Votação

Qual a solução mais sensata?

Sou a favor da construção dos dois.
37 (27.2%)
Sou a favor apenas do TGV.
11 (8.1%)
Sou a favor apenas do aeroporto.
25 (18.4%)
Nenhum, há outras prioridades.
63 (46.3%)

Votos totais: 117

Votação encerrada: Julho 05, 2005, 08:14:28 pm

Aeroporto da Ota e TGV... prioridades?

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Portucale

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« Responder #315 em: Janeiro 16, 2009, 11:36:13 pm »
Os senhores que nos governam continuam a atirar areia para os olhos do zé povinho.
Pelos vistos a crise é dos outros, nós vamos só por arrasto.............
Nos últimos 8 anos quase todos os países citados pelo ministro cresceram, nós estivemos parados, mas isso não parece ser relevante.
A verdade é que temos de olhar para nós antes de atirar pedras aos outros.

Quanto aos grandes investimentos, estes são uma boa forma de ficar bem na fotografia e junto de certos interesses.

A construção civil é muito importante.
Dá emprego a muita gente, boa parte das receitas das autarquias vem da contrução, são obras que as pessoas podem ver e as empresas da área têm capacidade de precionar o poder politico.
Para os que nos governam ter as pessoas da construção ao seu lado é muito importante.

Se o país necessita de estes investimentos?
Na minha opininião não.
Porque?
O TGV é só para estar na moda, não será rentável e não vai trazer um ganho significativo aos utilizadores.
O actual aeroporto só fica esgotado num futuro próximo porque querem. A actual infra estrutura é um somatório de remendos.
Se for pensado um aeroporto funcional e para funcionar de forma articulada com os outros ele pode ficar exactamente onde está.

Existem outros caminhos possiveis sem ser o que foi escolhido.
Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

Versos de Camões
 

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Cabecinhas

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« Responder #316 em: Janeiro 16, 2009, 11:47:14 pm »
:Palmas:  :Palmas:
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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P44

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« Responder #317 em: Janeiro 17, 2009, 10:53:13 am »
Manuela Ferreira Leite coloca "Lusa" no centro da polémica

João Abreu Miranda - LUSA
Agência Lusa origina troca de acusações entre Manuela Ferreira Leite e PS

Manuela Ferreira Leite acusou a Agência Lusa de mandar propositadamente a Espanha um jornalista para “ouvir os socialistas espanhóis” sobre as declarações que fez sobre o TGV no programa “Grande Entrevista” da RTP. A Lusa rejeita a acusação e o PS já veio dizer que a líder do PSD usa falsidades para pressionar a Comunicação Social.

Manuela Ferreira Leite foi na sexta-feira à noite a Santa Maria da Feira participar num comício do seu partido, no dia a seguir à entrevista dada à jornalista Judite de Sousa, no programa “Grande Entrevista” da RTP, exibida na quinta-feira após o Telejornal.

No comício e numa intervenção que se prolongou por cerca de 20 minutos, Manuela Ferreira Leite passou em revista a actuação do Governo nestes últimos quatro anos e criticou as várias políticas levadas a cabo pelo Eng. José Sócrates.

Manuela Ferreira Leite aproveitou a ocasião para voltar a descansar as hostes social-democratas, garantindo-lhes que vai ganhar as próximas eleições legislativas, apesar, de todas as sondagens e estudos de opinião conhecidas até ao momento darem o PSD a afastar-se cada vez mais do Partido Socialista e a popularidade da sua líder a cair.

Um dos temas dessa entrevista da RTP foi precisamente a posição da líder do PSD quanto às grandes obras públicas anunciadas pelo Governo. A líder do PSD foi peremptória ao afirmar que poria fim ao projecto do TGV pois as verbas ai gastas seriam melhor empregues, em época de crise, noutros sectores.

