O Reapetrechamento da Marinha

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Pescador

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #930 em: Dezembro 26, 2023, 11:20:31 am »
Agarrar numa traineira e fazer daquilo canhoneira faz lembrar o passado e afinal não se aprende nada.

Com a relação  com a Damen no ponto que está, era de iniciar a construção dos Patrulhas deles da classe 2200 e ficávamos servidos os próximos 40 anos em vez de andar com chunning.
 
Os dois U212 pode ser uma maneira rápida de adquirir meios de combate credíveis, mas esperemos que estejam ou sejam actualizados. Capazes de 4 misseis IDAS por tubo de torpedo é uma outra opção para armas em submarinos. Li por aqui que podem lançar Harpoon(?)

Mas não dispensa as Fragatas, e pensar que qualquer fantasia lança drones faz de fragata, na linha das construídas actualmente só de infantilidade ou apenas para lavar o assunto e contentar políticos.
Uma fragata hoje, bem equipada é por si uma força naval de respeito credível e dissuasora. Diferente de uma barcaça com drones, que sabemos por muito bom que sejam tem limitações de sobrevivência a defesas. Portanto ataque limitado.
Já a barcaça para se impor tem de se mexer bem, não arrastar pelos mar e, de se defender bem, senão os drones nem têm para onde voltar ou como continuar a ser operados. E para se defender, tem de ter boas defesas á começar em radares e misseis caros, não só defesa de ponto. Logo voltamos a situação dos valores.
O que faz diferença nos valores numa Fragata moderna? Bons radares e misseis para várias coberturas por camadas. 
Por isso pouparam nas BD em radar e misseis que continuam os mesmos.
Gostava de saber qual o conceito em concreto de "navios tecnologicamente evoluídos" que grassa na Marinha do Picas. Deve ser interessante. Ao nível de patrulhas com complexidade de fragatas

« Última modificação: Dezembro 26, 2023, 11:34:52 am por Pescador »
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #931 em: Dezembro 26, 2023, 10:30:21 pm »
OPV 's com capacidade ASW, sem sonars (estou a basear-me no diapositivo) e sem capacidade anti-aérea. Deixa muito a desejar.

Sonar rebocado.
 
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O conceito cross-over é tão bom que nenhuma marinha da NATO ou do mundo está interessada, a não ser o sr. Almirante das vacinas.

Voltamos a essa argumentação vazia? O que é bom para uns, pode ser uma má opção para outros.

Relembro-lhe que da última vez que se escreveu isso no forum foi acerca do KC-390 e da última vez que vi, o mesmo tem andado a ganhar concursos atrás de concursos.

Já vi que se baralha facilmente. E que qualquer opção nonsense tomada pelo governo em relação às FA's, tem logo a sua aprovação automática.
É o "bonzinho" de serviço aqui no FD.
"Argumentação vazia"? Tem piada. Nunca vi aqui nenhuma intervenção sua que não fosse vazia. A prova agora foi ir buscar o "ká-cê". E que "está a ganhar concursos, atrás de concursos".
Eu também não me importava optar pelo KC, desde que tivesse acesso ao C-17, tal como têm os holandeses e hungaros. E ao A330MRTT como têm também os holandeses.
O que disse e mantenho é que a FAP ficaria melhor servida para as suas necessidade operacionais com o A400M. Ou vai ter o descaramento de dizer o contrário?
O "ká-cê" ganhar concursos, atrás de concursos. Não é bem assim. Desde 2021, vou só buscar está década: O C-130J obteve 35 encomendas firmes e o KC-390, apenas 21 (excluindo o país fabricante).

Em relação ao diapositivo da pretensa 3ª série do NPO, eu vi que está lá um "boneco" com a algo que é rebocável que não está legendado como estão os outros sistemas. Nada diz que é um sonar. Pode ser um ROV submarino. Isso dizer que é um sonar é mais um atrevimento ou palpite seu.

No que concerne ao conceito Crossover, falei objectivamente e factualmente que ninguém na NATO ou no mundo mostrou interesse ou equaciona como opção. E que era uma ideia (mais uma) estapafúrdia do sr. almirante das vacinas. Mas está claro que você num reflexo pavloviano e sem raciocionar já sabe que é bom e o melhor para o país. E não acha estranho que nenhuma marinha do mundo ainda tivesse tomado essa opção.

