembro 16, 2010, 03:50:33 pm
Viva o governo do PS! :evil:
Título: Re: o Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Marauder em Setembro 16, 2010, 04:42:01 pm
bolas..já vai em 87%??
Eu ainda sou do tempo em que a mesma andava pelos 60%..bons tempos  :roll:
Título: Re: o Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Setembro 17, 2010, 10:50:20 am
Citar
Não é melhor chamar já o FMI?
16 Setembro2010  |  11:34
Camilo Lourenço

O leilão de ontem confirma que os mercados estão, paulatinamente, a fechar o cerco ao País.
O Tesouro português colocou ontem 750 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a 12 meses à taxa de 3,369%, uma subida de 0,61 pontos percentuais face à emissão de há duas semanas (num leilão semelhante, em Janeiro, a taxa foi de 0,92%, o que dá uma ideia clara do agravamento proibitivo dos custos de financiamento do Estado). Já na semana anterior tinha acontecido uma hecatombe semelhante, aquando da colocação de Obrigações do Tesouro a cinco e 10 anos.


O leilão de ontem confirma que os mercados estão, paulatinamente, a fechar o cerco ao País. Ou seja, Portugal está em vias de se tornar na nova Grécia. Como disse Fernando Ulrich, os mercados já não nos dão o benefício da dúvida (Santos Ferreira já tinha dito algo de parecido, ao referir que a melhor ajuda que o Governo pode dar à banca é consolidar as contas públicas).



O que tudo isto significa é que o nosso destino está traçado: como não temos mão na despesa, os mercados só nos financiam a taxas escandalosamente elevadas. Só que a partir de certo limite o País deixará de poder honrar os seus compromissos. É neste ponto da equação que entra o FMI, única instituição capaz de garantir aos mercados que vamos pôr as finanças públicas em ordem (ao contrário do que aconteceu com a promessa feita no PEC II).



É bem provável que José Sócrates resista até à última antes de recorrer ao Fundo (a humilhação custar-lhe-á as eleições). Mas bem vistas as coisas, o FMI é capaz de ser a melhor solução para o País. Porque o Governo não é capaz de cortar despesa. E sabe Deus se o PSD, uma vez chegado ao poder, fará melhor.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=443789 (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=443789)
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Setembro 20, 2010, 12:24:43 pm
Citar
 Risco
‘Spread' português assinala novo valor recorde

Cristina Barreto  
20/09/10 11:48

O prémio exigido pelos investidores para comprar dívida nacional em vez da alemã atingiu hoje um novo recorde.


A ‘yield' das obrigações nacionais a 10 anos superou os 6,2% e o ‘spread' face à ‘bund' atingiu um novo máximo de 370 pontos.

Segundo um operador em Londres, citado pela Reuters, não existem notícias que justifiquem esta subida, pelo que deve tratar-se "de alguém a vender obrigações portuguesas em pequenas parcelas".

A par do máximo do ‘spread', a taxa de juro cobrada pelos investidores para comprarem estes títulos de dívida portuguesa superou os 6,2%, estando agora muito perto do máximo fixado em Maio passado, no pico da crise da dívida soberana.

O mesmo sucedia com a Irlanda, em que o prémio exigido pelos investidores para adquirir dívida irlandesa a 10 anos, em vez da alemã com a mesma maturidade, escalava para 387 pontos base, também um novo valor recorde. Isto ainda no rescaldo dos rumores de sexta-feira, de que a Irlanda seria obrigada a recorrer à ajuda da União Europeia e do FMI, hipótese essa que foi entretanto desmentida.

Já no caso de Espanha, o ‘spread' avançava hoje para 177,8 pontos base, enquanto no que toca à Grécia descia ligeiramente, depois de uma semana inteira em alta.

Quanto ao custo para subscrever um seguro em caso de incumprimento da dívida de um país, Portugal era o segundo que mais subia no mundo, apenas superado pela Roménia. O preço dos 'credit default swap' (CDS) sobre obrigações portuguesas a cinco anos, uma espécie de seguro contra o eventual incumprimento do Estado português, progredia 4,4 pontos para 352 pontos base.

Já os CDS irlandeses e espanhóis desciam 1,8 e 2,3 pontos, respectivamente, enquanto os gregos caíam 12,8 pontos para 913 pontos.

Contudo, os peritos acreditam que o risco atribuído aos países do Sul da Europa com problemas financeiros vai começar a baixar significativamente nos próximos anos. No caso de Portugal, com base uma ‘poll' da Bloomberg junto de 15 bancos, espera-se, em média, uma redução do ‘spread' actual para 293 pontos este ano, 227 pontos em 2011 e 157 no ano seguinte.

http://economico.sapo.pt/noticias/sprea ... 99517.html (http://economico.sapo.pt/noticias/spread-portugues-assinala-novo-valor-recorde_99517.html)
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Vicente de Lisboa em Setembro 20, 2010, 06:21:25 pm
O "desastre da dívida pública" é francamente exagerado, e muito lamento que a Direita Chula Nacional ande a tentar usar o assunto para lixar o país a ver se consegue mandar abaixo o Governo (lançando dúvidas sobre o OE, etc).

Sobre divida publica Portuguesa e de outros países, vede este senhor (http://http), por exemplo.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: cromwell em Setembro 20, 2010, 08:52:10 pm
Citação de: "Vicente de Lisboa"
O "desastre da dívida pública" é francamente exagerado, e muito lamento que a Direita Chula Nacional ande a tentar usar o assunto para lixar o país a ver se consegue mandar abaixo o Governo (lançando dúvidas sobre o OE, etc).

Sobre divida publica Portuguesa e de outros países, vede este senhor (http://http), por exemplo.

Sim, nós sabemos que os senhor é Pró-Socas, pró-iberista e pró-UE, mas não admito que acuse a direita, sendo que os partidos nacionalistas (que são o PPM e o PNR) são de direita e são os partidos a que me afecciono mais.

Este governo, com os seus gastos de extravagancia para os seus deputados e com o absurdo plano de constriur o TGV e uma ponte (que são investimentos bilionários desnecessários), esta-se a lixar para o resto, enquanto aumentou a dívida pública  de cerca 77% em 2009 para cerca de 87% neste ano. Situação preocupante, em que você simplesmente insulta outros em vez de insultar o verdadeiro causador da nossa situação em Portugal.

Querem diminuir a crise (visto que acabar com ela, é impossível), então têm de que fazer o seguinte:

-Diminuir a carga tributária aos portugueses, para que estes tenhão maior poder de compra;

-Cancelar o TGV e investir mais nos aeroportos e nos portos marítimos (onde se deve incluir a medida da redução dos preços de embarque), para maior fluxo de comérico com outros países, senão os que fazem parte da UE;

-Implementar medidas de poupança, através de campanhas contra o consumismo excessivo;

-Implementar medidas proteccionistas;

-Implementar medidas para diminuir o encerramento de fábricas e industrias, para evitar a diminuição da produção industrial e para evitar o aumento do desemprego;

-Realizar uma limpeza à justiça, retirando assim a influência da Maçonaria e diminuindo assim a corrupção;

-Aumentar o corte nos salarios dos políticos e de gestores públicos de 5% para 20% e também cortar nas suas reformas;

-Limitar os subsidios de desemprego, porque certos empregos ainda existem por ai, mas só que os portugueses não os querem, por causa da mania de ficar com o cú sentado no sofá em casa e de receber os tais subsidios;

-Aumentar as medidas de vigilância nas florestas, através do investimento nas tecnologias na detecção rápida de incêndios (como por exemplo através do uso de UAV´s) para diminur os incêndios, e para assim diminuir a sua influência na economia do país, pois visto que Portugal já é um país com muito poucos recursos, a sua protecção é vital;

-E o mais importante: INVESTIR NA AGRICULTURA E NAS PESCAS! A agricultura e as pescas estão completamente abandonadas  por este governo e isso diminui a nossa auto-suficiência alimentar, obrigando-nos a importar mais produtos alimentares.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: FoxTroop em Setembro 20, 2010, 10:13:46 pm
Caro Vicente, o nivel de dívida pública é bastante preocupante e não deve ser menosprezado de modo algum. Para mais, nos proximos tempos não me parece que sejam reunidas condições para que a mesma possa ser diminuida, antes pelo contrario, tudo aponta para um aumento. Não creio, também, que no nosso espectro politico, da direita à esquerda, exista um nucleo de pessoas com capacidade para alterar seja o que for. Mais grave ainda, é boa parte do povo português não ter (ou não querer ter) conciencia dos verdadeiros desafios que nos esperam. Nem as nossas elites estão capacitadas, nem o nosso povo quer saber.

Caro cromwell, o sr. é um lirico. Tudo o que o sr. escreveu é muito bonito, umas boas declarações de principios, mas na realidade não passam de demagogia barata e lirismo pateta.

Porque o que eu gostariade saber é como, num mercado aberto e numa economia exposta como a nossa, o sr. pode por em prática todas essas coisas bonitas.