A Agência Lusa pediu ao seu correspondente em Espanha que ouvisse as reacções espanholas ao anuncio feito pela líder do principal partido de oposição portuguesa à morte anunciada do projecto TGV em Portugal caso seja eleita nas eleições legislativas deste ano.

Foi precisamente esta reportagem que provocou a ira de Manuela Ferreira Leite em mais um ataque ao Primeiro-Ministro, na reunião do Europarque, esta sexta-feira.

"Ontem, numa entrevista à RTP, respondi categoricamente que num governo PSD não faria sentido o TGV. Para além daquele ministro de serviço que responde a tudo o que dizemos, aconteceu algo muito grave: um jornalista de uma agência pública deslocou-se a Espanha – o que significa que foi lá pago por nós. Os nossos impostos é que pagaram essa deslocação. O que foi ele lá fazer? Foi falar com os socialistas espanhóis para lhes dizer que tinha havido alguém, neste caso eu, que tinha afirmado que com o nosso governo suspenderíamos de imediato essa decisão", afirmou a líder do PSD.

Manuela Ferreira Leite tira lições políticas do facto que cria dizendo que "a primeira é que evidentemente já assumiu que vamos ganhar as eleições. Porque se estivesse convencido de que as ganhava tanto lhe fazia o que disséssemos, porque a decisão era dele", afirmou.

"O desespero que significa haver um Governo que, perante uma afirmação feita pela oposição, vai fazer queixinhas aos socialistas espanhóis. Se o engenheiro José Sócrates pensa que o PSD tem medo dos socialistas espanhóis está muito enganado", acrescentou.

Ferreira Leite questionou ainda se "será possível que o engenheiro José Sócrates não tenha o sentido de Estado suficiente para que um assunto que é verdadeiramente nosso tenha de ser discutido com os socialistas espanhóis".

Mais do que uma gaffe, a presidente do PSD, líder da oposição, andou muito longe do lema desta espécie de ensaio para a campanha. O comício, o primeiro desde que foi eleita líder dos social-democratas, tinha como lema: a verdade.

A verdade é que a referida reportagem da Lusa feita em terras de Espanha foi de facto, elaborada por um correspondente da Lusa que vive em Espanha, e incluía comentários de vários partidos políticos espanhóis sobre as declarações de Manuela Ferreira Leite, incluindo do PP, partido da mesma família europeia do PSD, que defendia que Manuela Ferreira Leite se deveria retratar.

Direcção de Informação da Lusa rejeita acusações que reputa de graves

A Direcção de Informação da Agência Lusa já reagiu às acusações da líder laranja emitindo um comunicado em que afirma que é “uma acusação grave, falsa e profundamente injusta, que a Direcção de Informação da Lusa rejeita em absoluto”.

“A Lusa move-se por estritos critérios de independência, objectividade e - o que é pertinente para o caso - de relevância”, acrescenta o comunicado.

A agência noticiosa portuguesa justifica a reportagem: “as posições em Espanha, com quem existem acordos no domínio da alta velocidade, foram e serão noticiadas pela agência, sempre que em Portugal forem produzidas posições de relevo sobre a matéria, venham elas de onde vierem”.

Conclui o comunicado da Lusa que “os únicos compromissos da Lusa são com a verdade e com o interesse dos seus clientes”.

PS acusa Ferreira Leite de querer pressionar politicamente a Comunicação Social

O PS reagiu às palavras de Manuela Ferreira Leite pela voz de Augusto Santos Silva.

À TSF, o ministro dos Assuntos Parlamentares disse que a líder do PSD usa falsidades para pressionar politicamente a comunicação social.

“A Presidente do PSD usa falsidades para tentar condicionar e pressionar politica e partidariamente a comunicação social” afirma Santos Silva.

“É uma aplicação daquele princípio que a Drª Ferreira Leite já teve oportunidade de enunciar, segundo o qual não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite, mas evidentemente esse é um princípio incompatível com a liberdade de imprensa e a drª Manuela Ferreira Leite dá hoje uma demonstração cabal de que não hesita em recorrer a informações que são falsas para tentar pressionar politicamente a comunicação social”, concluiu.

