Não foi aqui que alguém disse que os nossos MLU não conseguem utilizar o Maverick?
Fui eu que disse isso, mas já não faço ideia de onde é que li (ou ouvi ou imaginei) isso e como não consigo arranjar provas, não ligues.
Podem e usam, tanto a versão B "Scene Mag" como a G guiada por IR. É mais costume vê-los equipados com training rounds, mas a verdade é que usam sim.
Crédito: Rui Bruno/Força Aérea PortuguesaF-16B 15120 disparando um AGM-65B durante testes de certificação
Voltando ao tema central do tópico, e sendo eu descaradamente pró-solução Gripen E/F como futuro caça da FAP, recordei-me durante a recente passagem do grupo de batalha do Kuznetsov pela ZEE portuguesa que esta aeronave, tal como o antecessor JAS-39C/D, terá a capacidade de emprego do míssil ar-superfície Saab Bofors RBS-15 Mk.3 e igualmente do futuro Mk.4 de maior alcance. Como já me foi adiantado pessoalmente na Esquadra 301 que para missões ASFAO de carácter marítimo as armas usadas pelos F-16AM/BM seriam o AGM-65 Maverick e a GBU-31 JDAM, a não ser que a opção venha hipoteticamente a recair no F-16V com possibilidade de utilização do AGM-84 Harpoon, vejo o Gripen E/F com cada vez mais trunfos na manga, incluindo o RBS-15 que já possui, e terá ainda, maior alcance e letalidade que o JSM/NSM do F-35. Food for thought.
CG -- se não estou em erro, o Harpoon pode perfeitamente ser integrado nos nossos F-16. Taiwan integrou o Harpoon nos seus F-16A. É tudo uma questão de pilim.
Harpoon testado num F-16C Block 40
Taiwan, para quem precisamente o F-16V foi idealizado, já utiliza o Harpoon nos seus Block 20, assim como a Coreia do Sul nos KF-16, o Egipto, Turquia, etc. Em Portugal nunca houve intenção de dotar os aparelhos das Esquadras 201 e 301 com essa capacidade pois já se usava o AGM-84 nos P-3P e posteriormente P-3C CUP+, e nas fragatas e submarinos da Armada. Vistas curtas, na minha opinião, dado o facto óbvio de um caça-bombardeiro poder chegar ao alvo mais rapidamente, tal como foi a decisão de não comprar em 1993 o Sea Skua para os Super Lynx, deixando-os apenas com torpedos como única arma, epíteto que os levou a ser apelidados durante muitos anos de "táxis dos Almirantes" até à introdução do canhão (e os ninhos de foguetes e metralhadoras que nunca viram o dia até hoje pelo menos). Mas isso são outros quinhentos, como se costuma dizer.
Um F-16MLU em missão anti-navio com Mavericks e JDAMs, ambos com alcance máximo a rondar os 25Km, só se for para afundar um "Tejo" ou um NPO, vasos de guerra pouco armados e sem qualquer capacidade de defesa antiaérea. O RBS-15F Mk.3, versão actual, tem um alcance na ordem dos 250Km e uma ogiva de 200kg em comparação com uma de 60kg no AGM-65B e uma de 140kg no AGM-65G.
JAS-39D com dois RBS-15F nas estações interiores das asas, e mísseis ar-ar IRIS-T Meteor