Vamos por partes ...
A viatura blindada VAM-TAC da UROVESA foi inicialmente uma cópia do Hummer produzida na Espanha, posteriormente foi produzida uma versão resistente a minas, mas obviamente não era um MRAP. Nada a ver com os atuais VAM-TAC ST5, que são outra coisa ...
Portugal não tinha qualquer coisa parecida e na altura nem sequer se tinha iniciado a entrega dos carros da PLASAN-SASA de Israel..
O acidente que vitimou o sargento Roma Pereira aconteceu em 2005. Os carros da PLASAN-SASA só ficaram prontos para entregar, em 2006. Logo, não poderiam ter sido enviados.
E mesmo os Hummer com a blindagem da PLASAN-SASA também não tinham casco em "V"
O que tinham era proteção lateral, a qual as viaturas da UROVESA não tinham
(Se o IED que matou o sargento Roma Pereira tivesse sido alvo de um dispositivo lateral uma "road side bomb" então sim, não se salvava ninguém).
As imagens são claras, a viatura saltou e apenas morreu um homem. A viatura levava creio que quatro. Porque é que só morreu um ?
Naquele caso, qualquer viatura salta. Dependendo da quantidade de explosivo até um tanque salta.
Quando ao cinto de segurança, existe uma diferença muito grande entre as exigências dos equipamentos e o que os homens no terreno na realidade fazem.
Dentro de uma viatura blindada de transporte de pessoal, a doutrina escrita determina que os homens devem levar cinto. Se usam, isso não é problema da qualidade da viatura.
Há quem não goste de utilizar colete à prova de bala, porque lhe tolhe os movimentos ...
E há quem não queira utilizar cinto de segurança.
Eu na tropa nunca utilizei cinto, porque os UMM não tinham ...
O problema é que há gente que, não se apercebe do poder do explosivo, a não ser quando é damasiado tarde. Mas isso, é uma questão que nada tem a ver com os equipamentos.