Eduardo Caetano, RTP
2009-01-17 10:34:29
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Cabecinhas

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« Responder #318 em: Janeiro 20, 2009, 11:04:15 pm »
Citar
Pedro Passos Coelho defende projecto do TGV
O social-democrata Passos Coelho não se mostra contrário ao comboio de alta velocidade, mas defende que deve ser criado um «cluster» que integre a indústria portuguesa, «transferindo tecnologia para o país e gerando emprego»
 

Passos Coelho afirmou num encontro promovido pela revista Economist que «o TGV é um projecto estratégico que envolve compromissos assumidos por vários governos».

«Todavia, nestes projectos de investimento elevado e dada a actual situação de crise económica e financeira, temos que questionar se faz sentido que o Estado crie incentivos para as instituições financeiras canalizarem as suas opções para esses investimentos em detrimento das pequenas e médias empresas», afirmou o social-democrata.

Por isso, Passos Coelho defende que ao projecto «deve ser agregado um cluster para a velocidade, criando a possibilidade de se fazer uma parte da produção em Portugal, transferindo tecnologia para o nosso país e gerando emprego».

«Esta deve ser uma condição a impor na escolha do fabricante de equipamento para o projecto, permitindo simultaneamente manter os nossos compromissos internacionais, minimizar o impacto negativo da alta velocidade na balança externa e criando mais emprego e competências num sector relevante (a alta velocidade ferroviária)», declarou.

Desacordo com Ferreira Leite

A posição de Passos Coelho colide com a da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, que recentemente propôs «riscar imediatamente» o projecto da alta velocidade se vencer as legislativas de 2009.

No jantar da Economist, Passos Coelho criticou o Governo por deixar «por concretizar» o «essencial das reformas».

«As pessoas vão cada vez mais verificando que a intensidade ou o grau de dramatização com que se pede uma maioria absoluta não corresponde depois ao grau de concretização das políticas. Ou seja, pede-se muito para se concretizar pouco», acusou.

Dívida pode chegar aos '95% do PIB'

Passos Coelho criticou ainda a escalada da dívida pública, dizendo que «não espanta que empresas como a Standard & Poor`s apresentem previsões muito negativas para o rating da divida portuguesa».

«Estamos, segundo os dados apresentados pelo Governo, com uma divida publica próxima dos 70%, mas se contabilizarmos o passivo das empresas públicas que não vai ser possível financiar autonomamente e a divida inerente aos projectos de parcerias publico/privadas em que o Estado assegura as receitas ou responde por elas, estaremos próximos, em matéria de divida, dos 95% do PIB», afirmou.

Pedido de explicações à CGD

O social-democrata considerou também que, «em nome da transparência e da clareza, e enquanto o Estado continuar com esta intervenção forte em algumas áreas com predominância no mercado, seria importante encontrar mecanismos para que a CGD responda e explique ao país de forma muito clara as suas opções de gestão e que se encontre o fórum adequado para o fazer».

SOL


Já havia o Menezes agora mais um  :?
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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« Responder #319 em: Junho 15, 2009, 12:12:46 pm »
    
15-06-2009 11:32 - Mário Lino admite que Cavaco pode vetar primeira concessão de alta velocidade


O ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações, Mário Lino, admitiu hoje que o Presidente da República pode vetar as bases da concessão do primeiro concurso da alta velocidade, entre o Poceirão e Caia.

O responsável , que foi hoje a um colóquio parlamentar sobre a alta velocidade em Portugal, disse que o Presidente tem poderes para o fazer, mas não acredita que isso vá acontecer.

Mário Lino, questionado sobre se o investimento fosse agora estaria condicionado, admitiu que sim, mas salientou que por isso é que fizeram um modelo que dilui os custos por várias gerações.