Contínue a mandar mais postais.  : :D
« Última modificação: Dezembro 26, 2023, 10:33:54 pm por Major Alvega »
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #932 em: Dezembro 27, 2023, 08:14:31 am »
Citar
A compra de mais dois submarinos "daqui a seis anos" está nos planos de Gouveia e Melo, que argumenta que a área geográfica portuguesa “assim o exige”.




Citar
Em breve será assinado o contrato para a aquisição de dois navios reabastecedores, que serão simultaneamente “navios logísticos de transporte”, o que “poupa investimento mas dá mais capacidade” ao ramo, acrescentou.


Citar
Ainda no início de 2024, a Marinha vai iniciar “o projeto de patrulhas de média dimensão” que vão substituir patrulhas mais envelhecidos e têm “um desenho muito próprio” concebido pela Armada.

Gouveia e Melo defendeu que estes patrulhas “podem certamente ser vendidos no Golfo da Guiné e noutras regiões que precisam daquele tipo de navios para começar a construir uma Marinha”, constituindo-se também como um “produto de exportação”.



https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/marinha-vai-propor-ao-proximo-governo-a-compra-de-mais-dois-submarinos
« Última modificação: Dezembro 27, 2023, 08:18:20 am por P44 »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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CruzSilva

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #933 em: Dezembro 27, 2023, 08:17:35 am »
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A compra de mais dois submarinos "daqui a seis anos" está nos planos de Gouveia e Melo, que argumenta que a área geográfica portuguesa “assim o exige”.




Citar
Em breve será assinado o contrato para a aquisição de dois navios reabastecedores, que serão simultaneamente “navios logísticos de transporte”, o que “poupa investimento mas dá mais capacidade” ao ramo, acrescentou.


https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/marinha-vai-propor-ao-proximo-governo-a-compra-de-mais-dois-submarinos
Na teoria parece-me bem.
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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Cabeça de Martelo

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #934 em: Dezembro 27, 2023, 10:53:22 am »
OPV 's com capacidade ASW, sem sonars (estou a basear-me no diapositivo) e sem capacidade anti-aérea. Deixa muito a desejar.

Sonar rebocado.
 
Citar
O conceito cross-over é tão bom que nenhuma marinha da NATO ou do mundo está interessada, a não ser o sr. Almirante das vacinas.

Voltamos a essa argumentação vazia? O que é bom para uns, pode ser uma má opção para outros.

Relembro-lhe que da última vez que se escreveu isso no forum foi acerca do KC-390 e da última vez que vi, o mesmo tem andado a ganhar concursos atrás de concursos.

Já vi que se baralha facilmente. E que qualquer opção nonsense tomada pelo governo em relação às FA's, tem logo a sua aprovação automática.
É o "bonzinho" de serviço aqui no FD.
"Argumentação vazia"? Tem piada. Nunca vi aqui nenhuma intervenção sua que não fosse vazia. A prova agora foi ir buscar o "ká-cê". E que "está a ganhar concursos, atrás de concursos".
Eu também não me importava optar pelo KC, desde que tivesse acesso ao C-17, tal como têm os holandeses e hungaros. E ao A330MRTT como têm também os holandeses.
O que disse e mantenho é que a FAP ficaria melhor servida para as suas necessidade operacionais com o A400M. Ou vai ter o descaramento de dizer o contrário?
O "ká-cê" ganhar concursos, atrás de concursos. Não é bem assim. Desde 2021, vou só buscar está década: O C-130J obteve 35 encomendas firmes e o KC-390, apenas 21 (excluindo o país fabricante).

Vou ser o mais frontal possível e vou irritar muitas pessoas no fórum (algumas por quem eu tenho o maior respeito):

EU SOU COMPLETAMENTE CONTRA O A-400 M NA FAP!

Vai em maiúsculas para todos verem muito bem.

Porquê? Os problemas que a FAP tem com o EH-101 seriam "pequenos" em comparação ao que teriam com o A-400M. Peças caras, custo de aquisição elevadíssimo, problemas de fiabilidade, etc.

Para mim ou era o C-130 ou o KC-390, mas depois do dinheiro que o estado pôs no dito projeto, a questão tornou-se secundária.

