Do futuro de Portugal

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Luso

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Do futuro de Portugal
« em: Janeiro 25, 2004, 03:04:06 pm »
Acabo de ler a entrevista do Expresso deste fim de semana ao José Manuel de Mello em que a frase sonante deste indivíduo é "Façamos a Ibéria". Há que lembrar que esta personagem é um daqueles que integraram o Grupo dos 40 que estavam preocupados com o futuro da Nação (como o Champaulimaud e o garoto da Somague).
Agora, passado um par de anos desde a assinatura desse manifesto, vem esta... criatura, dizer para nos safarmos, juntando-nos a Espanha.

Pois é, meus amigos. Não queriram mal aos Espanhóis, porque eles estão fortes e saudáveis, e a sua vontade expansionista é perfeitamente natural. Portanto não lhes queiram mal e tratem-nos honradamente. - Se vierem por bem!

O problema são os traidores. Estes e os eleitos que minam continuamente o país com a sua incompetência.
Nenhum partido serve. Nenhuma referência existe.

O que eu pretendo com isto? O que é que eu pretendo de vocês que se indignam com esta situação?

Preparem-se para a luta!

Todos os sinais apontam para a morte de Portugal como nação por traição de uma série de reles merceeiros.
Não contem com as forças armadas: a maior parte deles são mercenários ignorantes e bêbados. Eu conheço-os!
Aos verdadeiros militares para quem o juramento de bandeira diz alguma coisa, preparem-se! E preparem-nos! Ensinem-nos!
Quanto aos outros: treinem. Estudem. Não comprem produtos e serviços aos traidores! Marquem os derrotistas e os vendilhões!
E protejam-se do desânimo!

Já agora: há que pensar noutra bandeira. Esta que nós temos agora representa apenas a decadência.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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komet

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« Responder #1 em: Janeiro 25, 2004, 05:09:30 pm »
Pois é meu amigo Português, alguém quem dissesse tal barbaridade comigo no poder não merecia sequer o ar que respira, nem sequer pisar o solo sagrado que é o nosso país. Muita coisa tem que mudar e talvez as pessoas só vão abrir os olhos tarde demais, toda a imprensa e comunicaçao social está controlado por pessoas que defendem utopias e ideais mortos... acho que somos muito poucos os que já se aperceberam desta desgraça de rumo político...

"SIM à Europa, NÃO a Bruxelas"

Citar
JOSÉ Manuel de Mello, que liderava a CUF no 25 de Abril e hoje controla o grupo Mello, está muito pessimista quanto ao futuro de Portugal. Sarcástico e sem ver saída para os portugueses - «talvez sermos arrumadores de carros», diz - defende que «devíamos dividir Portugal em duas ou três regiões e fazer um país novo, juntando-nos rapidamente a Espanha».
in www.Expresso.pt
"History is always written by who wins the war..."
 

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papatango

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(sem assunto)
« Responder #2 em: Janeiro 25, 2004, 06:20:11 pm »
Li ontem essa peça do Expresso.

Acho que é uma pedrada no charco embora não esteja de acordo com as conclusões.

A realidade é que a miséria das elites portuguesas nos fez chegar a isto. No entanto, não é verdade que estejamos asim numa situação tão dramática.

Esta situação tem infelizmente paralelos históricos. Em 1580, também uma corja de parasitas e funcionários públicos improdutivos (nobres) também acharam o Iberismo uma coisa boa, especialmente porque íam aumentar o dinheiro das suas nobres carteiras.

Hoje, alguns dos nossos empresários, gananciosos como sempre, e analfabetos como nunca, fazem exactamente o mesmo. O problema, é que a Espanha atravessa um período de crescimento económico. Quando as coisas começarem a ficar pretas, e os directores entretanto contratados começarem a ser postos na rua, porque já não servem para nada, aí vão ver essa corja de imprestáveis, a voltar para Portugal, a cantar o hino nacional e a dizer que afinal se tinham enganado. Sempre foi assim, a historia acaba sempre por se repetir. E a vantagem de sermos um país antigo, é que já vimos todos este filme.

