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Votação encerrada: Junho 02, 2006, 04:49:03 pm
Pensam que possa reunir/juntar o povo ?
Panem et circenses...
¿Fue rentable economicamente la eurocopa de 2004?
Os dirigentes políticos romanos praticavam a política “Panem et circenses” para entreter a plebe romana e distrai-la dos incómodos assuntos da coisa pública. O governo Socrático, cujo nome indicia uma forte ligação às concepções políticas da Antiguidade Clássica, segue uma política semelhante: palavras e diversões circences ... nada mais.
Portugal no Mundial: A Alemanha nunca tinha visto nada assimUma imensa e intensa loucura interpretada por milhares e milhares de emigrantes tornou hoje apoteótica a chegada à Alemanha da selecção que vai representar Portugal no Mundial de futebol de 2006.Do Aeroporto de Munster-Osnabruck, onde a comitiva lusa chegou pouco depois das 16:00, até ao «quartel-general», em Marienfeld, os comandados de Luiz Felipe Scolari foram alvo de mais uma emocionante manifestação de apoio, a fazer lembrar os dias loucos do Euro2004.A loucura começou em Munster, onde três a quatro mil pessoas lançaram a grande confusão, entupindo toda a área circundante desde muito cedo, carregados de bandeiras, cachecóis, buzinas e, sobretudo, de muito calor para transmitir aos jogadores lusos.Quem não soubesse o que ali se passava, teria pensado que se tratava da chegada dos novos campeões do Mundo, de alguém ou alguns que teriam atingido um qualquer feito notável, nunca antes alcançado, e mereciam ser agraciados por isso.Mas não, nada disso se tratava, era apenas a chegada da selecção portuguesa de futebol à Alemanha para disputar o Mundial2006, pelo que era difícil compreender toda aquela alegria, toda aquela festa, toda aquele orgulho de ser português.Foi uma festa imensa, sobretudo quando, minutos após o avião aterrar, proveniente do Luxemburgo, o autocarro, transportando toda a comitiva, apareceu e começou, lentamente, a «furar» a multidão, completamente em êxtase, de olhar esbugalhado e voz afinada a gritar «Portugal, Portugal, Portugal...».Um ou outro tímido aceno vindo de dentro foi o suficiente para satisfazer alguns felizardos, enquanto outros se deliciaram com a possibilidade de serem vistos em casa: «Eu falei para a televisão, eu falei para a televisão», gritou um jovem para o pai, à chegada ao carro, onde este já temia ter perdido o filho para a multidão.Passo a passo, o autocarro lá partiu rumo a Marienfeld, mas não foi sozinho, longe disso, pois colado seguiu uma caravana impressionante, com centenas de «motards» e também muitos automóveis, com gente eufórica, a buzinar, a gritar, a festejar.No bordo da estrada, as pessoas acenavam, algo atónitas com o que iam vendo, como um jovem empoleirado na janela de um carro, com um cachecol na cabeça e uma cervejinha, de marca portuguesa, a «bailar» entra a mão e a boca, num hino à loucura colectiva.Foi uma festa de arromba e de alguns excessos, ao volante, durante os 57 quilómetros do percurso, sendo que o melhor estava guardado para a chegada à localidade, onde um «cordão humano» esperava há muito pelos seus «heróis», que chegaram pouco depois das 17:00.Ao som de foguetes, o autocarro irrompeu na pacata Marienfeld, há muito transformada num mar de gente, sobretudo de emigrantes lusos, mas também dos habitantes locais, que, na rua ou nas varandas ou janelas das suas casas, quiseram igualmente participar.Ninguém faltou à festa, incluindo os polícias germânicos, muitos com a bandeira lusa estampada no rosto, quais apoiantes de longa data de Portugal, não faltando também, a fechar, a actuação breve de um tradicional rancho folclórico.Para a festa ter sido total e os emigrantes, alguns provenientes de locais bem distantes, terem saído completamente satisfeitos, só faltou uma maior participação dos jogadores, mais uns acenos, mais uns sorrisos, enfim, o reconhecimento por tanto apoio.Ainda assim e devido ao orgulho que estas gentes sentem em ser português, Marienfeld viveu hoje um dia feliz e, provavelmente, o mais agitado da sua história: «E esta m... é toda nossa, olé, olé», concluiu uma jovem adepta lusa de cachechol ao vento.Diário Digital / Lusa04-06-2006 19:21:00