Desculpem destoar.
Parto sempre do princípio que o mais alto responsável da Armada sabe o que diz.
E o que diz faz sentido.
Tirando evidentes ruídos na comunicação (o jornalista dizer que a Marinha vai adquirir "um" blindado - o que lhe terá sido dito é que a Marinha vai adquirir "um" modelo de blindado), o resto pode ser um conjunto de boas notícias.
Li algures, há vários anos, que o número ideal de fragatas rondaria as 12, o mínimo aceitável seriam 6 mas que 9 seria um número que compatibilizaria a vontade política e as necessidades mínimas da Marinha.
Faz sentido falar em 9 fragatas no horizonte 2012, pois que já entrará em linha de conta com a futura lei de programação militar.
Assim, a meu ver o Sr. Chefe de Estado Maior da Armada - que em duas intervenções televisivas me convenceu tratar-se de pessoa competente, cordata e com uma visão correcta do futuro - , das duas uma:
ou está a antecipar uma notícia pública (a preparar o terreno ao poder político, tendo em vista possíveis análises negativas provindas de quem, tendo acesso facilitado à TV, defende que o investimento deve ser canalizado para outros meios, designadamente terrestres;
ou está a posicionar a Marinha nas negociações da futura LPM.
Duas ideias mais:
desconheço em absoluto quais as negociações estabelecidas entre o Governo português e os estaleiros alemães, mas a circunstância de a B & V vir a deter 80% dos ENVC (mais Lisnave) pode abrir a porta à construção de fragatas ligeiras em Portugal (não esquecendo que o German Litoral Combatant aponta para as cerca de 2.900 t e as nossas Belo têm cerca de 2.200 t) o que seria um passo lógico para os ENVC após a construção dos NPO;
Concordo, portanto, com as perspectivas positivas avançadas por lf2a, Typhonman e E-migas.
Não vejo o mais alto responsável da Marinha a assegurar que vitão 3 Perrys sem que isso fosse um dado seguro.
Mas ... neste mar de informações e desinformações posso estar completamente errado.
JGS