Acho no entanto que devemos manter a serenidade. Portugal existe não porque a nossa elite (normalmente traidora) queira, mas porque sempre houve uma vontade popular que a fez existir.

Este tipo de declarações, tem no entanto a vantagem de abanar as consciências, e despertar gente adormecida.

Pessoalmente acho que o estão a conseguir.

Torna-se igualmente evidente, que grande parte dos nossos problemas não são provocados pelos nossos traidores de trazer-por-casa, mas também pela nossa dificuldade em alterar o país (como dizia o Expresso esta semana) em trinta anos. Também não adianta entrar em algum fernesim anti-castelhano.



Cumprimentos


 :mrgreen:
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Luso

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Leiam este artigo
« Responder #3 em: Janeiro 29, 2004, 02:49:39 pm »
Meus amigos, peço-lhes que leiam este artigo. A coisa vai. Um abraço ao Camaleão!

http://www.portugaldiario.iol.pt/notici ... ?id=164953
http://www.portugaldiario.iol.pt/notici ... _id=164953
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Tiger22

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Do futuro de Portugal
« Responder #4 em: Janeiro 30, 2004, 07:35:28 pm »
Caro Luso:

Concordo com tudo aquilo que diz, mas há dois pontos com os quais tenho que discordar.
Quando refere que a maior parte dos membros das forças armadas são aquilo que menciona tenho que discordar. Também as conheço e tenho a certeza que o grupo que refere é uma minoria. Principalmente entre oficias e sargentos existe um elevado amor à pátria, bandeira, e ao país em geral.
O segundo ponto de que discordo é em relação a Bandeira. Penso que é um dos nossos símbolos mais emblemáticos e representativos que representa só por si, a unidade e o amor por um país chamado Portugal.
Quanto ao resto totalmente de acordo consigo. Façamos um boicote aos artigos, produtos e serviços oferecidos pelas empresas dessa “gentinha”, verão como tudo muda…
Quanto as declarações do senil… depois de ler a entrevista só pude  :rir:  :rir:
Mas há muitos mais… a esses só lhes dou um conselho: se não estão bem mudem-se!!!
As fronteiras estão abertas.
Portugal, não tenho a menor dúvida, assistira a morte de muitos países (algums dos quais citados por essas personagens), e ao nascimento de muitos outros, mas este país, como já o demonstrou ao longo da história, é ETERNO.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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papatango

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« Responder #5 em: Janeiro 30, 2004, 07:44:04 pm »
Boicote ?

Mas boicote ao quê?

E vamos boicotar quais espanhois?

Vamos boicotar as empresas  bascas, as galegas, as catalãs ou as castelhanas?

Vamos colocar tudo no mesmo saco ?

Desculpem-me mas acho que isso é um disparate.

Em primeiro lugar, há que notar que as empresas espanholas também dão emprego a portugueses, e infelizmente temos que reconhecer que chegam a tratar os portugueses melhor que muita empresa portuguesa que por aí há.

Depois sería necessário considerar uma acção de retaliação.
Sim, retaliação... é que estas coisas andam nos dois sentidos.

Um boicote não faz grande sentido, a não ser que seja concentrado especialmente em coisas castelhanas.

O problema é que isto também é um absurdo. Se formos a ver, a Zara e o Corte Inglês, têm por exemplo e tanto quanto sei origem na Galiza - corrijam-me se estou errado.

Tería sempre que ser um boicote, muuuuito dirigido.

Uma regra militar meus senhores é, quando se têm poucas munições, há que guardar as que temos, para atingir no alvo. Um boicote correspondería a começar a disparar rajadas á balda, com uma espingarda que só tem meio carregador.

Ou seja, um desperdicio.

