Contrato para construção do NPL assinado

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P44

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« Responder #30 em: Outubro 11, 2007, 08:18:49 am »
Li Algures (acho que foi no www.warships1.com ) que o Jhoan de Witt L-801 Holandês tinha visto adiada a sua entrega á RNLM devido a problemas nos sistemas de propulsão.

Mas isto será uma novela maior do que aquelas mexicanas sem fim á vista :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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papatango

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« Responder #31 em: Outubro 11, 2007, 04:23:37 pm »
De facto o Johan de Witt teve um problema com os sistemas electricos de propulsão, numa viagem que fez as Antilhas.
Mas creio que entretanto o problema já foi resolvido.

São naturais problemas nestes novos sistemas de propulsão em que já não há veios ligados a grandes motores, mas sim geradores de energia enectrica que alimentam motores electricos independentes.



= = =


Quanto ao caso português, os problemas de corrupção e as questões do contrato, não são em principio razão para atrasos.

Os problemas devem ser outros, e andar mais para o lado das tradicionais indecisões  e estudos disto e daquilo.

No entanto, se os atrasos acabarem por resultar numa opção como a dos submarinos (que de facto parece ter saido melhor que a encomenda) talvez ainda venhamos a agradecer os atrasos...


Já o que dirão os Estaleiros Navais de Vana do Castelo (ou os sindicatos) isso é outra coisa...
Infelizmenta a tradicional falta de habito em informar e (há que dize-lo) o facto de a maioria dos jornalistas não saber a diferênça entre LHD e PSP também não ajuda...


Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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tsahal

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NPL.
« Responder #32 em: Outubro 11, 2007, 05:09:38 pm »
O principal motivo do muito referido``atraso´´ no programa de construção do NPL reside no facto que o MDN quer que o navio seja construido nos ENVC, mas os ENVC não tem capacidade para construir um navio desse tipo. Sendo assim, leva o seu tempo a ``formação´´ tanto para a empresa como para a Marinha inteirarem-se do projecto pelo responsavel, neste caso a TKMS.
 

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Daniel

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« Responder #33 em: Outubro 11, 2007, 05:31:09 pm »
Bom, eu penço, que a culpa dos atrasos não é de ninguem, acho sim, que foi um erro de escrita no nome do Tópico.

Correto é, contrato para a construção do NPL assassinado. :nice:
 

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tsahal

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NPL.
« Responder #34 em: Outubro 11, 2007, 06:15:38 pm »
O contrato de construção ainda não foi assinado, foi sim assinado um contrato de desenvolvimento do projecto que a TKMS tem que fornecer ao abrigo do contrato de aquisição dos U209PNs. A construção terá que ser Portugal a pagar. Terá que pagar aquilo que quer e que pode ter ao abrigo do financiamento e capacidade e possibilidade de sustentação.

Na minha opinião ao abrigo do que me foi dito, não vejo os ENVC a construirem o NPL. Vejo sim os ENVC a fornecer determinados serviços a quem será adjudicada a obra, quer seja a TKMS ou outra empresa.
 

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Jorge Pereira

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« Responder #35 em: Outubro 11, 2007, 06:28:01 pm »
Caro tsahal, já se sabe finalmente como será o deck do projecto da TKMS?
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Daniel

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« Responder #36 em: Outubro 11, 2007, 06:32:06 pm »
Se os ENVC não têm capacidade para construir uns quantos NPO, e como se vê, é só atrasos atrás de atrasos, então para o NPL, seria preciso uma vida, triste vida a nossa industria militar :twisted:
 

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tsahal

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NPL.
« Responder #37 em: Outubro 11, 2007, 07:34:39 pm »
Daniel, a minha intenção era tentar esclarecer para assim não ler criticas sobre a industria militar.  Como deves saber, a construção de um sistema de armas complexo, acrescentando o facto de falta de experiencia, leva o seu tempo. A aquisição e posterior construção de um equipamento não se faz passados uns dias apos a assinatura de um contrato. A assinatura com um ``main contractor´´ é o principio de negociações e de muitas assinaturas de contratos com outros fornecedores.
 

