Como sempre, nin uns nin outros levan a razón, porque como todos sabemos, o idioma non vai por onde piden os teóricos, senón por onde dicta a propia sociedade.
O Idioma vái para onde os "teoricos" mandam Ferrol.
Se os teoricos tiverem a razão da força.
Como você sabe (acho eu) a lingua Galega, foi proíbida em toda a Galiza, depois que Isabel (a católica) tomou o poder de Joana (a beltraneja), que estava prometida em casamento ao rei de Portugal.
Essa união implicaria uma união ibérica em que Castela ficaria sob domínio dos portugueses (e galegos, naturalmente).
Isabel sabia, caro Ferrol, que manter a lingua Galega, era continuar a ter problemas com Portugal. Por isso os nobres Galegos são deportados para Madrid. Por isso a lingua galega é proíbida, por isso os mosteiros galegos são proíbidos de ter mais que 10% de monges e frades galegos. Por isso todas as leis que estavam escritas em Galaico-Português, foram traduzidas á força.
Onde está grande parte da cultura da Galiza Ferrol?
Não se dê ao trabalho de procurar, porque foi transformada em cinzas, para dar a ideia de que tudo é uniforme sob a bandeira do orgulhoso reino de "Castilla", o único com direito a existir.
A "Doma e Castraçom" da Galiza, não é teoria. Aconteceu.
Foi feita porque os reis Católicos sabiam que, uma galizaque não fosse Castelhanizada, seria sempre rebelde. Sabiam que Portugal estava num periodo de expansão, que o tornaría, como de facto aconteceu, num polo de atracção que sería irresistivel.
Uma Galiza culta, e com a sua cultura própria, não teria passado a ser uma parte do reino de Leão que era ele próprio, uma parte da Grande Castilla.
Não sabemos o que a história "tería" sido, se as coisas corressem de outra forma, mas não serve de nada esconder o óbvio.
A castelhanização da Galiza, só serviu a Castela como reino dominante da peninsula. Os Galegos, não ganharam nada com isso. O resultado do processo de doma e castração, criou a imagem que os Castelhanos criaram do Galego, estupido, e ignorante.
Era ignorante porque Castela necessitava que assim fosse. Esse preconceito continua ainda hoje. No Brasil, muitos portugueses são chamados de Galegos, sem que os brasileiros entendam porquê, na Argentina, encontramos o mesmissimo preconceito.
O problema da língua - e eu não sou a pessoa indicada para discutir este assunto - tem a ver com outro problema mais grave que é o problema nacional.
Cumprimentos