Recorde-se que o Presidente em alturas anteriores deu indicações de dúvidas sobre alguns projectos, nomeadamente as estradas.

O procedimento destes concursos implica que depois da adjudicação a um consórcio aprovado, seja feito um contrato de concessão que pode ser vetado pelo Presidente, tal como aconteceu no caso da Estradas de Portugal em que Cavaco devolveu algumas alterações à concessão da empresa por ter dúvidas.

Mário Lino disse também, durante a sua intervenção, que o TGV era um projecto que iria durar todo o século XXI e afirmou ainda que os custos deviam ser partilhados por várias gerações e não apenas pela actual ou pelas futuras.

O ministro reiterou que as obras começam em 2010 ou seja, o montante, que vai sair do erário público para o projecto só vai ser alocado depois das eleições.

 

 

 

 
Jornal de Negócios - Alexandra Noronha
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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cromwell

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« Responder #320 em: Junho 15, 2009, 12:24:44 pm »
O TGV é uma grande obra e os seus altos custos vão destabilizar as finanças do país.
O que é priotário neste momento é a ligação de Lisboa ao Porto.
No futuro, talvez na década de 20, é que se constroem as outras ligações.
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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André

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« Responder #321 em: Junho 16, 2009, 02:23:07 pm »
TGV: Importante Portugal avançar em 2010, diz CE


O Comissário Europeu dos Transportes, Antonio Tajani, considerou hoje importante que a rede de alta velocidade avance no próximo ano, admitindo porém renegociar caso o Governo português mude a sua posição em relação ao projecto.

Questionado pelos jornalistas sobre o projecto, sobre o qual o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, remeteu hoje uma decisão final para a próxima legislatura, o vice-presidente da Comissão Europeia considerou que «é importante para Portugal que no próximo ano avance para a alta velocidade».

No entanto, Tajani salientou que «o timing [calendário] não é um problema» da Comissão Europeia, mas sim do Governo português.

O Comissário Europeu referiu especificamente o momento eleitoral pelo qual Portugal vai passar e admitiu renegociar, caso a posição do Governo português sobre o projecto mude.

«É possível [renegociar com o Governo português]. Mas, por enquanto, temos uma posição. A campanha eleitoral é um problema interno, não é um problema da Comissão Europeia», disse.

O PSD, o principal partido da oposição, opõe-se ao avanço do projecto português de alta velocidade ferroviária.

Antonio Tajani explicou que os fundos atribuídos para o projecto no âmbito das Redes Transeuropeias de Transportes (RTE) não podem ser utilizados em outro projecto que não este, ao contrário do que acontece com os fundos do Fundo de Coesão.

O projecto português de alta velocidade tem já garantido um financiamento de 383,38 milhões de euros, atribuídos pela Comissão Europeia no âmbito das RTE para o período 2007-2013.

Também para o período 2007-2013, o projecto português tem assegurado o financiamento de 955 milhões de euros, atribuídos no âmbito do POVT, um sub-programa do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

O vice-presidente da Comissão Europeia falava no decorrer da cerimónia de inauguração das novas instalações da Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA), em Lisboa.

Lusa

 

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inlin3

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« Responder #322 em: Junho 18, 2009, 03:24:47 am »
Eu sou contra tudo o que implique gastar ou ganhar dinheiros, com esta máfia já sabemos que o que quer que seja feito, o objectivo é que vá sempre parar algum nos bolsos da máfia do costume... mas claro, com grande propaganda e cartazes e a convencer o povo que aquilo é que é bom. Como os empréstimos para estudantes do ensino superior, em vez de melhorarem o ensino, mais universidades, mais equipamentos, mais excelência, mais vagas, mais bolsas, mais estágios, propinas mais justas e mais baixas... nada disso! Menos rigor, as mesma condições de sempre, mais propinas. Para compensar, fazem-se "empréstimos", cria-se mais uma S.A. (garantia mutua), de origens e fundos, operação e actividades duvidosas. Apesar de serem virados para o estudantes, e amplamente publicitados pela propaganda do governo, como um medida de estado, há taxas... de juro... iguais a qualquer outro credito pessoal, (pois claro, os bancos teriam que ter lucro), a única real diferença é... a propaganda, este é mais um negocio dos bancos, apoiado pelo estado, que agora é retalhista e impinge os serviços destes ao seu povo. E consegue-se incentivar o endividamento das pessoas logo aos 18 anos...
 

