Vou ser chato, mas não entendo - os nossos "gloriosos lideres" votam uma lei há 1 ano em que assumem claramente 2 fragatas (MLU "mastro oco") + 3 fragatas (Meko, sem MLU) até 2030, alterada no meio do processo para 2 (MLU "mastro oco") + 3 (mini - MLU)... uma epidemia lixa a economia - e eles "vêem" a luz e neste espaço de tempo e descobrem que as 3 Meko até (mínimo) 2030 é "ridículo"? Ou simplesmente apareceram oportunidades que é impossível, devido às boas condições, até aqui não aproveitar...?
As LPMs são criadas sempre com vista a gastar o mínimo possível. Soma a isto a prioridade que se dá a meios de "duplo uso" (ou pelo menos os que convém dizer que são de duplo uso). Depois é empurrar com a barriga a maioria dos programas, para os últimos 2/3 anos da LPM, que se forem adiados já entram em vigor na próxima Lei. Depois é colocar para 2030 tudo o que é realmente caro, e logo se vê.
O que leva a alterações abruptas na LPM, são discordâncias políticas, como foi o MLU das VdG, que mesmo assim não foi um valor acrescentado, mas sim retirado de outro programa, e quando as coisas correm mesmo mal como o caso do Bérrio.
Para ver a falta de agilidade/adaptabilidade deste orçamento, preferem esperar pelo AOR e pagar 150 milhões por ele construído novo, do que adiantar uns meros 50 milhões dessa verba para comprar um Wave.
Os AB, a ser mesmo verdade o interesse e a proposta já aqui mencionada, é claramente uma compra de oportunidade "irrecusável", até porque vem com "doado" estampado, o que facilita a venda ao povo e mesmo o upgrade destes não foge muito ao que já estava orçamentado para o MLU das VdG+o valor da sua venda. O que se poupava com a vinda do Wave face a orçamento planeado para o AOR novo, pagava o resto do upgrade dos AB. Esta opção é muito mais viável, já que qualquer par de navios novos, mesmo o mais reles possível, dificilmente pesava menos de 800 milhões no orçamento (400 milhões cada).
Agora fiquei curioso com o recuo face ao Wave. Os especialistas viram que é preciso dragar o Alfeite, e como isso dá muito trabalho, preferem não o fazer? Se a dimensão do navio for novamente o problema, é pura incompetência, e falta de visão para o futuro da MP.