Como o Pedro Monteiro afirma e muito bem, a hipótese de aquisição do "Siroco" nunca foi muito bem acolhida por diversas Entidades / Unidades da Marinha, com competência para auxiliar na decisão, na verdade no "jornal de caserna" consta que sempre foi olhado, e na realidade sempre se denotou, como um futuro belo e grande "elefante branco"...
A questão dos Merlin é somente um dos problemas, quer para a Marinha quer para a FAP.
A título de exemplo outro problema (para o Exército e Marinha) é com a plataforma elevatória / elevador, dado ter só capacidade de 49 toneladas que no caso dos CC Leopard 2A6 da Cavalaria não permite ser usada e por inerência nem sequer assegura o movimento dos CC entre a doca e a porta lateral de carga a estibordo, o convés "Zulu" e a coberta para viaturas e o convés "Alfa", que como têm conhecimento os convés por vezes são utilizados para transportar viaturas ou carga.
Os Leopard 2A6 estariam limitados a entrar / sair somente pela doca, criando vários inconveniente tácticos em operações, mas mesmo assim, nem vale a pena perder tempo, pois sem plataforma elevatória nem têm possibilidade de serem estacionados na coberta para viaturas, de onde esta depende para fazer a estiva de carga e descarga de viaturas...
De recordar que os Carros de Combate Leopard 2A6 foram adquiridos com "argumentos" de serem utilizados em Missões Internacionais / de Paz, mas nunca tivemos meios de os projectar, nem com o Siroco lá iamos...
Além disso o Chile, de forma muito inteligente adquiriu massivamente sobresselentes do navio irmão que deu nome à classe, porque os franceses não garantem por mais de cerca de uma década os mesmos, o que nos deixaria em problemas (não se encomenda ao AA e siga a Marinha!, que por excelentes que são nem lembra aos Deuses os milagres que fazem!) ou se quiserem os chilenos estão numa posição de "monopólio" do seu valor.
Um problema acessório é que o navio tem todo o seu equipamento e funcionamento "legendado" em francês, idioma que o grosso das fileiras da Armada, mesmo Oficiais não domina (quanto mais o francês técnico), coisa que não sucedeu com as fragatas adquiridas aos holandeses, seguiram as STANAG - standardização da NATO.