Incêndios florestais

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emarques

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« Responder #15 em: Julho 26, 2004, 02:32:40 am »
Achei especialmente interessantes as pilhas de troncos dos incêndios do ano passado que ainda estavam espalhadas pela serra da Arrábida e que contribuíram para o incêndio de hoje. :roll:
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Luso

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« Responder #16 em: Julho 26, 2004, 12:36:04 pm »
- Sebastião José???

Onde andas tu? Volta, rapaz!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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papatango

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« Responder #17 em: Julho 26, 2004, 04:19:18 pm »
Citação de: "Emarques"
Achei especialmente interessantes as pilhas de troncos dos incêndios do ano passado que ainda estavam espalhadas pela serra da Arrábida

Troncos, na serra da Arrábida?
Faço a pergunta, porque fui evacuado ontem da praia  :shock:  - é muito específica. Não há arvores grandes e as arvores entroncam-se umas nas outras,criando uma especie de cobertura acima das nossas cabeças, mas os troncos são muito finos.

Não estaría a ver imagens dos fogos no Algarve?

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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emarques

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« Responder #18 em: Julho 26, 2004, 04:36:55 pm »
Ups... Monchique, não Arrábida. Tinha a Arrábida na cabeça.  :oops:
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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fgomes

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« Responder #19 em: Julho 26, 2004, 07:42:22 pm »
Infelizmente parece confirmar-se a crise, os fogos multiplicam-se tendo os bombeiros cada vez mais dificuldades em enfrentar todos os incêndios, a prevenção vê-se que ficou por fazer, é inacreditável que as pessoas continuem sem roçar os matos junto às habitações e depois em desespero atirem baldes de água ao fogo. Fico espantado quando vejo pessoas a olhar para o fogo a aproximar-se das suas casas rodeadas de vegetação altamente combustível e ninguém tenta roçar esta vegetação, especialmente em zonas rurais onde existem máquinas agrícolas que podem fazer isto.

Não estará na altura de o estado adquirir meios aéreos em quantidade e qualidade para combater este flagelo? Os russos da Beriev fabricam uns aviões interessantes, parece-me que superiores aos Canadair e que podem ter outros usos.

http://www.beriev.com/eng/core_e.html
 

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Luso

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« Responder #20 em: Julho 26, 2004, 09:07:16 pm »
Deixa arder!

de http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/

"Basta... Chega... (III)
Em 2003, arderam em Portugal 410 mil hectares de floresta entre os meses de Junho e Setembro, tendo morrido 20 pessoas. Segundo os relatórios oficiais divulgados pelo SNBPC - Serviço Nacional Bombeiros Protecção Civil, foram utilizados 24 helicópteros , 10 aerotanques ligeiros e 2 aviões Canadair contratados à empresa Aerocondor, presidida por Victor Brito.

A escolha das empresas resultou de concursos públicos internacionais, mas, apesar disso, as sociedades contratadas são quase todas portugesas. Os contratos estabelecem um pacote determinado de horas e quando este é ultrapassado, o Estado é obrigado a pagar horas-extra à empresas.

No ano de 2003, foram contratualizadas 350 horas de voo com a empresa Aerocondor relativos aos 2 aviões Canadair, sendo que cada hora é, segundo o mesmo relatório do SNBPC, paga pelo Estado Português pelo valor de 3.000 euros.

Ora, as contas são simples, o valor de horas utilizado pelos aviões Canadair foram de 520 segundo o mesmo relatório, multiplicando por 3.000 euros à hora, temos que no total a factura deveria ser de € 1.560.000,00.

O Estado Português pagou segundo o relatório da SNBPC, cerca de € 2.800.000,00, a empresa Aerocondor, quando o deveria ter feito apenas por cerca de € 1,5 Milhões de Euros.

A factura do Estado Português com empresas relativamente ao combate aos incêndios ascendeu a 12 Milhões de Euros em 2003.

