Votação

Que aeronave de Apoio Aéreo Próximo para a FAP? Para missões em ambiente não contestado.

AH-1Z
7 (14.9%)
A-29N
13 (27.7%)
UH-60 DAP
20 (42.6%)
AC-295
2 (4.3%)
A-10C ex-USAF
2 (4.3%)
MH-6 Little Bird
1 (2.1%)
OH58D ex-US Army
0 (0%)
H-145 H-Force
2 (4.3%)

Votos totais: 47

Votação encerrada: Junho 02, 2023, 10:29:01 pm

CAS

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Re: CAS
« Responder #495 em: Julho 07, 2023, 09:40:49 pm »
Há por aqui alguém que consiga ter acesso ao artigo para assinantes? Este valor é obsceno e surreal; mas lá está, 10 aparelhos novos e equipamento associado podem muito bem chegar aos 206M€. Então e a "co-produção" vai servir para quê afinal? Só para mais uma negociata entre amigos, e ajudar a diminuir o prejuízo da Embraer?

E para os F-16 - que são e continuarão a ser a nossa única aeronave de combate digna desse nome - a verba até 2034 nem os 160M€ alcança?

A coprodução serve para beneficiar o país em detrimento da Força Aérea. Sempre foi essa a questão. Se desses 200M€, 50 forem lucro o país beneficia de 17,5M (35%)  mais  7M em IRC sobre os lucros da Embraer. E empregos e blah, blah. A FA devia é de pressionar para pelo menos esse dinheiro ser reinvestido no ramo.

Não sei lá como é que faz essas contas quando os pagamento serão a Embraer no Brasil...

Estou a partir do princípio que os pagamentos são feitos por cá. Nem me passa pela cabeça que não sejam. Era muito mau.
 

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Charlie Jaguar

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Re: CAS
« Responder #496 em: Julho 08, 2023, 12:19:13 pm »
A edição de hoje do semanário Expresso (07/07/2023) adianta que o Ministério da Defesa supostamente terá à sua disposição uma verba de cerca de 206M€ para a compra de aeronaves Embraer EMB-314/A-29 Super Tucano.


https://leitor.expresso.pt/semanario/semanario2645-4/html/primeiro-caderno/politica/portugal-preve-206-milhoes-para-avioes-brasileiros

Aqui está a notícia na íntegra:

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Citar
DEFESA COM EUR206 MILHÕES PARA AVIÕES BRASILEIROS

Expresso
2023-07-07 06:00:14

Exigências encaixam nos Tucanos, da Embraer, coproduzidos em Portugal

Portugal prevê EUR206 milhões para aviões brasileiros. Tudo aponta para os Super Tucano da brasileira Embraer, que assim encaixa mil milhões desde 2019. Mas há dúvidas.

O Ministério da Defesa já tinha a decisão tomada quando, no passado dia 24 de abril, em Alverca, nas instalações da OGMA, António Costa e o Presidente brasileiro Lula da Silva assinaram um memorando de entendimento para “o desenvolvimento de tecnologias relacionadas com o avião A-29 Super Tucano, na sua recém--lançada versão A-29N voltada para responder às necessidades dos países da NATO”, segundo a descrição oficial no site do Governo. Nesse momento, a proposta de Lei de Programação Militar (LPM), ainda em elaboração, já previa a compra de uma “aeronave de apoio aéreo próximo”, de asa fixa (como os Super Tucano) para suporte de forças terrestres, como os comandos e os paraquedistas na missão da ONU na República Centro-Africana.

Segundo um documento anexo à proposta de revisão da LPM, da autoria do gabinete de Helena Carreiras, ministra da Defesa, a proposta de revisão da lei prevê EUR206,04 milhões para estas aeronaves “aptas a operar em ambientes instáveis, mas também em muitas regiões de África”, pois “proporcionam uma proteção armada ao movimento de forças terrestres, que efetuem ações de reconhecimento e de vigilância, com rapidez e em profundidade, em ambientes permissivos e semipermissivos”. A soma deste programa com o dos cinco aviões de transporte KC-390 comprados por EUR872 milhões, para a Força Aérea substituir os velhos Hércules C-130, representará uma faturação para a empresa brasileira superior a mil milhões de euros, desde 2019, com a venda de armamento a Portugal (onde a Embraer detém 65% da OGMA).

A Defesa, no entanto, não admite que o projeto (e futuro concurso) esteja feito à medida dos Super Tucano, apesar de a cooperação industrial, à imagem do que aconteceu com os KC-390 ser um passaporte para os brasileiros entrarem no mercado da NATO: “Quando chegar o momento serão definidos os requisitos técnicos e serão seguidos os procedimentos aplicáveis à aquisição de meios militares”, respondeu fonte oficial do gabinete da ministra. Este projeto, que consiste no único programa novo de aquisições da LPM, “foi uma lacuna identificada no sistema de forças para apoio armado às Forças Nacionais Destacadas” no exterior, explica o mesmo documento, a que o Expresso teve acesso, e que justifica assim a opção: “Numa avaliação sobre as necessidades de capacidade operacional, é mais adequada uma aeronave ligeira de asa fixa, capaz de operar a partir de pistas semipreparadas, pelas suas características de autonomia, alcance, capacidade e precisão de fogo (armamento guiado e não guiado) e rapidez de resposta, assente numa componente logística e de manutenção de apoio reduzida.”