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TOMSK

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« Responder #323 em: Junho 19, 2009, 04:39:51 pm »
O "TGV", Espanha e Olivença

por António Marques*

A falta de perspectiva estratégica evidenciada por muitos decisores políticos, acompanhada de inabilidade e ignorância cultural e histórica, conduz ao desconhecimento do interesse nacional e acarreta a este, frequentemente, prejuízos de monta.

Infelizmente, na ausência de um pensamento político-estratégico elaborado, conhecido e respeitado, tais decisores multiplicam os casos em que descuram, quando não abandonam, a defesa do bem comum dos portugueses. Veja-se, como exemplo, o compromisso assumido com o TGV dirigido a Madrid e a admissão desta cidade como capital e centro da Península.

Com naturalidade evidente, Madrid vem encantando e cativando muitos responsáveis políticos nacionais, os quais, aliciados com o novo “Eldorado” da integração económica da Península (“Espanha! Espanha! Espanha!”, como gritou José Sócrates), aceitam - com aparente prazer - colaborar na erecção da “Ibéria”, cujo epicentro se situa na Meseta, e na qual talvez aqueles almejem ocupar o mesquinho posto de cipaios, cantineiros ou capatazes.

Se é sintomática a argumentação ainda agora usada, a propósito da sustação do TGV, alertando para a “incompreensão” do país vizinho, foi também significativa a disponibilidade de José Sócrates para acompanhar José Luís Zapatero na última campanha eleitoral, bem como a maneira feliz e pressurosa como então arremedou a Língua de Cervantes…

Não está em causa, naturalmente, a conveniência e a necessidade de serem desenvolvidas relações económicas e culturais entre países e nações distintos mas vizinhos, nem sequer o incremento de um descomprometido diálogo político entre duas realidades adjacentes, de onde podem resultar ganhos e benefícios para todos.

Mas já haverá de ser visto com reserva um projecto voluntarista que, beneficiando certamente Madrid e a “Grã-Espanha”, se apresenta, na sua ambiguidade, de ganhos duvidosos para Portugal.

Tudo isto, claro, ainda no pressuposto de que os referidos decisores não estarão já conquistados - vendo em “dón” José Luís Zapatero um novo Filipe II - para a ideia de fazer de Portugal uma grande Olivença…

http://jornalpovodeportugal.eu

* António Marques
ex-Presidente do GAO
 

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cromwell

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« Responder #324 em: Junho 19, 2009, 06:41:39 pm »
Citação de: "TOMSK"
O "TGV", Espanha e Olivença

por António Marques*

A falta de perspectiva estratégica evidenciada por muitos decisores políticos, acompanhada de inabilidade e ignorância cultural e histórica, conduz ao desconhecimento do interesse nacional e acarreta a este, frequentemente, prejuízos de monta.

Infelizmente, na ausência de um pensamento político-estratégico elaborado, conhecido e respeitado, tais decisores multiplicam os casos em que descuram, quando não abandonam, a defesa do bem comum dos portugueses. Veja-se, como exemplo, o compromisso assumido com o TGV dirigido a Madrid e a admissão desta cidade como capital e centro da Península.

Com naturalidade evidente, Madrid vem encantando e cativando muitos responsáveis políticos nacionais, os quais, aliciados com o novo “Eldorado” da integração económica da Península (“Espanha! Espanha! Espanha!”, como gritou José Sócrates), aceitam - com aparente prazer - colaborar na erecção da “Ibéria”, cujo epicentro se situa na Meseta, e na qual talvez aqueles almejem ocupar o mesquinho posto de cipaios, cantineiros ou capatazes.