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Daniel

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« Responder #38 em: Outubro 11, 2007, 08:21:45 pm »
tsahal escreveu:
Citar
Daniel, a minha intenção era tentar esclarecer para assim não ler criticas sobre a industria militar. Como deves saber, a construção de um sistema de armas complexo, acrescentando o facto de falta de experiencia, leva o seu tempo. A aquisição e posterior construção de um equipamento não se faz passados uns dias apos a assinatura de um contrato. A assinatura com um ``main contractor´´ é o principio de negociações e de muitas assinaturas de contratos com outros fornecedores.



Caro tsahal, não se tratou  tanto de uma critica, mas de uma verdade a meu etender, ao mesmo tempo tristeza da minha parte por a nossa industria militar andar como anda, pois todos nós sabemos que temos capacidade para bem mais, a verdade é que deixaram a nossa indutria militar morrer aos poucos, politicos, enfim agora leva tempo até curar a ferida muiiittttoooo temmmmpo.

Etendo que a construção do NPL é de um sistema complexo, mas se a nossa industria estivesse bem mais a frente ajudava e em muito.

PS. grato pelos seu esclarecimento, que são de bastante ajuda, desculpe de minha critica. c34x
 

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tsahal

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NPL.
« Responder #39 em: Outubro 11, 2007, 08:58:49 pm »
Apesar de este não ser um tópico relacionado com industria de defesa Portuguesa, permite-me que diga que nunca houve como agora, tanta empresa Portuguesa fornecedora/constructora de equipamentos de defesa, ``dual use´´ na maior parte dos casos.

Muitas empresas, tem conseguido desenvolver projectos muito interessantes e com vendas ao exterior. O caso da EID SA e da EDISOFT SA estão aqui para demonstrar isso.

Sendo assim e por conhecimentos de causa, discordo totalmente da tua afirmação.

Espero que entendas as minhas palavras como intenção de querer informar.
 

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antoninho

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« Responder #40 em: Outubro 11, 2007, 09:20:46 pm »
Portugal está a pagar a factura do CANUDO......
Desde sempre o mais desejado para os nossos filho, era terem um curso superior, ou seja terem um bom canudo, mas o que agora se está a ver é, onde moram os bons serralheiros civis, os bons soldadores, desenhadores de máquinas etc... etc...
Falta a boa mão de obras básica para muita da nossa industria, isso paga-se, não à duvidas que terem fechado as escolas formadoras da muita mão de obra que Portugal deu à Europa foi uma rica ideia...
 

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pedro

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« Responder #41 em: Outubro 11, 2007, 10:30:18 pm »
Pois caro antoninho ai e que esta uma grande verdade.
Cumprimentos
 

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Daniel

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« Responder #42 em: Outubro 12, 2007, 10:19:23 am »
tsahal escreveu:
Citar
Sendo assim e por conhecimentos de causa, discordo totalmente da tua afirmação

Caro tsahal vc têm todo o direito de descordar comigo, ademais se estivessemos sempre de acordo não tinha graça :wink:

Antoninho escreveu:
Citar
Portugal está a pagar a factura do CANUDO......
Desde sempre o mais desejado para os nossos filho, era terem um curso superior, ou seja terem um bom canudo, mas o que agora se está a ver é, onde moram os bons serralheiros civis, os bons soldadores, desenhadores de máquinas etc... etc...
Falta a boa mão de obras básica para muita da nossa industria, isso paga-se, não à duvidas que terem fechado as escolas formadoras da muita mão de obra que Portugal deu à Europa foi uma rica ideia...


E está mais um grande problema falta a boa mão de obra. :G-clever:
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #43 em: Outubro 12, 2007, 11:48:57 am »
Isso é verdade, mas também é verdade que se está a multiplicar as escolas Técnico-Profissionais. Eu por exemplo tirei o meu 12º ano numa escola do género.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Leonidas

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« Responder #44 em: Outubro 18, 2007, 03:06:21 am »
Saudações guerreiras

No seguimento da conversa que se desenvolveu sobre o NAVPOL aqui:
http://forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=6051

Mais uma vez, pessoalmente, reafirmo que já escrevi: se podermos chegar sempre mais longe, porque não?