Um Canadair novo custa entre os 2,5 e os 3 Milhões de Euros. A proposta do consórcio alemão para a compra por Portugal de dois submarinos está orçada em 600 Milhões de Euros. A mais cara vale 1 700 Milhões de Euros...

Prioridades.

Publicado por António às 7:20 PM"

Não subscrevo a boca sobre os submarinos, por ser simplória. Mas o resto...
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fgomes

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« Responder #21 em: Julho 26, 2004, 09:17:48 pm »
Quando cai a noite deixa de ser possível aos meios aéreos combater os incêndios. Como de noite normalmente baixa a temperatura e  sobe a humidade relativa, seria uma grande vantagem poder utilizar meios aéreos de noite. Será um problema muito grande, equipar aviões e helicópteros de modo a poderem actuar de noite ? Ao contrário de alvos militares o fogo vê-se melhor de noite...
 

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papatango

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« Responder #22 em: Julho 26, 2004, 09:55:23 pm »
Estava tudo bem, se por acaso não fosse verdade que um Canadair, novo fica por: $25.000.000 (vinte e cinco milhões de dolares)

Há, é verdade, vem, sem combustível e sem pilotos, e é preciso efectuar a manutenção (que por acaso não é barata).

Para comprar os aviões, é necessário pagar aos pilotos (além de forma-los) e não se podem despedir quando chega o inverno.

Portugal gasta 12 milhões por ano para combater os fogos (com os custos de pessoal e combustível incluidos, embora dependa de cada contrato).

O orçamento anual, dá para comprar meio Canadair.

Portanto deixamos de combater os fogos durante uns 10 anos, e então teremos dinheiro para comprar cinco Canadair novinhos em folha.

Claro, que na altura já não vai haver país.

Alguns destes Blogs, são geridos por imbecis - quase de certeza absoluta, deputados da oposição (do momento, claro), unica razão para tamanhas imbecilidades e chorrilhos de mentiras que se vêm neles.

Nesta terra de Santa Maria, a mentira é barata e a punição, é uma anedota.

Sou favorável á critica construtiva, ou a outras críticas, quando são fundamentadas. Mas sinceramente fico irritado quando vejo burradas destas. São poucos os que sabem quanto custa um avião. São muitos os que facilmente acreditam nas mentiras que por aí se vêm.

Cumprimentos


PS:
Luso, obviamente os meus comentários não lhe são dirigidos. Você limitou-se a indicar o comentário. Já fui ao Blog, dizer umas verdades... :D
Se o meu comentário vai ou não aparecer, não sei.
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Luso

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« Responder #23 em: Julho 26, 2004, 10:13:24 pm »
Papatango, se entende que é uma burrada então a pancada também é para mim porque concordo com ela!

Não sei porque é que não se dispõe de Canadairs na orgânica da Força Aérea para combate a incêndio, SAR e sabe-se lá que mais. O Canadair não pode substituir os aviocars de patrulha marítima?
Se calhar também era conveniente privatizar o exército, a marinha e força aérea, fazendo um contrato com Marrocos, Espanha ou França. Provavelmente sairia mais barato...

Mas há que fazer justiça ao que diz: o preço é superior ao que diz o blog e eu deveria estar atento a isso...

"Between 21 and 29 May 2002, another promotional tour was made of Australia, this time by CL-415 C-GILN. The aircraft carried electronic equipment to detect hot spots through smoke. A quoted purchase price of AUS$29 million would allow the buyer to drop up to 125,000 litres of water per hour on a fire, given a water supply within 15 km."
http://users.chariot.net.au/~theburfs/canad415MAIN.html

Ou seja €17M, preços de 2002.

E sim, o seu comentário apareceu. Eu também já deixei um comentário no passado a propósito de uma boca lançada sobre os submarinos mas o "Manuel" nunca me explicou esse comentário.
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Ricardo Nunes

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« Responder #24 em: Julho 26, 2004, 10:32:42 pm »
Luso, é bastante relativo.