O que eu quero saber é como conjuga coisas simples tipo estas, por exemplo:
Citar
Diminuir a carga tributária aos portugueses, para que estes tenhão maior poder de compra
Citar
Implementar medidas de poupança, através de campanhas contra o consumismo excessivo

Caso não tenha reparado, só nestes pequenos pontos, o sr. quer que paguemos menos impostos para ter-mos, mais dinheiro disponivel nas carteiras para......... vejam só, o poupar em vez de o fazer circular!!!!!!!!! Claro que o nosso comércio agradece a baixa de transações e a industria que alimenta esse comércio também fica a ganhar com a consequente quebra de encomendas, etc, etc, numa espiral que apenas acaba num lugar. Essa poupança que o sr. fala sabe para onde irá? Irá para os credores internacionais, pois os nossos bancos estão pelo pescoço, ou julga que irá retornar à economia?

Quanto ao investir na agricultura e pescas estou parcialmente de acordo consigo. Contudo, devido à nossa exposição a economias de escala que tornam a nossa produção agricula num plano muito pouco competitivo (exceptuando certos produtos em areas especificas). Como tornear isso? Soluções?

Dizer que está mal e que se deveria fazer frito ou cozido é muito fácil e bonito, agora como é que se vai fritar ou cozer é que eu gostaria de ouvir de alguns pseudo-nacionalistas que por aqui pululam.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Vicente de Lisboa em Setembro 21, 2010, 10:17:42 am
Citação de: "cromwell"
Citação de: "Vicente de Lisboa"
O "desastre da dívida pública" é francamente exagerado, e muito lamento que a Direita Chula Nacional ande a tentar usar o assunto para lixar o país a ver se consegue mandar abaixo o Governo (lançando dúvidas sobre o OE, etc).

Sobre divida publica Portuguesa e de outros países, vede este senhor (http://http), por exemplo.

Sim, nós sabemos que os senhor é Pró-Socas, pró-iberista e pró-UE, mas não admito que acuse a direita, sendo que os partidos nacionalistas (que são o PPM e o PNR) são de direita e são os partidos a que me afecciono mais.
Argumentos caro cromwell, argumentos. Ataques (ou defesas) ad-hominem valem muito pouco. Ainda para mais nem acertam na descrição.

Citar
Este governo, com os seus gastos de extravagancia para os seus deputados e com o absurdo plano de constriur o TGV e uma ponte (que são investimentos bilionários desnecessários), esta-se a lixar para o resto, enquanto aumentou a dívida pública  de cerca 77% em 2009 para cerca de 87% neste ano. Situação preocupante, em que você simplesmente insulta outros em vez de insultar o verdadeiro causador da nossa situação em Portugal.
De acordo com a Com.Euro. Portugal mal passou dos 80% em 2010. Claro que ninguém gosta de ver a divida colectiva a aumentar, mas não vale a pena fazer disso um drama existencial. Os EUA vão nos 95%, a Bélgica nos 100%, o Japão para além disso. A França está no mesmo que nós, o que curiosamente é a média Europeia.

Mais, se comparar o crescimento da divida de países que reagiram à crise com despesa Pública (Portugal, França...) com aqueles que regiram com brutais planos de austeridade (Grécia, Irlanda...) verá que os segundos viram a divida pública aumentar de forma muito mais acentuada. A razão é simples, e embora vá contra as minhas convicções neo-lib, não vejo por onde o negar: A quebra de receita fiscal dos países que foram pela "austeridade" quebrou brutalmente, e teve de ser compensada com divida - e esta quebra revelou-se superior àquela dos países que usaram a divida para estimular directamente a economia.

Já agora, e para não ficar eu num "ad-partidum" por explicar, a direita chula é aquela representada pelos Barões do PSD, que muito se queixam do Estado mas só sonham em usar o dito para distribuir negócios fáceis aos amigos. Produzir, nicles. Isto é visível nas propostas do Passos (que devia ser neo-lib, mas olha...) para a Constituição: destruir os serviços públicos para gerar negócio garantido à saúde privada, educação privada, televisão privada...

Quanto às suas propostas para a crise, não vou repetir o que o FoxTroop já disse, mas refiro o seguinte:

Citar
-Implementar medidas para diminuir o encerramento de fábricas e industrias, para evitar a diminuição da produção industrial e para evitar o aumento do desemprego;
Nope. Isso andamos a fazer à décadas. A pôr industrias condenadas ligadas "à maquina", não as deixando morrer quando já não têm a mínima hipótese de se tornarem competitivas (e quando continuam a ser geridas pelos mesmos que as levaram à quase-falência). Como resultado, o país está cheio de empresas-zombie, que nem geram riqueza nem morrem, mas ocupam espaço, trabalhadores, e capital, que fazem falta a quem quer começar novas empresas e novas industrias. Ajudem quem quer começar e quem quer crescer, não quem está condenado.

Citar
-E o mais importante: INVESTIR NA AGRICULTURA E NAS PESCAS! A agricultura e as pescas estão completamente abandonadas  por este governo e isso diminui a nossa auto-suficiência alimentar, obrigando-nos a importar mais produtos alimentares.
O sector primário não vale um chavo. E a culpa é sua! E minha. E do Fox, e do Cavaco, e de todos os que não estão para pagar 2€ por papo-seco, 10€ por litro de leite e 50€ pelo kilo de sardinha. A rentabilidade do sector primário é mínima, na Agricultura porque ninguém paga bem, no mar porque já não há nada para pescar, e se não fossem os subsídios da União já só alguns sectores de luxo é que ainda aguentavam na Europa Ocidental (vinho, azeite especial de corrida, agricultura biológica especial de corrida, etc). Se fossemos espertos era nessa que estávamos a apostar - usar a terra para aquilo que tem muito valor acrescentado, deixar os outros países desperdiçar a deles com os cereais, a fruta, etc.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Vicente de Lisboa em Setembro 21, 2010, 10:22:16 am
Citação de: "FoxTroop"
Caro Vicente, o nivel de dívida pública é bastante preocupante e não deve ser menosprezado de modo algum. Para mais, nos proximos tempos não me parece que sejam reunidas condições para que a mesma possa ser diminuida, antes pelo contrario, tudo aponta para um aumento. Não creio, também, que no nosso espectro politico, da direita à esquerda, exista um nucleo de pessoas com capacidade para alterar seja o que for. Mais grave ainda, é boa parte do povo português não ter (ou não querer ter) conciencia dos verdadeiros desafios que nos esperam. Nem as nossas elites estão capacitadas, nem o nosso povo quer saber.
Estou em total acordo. A Direita quer chular do Estado para os amigos. A Esquerda acha que aumenta o tamanho do bolo se cortar mais fatias para o Estado... O alterna entre o não querer saber e o ficar muito zangado quando lhe mexem na fatia que estão a receber (como professores, como desempregados, como condutores em auto-estradas...).

Estamos lixados. Mas nesse lixado que estamos a dívida publica é o menos. O problema a sério é o potencial de crescimento, que é quase inexistente.
Um país a crescer pode endividar-se, que a receita também aumenta. Um país estagnado está lixado de qualquer forma.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: cromwell em Setembro 21, 2010, 12:09:42 pm
Citar
De acordo com a Com.Euro. Portugal mal passou dos 80% em 2010. Claro que ninguém gosta de ver a divida colectiva a aumentar, mas não vale a pena fazer disso um drama existencial. Os EUA vão nos 95%, a Bélgica nos 100%, o Japão para além disso. A França está no mesmo que nós, o que curiosamente é a média Europeia.

Caro Vicente, quer comparar a nossa economia com a economia desses países? :x

Deixe-se de tretas, deixe de defender o governo e a UE (a organização criminosa que destruiu a economia portuguesa) e deixe de fazer deles as vítimas.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Vicente de Lisboa em Setembro 21, 2010, 01:43:23 pm
Citação de: "cromwell"
Citar
De acordo com a Com.Euro. Portugal mal passou dos 80% em 2010. Claro que ninguém gosta de ver a divida colectiva a aumentar, mas não vale a pena fazer disso um drama existencial. Os EUA vão nos 95%, a Bélgica nos 100%, o Japão para além disso. A França está no mesmo que nós, o que curiosamente é a média Europeia.

Caro Vicente, quer comparar a nossa economia com a economia desses países? :x
Porque não? Estamos a falar de divida em % do PIB. Salvo melhor opinião, o tamanho absoluto das economias interessa pouco para essa discussão.

Citar
Deixe-se de tretas, deixe de defender o governo e a UE (a organização criminosa que destruiu a economia portuguesa) e deixe de fazer deles as vítimas.
Certamente leu outro post que não o meu.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Upham em Setembro 22, 2010, 02:41:19 pm
Boa tarde!

Publicado hoje no DN:

Citar
14 mil instituições vivem do OE
Hoje

Economista José Cantiga Esteves estima que haja 639 fundações a irem buscar dinheiro ao Orçamento do Estado

Cerca de 14 mil instituições recebem dinheiro do Orçamento do Estado, de acordo com as contas do economista José Cantiga Esteves, que defendeu ser preciso dar sinais de que a situação é séria.