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Em relação ao diapositivo da pretensa 3ª série do NPO, eu vi que está lá um "boneco" com a algo que é rebocável que não está legendado como estão os outros sistemas. Nada diz que é um sonar. Pode ser um ROV submarino. Isso dizer que é um sonar é mais um atrevimento ou palpite seu.

A Marinha já tinha informado dessa necessidade e vontade e até já testaram nos nossos NPO atuais em exercicios cá em Portugal no ambito da OTAN.





 :arrow: https://www.navalnews.com/naval-news/2019/10/sea-completes-sea-trials-of-kraitsense-low-profile-passive-sonar-system/#prettyPhoto

Talvez assim consiga ver:



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No que concerne ao conceito Crossover, falei objectivamente e factualmente que ninguém na NATO ou no mundo mostrou interesse ou equaciona como opção. E que era uma ideia (mais uma) estapafúrdia do sr. almirante das vacinas. Mas está claro que você num reflexo pavloviano e sem raciocionar já sabe que é bom e o melhor para o país. E não acha estranho que nenhuma marinha do mundo ainda tivesse tomado essa opção.

Contínue a mandar mais postais.  : :D

Recorde-me a Damen é uma empresa pública ou privada? É privada... e as empresas privadas funcionam para ter lucro ou prejuízo? Então para que é que a dita empresa ia conceber um projeto destes? Talvez porque há pelo menos uma Marinha interessada neste tipo de navio? E não, não estou a falar da Marinha Portuguesa.
« Última modificação: Dezembro 27, 2023, 02:39:51 pm por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #935 em: Dezembro 27, 2023, 11:32:23 am »
Um resumo do vídeo:

Creche para os filhos dos militares:


Habitação para os militares:



Navios de Patrulhamento Costeiro:




NPO 3ª série:


Navios reabastecedores:


Renovação da frota:


Corpo de Fuzileiros como unidades de Operações Especiais (tipo Comandos):


Fonte:
« Última modificação: Dezembro 27, 2023, 11:32:51 am por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #936 em: Dezembro 27, 2023, 04:17:33 pm »
Depois de ver o discurso e ler a entrevista, tenho que dizer que me parece que existe uma visão para a Marinha, com a qual se pode concordar ou discordar, mas que está lá e parece que os meios para a implementar estão disponíveis.

A nível estratégico, parece-me haver duas grandes preocupações, a patrulha efetiva do nosso mar e o reconhecimento tácito que nunca nenhum governo vai disponibilizar as verbas necessárias para termos uma Marinha de elevado potencial combatente a todos os níveis. Assim sendo, parece-me claro que se está a optar fortemente na robotização, como seria de esperar e é louvável, e por uma mistura Hi-Mid-Lo. A componente Hi, que consiste nos meios disponíveis para a NATO é assegurada pelas BD (eu sei, eu sei, as BD não deveriam ser consideradas Hi, but humor me…) e pelos dois SSK atuais. A componente Mid será constituída pelas duas VdG ASW e os dois SSK novos mais pequenos e assegurará capacidade ASW no triângulo estratégico e eventualmente poderá contribuir para a NATO em tempos de paz ou em zonas de menor ameaça aérea. Finalmente a capacidade Lo, será constituída pela terceira VdG e pelos NPO3S e será essencialmente uma força de patrulha que poderá ajudar em ASW costeiro em tempos de guerra. Como disse, podemos discordar, e eu gostaria de ter uma componente Hi mais forte e moderna, mas é o que vai haver nos próximos 10-15 anos, aparentemente. O ponto a reter, no entanto, é que existe uma visão que está a ser implementada e isso é de louvar.

Algumas observações adicionais, mais específicas:
1. Parece que o programa de substituição das fragatas vai começar lá para 2027. Gostaria que fosse já em 2024, com as primeiras a entrar ao serviço no início da década de 30, ao invés de 2035, mas enfim…

2. Gosto do conceito do NFC e, se conseguirem fazê-los pelos tais 6 milhões, acho que vão mesmo conseguir exportar alguns. Aqui um pequeno aparte, o pessoal queixa-se que os NPO são de conceito antiquado, mas depois quando vem algo novo como a Bimby ou os NPC trimaran começa logo a dizer que já estão a inventar. Epá, decidam-se…

3. Gosto do conceito dos dois reabastecedores mais pequenos, para garantir que está sempre um operacional e, se de facto, conseguirem fazê-los por 50 milhões cada (como o CEMA afirma e até diz que há dois estaleiros que o fazem), é um excelente negócio. Oxalá se cumpra.

