Dia da Marinha

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lf2a

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Dia da Marinha
« em: Abril 29, 2004, 04:36:07 pm »
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PÚBLICO
Quarta-feira, 31 de Março de 2004

Dia da Marinha com 12 Navios e Dois Mil Militares

A cidade de Viana do Castelo vai receber as comemorações do Dia da Marinha, que serão presididas pelo Chefe de Estado-Maior da Armada, Almirante Vidal Abreu. Do programa, ontem apresentado em conferência de imprensa, constam, entre 15 e 23 de Maio, visitas ao farol de Montedor, exposições das actividades da Marinha e palestras sobre astronomia, faróis e navegação. O lançamento do livro "Dori. Um pequeno herói" da autoria do Capitão Marques da Silva, que será feito a bordo do navio Ceoula, a 15 de Maio, dá início as comemorações que vão ainda integrar, entre 17 e 18 de Maio, concertos da Banda da Armada, na Praça da República,. Para o Dia da Marinha, assinalado a 20 de Maio "na cidade com cinco séculos de marinheiros", estão previstas iniciativas que, de acordo com o capitão de fragata Gouveia e Melo, incluem uma cerimónia militar em frente ao navio hospital Gil Eannes com parada militar seguida de desfile militar com dois mil homens, doze navios e dois helicópteros e uma demonstração naval na baía portuária da cidade com unidades operacionais da Marinha.

"O programa extenso que assinala o Dia da Marinha realiza-se este ano em Viana do Castelo porque a Marinha privilegia as populações ribeirinhas", explicou Gouveia e Melo, sublinhando que a escolha da cidade se deve também à "componente importante dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) para a reestruturação da Marinha", pois é a empresa vianense que está a construir os primeiros dois dos 12 navios patrulha para a protecção da Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Portugal.

Durante a conferência de imprensa, que decorreu a bordo do Gil Eannes, aquele responsável avançou ainda que a reestruturação da Marinha Portuguesa passará pela aquisição de dois submarinos (um contrato que irá ser assinado em Abril), pela contratualização para a construção de 12 navios de patrulha oceânica, pela aquisição de um navio polivalente logístico (para 800 fuzileiros, um carro de combate, seis helicópteros, sistemas de projecção anfíbia), e pela compra de seis fragatas (três novas e outras três a adquirir aos Estados Unidos da América). A reestruturação, cuja conclusão está prevista para 2012, poderá também ser benéfica para Viana do Castelo porque, segundo revelou aquele responsável, "poderá servir de laboratório de teste para empresas nacionais como os estaleiros porque muitos países mostraram já interesse em adquirir navios como os que estão em construção nos ENVC".


Nada mal apesar da crise! :shock:
Será que o capitão de fragata Gouveia e Melo sabe de alguma coisa que nós não sabemos? :wink:

Vá, comentem...

lf2a
 

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emarques

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« Responder #1 em: Abril 29, 2004, 05:06:28 pm »
Eu atribuo essa frase ao estado do mar. Deve ter tropeçado e batido com a cabeça em qualquer sítio. :D
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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JNSA

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« Responder #2 em: Abril 29, 2004, 05:07:06 pm »
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Gostaria, no entanto, de chamar a atenção para esta pequena frase:
"e pela compra de seis fragatas (três novas e outras três a adquirir aos Estados Unidos da América)."  
Será que o capitão de fragata Gouveia e Melo sabe de alguma coisa que nós não sabemos?  


Cheira-me que deve ser uma gaffe do capitão... ou isso ou então o jornalista percebeu mal... Ao nível das fragatas sempre se tinha falado de uma força composta por 3 VdG modernizadas + 3 fragatas em 2ª mão (OHP).

Parece-me muito difícil que o Governo venha a disponibilizar verbas para três fragatas novas depois da "odisseia" dos submarinos  :wink:

No "worst case scenario" ficamos com 3 VdG sem modernização mais 1 ou 2 OHP... Mas é melhor nem pensar nisso  :oops:
 

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papatango

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« Responder #3 em: Abril 29, 2004, 05:40:57 pm »
Citação de: "Emarques"
Eu atribuo essa frase ao estado do mar. Deve ter tropeçado e batido com a cabeça em qualquer sítio
Eh eh eh, eu atribuo-a ao estado de grande qualidade do Alvarinho, Palácio da Beijoeira ou qualquer outro grande vinho verde.

Outra igualmente boa:

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um navio polivalente logístico (para 800 fuzileiros, um carro de combate, seis helicópteros

800 fuzileiros e um carro de combate.
Ena ganda carro de combate! ...  :twisted:    :twisted:

Se calhar era tintol, do bom.