Durante o debate promovido pela Ordem dos Economistas, que decorreu ontem em Lisboa, para debater o caderno de encargos do próximo Orçamento, Cantiga Esteves surpreendeu a sala com um grande bloco de folhas com um sumário das instituições que integram o orçamento (ver ao lado).

"Existem cerca de 14 mil instituições que estão no Orçamento do Estado. 13 740 entidades que recebem dinheiros públicos", afirmou o economista, explicando que existem no perímetro do Orçamento 356 institutos públicos e 639 fundações.

Segundo os cálculos que apresentou, existem ainda 343 empresas públicas e 87 parcerias público-privadas (PPP). O economista defendeu que o próximo OE deve assim dar sinais de emergência, desde logo na forma, reduzindo o tamanha e o número de instituições ligadas ao Estado e simplificando o próprio documento. Cantigas Esteves considerou também que "a receita está um pouco esgotada como solução" para resolver o problema das contas públicas.


http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1667873

Olhem tanto por onde se poderia começar a cortar.................... :twisted:

Cumprimentos
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Setembro 22, 2010, 04:41:53 pm
Citar
quarta-feira, 22 de Setembro de 2010 | 11:12    

Governo de Sócrates faz disparar despesa em 14,6 mil M€

O governo de José Sócrates foi responsável pelo aumento da despesa pública corrente. Segundo o Correio da Manhã, desde o início da legislatura, em 2005, até 2009 o valor atingiu os 14,6 mil milhões de euros.

O jornal revela ainda que o valor é superior ao défice orçamental, de 14 mil milhões de euros, registado em 2009.

Com o aumento de 14,6 mil milhões de euros da despesa, no decorrer dos dois mandatos de Sócrates, os gastos correntes do Governo atingiram os 74,6 mil milhões de euros. Enquanto as receitas correntes, em igual período, cresceram quase 7,2 mil milhões de euros.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=470058 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=470058)
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: João Vaz em Setembro 23, 2010, 02:21:07 pm
:mrgreen:
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Setembro 23, 2010, 03:33:23 pm
o mário soares diz que não , que as finanças "não estão tão más".... :roll:
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Vicente de Lisboa em Setembro 23, 2010, 04:01:54 pm
Ai meus Medinas :wink:
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Setembro 23, 2010, 05:14:03 pm
Oh Augusto não me vou esquecer dessa  :twisted:
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Jorge Pereira em Setembro 23, 2010, 10:58:51 pm
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Claro que ninguém gosta de ver a divida colectiva a aumentar, mas não vale a pena fazer disso um drama existencial. Os EUA vão nos 95%, a Bélgica nos 100%, o Japão para além disso. A França está no mesmo que nós, o que curiosamente é a média Europeia.

Há um pormenor :oops:

No fundo é um apanhado para saber das reais possibilidades de eles reaverem o seu dinheiro.

Olhando para esses países que mencionou facilmente chegámos à conclusão que o mais perigoso é Portugal.

Mas mesmo assim, lá acabam por emprestar a taxas de juro proibitivas (que até lhes garante um ganho interessante) porque sabem que em caso extremo, há um fundo de estabilização europeu e um FMI que de certa forma lhes garante o seu dinheiro de volta.

No entanto, esse dinheiro chega a preços proibitivos. A partir de 6% nos empréstimos a 10 anos, o peso dos juros tornam-se incomportáveis. E somos todos nós que o pagamos!

Mas claro, isto não tem nenhuma importância para estes indivíduos. Basta ver todas as histórias de corrupção dos últimos anos, até devidamente documentadas em escutas, para perceber quais eram as reais prioridades desta gente. Aliás, em 13 anos, dos últimos 15 em que este PS esteve no poder, nada, absolutamente nada foi feito, antes pelo contrário, para atalhar esta situação que já se via chegar e que muitos profetas da desgraça (como na altura foram apelidados) já vinham alertando.

É bom que os portugueses tomem nota dos nomes de todos os que levaram o país a esta situação, porque se de facto o país entrar em bancarrota, estes indivíduos não podem ficar impunes. Terão que ser entregues à justiça para prestar contas pelos seus actos!

Não se pode arruinar um país alegremente e depois continuar impune (como se nada tivesse acontecido) numa qualquer outra instituição nacional ou internacional.

Citação de: "Vicente de Lisboa"
Já agora, e para não ficar eu num "ad-partidum" por explicar, a direita chula é aquela representada pelos Barões do PSD, que muito se queixam do Estado mas só sonham em usar o dito para distribuir negócios fáceis aos amigos. Produzir, nicles. Isto é visível nas propostas do Passos (que devia ser neo-lib, mas olha...) para a Constituição: destruir os serviços públicos para gerar negócio garantido à saúde privada, educação privada, televisão privada...

A propaganda para os ignorantes continua.

Claro que é mais bonito prometer tudo a todos mesmo quando se corre o risco de ficarmos sem nada para ninguém.
Claro que é sempre conveniente ter uma televisão do regime. A propaganda a isso obriga. Nem que para isso custe 1 milhão de euros por dia!
Viva o Estado Social Falido. Viva a nossa constituição socialista. Viva a esquerda portuguesa! Viva Hugo Chávez!
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Setembro 24, 2010, 09:47:31 am
Citar
Subida de IVA para 23% terá levado PSD a recuar nas negociações sobre OE

A subida do IVA para 23% terá sido a proposta do primeiro-ministro que o líder do pSD a recusar a discussão prévia sobre o Orçamento do Estado para 2011, revela o Jornal de Negócios. No debate no Parlamento, ontem, o ministro das Finanças deixou em aberto a possibilidade de haver um novo aumento de impostos no próximo ano, visto como única forma de compensar o valor da despesa.

Durante o debate, Teixeira dos Santos disse que o governo tudo fará para cumprir o objectivo dos 7,3% do défice e admitiu que não vai conseguir poupar 4500 mil milhões de euros apenas por via do corte da despesa.
 
"Não é possível atingirmos o nosso objectivo orçamental sem melhoria da receita", foi a única reposta do ministro sobre as insistentes perguntas sobre a possibilidade de aumentar os impostos.

De acordo com o Jornal de Negócios de hoje, a eventual subida do IVA de 21% para 23%, acrescida de corte nas deduções fiscais, foi o "presente envenenado" de que falou o líder do PSD, Passos Coelho.

"Foi este aumento de impostos, acima até do que está previsto no próprio PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento), conjugado com a exigência de ver o balanço do impacto do cortede despesas acordados em Maio, que levou Pedro Passos Coelho a recusar-se a encetar um processo de negociações prévias para o Orçamento de 2011", escreve o jornal.

"O primeiro ministro propôs que houvesse uma negociação prévia à apresentação do orçamento na condição do PSD aceitar o princípio do aumento de impostos além daquele que estava combinado. E essa é uma vinculação à qual o PSD não aceita ficar amarrado", enfatizou, ontem Pasos Coelho.

http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinh ... iacoes.htm (http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinheiro/Subida+de+IVA+para+23+foi+a+proposta+do+Governo+que+fez+PSD+recuar+nas+negociacoes.htm)

Bandalhos!  :twisted:
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Crypter em Setembro 24, 2010, 11:13:32 am
Citação de: "P44"
Bandalhos!  :twisted:

E as constantes estadas em hoteis! E os constantes passeios por esse país fora! etc... etc... Cortar tá quieto!! Querem é mais impostos.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: João Vaz em Setembro 24, 2010, 12:50:46 pm
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Ai meus Medinas :wink:

Venha ela!  c34x

P.S. Se demorar muito mais será antes um chope, porque aqui não haverá mais condições.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Vicente de Lisboa em Setembro 24, 2010, 07:28:00 pm
Citação de: "Jorge Pereira"
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Claro que ninguém gosta de ver a divida colectiva a aumentar, mas não vale a pena fazer disso um drama existencial. Os EUA vão nos 95%, a Bélgica nos 100%, o Japão para além disso. A França está no mesmo que nós, o que curiosamente é a média Europeia.

[TEXTO]

Mas claro, isto não tem nenhuma importância para estes indivíduos. Basta ver todas as histórias de corrupção dos últimos anos, até devidamente documentadas em escutas, para perceber quais eram as reais prioridades desta gente. Aliás, em 13 anos, dos últimos 15 em que este PS esteve no poder, nada, absolutamente nada foi feito, antes pelo contrário, para atalhar esta situação que já se via chegar e que muitos profetas da desgraça (como na altura foram apelidados) já vinham alertando.
Se o "estes indivíduos" é comigo, faço-lhe notar que eu nunca disse que a dívida pública não tem importância.
O que digo é que a dívida pública a 85% não é nenhum drama impossível de superar. O drama a sério é a falta de crescimento e de potencial do mesmo.
Alias, o caro Jorge Pereira parece concordar parcialmente com isto ao referir o "Histórico do crescimento económico nos últimos anos" como um dos factores mais importantes para potenciais credores do país. Eu só corrigiria uma coisa - é que o histórico é menos importante para os investidores do que as previsões de crescimento futuro. In any case, para Portugal as duas são péssimas, e isso sim é o nosso grande Problema. Se o resolvermos, a divida aguenta-se bem. Se não o resolvermos, diminuir a divida não resolve nada (alias, olhando para a Grécia e Irlanda, até piora).