Acima de tudo deve-se olhar para isto sem que se comprometa algo mais importante que é a defesa primária do espaço que está sob a nossa dependência directa como país soberano, infelizmente!  
Se olhar-mos com atenção para o futuro, próximo ou até médio prazo – 10 anos a contar de agora – o que teremos que nos confira credibilidade em termos de capacidade?

Um LPD em termos de combate não serve para essa função, como uma fragata ou corveta. Como teremos que dar resposta ao primário, numa época em que não temos praticamente nada e que para recuperar de um ponto de partida quase do zero, não se pode exigir que tenhamos o melhor, mas o que faz mais sentido.  

Se para a construção de uma casa exigimos obrigatoriamente que tenha alicerces de modo a suportá-la uma vida inteira, do mesmo modo teremos que exigir isso a umas forças armadas. Curiosamente o futuro dos nossos alicerces não estarão, ou não essantar sobre a Terra, mas sim suspensos.

Ora se nem satélites de comunicações temos para nos assegurar de que tudo funciona e minorar as deficiências em termos de material restante, pergunto: em tanta carência a malta ainda acredita que teremos um qualquer LPD com as capacidades que desde o princípio se tem vindo a discutir?

Não nos podemos esquecer que, desde a ideia de termos um LPD, até ao dias de hoje muita coisa mudou e mudou para pior. Se nos lembrar-mos do que foi materializado, estando em LPM desde o tempo de António Guterres, o que é que temos e que faça a diferença, em relação ao que realmente interessa? Aliás, ainda não temos, mas iremos ter. Estou a falar dos submarinos. É e será suficiente?

(Não nos podemos esquecer que até, embora não tenha nada em concreto para sustentar o que vou/estou a escrever, senão rumores a circularem e um pressentimento baseado nas palavras do próprio ministro da defesa da actualidade, mas, muito provavelmente, houveram pressões para que fossem “afundados” antes de existirem!)

Há que refletir, embora isto possa ser um bico de dois gumes e que possa originar ainda uma situação ainda pior do que se conhece:
Se nem para o básico temos e para recuperar isso tudo requer um esforço cada vez mais em conta com o passar do tempo, como queremos ter uma coisa que, prioritariamente, deixará cada vez mais de fazer sentido?! Se me disserem que Portugal vai disponibilizar verbas para a construção de satélites, aumentar a frota das futuras 5 fragatas, adquirir mais um submarino e apostar numa força credível de corvetas em dimensão e tecnologia, então aí, sim senhor, que venha o NAVPOL mais lindo que houver ao cimo d´água.  

No entanto, para isto tudo existir, terá que haver algo que possa sustentar a própria frota sem precisar de perder tempo em atracar nalgum porto. Dois navios reabastecedores serão suficientes?  

O país necessita de um LPD, mas, para já, com conta peso e medida. A meu ver servirá só para transporte e cortar no que não for essencial, podendo e devendo, no entanto, ter capacidade para se tornar em algo mais no caso de se necessário. Se for um maiorzito que o Roterdão já será bom. Creio que não será nada que nos comprometa. Temos que ver que o "país" não tem ambição própria e isso também é um factor condicionante! Temos que ser realistas.  

Se a questão fosse o dinheiro, então o caso eram bem simples de se resolver, aliás, já estava resolvido. Infelizmente a questão é de carácter ideológico. Não valerá a pena chorarmos no caso de até vir um com menos capacidade. Não é nada que seja novo, também. Basta ver a porcaria que fizeram com os F-16.  

Enquanto isto andar aos tombos... (Também não se pode exigir muito a quem nasceu em cepa torta) Melhores dias virão, se até lá não for tarde de mais. Vamos vivendo da esperança, ao menos temos alguma coisa. Há que ser optimista, como o governo quer.    

Cumprimentos