= = =

Alguém diga a estes senhores capiteios para comprarem um computador (aquela coisa que é uma máquina de escrever ligada a um caixote branco e a uma televisão).

Liguem-nos á internet (uma coisa muito complicada e dificil de explicar) e indiquem-lhes o URL de um certo forum de assuntos militares.

É para eles verem a figura de urso que andam a fazer.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Spectral

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« Responder #4 em: Abril 29, 2004, 06:15:50 pm »
Ou isso, ou então alguns jornalistas andam a precisar de desentupir os ouvidos ( aquela de "para 800 fuzileiros, um carro de combate" é incrível  :twisted: )
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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Luso

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« Responder #5 em: Abril 29, 2004, 06:26:18 pm »
"Se calhar era tintol, do bom."

 :Amigos:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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typhonman

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n me batam
« Responder #6 em: Abril 29, 2004, 10:33:43 pm »
Vou ser espancado, mas tass... :wink:

Ou seja o dispositivo será:

 - 3 LCF

 - 3 MEKO200

 - 3 FFG7

 - 1 LPD

 - 1 AOR

 - 2+1 U214

- 12 OPV

 :idea:
 

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E-migas

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« Responder #7 em: Abril 29, 2004, 10:44:43 pm »
Olá, Boas.


Sou um novato nestas coisas...e espero não vir a pôr a pata na poça!
Quanto ao discurso que prevê mais seis fragatas, além de algum equipamento extra...  :(

Quanto ao carro de combate talvez se refira a uma "classe" ou então a uma "Chaimite" recuperada :lol: .
Esperemos o melhor!
Cumprimentos,
e-Migas
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Una Salus Victus
 

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JQT

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Dia da Marinha
« Responder #8 em: Abril 30, 2004, 12:02:58 am »
A ocasião vai ser aproveitada para anunciar o nome dos primeiros NPOs.

Cumpts,

JQT
 

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Rui Elias

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« Responder #9 em: Abril 30, 2004, 11:03:23 am »
Compra de 6 fragatas, tres novas e outras três aos EUA?

E as actuais Mecko?

Serão oferecidas à Guiné-Bissau?

Ou ficaremos com 9 fragatas, respondendo de resto ao meu apelo de muitos foruns sobre a necessidade de se aumentar os meios de superfície?

Outra coisa bizarra foi a acapacidade do NPL para um carro de combate (1!)

 e mais 800 fuzileiros...

Ou o jornalista que recolheu a notícia estava bêbado ou ou Sr. Almirante sabe coisas que nós não sabemos, ou ainda a terceira hipótese:

O Sr. Almirante não sabe o que diz.

Estranho, tudo isto.

Será que as chefias actuais da Marinha falam por inigmas?
 

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JGS

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« Responder #10 em: Maio 01, 2004, 10:16:11 pm »
Desculpem destoar.
Parto sempre do princípio que o mais alto responsável da Armada sabe o que diz.
E o que diz faz sentido.
Tirando evidentes ruídos na comunicação (o jornalista dizer que a Marinha vai adquirir "um" blindado - o que lhe terá sido dito é que a Marinha vai adquirir "um" modelo de blindado), o resto pode ser um conjunto de boas notícias.
Li algures, há vários anos, que o número ideal de fragatas rondaria as 12, o mínimo aceitável seriam 6 mas que 9 seria um número que compatibilizaria a vontade política e as necessidades mínimas da Marinha.

Faz sentido falar em 9 fragatas no horizonte 2012, pois que já entrará em linha de conta com a futura lei de programação militar.
Assim, a meu ver o Sr. Chefe de Estado Maior da Armada - que em duas intervenções televisivas me convenceu tratar-se de pessoa competente, cordata e com uma visão correcta do futuro - , das duas uma:
ou está a antecipar uma notícia pública (a preparar o terreno ao poder político, tendo em vista possíveis análises negativas provindas de quem, tendo acesso facilitado à TV, defende que o investimento deve ser canalizado para outros meios, designadamente terrestres;
ou está a posicionar a Marinha nas negociações da futura LPM.

Duas ideias mais:
desconheço em absoluto quais as negociações estabelecidas entre o Governo português e os estaleiros alemães, mas a circunstância de a B & V vir a deter 80% dos ENVC (mais Lisnave) pode abrir a porta à construção de fragatas ligeiras em Portugal (não esquecendo que o German Litoral Combatant aponta para as cerca de 2.900 t e as nossas Belo têm cerca de 2.200 t) o que seria um passo lógico para os ENVC após a construção dos NPO;

Concordo, portanto, com as perspectivas positivas avançadas por lf2a, Typhonman e E-migas.
Não vejo o mais alto responsável da Marinha a assegurar que vitão 3 Perrys sem que isso fosse um dado seguro.