Cumprimentos...
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Luso

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« Responder #6 em: Janeiro 30, 2004, 09:31:39 pm »
Referia-me aos produtos e serviços dos vira-casacas. Mas também lhe digo, papatango, eu já boicoto há muito os produtos espanhóis. E já enfrentei o ridículo. Assim como me custa muito conter os punhos em certas ocasiões sociais em que cada vez se ouve "Pá, não me emportava nada de ser espanhol". E sabe que mais? Até eu às vezes fraquejo quando leio certas notícias...

Diz o papatango que há muitas empresas portuguesas que tratam melhor os portugueses que as empresas nacionais. E diz muito bem, porque é verdade. Mas também será boa política dessas empresas agir assim. As que eu conheço filiais portuguesas que eu conheço pessoalmente e que sei que estão nessa situação, é porque  constituem a fonte de conhecimentos da empresa mãe espanhola, e muitas vezes são as filiais mais rentáveis. Ninguém é bonzinho por acaso e sabe bem disso.

Quanto à minha estratégia: sim é básica. É legal (se é que isso significa alguma coisa) e não violenta (seria estúpido o contrário, neste momento).

Então o que é que o papatango sugere?

Não faça é o que recomenda o Sr. Presidente da República: "a realização de um amplo debate".

Mas volto ao verdadeiro inimigo: não é o espanhol que mais me preocupa mas o inimigo interno que é o mais perigoso. Aliás foi assim que se desfez o Império.
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komet

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« Responder #7 em: Janeiro 30, 2004, 10:18:21 pm »
É assim que se desfazem todos os impérios, tem a história ensinado, como muito bem disseste, primeiro temos q "combater" cá dentro, e há muito por que lutar.
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Ricardo Nunes

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« Responder #8 em: Janeiro 30, 2004, 10:38:38 pm »
Peço desculpa, mas não concordo com o "bloqueio" aos produtos espanhois.

Vivemos num mundo cada vez mais globalizado. Como sabemos isso traz vantagens e desvantagens. As vantagens da globalização são evidentes, o acesso à informação para todos, cada vez maior inter-câmbio de culturas, aumento da actividade económica etc.
A grande desvantagem da globalização é o monopólio económico - A absorção constante de empresas mais pequenas/fracas por empresas maiores/fortes. Isto gera enormes empresas multi-nacionais que aos poucos se vão apoderando das mais pequenas.

Como sabem são poucas as empresas que Portugal tem com capacidade de projecção a nível europeu ( já nem digo mundial ) e, temos de aceitar mais cedo ou mais tarde, que o futuro destas será de certeza a incorporação em uma multi-nacional estrangeira. Para o português comum, isto não é necessariamente mau, pode significar um melhoramento de serviços e preços, contudo de um ponto de vista nacionalista ( entenda-se patriótico ) é humilhante.
Mas isto é a realidade e temos de a aceitar e acima de tudo apostar em empresas que temos que realmente se destacam das outras.

Falam em boicote. Acho um exagero. Se me falassem em proteccionismo, moderado claro, concordava a 100% ( aliás é o mesmo que os espanhois fazem ). Temos de nos concentrar no apoio a algumas empresas privadas ou públicas, que realmente podem suceder ( refiro o caso da COMPAL, por ex., que está a caminho de se tornar o líder de vendas de sumos em Espanha ).

A globalização é algo do qual não existe retorno ( a não ser que queiramos voltar ao tempo do orgulhasamente sós ), e temos de lutar na mesma moeda. Como é óbvio não podemos ser os melhores em tudo, mas acredito fortemente que temos empresas que poderiam ser líderes na Europa, e mesmo no mundo, em algumas áreas.

Boicote é extremismo. E como o papatango referiu e bem iria acabar por trazer, muito provavelmente, a mesma atitude por parte da população espanhola.

Vamos antes concentrarmo-nos no apoio às nossas empressas e incentivá-las a expadirem-se para além deste nosso agradável cantinho que é Portugal. ;)


Quanto às declarações do expresso sinceramente nem lhes dou valor. São de tal maneira absurdas ( não concebo nenhum português que efectivamente se queira juntar à Espanha ) que passei completamente ao lado.
Ricardo Nunes
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papatango

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(sem assunto)
« Responder #9 em: Janeiro 31, 2004, 12:20:59 am »
Quanto á nossa indefinição...