O canadair é uma aeronave com uma função muito própria. Nunca um Canadair poderia substituir um Aviocar de patrulha marítima ( que é uma aeronave de EW ). Simplesmente não existe espaço num canadair para adaptar os sistemas de guerra electrónica que os CN-212-300 possuem.

Aquilo que o papatango disse, e bem, foi que neste género de comentários temos de ter em contas as inúmeras variáveis que existem - o combustível, os pilotos, a manutenção, a manutenção das horas mínimas de voo, etc - coisas que, aumentam e em muito o preço de operação de tais plataformas. Não basta simplesmente pensar na aquisição das aeronaves.

No caso de o estado português adquirir Canadairs penso que deveriam ser operados pelo serviço nacional de protecção civil/bombeiros e não pela força aérea - embora tripulações desta os pudessem pilotar.
« Última modificação: Julho 26, 2004, 10:35:30 pm por Ricardo Nunes »
Ricardo Nunes
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fgomes

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« Responder #25 em: Julho 26, 2004, 10:34:52 pm »
O problema é se vale ou não a pena ter meios aéreos, propriedade do Estado Português. As contas têm que ser feitas em função dos prejuízos provocados pelos incêndios e dos (possíveis) acréscimos de eficiência que ter meios aéreos próprios trará. Uma das vantagens seria que se acabariam as polémicas sobre o aluguer de meios aéreos...

Só queria fazer um reparo ao post do Papatango, com o qual concordo, um avião como o Canadair deverá ficar em serviço durante uns bons anos, pelo que 12 milhões multiplicados por vários anos se calhar já dará para comprar uns aviões...
 

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Luso

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« Responder #26 em: Julho 26, 2004, 10:40:03 pm »
Meus senhores, dou a mão à palmatória!
Eu também deveria ter estudado a lição e caí na emoção fácil.
Contudo entendo que estas situações - de interesse público não são privatizáveis (e olhem que eu considero-me bem à direita!).
Por definição com o privado não há interesse público, e todos os dias tenho provas disso...
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Ricardo Nunes

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« Responder #27 em: Julho 26, 2004, 10:46:30 pm »
Já agora aproveito e teço mais uma palavras.

É notório, no geral da população, o sentimento de que os meios aéreos são a hipotética salvação para um incêndio.

É preciso entender que, tal como numa guerra, não se consegue vencer um incêndio a partir do ar e que os meios aéreos são eficazes apenas em situações ou condições específicas.
Os meios aéreos são particularmente eficazes em pequenos focos de incêndio ou delimitação de áreas. Uma simples descarga directa não produz qualquer efeito num incêndio de grandes dimensões, logo, para além de uma questão de quantidade é também uma questão de competência na utilização dos meios existentes, tendo sempre em conta as vísiveis diferenças entre as platafotmas - seja aviões ou helis.
Ricardo Nunes
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« Responder #28 em: Julho 26, 2004, 10:59:08 pm »
Muito bem, Ricardo. Mas acha que uma estrutura civil é capaz de lidar com a gestão desses meios e fazer o controlo dos mesmos?
Para não falar no conflito de interesses...

Já agora: como é feito o controlo aéreo avançado no local?
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fgomes

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« Responder #29 em: Julho 26, 2004, 10:59:20 pm »
Estamos aqui a discutir a aquisição de aviões, mas o problema fundamental é quando a situação chega ao ponto que chegou hoje, é porque falhou a PREVENÇÃO em toda a linha. Depois começa-se à espera de salvadores, neste caso os aviões, ou então à procura de culpados, sendo os mais populares os incendiários ao serviço de uma tenebrosa conspiração contra as nossas florestas !
Vejamos que os incêndios chegam às habitações porque não houve o cuidado de limpar o mato à sua volta, ardem zonas inacessíveis de alto valor ecológico porque não existem caminhos para os bombeiros. São duas coisas simples e baratas de realizar e que poderiam ter evitado muitos problemas.