Citar
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Já agora, e para não ficar eu num "ad-partidum" por explicar, a direita chula é aquela representada pelos Barões do PSD, que muito se queixam do Estado mas só sonham em usar o dito para distribuir negócios fáceis aos amigos. Produzir, nicles. Isto é visível nas propostas do Passos (que devia ser neo-lib, mas olha...) para a Constituição: destruir os serviços públicos para gerar negócio garantido à saúde privada, educação privada, televisão privada...

A propaganda para os ignorantes continua.

Claro que é mais bonito prometer tudo a todos mesmo quando se corre o risco de ficarmos sem nada para ninguém.
Claro que é sempre conveniente ter uma televisão do regime. A propaganda a isso obriga. Nem que para isso custe 1 milhão de euros por dia!
Viva o Estado Social Falido. Viva a nossa constituição socialista. Viva a esquerda portuguesa! Viva Hugo Chávez!
Essa tirada era dispensável.  :mrgreen:  :cry:
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Vicente de Lisboa em Setembro 24, 2010, 07:29:12 pm
Então e daqui a 2 anos, quando o FMI estiver bem longe graças ao Grande Timoneiro Socrático, o que é que os senhores me pagam?  :P
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: FoxTroop em Setembro 24, 2010, 08:00:17 pm
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Então e daqui a 2 anos, quando o FMI estiver bem longe graças ao Grande Timoneiro Socrático, o que é que os senhores me pagam?  :mrgreen:
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Setembro 24, 2010, 08:17:15 pm
o caro Vicente Augusto deve andar a tomar a mesma coisa que o grande timoneiro  :mrgreen: (do Titanic...)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg21.imageshack.us%2Fimg21%2F3277%2Falicesocrates1.jpg&hash=0eef7badd227c8f2f47c1c2d38bd1e5e)
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Jorge Pereira em Setembro 24, 2010, 11:42:29 pm
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Se o "estes indivíduos" é comigo, faço-lhe notar que eu nunca disse que a dívida pública não tem importância.

Estava-me a referir aos membros do governo e aos do PS.

Citação de: "Vicente de Lisboa"
é que o histórico é menos importante para os investidores do que as previsões de crescimento futuro.

As previsões leva-as o vento e podem até ser manipuladas. Olhando para o crescimento dos anos passados, digamos que num intervalo de entre 5 e 10 anos e, se as condicionantes macroeconómicas e estruturais dessa economia não foram alteradas ou reformadas, facilmente chega à conclusão que será quase impossível que esse país comece a crescer.

Citação de: "Vicente de Lisboa"
Essa tirada era dispensável. c34x . O problema é que começo a ficar farto da propaganda de quem diz que aquilo que se pretende com a revisão constitucional é “matar” o estado social, quando todas as pessoas que param para pensar dois segundos já se aperceberam que este estado social já não é mais sustentável. Acabou! Agora temos de facto que concentrar as ajudas em quem precisa, e retirar de lá quem não precisa e os parasitas desse mesmo sistema. Vá ver quanto recebe de ajuda uma família com um filho deficiente. Depois vá ver os popós dos que vão buscar as ajudas do estado às estações de correio em dia de pagamento de prestações sociais. Sente-se bem com esse miserável estado social que dá pouco a quem verdadeiramente precisa e dá tudo e mais alguma coisa a quem nada quer fazer?

Também acho engraçado criticar os malvados que querem entregar tudo aos privados, quando não se tem feito outra coisa que armadilhar o país com as parcerias público-privadas, essa bomba que ainda está para rebentar lá para 2013.

Citação de: "Vicente de Lisboa"
E quanto à RTP, o país mais liberal da Europa é o Reino Unido, e tem o melhor serviço público de televisão... alias, tem a melhor televisão, pública ou privada, do Planeta - a BBC. Ora a sério que não há nada mais importante a liberalizar em Portugal, do que transformar a RTP em mais uma SIC e TVI? Não basta ao PSD duas televisões privadas, também têm de destruir a RTP Internacional, RTP Africa, RTP2, RTP Açores, RTP Madeira, vender o melhor arquivo histórico do país desde que existe TV... enfim, a Republica funciona assim tão bem que tem de se começar por destruir das poucas coisas que, no fim de contas, o Estado até faz bem?

A RTP transformou-se numa gigantesca máquina de propaganda do governo. A sua qualidade é mais do que medíocre, mas não os seus principescos ordenados. Já reparou na grelha de programas da RTP 1? De manhã, o jornal do regime. A meio da manhã a praça da alegria. À tarde temos telenovelas brasileiras. No início da noite temos o preço certo (valha-nos a Lenka :mrgreen: :cry:

1 Milhão de euros por dia é o que nos custa a RTP! Só a RTP.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: AC em Setembro 25, 2010, 02:14:54 am
Citação de: "Jorge Pereira"
Desculpe mas não é nada de pessoal contra si c34x . O problema é que começo a ficar farto da propaganda de quem diz que aquilo que se pretende com a revisão constitucional é “matar” o estado social, quando todas as pessoas que param para pensar dois segundos já se aperceberam que este estado social já não é mais sustentável

A questão, caro Jorge, é que muitos "liberais" também acham que o discurso do Pedro Passos Coelho sobre a revisão constitucional também não passa de propaganda vazia.
Em particular, um assunto que me causa uma certa estranheza é o retirar da constituição a ideia de um sistema de saúde tendencialmente gratuito.
A meu ver, não consigo imaginar nenhum sistema viável que exija alterar a constituição. A meu ver, alterar a constituição só seria necessário no caso de retirarmos a parte da população o direito de recorrer ao SNS.  Retirar a parte da população o direito de recorrer ao SNS implica ou
a) que essa parte da população se arrisca a ficar sem tratamento porque o seguro não cobre
b) os seguros são, obrigatoriamente, de cobertura total

E isto é a última coisa que muita gente quer, a começar pelas empresas que vendem planos de sáude privados.
A opção b) implicaria transferir para os privados e para os seus clientes os custos elevados de fornecer uma cobertura total.
A opção a) até poderia ser boa para os privados, mas tal como nos EUA, acarreteria custos, inclusive económicos, para a sociedade em geral.

É preciso lembrarmo-nos que hoje em dia temos sistemas de saúde privados em Portugal, mas estes têm o sistema público como rede de segurança. Os sistemas de saúde privados existentes ofercem serviços eficientes e de qualidade mas não acodem a todas as circunstâncias -- as capacidades e cobertura dos planos são limitadas. Mas quando um cliente de um sistema privado encontra essas limitações, pode sempre recorrer ao público, como qualquer outro cidadão.

Se o objectivo for simplesmente incentivar, fiscalmente, as pessoas a ter um sistema privado e a recorrer o menos possível ao público, eu apoio. Mas não vejo a necessidade de uma revisão constitucional para isso.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Setembro 25, 2010, 10:06:33 am
Citar
Obrigações
Juros da dívida batem o terceiro recorde da semana

por J.C.B.Hoje

As taxas exigidas para a compra dos títulos  a dez anos chegaram ontem aos 6,46%, o valor mais alto desde 1997.

O preço que Portugal paga para conseguir financiamento nos mercados internacionais voltou ontem a atingir novo máximo, com os juros exigidos pelos investidores para compra das yields das obrigações portuguesas a dez anos a chegar aos 6,46%, o valor mais alto desde a adesão ao euro. Esta foi a terceira vez que as yields da dívida portuguesa atingiram números históricos esta semana, em que os juros se mantiveram sempre acima dos 6%.

Ontem de manhã, os juros das obrigações a dez anos subiam 15,6 pontos-base, para os 6,458%, superando assim o máximo atingido na segunda-feira, dia em que tocou nos 6,439%. Ao mesmo tempo, o prémio pago aos investidores pela compra da dívida portuguesa em vez das bunds alemãs atingia os 419 pontos-base, um novo máximo, depois de a barreira dos 400 pontos ter sido transposta pela primeira vez na quinta-feira.

À tarde, os mercados acalmaram e a yield das obrigações do tesouro portuguesas a dez anos acabou por recuar tendo-se fixado nos 6,348%. O diferencial entre os juros dos títulos da dívida portuguesa e das bunds alemãs também recuou, para os 401 pontos- -base, valor que é ainda bastante elevado.

De acordo com os vários analistas ouvidos pelo DN ao longo da semana, na origem destes máximos consecutivos atingidos esta semana está a situação de instabilidade política que se vive em Portugal. A indefinição em relação ao Orçamento do Estado e à aprovação de novas medidas de controlo da despesa pública estão a deixar os investidores nervosos, adiantam os analistas.

http://dn.sapo.pt/inicio/economia/inter ... id=1670847 (http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1670847)



Infelizmente estamos condenados, pois até o PR está é preocupado com o seu umbigo e a sua reeleição, tendo mandado os interesses doa País ás malvas.