Porque não dás de comer ao cão?
... Ora, pelo que ele trabalha...
Então porque não o matas?
... Ora, pelo que ele come...

Isto define um bocado a nossa forma de ver as coisas...

Cumprimentos  :D
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filcharana

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Re:
« Responder #10 em: Janeiro 31, 2004, 04:15:54 am »
"...( refiro o caso da COMPAL, por ex., que está a caminho de se tornar o líder de vendas de sumos em Espanha )."

E que, por enquanto, dá emprego a centenas de pessoas de Almeirim, a minha santa terrinha 8)  8)  8) !!!!



PS: Em meados de Outubro/Novembro o nosso PM e o MDN visitaram a fábrica. Vieram de Puma, os meninos!!!! (Não tirei fotos, sorry... :(  :( )

Cumptos
 

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Luso

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Proteccionismo
« Responder #11 em: Janeiro 31, 2004, 12:07:38 pm »
Falam em proteccionismo encapotado, como fazem os espanhóis. Pois muito bem. Aqui também se faz mas de uma maneira muito, muito descoordenada. Aliás, a Somague conseguiu contractos por ser portuguesa e por ter apoios do Estado. E depois foi o que se viu.
Cada vez vejo mais paralelos com os primeiros anos da República, com a indústria a ficar cada vez mais nas mãos dos estrangeiros.

Quanto ao facto de haver gente que preferia ser espanhola: existem e não são poucos. E não têm pudor nenhum em o afirmar.

Já agora, e para vos dar um enquadramento mais geral da minha visão:
Eu tenho que trabalhar com os diplomas legais que constantemente são elaborados para o ordenamento do território, ambiente, desenvolvimento industrial e urbano. Vocês não fazem ideia da bandalheira em que se encontra o País e como funcionam as instituições.

- As leis são feitas por senhores bem falantes ou por garotos sem experiência profissional que fazem mestrados logo após as licenciaturas. E como estão ligados às jotas e a associações de estudantes chegam a
ministros ou secretários de estado;

- Essa gente julga que só com palavras sonantes é que se muda a realidade e não com actos. Exemplo: fazem uma lei (que até pode ser correcta). Não a fazem cumprir na prática, porque para isso vão criar inimigos. Depois alteram a lei para branquear os problemas que a anterior lei visava resolver.


- Essa gente só "sobe" graças ao sistema que valoriza o bajulador e não o competente e o trabalhador. Portanto, um tipo que passa a vida a "socializar-se não tem tempo nem a vontade de quere saber fazer nem fazer. Mas sobe porque percorreu os caminhos todos (esta situação já foi descrita por David Hackworth acerca do Exército dos Estados Unidos sobre os gravíssimos problemas daquela instituição quanto à capacidade de comando. Leiam "About Face" e façam a analogia à classe política portuguesa: está lá tudo explicado;

- Gente que governa tem que ter experíência profissional. Quantos são os que nos governam- directa ou indirectamente que têm experiência profissional reconhecida? Quantos ao longo da sua vida se atreveram a arriscar? E a enfrentar o erro?

- Os que nos governam preferem o imobilismo porque o acto de criar implica também destruir. E destruir cria inimigos. Portanto, é preferível sugerir "amanhãs que cantam" para manter as espectactivas dos eleitores ou não dar argumentos para ser substituido.

É como vos digo: quem trabalha erra.
Quem trabalha pouco erra pouco.
Quem não trabalha é promovido.

E assim quem não trabalha é quem nos governa.
Aliás como explicar que uma pessoa que do seu período de trabalho dedica 90% desse tempo acções de formação? Nada produz. E atrasa o trabalho. E impede a criação de postos de trabalho. E chega a Director Geral porque "tirou" um curso de formação de Gestão Superior. Sem nunca ter produzido nada?