Tucanos compatíveis com os KC-390

Embora esta descrição encaixe nos Super Tucano, o documento ainda fala na compatibilidade destes aviões com os KC-390, que a Embraer está a fornecer à Força Aérea, tendo já sido entregue uma unidade. “Uma aeronave ligeira de asa fixa”, refere o texto, “permitirá satisfazer os requisitos expedicionários, tanto pela possibilidade de projeção através do KC-390, que comporta duas aeronaves, assim como pela possibilidade de efetuar voos de longa distância, com recurso a depósitos de combustível suplementares”.

Segundo o gabinete da ministra, a proposta de LPM, que será aprovada agora na Assembleia, contempla outros “projetos estruturantes” e não anula o programa do Helicóptero de Apoio, Proteção e Evacuação. “São capacidades distintas, mas complementares no contexto da amplitude de missões realizadas pelas Forças Armadas”. De acordo com o ministério, estes helicópteros também se destinam a “operações de apoio, de proteção e de evacuação de forças terrestres, permitirá a projeção, sustentação e posicionamento tático de pessoal e de equipamento, proporcionando acesso rápido a serviços médicos de emergência ou a retirada de feridos, pelo que será determinante em missões internacionais”. A Defesa não revela se estas aeronaves serão operadas pela Força Aérea ou pelo Exército.

Esta opção, porém, não é consensual. O tenente-general Alfredo Cruz (na reforma), antigo comandante operacional da Força Aérea e ex-comandante do Centro de Operações Conjunto da NATO, diz ao Expresso que o “avião Super Tucano é bom”, mas ressalva que, “no estado calamitoso em que estão as Forças Armadas, há que definir prioridade, que não podem ser esta”. Na mesma semana em que o general Cartaxo Alves, chefe do Estado-Maior da Força Aérea disse que lhe faltavam 1400 militares e que estavam em risco as missões no curto prazo, o general aponta outra emergência: “A prioridade devia ser o mar, e termos navios e aviões de patrulhamento, não há volta a dar.”

Vítor Matos

Não, não está mesmo nada feito à medida do Super Tucano, que ideia... :mrgreen: ::)
« Última modificação: Julho 08, 2023, 03:42:41 pm por Charlie Jaguar »
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Re: CAS
« Responder #497 em: Julho 08, 2023, 12:45:53 pm »
Continuamos com necessidade de modernizar (urgentemente, diria) as aeronaves para instrução de vôo da FAP.
Os ST seriam bons candidatos para tal, mas pelos vistos vamos adquirir os ST para CAS em África. Para missões da ONU...  ::)
Estou a perceber bem?
« Última modificação: Julho 08, 2023, 01:49:19 pm por Mentat »
 

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Re: CAS
« Responder #498 em: Julho 08, 2023, 02:22:05 pm »
Continuamos com necessidade de modernizar (urgentemente, diria) as aeronaves para instrução de vôo da FAP.
Os ST seriam bons candidatos para tal, mas pelos vistos vamos adquirir os ST para CAS em África. Para missões da ONU...  ::)
Estou a perceber bem?

O ST pode cumprir ambas as funções.

Citando a própria FAP e em relação ao abatido ao serviço Alpha Jet:

Citar
é um caça-bombardeiro subsónico, bilugar e que pela sua conceção apresenta caraterísticas de versatilidade que o tornam particularmente adaptado para a execução de operações de apoio aéreo ofensivo e de apoio às forças de superfície bem como para a instrução avançada em aviões de caça e conversão operacional, podendo utilizar várias configurações de armamento.

O ST pode cumprir perfeitamente a segunda parte, só que o número que continua a aparecer nos nossos debates é para algo excessivo. 6 seria um número razoável e suficiente, já 10 ST para mim revela que eles deram uma justificação pouco plausível (CAS em África) para poderem justificar o número em questão.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: CAS
« Responder #499 em: Julho 08, 2023, 03:23:42 pm »
“foi uma lacuna identificada no sistema de forças para apoio armado às Forças Nacionais Destacadas” no exterior,"

Sinceramente, isto nem 100% verdade é, porque só se aplica  a cenários bastante específicos, como os de baixa intensidade em África e companhia
 

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Mentat

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Re: CAS
« Responder #500 em: Julho 08, 2023, 04:31:38 pm »
O ST pode cumprir perfeitamente a segunda parte, só que o número que continua a aparecer nos nossos debates é para algo excessivo. 6 seria um número razoável e suficiente, já 10 ST para mim revela que eles deram uma justificação pouco plausível (CAS em África) para poderem justificar o número em questão.