4. Adoro a ideia de mais dois SSK, mas vamos ver o que sai daqui, onde os vão buscar, e quão mais pequenos que os atuais serão…

Pronto, podem começar a bater, e a dizer mal da minha mãe, do Picas, da igualdade de género, dos PALOP, etc., etc. Por uma vez gostava que se conseguisse ter uma discussão técnica e sem trazer à baila as paixões e ódios individuais, mas enfim…
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #937 em: Dezembro 27, 2023, 04:20:24 pm »
Dia 29 assinatura do contrato dos novos NPO.
João Pereira
 

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LM

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #938 em: Dezembro 27, 2023, 04:34:53 pm »
Depois de ver o discurso e ler a entrevista, tenho que dizer que me parece que existe uma visão para a Marinha, com a qual se pode concordar ou discordar, mas que está lá e parece que os meios para a implementar estão disponíveis.

A nível estratégico, parece-me haver duas grandes preocupações, a patrulha efetiva do nosso mar e o reconhecimento tácito que nunca nenhum governo vai disponibilizar as verbas necessárias para termos uma Marinha de elevado potencial combatente a todos os níveis. Assim sendo, parece-me claro que se está a optar fortemente na robotização, como seria de esperar e é louvável, e por uma mistura Hi-Mid-Lo. A componente Hi, que consiste nos meios disponíveis para a NATO é assegurada pelas BD (eu sei, eu sei, as BD não deveriam ser consideradas Hi, but humor me…) e pelos dois SSK atuais. A componente Mid será constituída pelas duas VdG ASW e os dois SSK novos mais pequenos e assegurará capacidade ASW no triângulo estratégico e eventualmente poderá contribuir para a NATO em tempos de paz ou em zonas de menor ameaça aérea. Finalmente a capacidade Lo, será constituída pela terceira VdG e pelos NPO3S e será essencialmente uma força de patrulha que poderá ajudar em ASW costeiro em tempos de guerra. Como disse, podemos discordar, e eu gostaria de ter uma componente Hi mais forte e moderna, mas é o que vai haver nos próximos 10-15 anos, aparentemente. O ponto a reter, no entanto, é que existe uma visão que está a ser implementada e isso é de louvar.

Algumas observações adicionais, mais específicas:
1. Parece que o programa de substituição das fragatas vai começar lá para 2027. Gostaria que fosse já em 2024, com as primeiras a entrar ao serviço no início da década de 30, ao invés de 2035, mas enfim…

2. Gosto do conceito do NFC e, se conseguirem fazê-los pelos tais 6 milhões, acho que vão mesmo conseguir exportar alguns. Aqui um pequeno aparte, o pessoal queixa-se que os NPO são de conceito antiquado, mas depois quando vem algo novo como a Bimby ou os NPC trimaran começa logo a dizer que já estão a inventar. Epá, decidam-se…

3. Gosto do conceito dos dois reabastecedores mais pequenos, para garantir que está sempre um operacional e, se de facto, conseguirem fazê-los por 50 milhões cada (como o CEMA afirma e até diz que há dois estaleiros que o fazem), é um excelente negócio. Oxalá se cumpra.

4. Adoro a ideia de mais dois SSK, mas vamos ver o que sai daqui, onde os vão buscar, e quão mais pequenos que os atuais serão…

Pronto, podem começar a bater, e a dizer mal da minha mãe, do Picas, da igualdade de género, dos PALOP, etc., etc. Por uma vez gostava que se conseguisse ter uma discussão técnica e sem trazer à baila as paixões e ódios individuais, mas enfim…

Os 2x SSK extra... deve ser tática de negociação, quando  o poder político disser "não" (e vai dizer, especialmente se for a direita... ou são massacrados em praça publica como "malucos dos submarinos, como o Portas") vai sentir necessidade de dizer "sim" em outro lado.