Muitos de vocês estão a par de problemas específicos do País. E aposto que se surpreendem com a infantilidade dos comentários e tomadas de posição dos nossos políticos. Porque são só imagem.

E esta gente é o nosso maior inimigo e não os espanhóis. Mas como é que podemos boicotar estes? É que as eleições não nos dão alternativas.
É preciso que as pessoas se apercebam disso com urgência.



Leiam "About face". E os problema da governação nacional estão lá todos. Também aqui estará a globalização? Ou a moderna efemininação?  

http://www.amazon.com/exec/obidos/tg/de ... ce&s=books

e visitem

http://www.hackworth.com
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ferrol

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Boicoteos...
« Responder #12 em: Março 01, 2004, 01:09:30 pm »
Un saúdo desde a Galiza:

Había ben de tempo que non pasaba por este foro, e cando volvo atopo problemas coas licencias da pesca, problemas de identidade nacional nalgúns portugueses, propostas de boicotes ós productos espanhois...

Eu quixera comentar algúns comentarios sobre o tema, así que, se me permiten:

Citação de: "Luso"
Quanto ao facto de haver gente que preferia ser espanhola: existem e não são poucos

Ás veces eu tamén preferiría ser alemán ou francés, pero iso non significa que deixe de ser galego. De feito, compararse cos que fan as cousas mellor ca nós pode axudar a segui-lo seu caminho e mellorar nós tamén.


Citação de: "Ricardo Nunes"
Vivemos num mundo cada vez mais globalizado[...]A grande desvantagem da globalização é o monopólio económico - A absorção constante de empresas mais pequenas/fracas por empresas maiores/fortes. Isto gera enormes empresas multi-nacionais que aos poucos se vão apoderando das mais pequenas.


Acho esta análise totalmente acertada. Podemos deducir entón, que si os empresarios non vendesen as súas empresas ás multinacionais, non se perdería a "soberanía económica" de Portugal, logo a "culpa" da perda de capacidade de decisión económica non é dos espanhois, nin dos alemáns, é dos empresarios portugueses que venden as empresas.

E non é culpa tampouco, porque se un can non ten culpa de caminhar a 4 patas, un empresario tampouco a ten por querer ganhar dinheiro vendendo a súa empresa. É a natureza do "animal".



A globalizaçao é un tema complicado. Boicote ós productos de calquera país é imposible. ¿Por qué?

Se se boicotea a roupa de Zara, non boicotea a Zara, senón ós empregados portugueses de Zara, que si se recortan os pedidos en Portugal, Zara pecha as tendas e abre outras en Qatar ou Libia, ponho por caso.

Outro caso máis. Un boicote ós productos espanhois ¿debería incluir os neumáticos Michelin, que fabrica a metade dos de automóbiles na Espanha con caucho de Exipto e aceiro francés?

Polo mesmo, ¿boicotearía á Renault ou á Opel por fabricar en Espanha, xuntando peças que provenhen de 3 continentes?

A avantaxe da globalizaçao está en que os centros de poder están deslocalizados. Unha multinacional xa non é de aquí ou de alá, porque os beneficios xa non pertencen ó país raiz, senón que se reinvirten cáseque sempre nas divisións rexionais para poder seguir competindo.

Por último, unha pequena consideración. A Espanha e Portugal deben caminhar xuntas, sobre todo en Europa, e máis agora que cos novos países as decisións poden marchar cara ó leste, en vez do sul.

Saúdos desde a Galiza.
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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Luso

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Ferrol!
« Responder #13 em: Março 01, 2004, 09:31:52 pm »
Ferrol,

Acredite que eu não quero nada de mal aos espanhóis que sabem onde acaba Espanha e começa Portugal. Além disso, segundo me disseram, eu próprio terei um pouco de sangue galego!  :wink:
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papatango

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« Responder #14 em: Março 01, 2004, 10:17:06 pm »
Estão a dar recuerdos na Corunha?

Onde é que a gente dá o nome?  :twisted:
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