são a única verdadeira democracia na região e primeira linha de defesa do extremismo religioso que ameaça o Ocidente, cujo objectivo e restaurar o Califado
Infelizmente, não acho que possamos reduzir a questão a essa simplicidade.
Antes de mais, Israel não forma uma linha de defesa entre o extremismo islâmico e o resto do ocidente. Como já se viu, o extremismo islâmico propaga-se por todo o mundo, até dentro de paises com cultura cristã, e não há nada que as IDF possam fazer acerca disso.
O extremismo islâmico não é um assunto simples e uniforme, com uma origem e objectivos bem definidos.
Mas acho que é claro que a sua principal fonte de combustivel é, tal como a maioria dos movimentos extremistas, social e politica.
Nos últimos 50 anos, os estados democráticos do Reino Unido, França, EUA e Israel tomaram por várias vezes a iniciativa de interferir, para pior, com os estados do médio oriente para atingir os seus próprios objectivos geo-politicos, de controlo do canal do Suez, do fornecimento de petróleo e apoio à causa israelita.
Não admira que haja por lá quem odeie o Ocidente.
Focando-nos mais no presente, as democracias não são todas iguais: a democracia é aquilo que os cidadãos fizerem delas e não se regem necessariamente pelos mesmos padrões morais. E de facto, há algumas em que não gostava de viver.
Os estados democráticos dos EUA e de Israel continuam a atirar achas para a fogueira que é o médio-oriente (frequentemente na forma de bombas e misseis), actuando à revelia da ONU, dos aliados europeus, do direito internacional e da Declaração Universal dos Direitos Humanos, detendo pessoas sem julgamento, raptando pessoas noutros paises, etc.
E nem todas são suspeitos de terrorismo, veja-se o caso do Mordechai Vanunu.