Mas ... neste mar de informações e desinformações posso estar completamente errado.
JGS
 

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JGS

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« Responder #11 em: Maio 01, 2004, 10:28:17 pm »
Atribuí as declarações ao CEMA quando elas são do Capitão Gouveia e Melo.
No entanto a minha ideia assenta na circunstância de acreditar que, numa conferência de imprensa - que é sempre preparada não apenas por quem está presente à pópria conferência de imprensa, mas por todo um staf técnico e de informação (ou pelo menos assim deve ser) - o capitão Gouveia e Melo está, necessariamente, a veicular a posição da Marinha.
Não iria para uma conferência de imprensa improvisar e veicular afirmações ou informações que não estivessem de acordo com a posição do CEMA.
JGS
 

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papatango

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« Responder #12 em: Maio 01, 2004, 10:36:15 pm »
Eu infelizmente acho que é um problema de quem deu a noticia porque a noticia não faz sentido.

A marinha da Espanha, que é normal que tenhamos em consideração, porque é o país mais próximo, considera que provavelmente verá a sua quantidade de escolatas, entre 2010 e 2020, reduzida a 10 unidade. Quer dizer, 10 (dez) fragatas. As actuais quatro F100 (eventualmente mais duas) e quatro ou seis Perry, que eventualmente nessa altura poderão vir a ser substituidas pelo projecto AFCON.
http://web.1asphost.com/lusitanos/MARIN ... _AFCON.htm

Ora como é que querem que venhamos a ter uma quantidade de fragatas idêntica á da Espanha, considerando que, o objectivo da marinha será o de ter duas fragatas anti-aéreas?

Lamento, mas acho temos que ser realistas. O que não se pode descartar, é alguma novidade vinda do NPO, mas isso não será nunca para os próximos tenpos...  :twisted:

Lembrem-se de que o NPO, para ser vendido tem que ser mostrado como navio polivalente, que se pode adaptar a várias circunstâncias conforme as necessidades do cliente. Tem que ter uma peça de 76mm, ter capacidade para operar lançadores Sea-Sparrow (como aqueles que seríam retirados das Vasco da Gama se se fizesse um upgrade), ter capacidade para lançar Harpoon, ter sonar como aqueles que estão nas fragatas João Belo. Por exemplo...

As fragatas que teremos, serão provavelmente cinco, seis no máximo, e se forem barcos capazes, estaremos melhor em termos de capacidade de defesa das nossas águas que desde o século XV.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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E-migas

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« Responder #13 em: Maio 02, 2004, 02:48:57 pm »
Caro Papatango

Discordo do que diz...
Se os Espanhois decidem ter apenas 10 fragatas o problema é deles.

Se a nossa armada puder ter 9 Fragatas o problema será de quem nos tentar arranjar problemas.

As Forças Armadas foram sempre e serão sempre uma forma de extensão da politica de um Estado.
Logo umas forças armadas em número, bem equipadas e treinadas, surtem mais efeito do que dez mil diplomatas.
A aquisição de um LPD contribui para a nossa projecção, mas um LHD ou um LPH podem mais devido aos Decks de vôo são mais "polivalentes" ( já agora com uma meia dúzia de Harriers II plus ou JSF)

Assim, a aquisição/manutenção de nove fragatas é um modo de assegurar a nossa posição na comunidade internacional.

Mas não chega!
É necessário ter um Exército capaz bem equipado e com número suficiente de tropas capazes de combate, com capacidade de mobilidade e projecção de força, forças blindadas ligeiras e pesadas, um grupo de helis de ataque e outro de transporte

Por fim a Força Aérea pode e deve chegar ao número 60.
Digo 60 aviões de combate - multiusos - 60 F-16 AM/BM era bom, mas contento-me com 40 F-16AM/BM mais 20  aviões especializados em Cas/Bai ou multiusos (como os aviões de treino e ataque que surgem um pouco por todo o lado).

Quando os políticos entenderam que a politica diplomática de um país é muito mais eficaz com forças armadas eficientes, também vão ver que isso significa mais bacalhau nas mesas dos portugueses só para dar um exemplo.

cumprimentos,

E-migas
« Última modificação: Maio 02, 2004, 03:15:07 pm por E-migas »
Cumprimentos,
e-Migas
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Una Salus Victus
 

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Tiger22

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Completamente de acordo
« Responder #14 em: Maio 02, 2004, 02:58:44 pm »
Concordo plenamente com tudo o que disse E-migas :G-beer2:
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-