O que faz a "nossas" 2x VdG ASW (ie as que vão ter "upgrade") seremcompetentes na área ASW? Estou a perguntar mesmo, como as podemos classificar face a outras (após o "upgrade")?
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #939 em: Dezembro 27, 2023, 04:53:34 pm »
Depois de ver o discurso e ler a entrevista, tenho que dizer que me parece que existe uma visão para a Marinha, com a qual se pode concordar ou discordar, mas que está lá e parece que os meios para a implementar estão disponíveis.

A nível estratégico, parece-me haver duas grandes preocupações, a patrulha efetiva do nosso mar e o reconhecimento tácito que nunca nenhum governo vai disponibilizar as verbas necessárias para termos uma Marinha de elevado potencial combatente a todos os níveis. Assim sendo, parece-me claro que se está a optar fortemente na robotização, como seria de esperar e é louvável, e por uma mistura Hi-Mid-Lo. A componente Hi, que consiste nos meios disponíveis para a NATO é assegurada pelas BD (eu sei, eu sei, as BD não deveriam ser consideradas Hi, but humor me…) e pelos dois SSK atuais. A componente Mid será constituída pelas duas VdG ASW e os dois SSK novos mais pequenos e assegurará capacidade ASW no triângulo estratégico e eventualmente poderá contribuir para a NATO em tempos de paz ou em zonas de menor ameaça aérea. Finalmente a capacidade Lo, será constituída pela terceira VdG e pelos NPO3S e será essencialmente uma força de patrulha que poderá ajudar em ASW costeiro em tempos de guerra. Como disse, podemos discordar, e eu gostaria de ter uma componente Hi mais forte e moderna, mas é o que vai haver nos próximos 10-15 anos, aparentemente. O ponto a reter, no entanto, é que existe uma visão que está a ser implementada e isso é de louvar.

Algumas observações adicionais, mais específicas:
1. Parece que o programa de substituição das fragatas vai começar lá para 2027. Gostaria que fosse já em 2024, com as primeiras a entrar ao serviço no início da década de 30, ao invés de 2035, mas enfim…

2. Gosto do conceito do NFC e, se conseguirem fazê-los pelos tais 6 milhões, acho que vão mesmo conseguir exportar alguns. Aqui um pequeno aparte, o pessoal queixa-se que os NPO são de conceito antiquado, mas depois quando vem algo novo como a Bimby ou os NPC trimaran começa logo a dizer que já estão a inventar. Epá, decidam-se…

3. Gosto do conceito dos dois reabastecedores mais pequenos, para garantir que está sempre um operacional e, se de facto, conseguirem fazê-los por 50 milhões cada (como o CEMA afirma e até diz que há dois estaleiros que o fazem), é um excelente negócio. Oxalá se cumpra.

4. Adoro a ideia de mais dois SSK, mas vamos ver o que sai daqui, onde os vão buscar, e quão mais pequenos que os atuais serão…

Pronto, podem começar a bater, e a dizer mal da minha mãe, do Picas, da igualdade de género, dos PALOP, etc., etc. Por uma vez gostava que se conseguisse ter uma discussão técnica e sem trazer à baila as paixões e ódios individuais, mas enfim…

Concordo com a análise do @JohnM. A estratégia parece ser bem pensada. bem executada e com princípios claros, pode-se concordar ou discordar mas há trabalho feito. Há uma boa leitura (na minha opinião) dos constrangimentos que o público e o poder político colocam sobre a Marinha e há uma tentativa de mudar essas ideias sobre a Marinha.
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #940 em: Dezembro 27, 2023, 04:54:57 pm »
Só uma pergunta: Aquele NPC com drones e lanchas semi-rigidas é prático para fazer a fiscalização de pesca às traineiras? E para Salvamento, mete-se uma lona no deck e a malta fica por ali? Para um NPO serie 4 ainda me parece bem, agora uma lancha costeira? Parece-me mas lógico isto:

 



Saudações

P.S. De repente veio-me à memória os abastecedores do Báltico Alemães...  ::)



P.S. 2 - Para quando um navio de Elint/Sigint ou esta vertente não é importante?  Já que é para pedir e queremos uma marinha moderna...  ;)

"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #941 em: Dezembro 27, 2023, 04:56:34 pm »
Será que estão a considerar encomendar os reabastecedores à Coreia?
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JohnM

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #942 em: Dezembro 27, 2023, 05:09:21 pm »
Será que estão a considerar encomendar os reabastecedores à Coreia?
Já pensei nisso… por 50 milhões, se calhar…
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #943 em: Dezembro 27, 2023, 05:13:08 pm »
Depois de ver o discurso e ler a entrevista, tenho que dizer que me parece que existe uma visão para a Marinha, com a qual se pode concordar ou discordar, mas que está lá e parece que os meios para a implementar estão disponíveis.