Tentando dar o benefício da dúvida sobre a (hipotética) dupla utilização dos ST, não se poderá "partir" a quantidade (alegadamente) a adquirir entre treino avançado de vôo e CAS?
Não faço ideia se 10 chegariam para tal ou não, daí a dúvida.
 

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Pescador

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Re: CAS
« Responder #501 em: Julho 08, 2023, 07:36:26 pm »
a "defesa" escolheu 10, ainda antes do Lula vir. Claro, se fossemos ler sites br já falavam nisso a muito tempo. A A Embrear arrecada, mais todos os envolvidos. Porque a panela tem sopa para muitos.
E por cá andam uns piratas a montar o cozinhado há muito. Tugas daqueles sem Pátria certa e zucas

Realmente com o estado actual dos F16, é mesmo os 200 milhões em tucanitos que mais falta faz gastar E não esquecer mais o 6º Kacete. Porque a Embraer tem de vender e os aculturados vassalos com esquemas a sul, compram porque o dinheiro não é deles.
Aliás se fossem gastar os mesmos 1200 Milhões para Fragatas não faltaria o ruído politico. Assim sendo para a bandidagem amiga, os ruidosos do costume estão calados.
« Última modificação: Julho 08, 2023, 07:39:59 pm por Pescador »
 

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JohnM

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Re: CAS
« Responder #502 em: Julho 08, 2023, 11:14:18 pm »
Estes 1033 M€, mais o custo do sexto KaCê, mais o que se poderia arrecadar da alienação dos F-16 PA II, davam para comprar uma esquadra de 12-15 F-35A Block 3F com pouco uso (embora não novos) … por isso não me digam que não dinheiro…
 

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Charlie Jaguar

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Re: CAS
« Responder #503 em: Julho 09, 2023, 09:58:29 am »
A mim, pessoalmente, chocam-me mais os valores envolvidos do que propriamente a aquisição do Super Tucano.

Para o novo helicóptero ligeiro (o Koala), em 2017 lançou-se o concurso por 20,5M€ + IVA; para 5 ou 6 helicópteros de evacuação, a verba disponibilizada era de 53M€ + IVA, e para uma valência nova - ou lacuna, como agora dizem -, já há 206M€, supostamente para a aquisição de 10 aeronaves? E não se confronta o Governo e a MDN com isto?

Assim, esta eventual aquisição continuará a soar mais do que suspeita e a pecar por uma total falta de transparência. Porque por mais que queiram negar, este projecto (e futuro concurso) estão sem dúvida feitos à medida do Super Tucano.
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Re: CAS
« Responder #504 em: Julho 09, 2023, 10:41:08 am »
O ST pode cumprir perfeitamente a segunda parte, só que o número que continua a aparecer nos nossos debates é para algo excessivo. 6 seria um número razoável e suficiente, já 10 ST para mim revela que eles deram uma justificação pouco plausível (CAS em África) para poderem justificar o número em questão.

Tentando dar o benefício da dúvida sobre a (hipotética) dupla utilização dos ST, não se poderá "partir" a quantidade (alegadamente) a adquirir entre treino avançado de vôo e CAS?
Não faço ideia se 10 chegariam para tal ou não, daí a dúvida.

Segundo disse a ministra da Defesa em Comissão de Defesa Nacional, os ST serão para CAS e treino de pilotos.
 

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Re: CAS
« Responder #505 em: Julho 09, 2023, 11:56:29 am »
A mim, pessoalmente, chocam-me mais os valores envolvidos do que propriamente a aquisição do Super Tucano.

Para o novo helicóptero ligeiro (o Koala), em 2017 lançou-se o concurso por 20,5M€ + IVA; para 5 ou 6 helicópteros de evacuação, a verba disponibilizada era de 53M€ + IVA, e para uma valência nova - ou lacuna, como agora dizem -, já há 206M€, supostamente para a aquisição de 10 aeronaves? E não se confronta o Governo e a MDN com isto?

Assim, esta eventual aquisição continuará a soar mais do que suspeita e a pecar por uma total falta de transparência. Porque por mais que queiram negar, este projecto (e futuro concurso) estão sem dúvida feitos à medida do Super Tucano.

O mais estranho é como se passou de aviões em segunda mão para novos.
Mas o aparecimento dos holandeses pode ter trazido algo mais a este negocio que ainda não sabemos.
 
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Re: CAS
« Responder #506 em: Julho 09, 2023, 01:20:08 pm »
Entretanto, continuamos sem sistemas SAM, helicópteros médios, sem radar nos Açores...
O pack completo Embraer a todo o gás.
 
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Drecas

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Re: CAS
« Responder #507 em: Julho 09, 2023, 01:29:34 pm »
É perguntar se a Embraer faz algo disso  :mrgreen:
 

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Drecas

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Re: CAS
« Responder #508 em: Julho 09, 2023, 03:32:52 pm »
 

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Re: CAS
« Responder #509 em: Julho 09, 2023, 03:35:21 pm »
Com os 200 milhões que se vão derreter com os ST