Já tinha dito faz algum tempo noutro tópico que me parece que entrar no projeto EPC e adquirir 3 navios em configuração Full (ou de Fragata Ligeira, como agora se chama), é a única hipótese de termos navios modernos quando fôr para substituir as VdG. Embora o cenário ideal fosse substituir as VdG lá para 2025, isso é impossível, por duas razões: 1. Não há nada de jeito no mercado de usados. 2. Não há tempo de construir novo (nem que houvesse dinheiro).
Mesmo num país com indústria de construção naval estabelecida, hoje em dia, entre projecto, construção, provas de mar, etc., o navio líder de qualquer classe demora no minimo uns 7 anos para entrar ao serviço (ver, T26 UK/CAN/AUS, T31, FTI, FFG(X), F110, M, etc.). Isso torna realista a substituição das VdG por 3 EPC contruídas em Itália/França/Espanha para cenários de média intensidade em 2030. Tentar construir em Portugal is demorar ainda mais tempo e ficar mais caro, porque tinha que se montar toda a infraestrutura e física e humana. Para mais, no final ia ser tudo em vão, porque se iriam perder essas competências quando tudo parasse depois. Para ter uma indústria de construção naval militar é preciso ter encomendas constantes e isso nunca vai acontecer; alguém está a ver um drumbeat de entrega de um navio complexo, i.e., de corveta para cima, a cada 2-3 anos, durante os próximos 30 anos, que seria o necessário para manter toda a cadeia logística a funcionar? Pois, nem eu.... Se Portugal conseguir manter de forma sustentada, no máximo dos máximos, uma indústria de construção naval que assegure lanchas+NPOs, já seria muito bom.
Ab
João