Sintra,
O T-38 e o F-5 de Combate são na sua essência o mesmo projecto, o mesmo avião, as diferenças residem apenas nas necessárias adaptações para missões diferentes.
NÃO, o T-38 é derivado directamente do desenho "N-156 Fang" da Northrop, que na sua "iteracção" monolugar deu origem ao F5A "Freedom Fighter", que é BASTANTE diferente do F5E "Tiger" que foi proposto à FAP, são aviões de gerações diferentes. O primeiro foi criado como o caça de exportação Norte Americano equivalente ao Mig-19, o "Tiger", fazia o mesmo papel como contraponto ao Mig 21. O F5E é bastante maior, bastante mais pesado, bastante mais rápido, bastante mais agil e TEM UM RADAR no nariz... A diferença entre o F5A e o F5E em termos de capacidade, é pelo menos tão grande como a existente entre este ultimo e o F16A.
Qualquer pais que queira assegurar a soberania nacional carece sempre de cobertura aerea e as ameaças teóricas são sempre também muitas mas só se comprovam se de facto se materializam num conflito bélico.
Por essa lógica não deveriamos ter Exercito, Força Aerea, Armada...
Ficariamos apenas com a Diplomacia, com paises aliados, com Forças Policiais e um recrutamento generalizado da população portuguesa em caso de conflito, algo assim ...
A soberania nacional certamente ficaria melhor assegurada ... , atrevo-me a achar que nessa altura existia uma coisa chamada guerra fria, ameaça nuclear, bombardeiros estratégicos russos, Portugal possuia até grandes cidades, portos algo importantes, ilhas estratégicas e até fazia parte de uma coisa chamada OTAN/NATO e que se calhar até poderia ter de ser chamada a operar fora do âmbito deste lindo pais.
Talvez isso fosse uma ameaça séria para a vida de todos os milhões de portugueses... um problema grave para as nossas tropas ficarem dependentes de cobertura aerea de outras nações em caso de conflito ... poderiam haver outras prioridades para esses aviões ... não sei... talvez...quem sabe...talvez...essa ameaça fosse superior às ameaças actuais...não sei...talvez...
1- Não existia nenhum caça tático pertencente ao Pacto de Varsóvia com o alcance necessário para chegar a Portugal.
2- Não existia nenhum bombardeiro Estratégico do Pacto de Varsóvia com as performances necessárias para atravessar as defesas da NATO, a 1ª e 2ª ATAF, o UKADR, a Defesa Aérea da Adla, ou da AMI, a "TFW" da USAF baseada em Torrejon e o "Exercito del Aire" e chegar ao Território Português. Um ataque aéreo convencional sobre território Português por parte de aparelhos do Pacto de Varsóvia era praticamente impossivel.
3- Existia de facto uma real ameaça, mas nuclear, os misseis balisticos SS-21 estacionados na Alemanha Oriental e Polónia. Pelo menos três das Ogivas estavam apontadas, respectivamente, a Monte Real, às Lajes e a Lisboa. Isto não se resolvia com o "F5E".
4- A defesa do Espaço Aéreo Português já estava de facto (se bem que não de nome) entregue a Espanha e à USAF desde o inicio dos anos sessenta, a partir do exacto momento em que o F-86 deixa de ser um caça de superioridade aérea efectivo.
5- A NATO pediu especificamente uma esquadra de aparelhos de ataque ao solo à FAP e NÃO caças de superioridade aérea, para ser utilizada no "TO" do Norte de Itália em conjunto com a BMI.
6- Eu não estou a discutir se a decisão de adquirir o A7P foi boa ou má, foi péssima. A FAP teria ficado melhor servida com o F5E. Agora também apetece perguntar se teria sido grande ideia termos sido dos ultimos a receber este avião, quando o "Viper" começava a ser entregue às pazadas na Holanda, Bélgica, Dinamarca e Noruega.
Puderemos estar ainda aqui dias fio a discutir se foi falta de dinheiro ou não ... e a nenhuma conclusão chegariamos ... para além de que a falta de dinheiro é a menos polémica, a mais fácil e a mais oficial razão invocada :lol: )
-Só com a chegada de F-16 Portugal passou finalmente a ter capacidade de combate aereo
Perguntarão alguns na sua linha de raciocinio... para que efeito ... já que a ameaça aerea actual é inexistente ... mais valia vender ... e construir Hospitais
Um abraço
Mueda
- O A7P foi uma má aquisição, não sei se foi a pior... O Breda BA65, o Junker´s 86, entre vários outros, também concorrem ao titulo do "pior de sempre".
- A Defesa Aérea de Portugal estava a carga de Espanha e dos EUA desde o inicio dos anos 60. A aquisição do A7P limitou-se a manter o "Status Quo".
- Se existe alguém que acha que a capacidade de defesa aérea da FAP é de primordial importância, esse alguém sou eu.
E que excelente avião o F-16 é !
Infelizmente para a FAP mais vale dizer "E que excelente avião o F16 ERA".
Principalmente os que estão ao serviço da FAP, os 7 MLU M4 ainda são relativamente actualizados (mas completamente ultrapassados por uma nova geração de aviões que começam a entrar ao serviço nos va´rios paises da NATO, o exemplo mais claro e mais próximo são os "Tiffies" Espanhois, os MLU pura e simplesmente não são minimamente competitivos ao lado daquelas "bestas"), os OCU são pouco mais que inuteis.
Nesta altura do campeonato já deveria existir uma equipa interministerial (basicamente a FAP com o ministério das Finanças e com o da Economia) a estudar a substituição do Viper. Mas "NO SE PASA NADA"