Timor-Leste: FA têm "planos de contingência"

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Lancero

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Timor-Leste: FA têm "planos de contingência"
« em: Maio 08, 2006, 03:54:59 pm »
Timor-Leste: FA têm "planos de contingência" para portugueses - Amado

Lisboa, 08 Mai (Lusa) - O ministro da Defesa, Luís Amado, assegurou hoje que existem "planos de contingência" para sair em auxílio dos portugueses que residem em Timor-Leste, caso a situação de segurança no país se agrave.

      "Há naturalmente planos de contingência em todos os teatros onde haja cidadãos portugueses envolvidos (à) As Forças Armadas portuguesas estarão preparadas para responder às questões com que forem confrontadas", disse Luís Amado, no final de uma visita ao comando da Aliança Atlântica sedeado em Oeiras.

      Frisando que o cenário de retirada de cidadãos nacionais "não está a ser equacionado neste momento" e que é no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) que "a situação de crise é acompanhada", Luís Amado reconheceu a existência de "condicionamentos muito grandes" a uma operação daquele tipo.

      "Naturalmente que há condicionamentos muito grandes. Mas nós temos acordos, designadamente com a Austrália, tendo em vista a perspectiva de uma crise mais grave no território", adiantou.

      No entanto, insistiu, os "diferentes cenários" de acção decorrerão sempre da avaliação que está a ser feita pelo MNE.

      Timor-Leste tem sido nas últimas semanas cenário de incidentes envolvendo militares contestatários que alegam ser alvo de discriminação de natureza regional.

      Os militares contestatários, ou "loromonu", como se auto- designam, são maioritariamente naturais dos 10 distritos mais ocidentais.

      Os restantes três distritos, situados na parte leste, são chamados "lorosae".

      Os militares refugiaram-se em parte incerta, causando apreensão em muitas partes do país.

      A situação levou cerca de 70 por cento da população de Díli a sair da cidade e a refugiar-se nas montanhas.

      Presente hoje em Lisboa num seminário evocativo do Dia da Europa, o presidente da Comissão Europeia afirmou-se "muito preocupado" com a situação, que disse estar a ser acompanhada "atentamente" em Bruxelas.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Nuno Bento

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« Responder #1 em: Maio 09, 2006, 07:39:22 am »
Estou mesmo a ver o plano de contigencia dele, é como fizeram no fim  de semana pasado quando o Departamento de estado (USA) quiz evacuar os cidadãos americanos de Dili e tinha lugares a mais no avião, ofereceram 40 lugares para Portugueses (a $ 198 cada um) e disseram para pagarmos do nosso bolso e depois mandarmos a conta para a embaixada que eles depois reembolsavam.
Ou seja o plano de contigencia é andar a boleia dos outros. Se os outros não fizeram nada nos estamos f..... .
 

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Rui Elias

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« Responder #2 em: Maio 12, 2006, 09:55:10 am »
Ontem o Primeiro Ministro admitiu à Comunicação Social que perante o pedido do Governo timorense para o envio, com caráter de urgência de uma força da GNR, cujas características ainda não estã definidas, Portugal poderá corresponder a esse pedido de Dili, com o envio dos militares da GNR, ainda que a missão da ONU não seja prolongada no território.

Desse modo, passaria a presença da GNR em Timor a estar abrangida por um acordo purmente bilateral entre os dois países.
 

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Marauder

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« Responder #3 em: Maio 12, 2006, 09:58:24 am »
Citação de: "Rui Elias"
Ontem o Primeiro Ministro admitiu à Comunicação Social que perante o pedido do Governo timorense para o envio, com caráter de urgência de uma força da GNR, cujas características ainda não estã definidas, Portugal poderá corresponder a esse pedido de Dili, com o envio dos militares da GNR, ainda que a missão da ONU não seja prolongada no território.

Desse modo, passaria a presença da GNR em Timor a estar abrangida por um acordo purmente bilateral entre os dois países.

Concordo plenamente.

Entretanto, será hoje decidido a extensão da missão da UE.

Citar
Timor-Leste: Conselho de Segurança prolonga missão da ONU
O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve aprovar hoje o prolongamento por mais um mês da missão em Timor-Leste (UNOTIL), cujo mandato terminaria no próximo dia 19.

Os Estados Unidos, com assento permanente no Conselho de Segurança, colocaram reservas a uma proposta do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, apoiada nomeadamente pelos outros quatro países com direito a veto - Rússia, China, Reino Unido e França -, no sentido de ser aprovada uma nova missão.

A justificação de Washington foi a instabilidade em Timor- Leste, decorrente dos violentos confrontos registados no final de Abril entre militares contestatários, forças de segurança e civis.

De acordo com o balanço oficial, desses incidentes resultaram cinco mortos e dezenas de feridos.

Segunda-feira passada, um polícia foi morto e dois ficaram feridos em incidentes ocorridos em Gleno, distrito de Ermera, 40 quilómetros a sul da capital timorense.

Em vez de uma nova missão, os norte-americanos defenderam o prolongamento da missão da UNOTIL por mais um mês, findo o qual a situação no terreno será reavaliada pelo Conselho de Segurança.

O primeiro-ministro português, José Sócrates, garantiu quinta- feira, em Viena, onde decorre a cimeira UE/América Latina, que Portugal ajudará Timor-Leste e o seu Governo «em qualquer circunstância», mas insistiu que o eventual envio de militares da GNR - pedido pelas autoridades de Díli - deveria ocorrer no âmbito de um «mandato internacional».

«Era desejável que tivéssemos um mandato internacional, mas em qualquer circunstância estaremos ao lado de Timor-Leste», acrescentou.

A GNR integrou a força internacional que se manteve em Timor- Leste quando a antiga colónia portuguesa esteve sob administração da ONU, após o fim, em Setembro de 1999, da ocupação indonésia.

Diário Digital / Lusa

12-05-2006 5:34:00


de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=227381

Em principio deverá ser extendida..mas vamos lá a ver...
 

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Rui Elias

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« Responder #4 em: Maio 12, 2006, 10:22:11 am »
Ma a extensão da missão da ONU em Timor será apenas por mais um mês?    :?
 

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Marauder

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« Responder #5 em: Maio 12, 2006, 10:34:58 am »
Citação de: "Rui Elias"
Ma a extensão da missão da ONU em Timor será apenas por mais um mês?    :(

Falando agora hipotéticamente, caso o governo de Timor-Lorosae assim pedisse, não poderia Portugal e a CPLP criar a sua própria missão de Paz em Timor?

Penso que a ONU não levantaria problemas, desde que houvesse aval do governo timorense.

Seria finalmente interessante ver a CPLP a começar a sair do papel..
 

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Rui Elias

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« Responder #6 em: Maio 12, 2006, 11:15:25 am »
Marauder:

Eu acho que uma das formas de "puxar" pela CPLP seria exactamente uma pequena força de intervenção rápida e configurada para missões de manutenção de paz nos teatros de conflito.

Os paises mais problemáticos da CPLP são exatamente Timor e a Guiné-Bissau.

Claro que dos países da CPLP, só Portugal e Brasil têm meios navais e aéreos para essa força, mas outros, como Angola poderiam fornecer também tropas e algum armamento.

A CPLP tem que encontrar uma definição e uma finalidade muito concreta para justrificar a sua existência.