Se é sintomática a argumentação ainda agora usada, a propósito da sustação do TGV, alertando para a “incompreensão” do país vizinho, foi também significativa a disponibilidade de José Sócrates para acompanhar José Luís Zapatero na última campanha eleitoral, bem como a maneira feliz e pressurosa como então arremedou a Língua de Cervantes…

Não está em causa, naturalmente, a conveniência e a necessidade de serem desenvolvidas relações económicas e culturais entre países e nações distintos mas vizinhos, nem sequer o incremento de um descomprometido diálogo político entre duas realidades adjacentes, de onde podem resultar ganhos e benefícios para todos.

Mas já haverá de ser visto com reserva um projecto voluntarista que, beneficiando certamente Madrid e a “Grã-Espanha”, se apresenta, na sua ambiguidade, de ganhos duvidosos para Portugal.

Tudo isto, claro, ainda no pressuposto de que os referidos decisores não estarão já conquistados - vendo em “dón” José Luís Zapatero um novo Filipe II - para a ideia de fazer de Portugal uma grande Olivença…

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* António Marques
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Grande homem. :2gunsfiring: ?
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FAAS

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« Responder #325 em: Junho 27, 2009, 01:22:18 pm »
Uma pergunta, o TGV engloba o transporte de mercadoria em particular contentores? É que nesse caso o TGV pode realmente ser interessante com o porto de Sines a expandir-se Portugal pode tornar-se na porta da Europa para a distribuição de mercadorias, e não se esqueçam que o simples amarrar de um navio do tipo Post-Panmax de quinta e/ou sexta geração que podem atingir ate 350m de cumprimento significa €€€ a entrar no país e não creio que seja assim tão insignificante especialmente nos tempos que correm.

Eu concordo com o investimento no desenvolvimento, o que lamente é a falta de estratégia com que para alem de não existir é feito crer.

Ainda esta semana li algures alguém a mencionar em TGV Porto - Lisboa, outro aspecto importante pois seriam menos carros na estrada e menos CO2 por pessoa, para alem da efectiva poupança energética.

Quanto ao aeroporto enfim.. não considero muito vantajoso a construção de um completamente novo e deslocalizado, no entanto acredito que o da Portela precisa de alguma reestruturação.

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Cabecinhas

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« Responder #326 em: Junho 27, 2009, 01:34:18 pm »
Citar
Ainda esta semana li algures alguém a mencionar em TGV Porto - Lisboa, outro aspecto importante pois seriam menos carros na estrada e menos CO2 por pessoa, para alem da efectiva poupança energética.


Já existe uma coisa muito boa para esta ligação que se chama Alfa Pendular... é questão de melhorar a linha. Poupança energética não sei se isso se verificava, quanto é que consome um TGV em electricidade? Nós somos deficitários na produção de energia.
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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FAAS

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« Responder #327 em: Junho 27, 2009, 01:37:05 pm »
Uma comparação técnica entre os dois conceitos ( apesar de um deles estar implementado) por parte de alguém que percebesse da coisa, seria interessante.

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Chicken_Bone

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« Responder #328 em: Junho 27, 2009, 02:12:45 pm »
Entre Lx e Pt já existe Alfa e Intercidades. Duvido que o TGV tirará automóveis de passageiros da estrada nesse percurso.

Quase de certeza que haveria poupança energética, similarmente com outros transportes públicos.
"Ask DNA"
 

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FAAS

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« Responder #329 em: Junho 27, 2009, 02:18:22 pm »
Haveria poupança se tirasse carros da estrada neste caso os dois aspectos estão ligados, para haver poupança tem de existir mais pessoas a usar o transporte publico em detrimento do transporte pessoal/individual.
« Última modificação: Junho 27, 2009, 02:19:38 pm por FAAS »