Eu acho que ainda iremos todos á Portela receber o FMI com flores :(  :(
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Chico Xavier em Setembro 28, 2010, 05:05:51 pm
Para endireitar a balança a solução é acabar com o Rendimento Minimo e cortar apoios sociais a quem não é Português-africanos,brasileiros etc.
 Incentivar a natalidade apoiando os casais de origem Portuguesa;
 
Mandar embora pelo menos metade dos imigrantes pois assim haveria trabalho para todos...
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 28, 2010, 05:16:37 pm
Citação de: "Chico Xavier"
Para endireitar a balança a solução é acabar com o Rendimento Minimo e cortar apoios sociais a quem não é Português-africanos,brasileiros etc.
 Incentivar a natalidade apoiando os casais de origem Portuguesa;
 
Mandar embora pelo menos metade dos imigrantes pois assim haveria trabalho para todos...

A sério? Olha a minha tia precisa de uma empregada, oferece 500€, sabes quem vai bater à porta? Brasileiras.

Apoio à natalidade, acho bem, como futuro pai eu gostava que o governo apoia-se a minha familia, mas se estamos a falar de diminuir a divida pública temos que cortar nos apoios sociais, certo?!
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Chico Xavier em Setembro 28, 2010, 06:10:38 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Citação de: "Chico Xavier"
Para endireitar a balança a solução é acabar com o Rendimento Minimo e cortar apoios sociais a quem não é Português-africanos,brasileiros etc.
 Incentivar a natalidade apoiando os casais de origem Portuguesa;
 
Mandar embora pelo menos metade dos imigrantes pois assim haveria trabalho para todos...

A sério? Olha a minha tia precisa de uma empregada, oferece 500€, sabes quem vai bater à porta? Brasileiras.

Apoio à natalidade, acho bem, como futuro pai eu gostava que o governo apoia-se a minha familia, mas se estamos a falar de diminuir a divida pública temos que cortar nos apoios sociais, certo?!

500 Euros não dá para nada.As Brasileiras aceitam porque fazem contas segundo o nivel de vida Brasileiro.
Para apoiar os casais a terem filhos,acaba-se com o rendimento minimo.É apenas uma transferencia de fundos visto que os benificiários deste subsidio são estrangeiros na sua esmagadora maioria.
Repito: incentivos apenas aos casais de origem Portuguesa.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Cabeça de Martelo em Setembro 28, 2010, 06:20:55 pm
Meu caro eu acho que muitas vezes o dinheiro Rendimento Minimo é mal gasto com pessoas que não querem trabalhar, por isso estou tranquilo. 500€ é sempre melhor do que estar em casa (pelo menos é assim que eu fui criado).

Em relação aos beneficiários...eu sou prático nestas coisas, actualmente é preciso 15 meses de descontos para receber o subsidio de desemprego, muito bem, faça-se o mesmo em relação ao abono de familia. Agora se é branco, preto, Português ou Chinês, para mim tanto me faz, desde que contribua para a riqueza nacional deve receber tal e qual os outros. Prefiro ter ao meu lado um emigrante que quer fazer algo por si do que um Português que que andar a roçar com os #$% pelo chão. Vejo muito Português a fugir do trabalho como o diabo da cruz.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Chico Xavier em Setembro 28, 2010, 06:24:09 pm
Concordo consigo.
 Parece que na Noruega aplicam um ano de carencia em matéria de prestações sociais.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Setembro 28, 2010, 07:42:35 pm
e la nave va...


  Semestre
Défice das administrações públicas agrava-se para 9,5%

Económico com Lusa  
28/09/10 16:38

As contas do INE não jogam a favor das metas orçamentais do Governo.



O défice das administrações públicas agravou-se de 8,9% no primeiro trimestre para 9,5% no final de Junho.

De acordo com o INE, nas Contas Nacionais por Sector institucional hoje divulgadas, o aumento da necessidade de financiamento do sector das administrações públicas "foi determinante" para o agravamento das necessidades de financiamento da economia, já que os restantes sectores, no seu conjunto, contribuíram com uma variação positiva de 0,1 pontos percentuais.

"A necessidade de financiamento externo da economia atingiu os 9,2% do Produto Interno Bruto, mais 0,5 pontos percentuais que o verificado no trimestre anterior", afirma o INE, explicando que este agravamento "reflecte o agravamento do saldo das administrações públicas".

O INE explica que o agravamento no défice das administrações públicas no ano acabado no final do segundo trimestre, de 0,6 pontos percentuais (face ao trimestre anterior), resulta de uma redução da poupança bruta corrente, "em larga medida associada a um nível superior das despesas com as prestações sociais, que continuaram a aumentar embora menos intensivamente" e ainda ao "valor anormalmente elevado de despesa com material militar".

Em sentido contrário está o saldo dos restantes sectores da economia, que passou a ser ligeiramente positivo desde o último trimestre de 2009.

http://economico.sapo.pt/noticias/defic ... 00237.html (http://economico.sapo.pt/noticias/defice-das-administracoes-publicas-agravase-para-95_100237.html)
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: João Vaz em Outubro 01, 2010, 10:02:03 am
Baía dos PIGGS

Estava eu entretido num zapping, quando calhei ouvir um economista na CNN a juntar Portugal com um acrónimo duvidoso.
Ainda pensei que se tratasse de um novo surto de peste suína. Mas não.

Então não é que não bastava sermos pobres e periféricos, também somos PIIGS...?

Na verdade, trata-se de uma vara inteira: Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha. Parece que afinal isto não é novo, já é utilizado há mais de um ano. Devemo-lo ao humor dos "mercados", graças ao denominador comum do endivididamento público e ao défice astronómico.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F3.bp.blogspot.com%2F_zDDkR-k-0xg%2FS_aY1Sox9iI%2FAAAAAAAAJE4%2FsVJ6R_8uiY4%2Fs1600%2Fpiigs.gif&hash=74178c13b7a8cd2a1d7b5ff0f172c30f)

É fartar, vilanagem.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Vicente de Lisboa em Outubro 01, 2010, 10:07:00 am
Deveras já é noticia velha.
Aí há uns meses quando o vulcão da Islândia cobria toda a Europa a norte dos Pirenéus/Alpes até se fazia a piada "PIGS can fly".
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Luso em Outubro 01, 2010, 07:59:35 pm
Onde param agora os Ribeiros que por aqui desaguavam a sua água poluída?
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Outubro 02, 2010, 10:35:44 am
Citação de: "Luso"
Onde param agora os Ribeiros que por aqui desaguavam a sua água poluída?


o PS não deve ter renovado o contrato com a empresa de marketing  :twisted:
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: carlosribeiro em Outubro 05, 2010, 01:35:32 am
Citação de: "Luso"
Onde param agora os Ribeiros que por aqui desaguavam a sua água poluída?

Continuam a correr e sem desvio no rumo.

Não vale a pena perder tempo, a discutir seja o que for, com meia-dúzia de fanáticos sem relevância, que ainda por cima fazem o favor de se desacreditarem a si mesmos tal é o fanatismo e pequeno mundo onde vivem...
Já para não falar na moderação/administração tendenciosos e que pactuam com as maiores barbaridades e desrespeito pelas regras quando assim aprovem.

Mas continuarei a observar, é sempre útil e dá para rir um bocado...
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Mike23 em Outubro 05, 2010, 07:02:59 am
Mesmo no caos, as ratazanas sentem-se bem........

Citar
Sócrates é um medíocre primeiro ministro , que nunca responde ás perguntas, que mente , de formação muito duvidosa ,só possível num país de analfabetos e incultos . Se tivesse nascido num país nórdico , José Sócrates , nunca teria passado dum limpador de sanitas....aqui em Portugal é o ídolo dos fracos mentais e dos subsidiados .

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Naciona ... id=1678166 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1678166)
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: cromwell em Outubro 05, 2010, 12:49:23 pm
Citação de: "Mike23"
Mesmo no caos, as ratazanas sentem-se bem........

Citar
Sócrates é um medíocre primeiro ministro , que nunca responde ás perguntas, que mente , de formação muito duvidosa ,só possível num país de analfabetos e incultos . Se tivesse nascido num país nórdico , José Sócrates , nunca teria passado dum limpador de sanitas....aqui em Portugal é o ídolo dos fracos mentais e dos subsidiados .

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Naciona ... id=1678166 (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1678166)

Esta é, na minha opinião, a primeira intervenção boa do senhor Jardim.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Cabecinhas em Outubro 05, 2010, 01:03:45 pm
Citação de: "carlosribeiro"
Citação de: "Luso"
Onde param agora os Ribeiros que por aqui desaguavam a sua água poluída?

Continuam a correr e sem desvio no rumo.

Não vale a pena perder tempo, a discutir seja o que for, com meia-dúzia de fanáticos sem relevância, que ainda por cima fazem o favor de se desacreditarem a si mesmos tal é o fanatismo e pequeno mundo onde vivem...
Já para não falar na moderação/administração tendenciosos e que pactuam com as maiores barbaridades e desrespeito pelas regras quando assim aprovem.

Mas continuarei a observar, é sempre útil e dá para rir um bocado...

Qual é o coelho da cartola desta vez?
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Outubro 05, 2010, 05:27:47 pm
olha, a PIDE socialista meteu os corninhos de fora...
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Outubro 07, 2010, 08:46:58 am
o rumo definido....


Citar
Austeridade vai arrastar Portugal para a recessão em 2011, prevê o FMI
Por Ana Rita Faria


Depois da Grécia, a economia nacional será a mais castigada pelo aperto orçamental. Em 2015, Portugal terá mesmo o crescimento mais baixo da zona euro


À hora de almoço de ontem, o cenário era pouco animador. O Fundo Monetário Internacional (FMI) acabava de divulgar as suas projecções semestrais para a economia mundial e previa que a economia portuguesa estagnasse no próximo ano. A meio da tarde, o cenário piorou, com o FMI a alertar que as suas previsões não englobavam ainda o impacto das novas medidas de austeridade. Segundo a organização, o reforço da consolidação orçamental deverá empurrar o país para uma nova recessão em 2011.

Jörg Decressin, economista do FMI, disse ontem, numa conferência de imprensa em Washington, que a economia portuguesa deverá contrair 1,4 por cento em 2011. Só a Grécia terá um desempenho pior. Fazendo eco de uma história já familiar, Portugal vai continuar a afastar-se da média europeia e, em 2015, deverá crescer apenas 1,2 por cento, o pior nível de toda a zona euro. Todas as outras economias vão descolar, incluindo aquelas que também tiveram de lançar planos de austeridade, como Grécia, Espanha e Irlanda. Portugal fica para trás.

No World Economic Outlook, ontem divulgado, o FMI deu com uma mão e tirou com outra. Embora tenha revisto em alta a previsão de crescimento de Portugal para este ano (1,1 por cento face aos anteriores 0,3), baixou a projecção para 2011. Em vez de crescer 0,7 por cento, a economia portuguesa terá um crescimento nulo em 2011. Ou, melhor dizendo, teria.

É que as previsões semestrais do FMI não incorporam o impacto das novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo na semana passada, onde se inclui um corte dos salários da função pública entre 3,5 e 10 por cento e um aumento do IVA para 23 por cento. Foi por isso que o economista do FMI veio ontem dizer que, uma vez contabilizadas essas medidas, a economia portuguesa irá contrair 1,4 por cento no próximo ano. Uma previsão que fica bem distante da do Governo, que espera que a economia cresça 0,5 por cento em 2011.

No sentido contrário ao de Portugal seguirão a Irlanda e a Espanha, que, depois de quedas de 0,3 por cento este ano, vão recuperar em 2011, crescendo, respectivamente, 2,3 e 0,7 por cento. A Grécia manter-se-á em recessão no próximo ano mas, em 2015, vai crescer 2,7 por cento, ou seja, 1,5 pontos percentuais a mais do que Portugal.

A pesar sobre a economia portuguesa está também a previsão do FMI quanto à evolução do desemprego. A organização antecipa que a taxa de desemprego se fixe nos 10,7 por cento este ano e atinja um novo recorde histórico em 2011: 10,9 por cento. Uma vez mais, as previsões ficam acima das do Governo, que aponta para uma taxa de desemprego de 9,8 por cento este ano e 10,1 no próximo.

O défice externo português deverá cair para os 9,6 por cento em 2011, face aos dez por cento deste ano. Do mesmo modo, o défice orçamental deverá passar de 7,3 por cento este ano para 5,2 em 2011, mas nem assim coincidirá com a previsão do Governo, que se comprometeu a chegar ao final do próximo ano com um défice de 4,6 por cento. O PÚBLICO questionou o FMI sobre se a sua estimativa do défice se mantém a mesma com as novas medidas de austeridade, mas não conseguiu obter uma resposta.

Emergentes na frente

À semelhança da economia portuguesa, o FMI reviu também em baixa ligeira as previsões para a economia mundial, apontando agora para um crescimento de 4,8 por cento este ano e 4,2 em 2011. Enquanto os mercados emergentes permanecerão na dianteira do crescimento, as economias desenvolvidas terão de viver com uma recuperação frágil, penalizada pelos problemas da dívida pública e pelos "riscos elevados" que pesam sobre a retoma dos EUA.

A economia norte-americana sofreu, aliás, a maior revisão em baixa por parte do FMI, que espera agora um crescimento de 2,3 por cento em 2011, ainda assim acima da média da zona euro (1,5), da Alemanha (2), da França (1,6) ou do Japão (1,5).

Segundo o FMI, serão as economias emergentes a puxar pela recuperação mundial, ao crescerem três vezes mais depressa do que os países desenvolvidos. O desemprego permanece um dos maiores desafios, destaca a instituição, salientando que há mais de 120 milhões de desempregados pelo mundo, um aumento de mais de 30 milhões face a 2007.

http://jornal.publico.pt/noticia/07-10- ... 354402.htm (http://jornal.publico.pt/noticia/07-10-2010/austeridade-vai-arrastar-portugal-para-a-recessao-em-2011-preve-o-fmi-20354402.htm)


Citar
Banco de Portugal: Economia portuguesa voltará a recuar em 2011
07 Outubro 2010 | 12:00
Eva  Gaspar  

No melhor dos cenários, a economia portuguesa vai estagnar no próximo ano, quando no Verão se previa que crescesse 0,2%. Mas o mais provável é que regresse à recessão, alerta o Banco de Portugal.
O aviso foi deixado hoje pelo Banco de Portugal no âmbito do Boletim Económico de Outono, no qual o banco central, à semelhança do que fez ontem do Fundo Monetário Internacional (FMI), reviu em alta as previsões de crescimento para este ano, de 0,9% para 1,2%.

Em contrapartida, o BdP atribui grande probabilidade ao regresso da economia portuguesa a um contexto recessivo já no próximo ano, em larga medida devido às medidas de contenção orçamental necessárias para que o país possa cumprir os objectivos de redução de défice prometidos a Bruxelas: 7,3% neste ano, 4,6% em 2011 e 3% em 2012.

“A economia portuguesa deverá registar uma estagnação em 2011, após o crescimento de 1,2% projectado para 2010. Esta evolução resultará do efeito conjugado da contracção da procura interna, a partir da segunda metade de 2010, com o abrandamento das exportações em linha com o crescimento da procura externa dirigida às empresas portuguesas”, escreve o BdP liderado por Carlos Costa, sublinhando que este é, no entanto, o melhor cenário possível – e pouco provável.

“Os riscos da projecção são marcadamente descendentes no que se refere à actividade económica”, acrescenta o relatório, precisando que estes se encontram “exacerbados pelo facto de apenas se incluir o conjunto de medidas de política orçamental (…) já especificadas com detalhe suficiente e já aprovadas em termos legais, ou com elevada possibilidade de aprovação legislativa”.

Ou seja, na sua projecção de uma estagnação para 2011, o BdP não integrou as medidas extraordinárias de contenção anunciadas na semana passada pelo Governo para serem integradas no Orçamento de 2011. No boletim anterior, publicado no Verão, o BdP projectava um crescimento de 0,2%.

O FMI calculou ontem que, sem mais medidas de austeridade, Portugal também estagnaria, mas nas suas contas, o novo pacote de austeridade, que inclui nova subida da taxa do IVA e cortes na massa salarial da função pública, vai provocar uma contracção de 1,4% no PIB ao longo do próximo ano. A Standard & Poor’s vai mais longe e antecipa uma queda no PIB de 1,8%.

Após este relatório do FMI, o Governo manteve a sua perspectiva de crescimento de 0,5% no próximo ano.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=447225 (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=447225)
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: HSMW em Outubro 08, 2010, 02:26:06 pm
Como foi anunciado à pouco no telejornal da RTP1 aqui fica o link para a página dos ajustes directos http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/List.aspx


Citar
Banco de Portugal -Moedas e medalhas -  10.062,03 €
 :shock:
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Jorge Pereira em Outubro 08, 2010, 07:32:38 pm

Quantas aeronaves “gere” a EMA? Pois…

Obsceno! :evil:  :evil:


Citar
Ou alvo de fusões

Marques Mendes apresenta lista com dezenas de institutos públicos que podem ser extintos

07.10.2010 - 23:58 Por Luciano Alvarez

Marques Mendes, ex-presidente do PSD, apresentou hoje uma longa lista de institutos, fundações e serviços do Estado que na sua opinião podem ser extintos ou alvo de fusões.

No seu comentário semanal na Edição das 22h na TVI24, Mendes explicou que era uma “lista exemplificativa” e “não taxativa”, por entender que se “pode ir ainda mais longe”, que tem como objectivo contribuir “para uma discussão concreta e não apenas teórica e centrada em generalidades”.

“Extinguir organismos - inúteis ou com competências duplicadas e sobrepostas - representa uma mudança estrutural no Estado e não apenas conjuntural, como, por exemplo, o corte de salários”, afirmou o social-democrata no espaço de informação conduzido pelo jornalista Paulo Magalhães.

São várias dezenas de exemplos que Marques Mendes explica porque extinguia ou fundia, fundamentando as razões e dizendo até o que se poderia poupar.

Um dos casos apontados é a extinção dos 18 governos civis. E Mendes explica porquê: “Hoje os governos civis não fazem qualquer sentido; estão desprovidos de competências; as suas pequenas competências (de carácter administrativo e de concessão de licenças de exploração de estabelecimentos) podem passar para as câmaras municipais (com vantagem de proximidade para os cidadãos); a sua extinção permite poupar significativamente (porque têm grandes estruturas de pessoal); servem de “sacos azuis” de vários governos; o PSD, em 2002, prometeu a sua extinção mas também falhou (não cumpriu) por falta de vontade política.”

Para Marques Mendes a extinção ou fusão de organismos financiados pelo Estado permitiria “menos burocracia, menos clientelismo e menos estruturas e dirigentes”. “São menos administradores, menos departamentos administrativos, financeiros, de contabilidade, de aprovisionamento e de pessoal”, acrescentou. O ex-presidente do PSD diz saber que “haverá muitas resistências”, porque “todos, no seu caso particular, encontrarão explicações para o seu serviço não ser extinto”. “É preciso haver forte vontade política”, conclui.

A lista de Marques Mendes

Ministério das Obras Públicas - 4

1. INIR (Instituto Nacional de Infraestruturas Rodoviárias)

a) Funções de Regulação (Parcerias Público-Privadas) e de Fiscalização da Rede Rodioviária Nacional;
b) São competências que já estão hoje na EP Estradas de Portugal e no IMTT (antiga Direcção Geral de Viação).

CONCLUSÃO: PODE SER EXTINTO.

2. GISAF (Gabinete Investigação e Segurança de Acidentes Ferroviários.

a) Funções de Investigação quando há acidentes ferroviários;
b) Funções que também estão na CP e na REFER (quando há um acidente ferroviário é a CP ou a Refer que trata do assunto).
c) Parece um instituto criado para colocar um socialista desempregado da gestão das EP dos Transportes (João Crisóstomo).

CONCLUSÃO: PODE SER EXTINTO.

3. NAER (Instituto para estudar e Conceber o Novo Aeroporto de Lisboa)

a) As suas funções podem perfeitamente passar para a ANA, EP (Empresa de Aeroportos e Navegação Aérea)
b) É uma racionalização óbvia e necessária.

CONCLUSÃO: ESTE SERVIÇO PODE SER EXTINTO.

4. Fundação das comunicações móveis (uma das centenas que existem – pendurada no Estado)

a) Tratou do computador Magalhães;
b) Estado nomeia os seus gestores (clientelas);
c) AR já propôs a sua extinção em relatório aprovado;
d) Governo fez vista grossa. O Governo gosta mais de reduzir salários que extinguir serviços.

CONCLUSÃO: PODE SER EXTINTA

Ministério da Agricultura - 3

1. No âmbito do PRODER (QREN da Agricultura) há 2 serviços:

a) Gabinete do Planeamento (Concebe Projectos e Gere o Programa); e o
b) IFAP (antigo IFADAP) – Paga e fiscaliza os apoios concedidos.

CONCLUSÃO: O Gabinete de Planeamento pode ser extinto e as suas competências passarem para o IFAP.É mais coerente, evitam-se sobreposições de competências e poupa-se dinheiro público.

2. Fundação Alter Real

a) Competências sem relevância para serem autonomizadas numa fundação pública;
b) Tem cinco administradores – presidente é o presidente da Companhia das Lezírias.CONCLUSÃO: A fundação pode ser extinta e as suas competências integradas na Companhia das Lezírias (hoje até já o presidente é o mesmo).

3. No âmbito da Barragem do Alqueva há duas entidades:

a) a EDIA (190/200 funcionários) que tratou da construção da barragem do Alqueva; e a
b) GESTALQUEVA (trata do fomento do turismo na zona do grande lago)
c) Não há razão nenhuma para esta duplicação de organismos:

Primeiro: EXTINGUIR A GESTALQUEVA, colocar as competências na EDIA ou concessionar a privados (fomento do turismo);
Segundo: EMAGRECER A EDIA (já acabou a construção da barragem).

Ministério do Trabalho e da Segurança Social – 9

1. Há neste Ministério sete organismos consultivos (uma loucura):

• Conselho Nacional da Formação Profissional
• Conselho Nacional da Higiene e Segurança no Trabalho
• Conselho Nacional de Segurança Social
• Conselho Nacional do Rendimento Social de Inserção
• Conselho Nacional para a Reabilitação
• Conselho Consultivo das Famílias
• Comissão de Protecção de Políticas da Família

Minha Proposta:
• Extinguir todos (para estas tarefas existem direcções-gerais com as mesmas áreas de competência).
2. Ao nível de outros serviços – estes de natureza executiva - podem ser feitas várias outras extinções.

Assim:

a) O Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Segurança Social pode integrar as competências do Instituto de Informática e do Instituto de gestão do FS Europeu (competências afins e sobrepostas). MENOS DOIS ORGANISMOS.
b) Dois institutos – o Instituto da Segurança Social e o Instituto Nacional para a Reabilitação podem ser extintos e as suas competências (hoje afins e sobrepostas) serem integradas na Direcção-geral da Segurança Social. MENOS DOIS ORGANISMOS

Mistério da Saúde – 3

1. Alto Comissário para a Saúde (Orçamento de 30 milhões de euros)

a) Criado por Correia de Campos no Governo Guterres;
b) Veio o Governo do Durão Barroso e extinguiu-o:
c) Voltou Correia de Campos no Governo Sócrates e voltou a criar;
d) O Alto Comissário – veja-se bem – tem estatuto de membro do Governo (sub-secretário de Estado)
e) CONCLUSÃO: Pode ser extinto e as suas competências passarem para a Direcção-geral de Saúde (actualmente são competências sobrepostas).
f) Se a moda pega passamos a ter o Alto Comissário da Justiça, da Segurança Social, da Economia, da Comunicação Social, etc. etc.
g) Haja Bom Senso. Temos de POUPAR, extinguindo este organismo inútil.

2. Conselho Nacional de Saúde – Mais um Conselho Consultivo

a) Orgão Consultivo do Ministério da Saúde
b) Não faz sentido. A D G Saúde faz na perfeição esse papel. É a sua competência legal.
c) Mais um serviço que pode ser EXTINTO

3. Instituto da Droga e da Toxicodependência

a) Ao nível central tem cinco coordenadores – Equiparados a directores-gerais.
b) Ao nível regional tem cinco directores regionais
c) Tem cerca de dois mil funcionários (1/3 nos Serviços Centrais) – Uma loucura
d) As suas funções são no domínio da Saúde Pública
e) Pode perfeitamente SER EXTINTO, as suas competências locais integradas nos Centros de Saúde e as suas competências centrais na DG Saúde (é área de saúde pública)
f) Área de Estudos (quando for o caso encomendar às Universidades e Centros de Investigação)

Ministério do Ambiente – 3

1. Na área do ambiente há três institutos importantes:

a) Agência Portuguesa do Ambiente;
b) ICN – Instituto Conservação da Natureza;
c) INAG – Instituto Nacional da Água

• Têm todos competências muito semelhantes e, nalguns casos, sobrepostas.
• Seria possível e desejável fundir tudo num único organismo – a Agência Portuguesa do Ambiente.
• É o exemplo inglês (apontado normalmente como referência)
• Poupa-se imenso:Passamos a ter um único instituto em vez de três
Passamos a ter uma única administração em vez de três
Passamos a ter uma única estrutura administrativa, de contabilidade e financeira, em vez de três
Passamos a ter um único orçamento em vez de três
Passamos a ter menos pessoal e menos encargos

2. Ao nível regional temos a seguinte estrutura sobreposta:

a) As Comissões de Coordenação Regional têm competências na área do ambiente;
b) As ARH – Administração Recursos Hídricos, mesmo assim, existem como estruturas autónomas (cinco ARH/ cinco concelhos de administração/ cinco orçamentos/ cinco estruturas administrativas). Os organismos mais BUROCRÁTICOS que existem em Portugal.
c) Podem extinguir-se as ARH e integrar as suas competências nas CCDR

GANHO DE POUPANÇA. GANHO DE DESBUROCRATIZAÇÃO

Ministério da Administração Interna - 18

1. Extinção de 18 Governos Civis

a) Hoje, os Governos Civis, não fazem qualquer sentido;
b) Estão desprovidos de competências;
c) As suas pequenas competências (de carácter administrativo e de concessão de licenças de exploração de estabelecimentos) podem passar para as Câmaras Municipais (com vantagem de proximidade para os cidadãos);
d) A sua extinção permite poupar significativamente (porque têm grandes estruturas de pessoal)
e) Servem de “sacos azuis” de vários governos
f) PSD em 2002 prometeu a sua extinção mas também falhou (não cumpriu) por falta de vontade política.

