Rússia inaugura esquadrão de mísseis nucleares Topol-M

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Rússia inaugura esquadrão de mísseis nucleares Topol-M
« em: Dezembro 17, 2004, 07:34:29 pm »
Rússia inaugura esquadrão de mísseis nucleares Topol-M

(EFE)

MOSCOU - O exército russo anunciou ontem o início das operações de um novo esquadrão de mísseis balísticos intercontinentais Topol-M como parte do processo de modernização do arsenal estratégico do país.

"Posso informar com orgulho que o quarto esquadrão com mísseis Topol-M estacionários (silos) foi incorporado ao serviço ativo", declarou o general Nikolai Solovtsov, comandante das Forças Estratégicas da Rússia (FER) em cerimônia por ocasião do 45º aniversário da instituição.

Solovtsov disse que o esquadrão está equipado com 10 mísseis Topol-M e que, no total, a Rússia já tem 40 mísseis deste tipo posicionados em silos na região de Sarátov, na bacia do rio Volga.

Os MBI Topol-M (SS-X-27, segundo a classificação da Otan) são uma versão dos mísseis RS-12M e constituem um dos pilares da modernização das FER com base em projéteis terra-terra de grande precisão capazes de burlar os sistemas de defesa antimíssil.

Os Topol-M são um dos primeiros tipos de mísseis fabricados pela Rússia sem a cooperação de outras ex-repúblicas soviéticas. Chamados de mísseis inteligentes, os Topol-M medem 22,7 metros, têm alcance de até 10 mil quilômetros, utilizam combustível sólido e pesam 47 toneladas.

O general Solovtsov explicou que a modernização das FER com mísseis Topol-M colocados em silos e em rampas móveis (sobre caminhões) deve durar de 10 a 15 anos, em função dos recursos que o governo destinar ao rearmamento.

"Tendo em conta o financiamento disponível, teremos um novo esquadrão com mísseis a cada dois anos. Até 2030, quando terminar o período de utilização de outros mísseis, teremos Topol-M suficientes em serviço", ressaltou.

O general disse que é previsto o lançamento de um Topol-M de uma plataforma móvel sobre caminhão ainda este ano, no último teste antes da entrada do sistema em operação. Depois dos submarinos nucleares, os sistemas móveis MBI terrestres são os mais eficazes do ponto de vista operacional porque podem mudar de posição e são capazes de passar despercebidos por sistemas de detecção durante certo tempo.

"Os primeiros esquadrões móveis de MBI Topol-M começarão a operar nos próximos dois ou mais anos", anunciou Solovtsov. O general também disse que estes foguetes não serão mais utilizados sobre vagões ferroviários porque a Rússia já sofre de falta da infra-estrutura necessária.

Ao comentar a situação do arsenal nuclear russo, Solovtsov afirmou que as 15 divisões que integram as FER funcionam satisfatoriamente e que o desmantelamento do armamento pesado estabelecido pelos tratados de desarmamento será realizado nos prazos previstos.

O general admitiu que 80% do arsenal estratégico russo já esgotou o período de vida útil e permanece em regime de disponibilidade de combate graças aos trabalhos de manutenção e às inovações técnicas para prolongar sua utilização.

Solovtsov disse que está previsto para a próxima semana o lançamento de um míssil RS-20 da base de operações na região do Volga. O general destacou que o lançamento de um MBI é uma manobra muito importante, pois permite comprovar o estado e a capacidade operacional dos sistemas, do pessoal e do comando central.

Solovtsov disse que os mísseis RS-20 "Voivoda" (SS-18 ou Satan), apesar da "idade", vão continuar em operação entre mais 10 e 15 anos por causa do programa criado para prolongar sua vida útil.

Os RS-20, os maiores e mais pesados mísseis do mundo, são foguetes de 36,5 metros de comprimento, três metros de largura e 211 toneladas de peso, com capacidade para transportar até 10 ogivas nucleares, cada uma com um sistema de direção individual.

No mesmo programa de reabilitação, Solovtsov disse que os mísseis de classe intermediária RS-18 (SS-19 Stilleto) também permanecerão incorporados à FER por pelo menos mais 10 anos. Com 24 metros de comprimento, 2,5 metros de diâmetro, 105,6 toneladas de peso e 27 anos de vida útil, os RS-18 podem levar até seis ogivas nucleares de direção autônoma a distâncias de pelo menos 10 mil quilômetros.

Fonte: Tribuna da Imprensa
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