A nível estratégico, parece-me haver duas grandes preocupações, a patrulha efetiva do nosso mar e o reconhecimento tácito que nunca nenhum governo vai disponibilizar as verbas necessárias para termos uma Marinha de elevado potencial combatente a todos os níveis. Assim sendo, parece-me claro que se está a optar fortemente na robotização, como seria de esperar e é louvável, e por uma mistura Hi-Mid-Lo. A componente Hi, que consiste nos meios disponíveis para a NATO é assegurada pelas BD (eu sei, eu sei, as BD não deveriam ser consideradas Hi, but humor me…) e pelos dois SSK atuais. A componente Mid será constituída pelas duas VdG ASW e os dois SSK novos mais pequenos e assegurará capacidade ASW no triângulo estratégico e eventualmente poderá contribuir para a NATO em tempos de paz ou em zonas de menor ameaça aérea. Finalmente a capacidade Lo, será constituída pela terceira VdG e pelos NPO3S e será essencialmente uma força de patrulha que poderá ajudar em ASW costeiro em tempos de guerra. Como disse, podemos discordar, e eu gostaria de ter uma componente Hi mais forte e moderna, mas é o que vai haver nos próximos 10-15 anos, aparentemente. O ponto a reter, no entanto, é que existe uma visão que está a ser implementada e isso é de louvar.

Algumas observações adicionais, mais específicas:
1. Parece que o programa de substituição das fragatas vai começar lá para 2027. Gostaria que fosse já em 2024, com as primeiras a entrar ao serviço no início da década de 30, ao invés de 2035, mas enfim…

2. Gosto do conceito do NFC e, se conseguirem fazê-los pelos tais 6 milhões, acho que vão mesmo conseguir exportar alguns. Aqui um pequeno aparte, o pessoal queixa-se que os NPO são de conceito antiquado, mas depois quando vem algo novo como a Bimby ou os NPC trimaran começa logo a dizer que já estão a inventar. Epá, decidam-se…

3. Gosto do conceito dos dois reabastecedores mais pequenos, para garantir que está sempre um operacional e, se de facto, conseguirem fazê-los por 50 milhões cada (como o CEMA afirma e até diz que há dois estaleiros que o fazem), é um excelente negócio. Oxalá se cumpra.

4. Adoro a ideia de mais dois SSK, mas vamos ver o que sai daqui, onde os vão buscar, e quão mais pequenos que os atuais serão…

Pronto, podem começar a bater, e a dizer mal da minha mãe, do Picas, da igualdade de género, dos PALOP, etc., etc. Por uma vez gostava que se conseguisse ter uma discussão técnica e sem trazer à baila as paixões e ódios individuais, mas enfim…

Os 2x SSK extra... deve ser tática de negociação, quando  o poder político disser "não" (e vai dizer, especialmente se for a direita... ou são massacrados em praça publica como "malucos dos submarinos, como o Portas") vai sentir necessidade de dizer "sim" em outro lado.

O que faz a "nossas" 2x VdG ASW (ie as que vão ter "upgrade") seremcompetentes na área ASW? Estou a perguntar mesmo, como as podemos classificar face a outras (após o "upgrade")?
Aparentemente vão ter um sonar rebocado… finalmente, após 30 anos
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #944 em: Dezembro 27, 2023, 05:36:40 pm »
Os 2x SSK extra... deve ser tática de negociação, quando  o poder político disser "não" (e vai dizer, especialmente se for a direita... ou são massacrados em praça publica como "malucos dos submarinos, como o Portas") vai sentir necessidade de dizer "sim" em outro lado.

O que faz a "nossas" 2x VdG ASW (ie as que vão ter "upgrade") serem competentes na área ASW? Estou a perguntar mesmo, como as podemos classificar face a outras (após o "upgrade")?

Está programado a aquisição de TAS para as duas Fragatas.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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