Ministério da Educação – 2

1. Três Institutos com Competências Duplicadas/Sobrepostas:

a) GAVE – Gabinete de Avaliação Educacional
b) GEP – Gabinete de Estudos e Planeamento
c) MISI – Gabinete Coordenador do Sistema Informático do ME (recolha de Informação)
CONCLUSÃO: Destes três serviços, dois PODEM SER EXTINTOS e concentrar competências num único.

Vantagens:

• São Menos Administradores
• Menos Assessores
• Menos Pessoal
• Menos Despesa
• Menos burocracia

2. Direcções Regionais de Educação – Emagrecer

• Em termos de dimensão estão a atingir proporções gigantescas.
• Quadros de pessoal aumentaram significativamente nos últimos anos.

Assembleia da República – 2

1. Comissão Nacional de Eleições:

a) Estrutura permanente encarregue de fiscalizar os actos eleitorais;
b) A seguir ao 25 de Abril podia justificar-se;
c) Agora não faz sentido ser uma Comissão Permanente;
d) ABSURDO – Funciona em Permanência (365 dias por ano) mas só tem competências quando há eleições (nos 30 dias antes das eleições);
e) Pode ser extinta e as suas competências integradas no STAPE (Secretariado Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, no MAI); ou quando muito, Ser uma Comissão Eventual (a funcionar só nos períodos eleitorais).

2. CADA – Comissão Nacional de Acesso aos Documentos Administrativos

• Não faz sentido
• Pode ser extinta

Fonte (http://http)

Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: HSMW em Outubro 08, 2010, 08:47:22 pm
Citar
1. Alto Comissário para a Saúde (Orçamento de 30 milhões de euros)

a) Criado por Correia de Campos no Governo Guterres;
b) Veio o Governo do Durão Barroso e extinguiu-o:
c) Voltou Correia de Campos no Governo Sócrates e voltou a criar;
:roll:
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Camuflage em Outubro 08, 2010, 09:27:17 pm
Faltou falar nos órgãos de fiscalização só na saúde são pelo menos 2: ERS e IGAS, mas pouco ou nada podem fazer em relação ao sector privado.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Vingança em Outubro 10, 2010, 02:13:41 pm
Fonte: http://port.pravda.ru/mundo/02-10-2010/30541-portugal-0 (http://port.pravda.ru/mundo/02-10-2010/30541-portugal-0)

Se não é de Portugal, então deve ser da União Europeia

Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal pelo Governo "socialista" (só em nome) de José Sócrates, um caso de um outro governo de centro-direita/direita pedindo ao povo Português a fazer sacrifícios, um apelo repetido vezes sem fim a esta nação trabalhadora, sofredora, historicamente deslizando cada vez mais no atoleiro da miséria.

E não é porque eles são portugueses. Vá ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores sócio-econômicos, e você vai descobrir que doze por cento da população é português, o povo que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando a costa africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao Japão….e Austrália.

Esta semana, o Primeiro Ministro José Sócrates lançou uma nova onda dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA, mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório por acadêmicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contato com o mundo real, um esteio na classe política elitista Português no PSD/PS, gangorras de má gestão política que têm assolado o país desde a Revolução de Abril de 1974.


O objectivo? Para reduzir o défice. Por quê? Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE?
Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia deixou-se a ser sugado é aquele em que

 a agências de Ratings, Fitch, Moody's e Standard and Poor's, baseadas nos EUA (onde havia de ser?) virtual e fisicamente controlam as políticas fiscais, económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da atribuição das notações de crédito.


Com amigos como estes organismos, e Bruxelas, quem precisa de inimigos?


Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto forjado por uma França tremente e com medo, apavorada com a Alemanha depois que suas tropas invadiram seu território três vezes em setenta anos, tomando Paris com facilidade, não só uma vez mas duas vezes, e por uma astuta Alemanha ansiosa para se reinventar após os anos de pesadelo de Hitler. França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os mercados para sua indústria.
E Portugal? Olhe para as marcas de automóveis novos conduzidos por motoristas particulares para transportar exércitos de "assessores" (estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de qual país eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroen ou Renault. Eles são Mercedes e BMWs. Topo-de-gama, é claro.

Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD (Partido Social Democrata, direita) e PS (Socialista, de centro-direita), têm sistematicamente jogado os interesses de Portugal e dos portugueses pelo esgoto abaixo, destruindo sua agricultura (agricultores portugueses são pagos para não produzir) e sua indústria (desapareceu) e sua pesca (arrastões espanhóis em águas lusas), a troco de quê? O quê é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza em uma base sustentável?

Aníbal Silva, agora Presidente, mas primeiro-ministro durante uma década, entre 1985 e 1995, anos em que estavam despejando bilhões através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente porque ele é considerado "sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem vê é rei), como se isso fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é) e como se a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de sanguessugas e parasitas inúteis (que são), ele é o pai do défice público em Portugal e o campeão de gastos públicos.


Sua “política de betão” foi bem concebida, mas como sempre, mal planejada, o resultado de uma inepta, descoordenada e, às vezes inexistente localização no modelo governativo do departamento do Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses investidos que sugam o país e seu povo. Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de parques industriais nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que assentava no litoral.


O resultado, concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas, em muitos casos já fecharam.


Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram encomendados Lamborghini. Mazerati. Foram organizadas c açadas de javalí em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo e Aníbal Silva ficou a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a participarem. Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político.
E ele é um dos melhores.

Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António Guterres (PS), um excelente Alto Comissariado para os Refugiados e um candidato perfeito para o Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo diplomata excelente, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da EU, “Eu vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando”) que criou mais problemas com seu discurso do que ele resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes (PSD), que nunca tinha qualquer hipótese de governar (não viu a armadilha), resultando no horror de dois mandatos do José Sócrates, um Ministro do Ambiente competente mas ...
As medidas de austeridade apresentado por este…senhor...são o resultado da sua própria inépcia como primeiro-ministro no período que antecedeu a última crise mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três triliões de dólares de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projetos de educação).


E, assim como seus antecessores, José Sócrates demonstra uma falta de inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que obviamente serão contra-producentes. Pravda.Ru entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os resultados:


Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos (94%)
Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país (5%)
Concordo com o sacrifício (1%)


Um por cento. Quanto ao aumento dos impostos, a reação imediata será que a economia encolhe ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afetará a criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no caso de Portugal, contínua) recessão. Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar. É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de ratings que o Governo de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português.

Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno para o PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado a votar em excelentes ideias e propostas concretas. No caso do PCP, é melhores salários, maior produção, a diversificação da economia e, basicamente, o respeito pelas pessoas que têm apoiado essa absurda e demente governação PSD/PS durante décadas. PCP: Um excelente produto sem um departamento de vendas capaz.

Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, traidora, enviou os interesses de Portugal no ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas, não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos. Esses traidores estão levando cada vez mais portugueses a questionarem se deveriam ter sido assimilados há séculos, pela Espanha.


Que nojento e ao mesmo tempo, que convidativo, o ditado português “Quem não está bem, que se mude”. Certo, bem longe de Portugal, como todos os que possam, estão fazendo. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico, e uma classe política abominável (do centro, à direita). Quanto à esquerda, ainda existe a divisão, e a falta de marketing.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Luso em Outubro 10, 2010, 03:51:56 pm
Citar
um caso de um outro governo de centro-direita/direita

 :roll:  :roll:
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Vingança em Outubro 10, 2010, 04:37:50 pm
Não sou da esquerda nem da direita nem ando a fazer a promoção de qualquer partido sou simplesmente Português antes de tudo. Mas achei piada este artigo por ele ser duro com Socrates, atè certas verdades são ditas.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: P44 em Outubro 11, 2010, 06:13:30 pm
Tem lá muitas verdades, incluindo o fartar-vilanagem dos desperdicios dos fundos comunitários pelo sr. que agora é presidente (corta-fitas) , e que meteu o País na actual crise politica, sem possibilidade de eleições até Maio de 2011, por não querer "chatices" com a sua re-eleição.
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: Chico Xavier em Outubro 15, 2010, 03:20:24 pm
No tempo do Dr Salazar não havia reformas para os velhos,ou havia?
 Por que não cortar nas reformas também?
Título: Re: O Desastre da Dívida Pública
Enviado por: GI Jorge em Outubro 18, 2010, 10:59:20 pm
Citação de: "Chico Xavier"
No tempo do Dr Salazar não havia reformas para os velhos,ou havia?
 Por que não cortar nas reformas também?

Como diria um Inglês: Are you fu*kin* kidding me?

Andam as pessoas a matarem-se até aos 65 anos, muitas delas mal pagas e a trabalhar que nem escravas, e tu mandas uma dessas? Por amor de Deus todo poderoso pai do céu e da terra e mais não sei quê! Mas anda tudo doido? Essa havia de ser bonita, havia. E quem pagava os medicamentos? Comida? Tecto? Água? Luz? Gás? Tu? Se quiseres, estás à vontade!

Sinceramente...  :bang:  :N-icon-Axe: