A Batalha da Salga

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pmdavila

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A Batalha da Salga
« em: Julho 05, 2007, 12:53:06 pm »
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A Batalha da Salga



Após a realização da Junta dos Estados a 17 de Abril de 1581, partiu El-Rei D. Filipe para Lisboa e, chegando a Almada, soube da má disposição em que estava a ilha Terceira a seu respeito, tendo recusado aceitar Ambrósio de Aguiar Coutinho que lhe fora enviado por governador. Em consequência do que ordenou logo uma armada suficiente, com ordem de se assegurar da ilha de S. Miguel e para conservar seus moradores na obediência e escoltar as embarcações das Índias; e despachou esta armada sob o comando de D. Pedro de Valdez, sem que o autorizasse a intentar coisa alguma contra a ilha inimiga e suas anexas, até lhe enviar maiores forças; outrossim, lhe entregou cartas para o governo de Angra e instruções particulares em favor dos moradores da terra, para que em boa paz se reduzissem à sua obediência.

Ao amanhecer do dia 5 de Julho apareceu a armada à vista de Angra, contando-se nela oito galeões, um pataxo e uma caravela alfamista, que vinha por mexeriqueira. Mui diversos foram os efeitos de temor e alegria, que isto causou aos seguidores dos dois bandos em que se achava dividida a Terceira; porquanto, o partido que seguia a voz de El-Rei D. António esperava que fosse o socorro de França e Inglaterra, há muito prometido; e o que seguia a parte de El-Rei Filipe, esperava e queria fosse já a esquadra para sujeitar a ilha ao seu domínio. E ainda que os primeiros tivessem razão de presumir que fosse armada inimiga, lhes parecia tão pequena que lhes não dava maior cuidado; além de esperarem o triunfo, confiados na justiça da sua causa.

Em breve houve o desengano destes diversos pareceres. A armada sem lançar ferro, atravessou defronte do porto, e começou a disparar artilharia contra a cidade, e todo aquele dia velejou em frente a ela. D. Pedro de Valdez, tomando um barco de pesca, mandou dizer ao governador Ciprião de Figueiredo, e aos mais da governança da terra, que se entregassem à obediência de El-Rei Filipe, estando pronto a perdoar-lhes o crime de rebelião, e que ainda lhes faria outras mercês de grande conveniência; caso contrário, tomaria a ilha à força de armas, sem dar quartel a ninguém.

Tais promessas pareciam fraqueza e pusilanimidade e como tais não sortiram outro efeito mais do que o escárnio. Os terceirenses, além de um pequeno número, não queriam género algum de conciliação que lhes não fosse determinado por El-Rei D. António, a quem tinham jurado obedecer até por ele derramarem a última gota de sangue. Com esta heróica resolução, conheceu Valdez que a ilha se não rendia.

Apenas El-Rei Filipe soube o estado da ilha Terceira e suas dependentes, sem perder tempo fez preparar e guarnecer algumas embarcações de todo o necessário para conquistar estas ilhas, incumbindo o comando desta armada no mestre-de-campo D. Lop de Figueiroa, a quem imediatamente fez partir para que, incorporando-se com o sobredito D. Pedro de Valdez, as batessem e conquistassem.

Porém quando este soube que D. Lopo de Figueiroa andava no mar e vinha juntar-se com ele, e que estava de mais a mais nomeado primeiro comandante, cheio de ciúme, decidiu terminar este importantíssimo negócio: lançar em terra gente que se ajuntasse com eles, e acometer a cidade, tomando-a, e fortificando-se na ilha até que chegasse D. Lopo de Figueiroa, que não podia tardar muito; e neste árduo projecto se empenhou o general Valdez, dando ordens e preparando-se para o dia seguinte.

Chegando finalmente a madrugada do dia de São Tiago, que segundo o antigo calendário era a 25 de Julho, achando-se o mar pacífico e o vento favorável, mandou o general D. Pedro de Valdez embarcar nas lanchas e no batel do Faial, que tomara com o director desta expedição, a primeira coluna do seu exército, constante de 200 homens bem armados, e com algumas peças de artilharia, e os fez conduzir ao lugar já conhecido, chamado Casa da Salga.

Ainda não era dia claro, quando a vigia que estava na Ponta dos Coelhos, que é a mais amarada, deu sinal do inimigo estar próximo e recebendo as surriadas de artilharia que ele ousadamente lhe enviou; e fazendo o sinal acordado, começou o rebate no sino da igreja paroquial de Santo António, na qual era vigário Pedro Pereira.

Logo aqueles a quem pertencia o posto da Salga, para onde o inimigo remava, se prepararam à defesa; porém, vendo aproximar tão grande força, apenas descarregaram as armas, abandonaram tudo e se puseram em retirada. Os Castelhanos, havendo tomado as trincheiras, e ganhado a artilharia que nelas estava, com a mesma se defendiam e carregavam os nossos.

Os soldados da armada, senhores do mar, com os barcos e batéis, desembarcaram em terra o resto do exército, composto de 1 000 soldados de peleja, entrincheirando-se com o mesmo general D. Pedro de Valdez; e se puseram em tal ordem e conceito, que pareciam quatro mil homens.

Seriam nove horas do dia quando da cidade de Angra e da vila da Praia chegaram as companhias de ordenanças, e gente das Ilhas de Baixo, que já estava na ilha, formando ao todo seis mil homens de peleja.

Era meio-dia, e ao campo dos castelhanos não se havia passado português algum, como eles esperavam, ou porque estivessem presos os principais cabeças ou retirados nas montanhas, ou porque vissem a perda inevitável de Valdez e a sua temerária ousadia. Então, vendo ele quão pouco devia esperar do seu partido em terra, o ardor com que os portugueses e toda a gente pelejava, e a mortandade que já havia nos seus, achou acertado retirar-se a bordo da sua nau, como efectivamente fez.

Sendo já depois de meio-dia, estavam mortos dezassete portugueses, e sem embargo de que a gente da ilha era muito superior em número aos castelhanos, estes punham em muita dúvida o resultado da acção.
Neste conflito se achava Frei Pedro, religioso de Santo Agostinho de Angra; este pois vendo o risco em que se achavam os portugueses, aconselhou ao governador Ciprião de Figueiredo, que lançasse grande quantidade de gado vaccum, e o espantassem sobre o inimigo com aguilhão e fogo dos arcabuzes, porque facilmente o desordenariam, e serviria de reparo aos portugueses, que atrás dele acabariam o conflito, desbaratando totalmente o exército dos castelhanos.

Como a ilha foi sempre muito abundante de gado desta espécie, em breve tempo trouxeram os portugueses tanto ou mais do que era o número dos inimigos, e chegado que foi, o puseram em ordem, espalhado de forma que tomasse a largura e tamanho do campo dos castelhanos. Então um dos seus capitães, vendo o estratagema de que se usava contra eles, já descorçoado, disse: — Vien con ganado, gañados somos!

E assim foi, porque os castelhanos se achavam cansados da escaramuça, sem pólvora nem bala e neste tempo pensaram em se embarcar; porém tarde, porque, carregando os portugueses com muito ímpeto atrás do gado, os investiram de tal sorte e com tal fúria, por verem a mortandade e hostilidades que lhe fizeram, talando e queimando os seus campos, que em breve tempo os derrotaram; e quando chegaram os que iam na retaguarda, já não acharam encontro algum, nem a quem matassem, sem que aproveitasse aos castelhanos a retirada para a borda de água, porque ali mesmo desumanamente os matavam; nem ainda aos que se rendiam vivos perdoavam.

Muitos se lançaram ao mar, e como estavam armados, facilmente iam ao fundo; outros, querendo largar as armas, não o podiam fazer tão depressa que os não matassem, sem que os barcos e batéis se pudessem aproximar, pelo muito fogo que de terra se lhes fazia.
No entretanto o general Valdez a bordo da armada, amainando as velas, e pondo as bandeiras e estandartes à colha, manifestava o maior sentimento e tristeza que se podia imaginar; e em tanto desalento o colocara a má fortuna, que, suposto os portugueses andassem ao longo do mar engolfados nos despojos, nem por isso ele se atrevia a disparar contra eles alguma artilharia, como fizera durante o combate, porquanto o vento se lhe fez contrário, e engrossou sobremaneira o mar, servindo de sepultura aos muitos que dele se confiaram.

Morreram de terra somente 17 homens; houve muitos feridos e queimados. Alguns elevam o número dos mortos a pouco menos de 30, António de Herrera é desta opinião; e suposto dizer que dos castelhanos morreram 400 somente, este número não é exacto, pelo que temas visto em diferentes relações, que, dando o desembarque de mil homens para cima, dizem que só destes escapariam a nado 50, ou pouco mais.



in "Anais da Ilha Terceira"
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

"Antes morrer livres que em paz sujeitos"
 

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PereiraMarques

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« Responder #1 em: Julho 05, 2007, 01:24:00 pm »
 

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pmdavila

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« Responder #2 em: Julho 05, 2007, 01:31:20 pm »
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

"Antes morrer livres que em paz sujeitos"
 

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tentador

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« Responder #3 em: Julho 05, 2007, 02:06:55 pm »
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os Castelhanos

Como lle dixen a Comanche:
¿Que castelans? ¿Os de castilla La Mancha ou os de Castilla y Leon?  c34x
 

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pmdavila

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« Responder #4 em: Julho 05, 2007, 02:37:48 pm »
Citação de: "tentador"
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os Castelhanos
Como lle dixen a Comanche:
¿Que castelans? ¿Os de castilla La Mancha ou os de Castilla y Leon?  :wink:


Mas como ficaram escaldados, mal conseguiram conquistar pela força das armas a Terceira, cerca de 2 anos após esta batalha, a primeira coisa que fizeram foi: uma fortaleza.


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Fortaleza de S. João Baptista


É iniciada a sua construção por volta de 1592, por ordem de Filipe II de Espanha I de Portugal. Envolve toda a área do Monte Brasil, protegendo este de qualquer tentativa de assalto por forças inimigas. As muralhas controlam todos os anoradoiros de Angra e do Fanal, onde os barcos haviam sempre onde ancorar seguros, independentemente dos ventos que se fizessem sentir.

Destinado inicialmente à protecção dos barcos Espanhóis, vindos das Índias Ocidentais (América Espanhola), é sem dúvida a maior fortaleza construída por Espanhóis em todo o mundo.

Possui cerca de 400 peças de artilharia, o que para uma ilha de dimensões como é a Terceira nota uma capacidade enorme de defesa, únicas em todo o mundo, não sendo todo este arsenal de defesa, uma novidade trazida pelos espanhóis, pois já antes da ocupação feita por estes, a muito custo, A ilha Terceira e nomeadamente Angra do Heroísmo eram considerados sítios invencíveis para o reino de Espanha, sendo toda a ilha coberta por uma cortina de cerca de 80 fortes numa extensão de 80 Km que tem esta ilha.

Esta fortaleza, a maior da Europa, tem uma área muralhada de cerca de 5 Km de muralha, onde albergava os cerca de 1500 homens ao serviço do rei espanhol.

A importância desta fortaleza é não só perspectivamente num conjunto da cidade onde se encontra, ou da ilha onde se implantou, ela é o testemunho perfeito de 500 anos de história nacional no seu mais importante repertório de acontecimentos, sendo os de maior relevo os Descobrimentos Portugueses e as Lutas Liberais. È Também nesta fortaleza que é hasteada pela primeira vez o estandarte da Monarquia Constitucional da Senhora Dona Maria II. E lá se vê o primeiro monumento construído após a Restauração da Independência Nacional.

Sumamente importante quer para portugueses quer para espanhóis, pois foi aqui que ambos deixaram profundas marcas dos imensos Impérios Coloniais Ibéricos.

É também facto importante a referir, que ainda hoje ocupada por tropas portuguesas, esta é a mais ocidental da Europa, sendo igualmente o local por mais tempo ocupado por soldados, desde a sua fundação, 500 anos, ocupando hoje o espaço comum de regimento mais ocidental de Portugal e da Europa.

Esta Fortaleza, tida como uma das melhores da Europa, desde a sua construção, essencialmente espanhola, (Planta de José Vilhena, engenheiro mor do reino de Espanha), foi construída no local do Monte Brasil por motivo não só de defesa das naus que ali se abrigavam como também, para, e numa primeira fase, controlar as gentes rebeldes de Angra que não gostavam do domínio espano.
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

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PereiraMarques

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« Responder #5 em: Julho 05, 2007, 02:57:38 pm »
Citação de: "pmdavila"
Como tal, Castela e Leão, se assim o apraz  :wink:


A questão do "tentador" tem rasteira, ele estava a referir-se apenas às duas Comunidade Autónomas que actualmente têm o nome "Castilla" na sua designação oficial. É melhor explicar que, provavelmente, se refere ao antigo Reino de Castela e Leão, é que actualmente a Região Autónoma de Castela e Leão é apenas uma pequena parte desse antigo Reino.

Actual Região Autónoma de Castela e Leão:


Antigo Reino de Castela e Leão:


Por outro lado, conforme já foi explicado n vezes ao longo deste forúm, o entendimento de Castelhano para muitos portugueses refere-se aqueles  indivíduos que são etno-linguísticamente Castelhanos, independentemente da Comunidade Autónoma em que nasceram/residem, que acreditam num estado unitário peninsular politicamente e culturalmente centrado em Madrid e na superioridade dessa mesma "cultura castelhano-madrilena".
 

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pmdavila

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« Responder #6 em: Julho 05, 2007, 03:09:37 pm »
Percebido! De facto, refiro-me ao antigo Reino de Castela e Leão. Digamos que lá na Terceira mantemos mais contacto com os EUA do que propriamente com Espanha, daí o meu desconhecimento de tal facto. Mas quanto mais se aprende, melhor!
Com os melhores cumprimentos,
pmdavila

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« Responder #7 em: Julho 05, 2007, 04:02:14 pm »
Eu quando vi o teu avatar lembrei-me logo deste acontecimento...ah grandas Terceirenses!!!  c34x
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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tentador

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« Responder #8 em: Julho 05, 2007, 07:02:59 pm »
Amigos si falan de casteláns entenderei que estan a falar dos xentilicios das comunidades autonomas citadas, se se queren referir ao conxunto de españa falen de españois e non de castelans
 

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ferrol

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« Responder #9 em: Julho 05, 2007, 07:14:08 pm »
Citação de: "tentador"
se se queren referir ao conxunto de españa falen de españois e non de castelans
¡Pois vas dado! Aquí, o idioma coloquial é o de "castelhanos mentireiros e invasores"...e logo, se queren insultar somos "castelhanos fascistas"...iso inclúe ós que non sendo "castelhanos invasores" están dacordo coas nosas ideas...así sexan portugueses de toda a vida, que serán invitados a abandoa-lo foro por non representa-lo auténtico espírito luso-resistente predominante no forum...

E a partir de ahí, costa abaixo...
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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papatango

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« Responder #10 em: Julho 05, 2007, 07:19:40 pm »
Tentador ->

Entenda uma coisa, que muitos espanhóis não sabem (ou não querem saber):

Até ao final do século XVIII, em grande parte dos documentos militares portugueses não há referência a nenhuma guerra contra os espanhóis.

Em todos os casos, mesmo durante a guerra da restauração 1640-1668, na maioria dos casos os militares portugueses referiam-se apenas aos castelhanos e não aos espanhóis nos seus relatórios e descrições das batalhas.

Conta-se por exemplo o numero de castelhanos mortos, o numero de castelhanos aprisionados, o numero de canhões que os castelhanos deixaram no campo de batalha etc...
Não há referência a espanhóis. Só bastante mais tarde, quando o Rei de Castela, se passou a auto-nomear Rei de Espanha, é que os portugueses começaram a chamar espanhois aos castelhanos.

Portanto, por uma questão de rigor histórico, devemos utilizar as expressões que eram utilizadas quando ocorreram os conflitos.

Tratava-se de castelhanos e não de espanhóis, pelo que se deve utilizar o termo castelhano e não espanhol, em nome da verdade histórica!

A realidade politica da Espanha depois de 1977, é uma coisa, a História peninsular é outra.
Nós não podemos alterar a nossa História, nem podemos alterar os documentos escritos à séculos, porque entretando o Estado que conhecemos como Espanha, e que foi construido com base em Castela, decidiu criar regiões autónimas.

= = = = =

Dito isto, lembro que de qualquer maneira, do ponto de vista formal, os Castelhanos estavam ao serviço daquele que os portugueses tinham aceite como Rei, eleito em Cortes.
Por muito triste e dramático que isso seja, a realidade é a que é.
E essa realidade deveria servir-nos de lição.

Infelizmente, parece que temos dificuldade em aprender as lições da História, e o povo que não quer saber dos erros que cometeu, acaba por os cometer outra vez.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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tentador

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« Responder #11 em: Julho 05, 2007, 07:31:36 pm »
pmdavilla dixo:
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E os Castelhanos podem dar testemunho disso

Estase a referir ao presente, aos casteláns de agora, é decir,  aos españois.
 

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SSK

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« Responder #12 em: Julho 05, 2007, 07:39:54 pm »
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Infelizmente, parece que temos dificuldade em aprender as lições da História, e o povo que não quer saber dos erros que cometeu, acaba por os cometer outra vez.


Porque qer se queira quer não a história repete-se sempre mais cedo ou mais tarde...
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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papatango

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« Responder #13 em: Julho 05, 2007, 07:46:08 pm »
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Estase a referir ao presente, aos casteláns de agora, é decir, aos españois.


Não tentador.
Está-se a referir aos mesmos do passado.

Nós começámos a chamar espanhóis aos castelhanos, quando aqueles começaram a dominar os outros povos da peninsula, mas a expressão «castelhano» continua a ser tão válida hoje quanto no passado.
Quando nos referimos a Espanha em questões históricas como é o caso, é aos castelhanos que fazemos referência.

Se você quer mudar o nome dos castelhanos, a nós tanto nos dá que lhes chame espanhois, franceses, guipuzcoanos, alemães ou tártaros.

Os castelhanos, são os castelhanos...
Não há grande volta a dar à questão.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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SSK

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« Responder #14 em: Julho 05, 2007, 07:53:46 pm »
não está fácil de perceber
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo