Tensão em Timor Leste

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Lusitanus

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« Responder #435 em: Fevereiro 13, 2008, 07:01:57 am »
Citação de: "Lancero"
Portugal nunca declarou Timor independente.
A Monarquia ignorou Timor durante 400 anos - como o fez depois a República durante 65.


Mas reconheceu a independecia que vai dar quase o mesmo.
Nunca houve uma invasão a Timor quando encontravamos em Monarquia plena,a republica em que vivemos hoje é que ignorou Timor quando na invasão de tropas Australianas,Holandesas e Japoneses(1941) e Indonesias (depois de 75).
"Cumpriu-se o mar e o império se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal"
 

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André

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« Responder #436 em: Fevereiro 13, 2008, 12:50:30 pm »
Estado de sítio prolongado por mais 10 dias

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O Parlamento de Timor-Leste aprovou hoje o prolongamento do estado de sítio com recolher obrigatório por mais 10 dias.
Dos 44 deputados presentes, entre os 65 eleitos, 30 votaram a favor e 14 abstiveram-se.

O estado de sítio tinha sido decretado segunda-feira por um período de 48 horas, na sequência dos dois atentados contra o presidente timorense, José Ramos Horta, e contra o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que escapou ileso.

Na sequência do atentado, Ramos Horta foi submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Dili e a outras duas no Royal Hospital de Darwin, Austrália, para onde foi transferido horas depois do ataque.

Diário Digital / Lusa

 

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P44

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« Responder #437 em: Fevereiro 13, 2008, 03:46:31 pm »
Citação de: "Lusitanus"
Citação de: "Lancero"
Portugal nunca declarou Timor independente.
A Monarquia ignorou Timor durante 400 anos - como o fez depois a República durante 65.

Mas reconheceu a independecia que vai dar quase o mesmo.
Nunca houve uma invasão a Timor quando encontravamos em Monarquia plena,a republica em que vivemos hoje é que ignorou Timor quando na invasão de tropas Australianas,Holandesas e Japoneses(1941) e Indonesias (depois de 75).


 :!:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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tgcastilho

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« Responder #438 em: Fevereiro 13, 2008, 06:44:40 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "Lusitanus"
Citação de: "Lancero"
Portugal nunca declarou Timor independente.
A Monarquia ignorou Timor durante 400 anos - como o fez depois a República durante 65.

Mas reconheceu a independecia que vai dar quase o mesmo.
Nunca houve uma invasão a Timor quando encontravamos em Monarquia plena,a republica em que vivemos hoje é que ignorou Timor quando na invasão de tropas Australianas,Holandesas e Japoneses(1941) e Indonesias (depois de 75).

 :!:

eu acho que é mais na casa:Magalh... Le... :lol:  :roll:
 

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Lusitanus

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« Responder #439 em: Fevereiro 14, 2008, 11:11:56 am »
Citação de: "tgcastilho"
Citação de: "P44"
Citação de: "Lusitanus"
Citação de: "Lancero"
Portugal nunca declarou Timor independente.
A Monarquia ignorou Timor durante 400 anos - como o fez depois a República durante 65.

Mas reconheceu a independecia que vai dar quase o mesmo.
Nunca houve uma invasão a Timor quando encontravamos em Monarquia plena,a republica em que vivemos hoje é que ignorou Timor quando na invasão de tropas Australianas,Holandesas e Japoneses(1941) e Indonesias (depois de 75).

 :!:
eu acho que é mais na casa:Magalh... Le... :lol:  :?  :conf:
"Cumpriu-se o mar e o império se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal"
 

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André

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« Responder #440 em: Fevereiro 15, 2008, 06:30:58 pm »
Forças de segurança continuam operação para capturar rebeldes

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As forças de segurança timorenses e internacionais continuam hoje a operação militar para capturar cerca de 30 soldados rebeldes que na segunda-feira passada tentaram assassinar o presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
O chefe do exército australiano, Angus Houston, que hoje foi a Díli junto com o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, disse que há suspeitas de que os rebeldes estejam escondidos nas montanhas, após fugir da capital.

«Correm pelo país e estão a criar problemas para o Governo de Timor-Leste. Ajudaremos as autoridades a levá-los à Justiça», disse Houston à imprensa australiana.

Em declarações à televisão australiana Canal Nine, o ex-tenente Gastão Salsinha disse que está no comando dos fugitivos e que não tem intenção de se render.

«Se o exército do Timor-Leste me vier capturar, vou-me defender», disse o oficial rebelde.

Salsinha, que disse apoiar a presença de tropas estrangeiras no território, acrescentou: «se os meus seguidores pedirem que me entregue ao Governo, então farei isso».

O militar rebelde descreveu os ataques a Ramos Horta, atingido com três tiros e que permanece hospitalizado na Austrália, e a Gusmão, que saiu ileso, como parte de um «complicado plano» traçado com dias de antecedência.

O procurador-geral do Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, confirmou que emitiu 18 mandados de captura e que está a preparar mais cinco, admitindo que este número aumente nos próximos dias.

Segundo Monteiro, o respectivo gabinete recebeu três dias antes dos atentados informações sobre os planos do ex-comandante Alfredo Reinado para atacar Ramos Horta.

Reinado e outro rebelde morreram no tiroteio com os seguranças do presidente timorense.

«Sim, tínhamos a informação três dias antes, mas não tínhamos recursos para analisá-la», afirmou Monteiro, acrescentando que os dados que tinham não sugeriam que os rebeldes estivessem a ponto de lançar um ataque.

Terça-feira, a Austrália reforçou a presença militar em Timor-Leste com o envio de 350 soldados e policiais, que se uniram ao contingente da ONU, formado por cerca de 1.700 efectivos.

O Parlamento timorense prorrogou quarta-feira passada e até 23 de Fevereiro o estado de exceção declarado no mesmo dia dos ataques.

«Queremos que os nossos parceiros estejam em paz e tenham segurança a longo prazo, por isso, estaremos sempre abertos aos nossos amigos, aqui em Díli, em tudo o necessário no futuro», disse hoje o primeiro-ministro australiano, na sua visita a Timor-Leste.

Após a visita a Timor-Leste, Rudd visitou Ramos Horta no Hospital Real de Darwin, onde permanece internado desde segunda-feira passada e onde já foi submetido a duas cirurgias.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #441 em: Fevereiro 15, 2008, 06:59:27 pm »
Amado descarta, para já, reforço de contingente da GNR

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, descartou hoje a possibilidade de uma decisão «precipitada» de envio para Timor-Leste de mais militares da GNR.

«Qualquer decisão precipitada sobre essa matéria, do meu ponto de vista, é irresponsável», afirmou Luís Amado no Porto, à margem de uma conferência sobre o Tratado de Lisboa.

O MNE português referiu que trocou impressões, quinta-feira, com o seu homólogo australiano, tendo ambos concordado que devem ser prosseguidos novos esforços diplomáticos «antes de precipitar qualquer decisão».

Luís Amado disse que encara com «moderado optimismo» a «estabilidade política dos últimos dias» em Timor-Leste.

Diário Digital / Lusa

 

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Lancero

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« Responder #442 em: Fevereiro 16, 2008, 09:32:52 pm »
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GNR Timor-Leste: Hora e meia de "terror" e "alívio" com a chegada da GNR - Kirsty

Gusmão    Díli, 16 Fev (Lusa) - Uma hora e meia de "terror" e "alívio" com a chegada  da GNR foi como a mulher do primeiro-ministro timorense descreveu o cerco  à sua residência, ao agradecer hoje, com os três filhos, a intervenção dos  militares portugueses.  

  A casa de Ramos-Horta estava a ser atacada, o Presidente tinha sido ferido  e Xanana Gusmão, avisado pelo motorista, vestiu-se e saiu mas não sabia  que se dirigia a uma emboscada liderada pelo ex-tenente Gastão Salsinha  que, no entanto, não provocou feridos.  

  Kirsty Sword-Gusmão estava em casa a preparar os filhos para irem para a  escola quando Gastão Salsinha se aproximou dos portões e trocou algumas  palavras com os seguranças de serviço a quem queria tirar as armas. Não  conseguiu e os seus homens cercaram a casa onde a mulher de Xanana estava  com os pequenos Alexandre, Kay Olok e Daniel, de, respectivamente, sete,  cinco e três anos.  

  Depois seguiu-se hora e meia de incerteza com Kirsty Sword-Gusmão a tentar  "acalmar e proteger" as crianças.  

  "Achei que era importante ter essa oportunidade para eu e os miúdos agradecermos  pessoalmente a ajuda, a assistência que foi prestada naquela horrível manhã  de segunda-feira", disse Kirsty Sword-Gusmão depois de se dirigir num português  perfeito aos militares portugueses com palavras de agradecimento.  

  "Só com a chegada da GNR é que sentimos que podíamos sair de casa e ir a  Díli numa situação de segurança total", salientou, frisando que a família  "não vai esquecer aquele dia facilmente" e elogiando o trabalho da GNR na  construção da "paz e estabilidade de Timor-Leste".  

  Na cerimónia de agradecimento da família Gusmão à GNR, os pequenos Alexandre,  Kay Olok e Daniel concentraram as atenções de militares e da imprensa não  só pela pose divertida da chegada, mas também pelas mensagens e "medalhas"  que "impuseram" ao comandante João Martinho.  

  "GNR Amamo-vos" num coração, "Obrigado GNR. Valentia e Amizade" em desenhos  com a bandeira timorense, casa tradicional, uma palmeira e um búfalo, uma  estrela de xerife com cinco pontas e os nomes da família com "GNR e Timor-Leste  2008" ao centro foram entregues ao comandante, pouco habituado a ser alvo  de atenções e a demonstrar alguma emoção pelo carinho demonstrado pela família  do chefe do Governo.  

  João Martinho teve ainda direito a um abraço e um beijo do Daniel (3 anos),  o menos envergonhado dos pequenos, mais concentrados num saco com algumas  prendas entregues pelos militares e dos quais constavam um puzzle, a bandeira  da GNR e outras recordações da Guarda Nacional Republicana.  

  Em declarações aos jornalistas depois de tirar uma fotografia com o grupo  de operações especiais que conduziu toda a operação, Kirsty Sword-Gusmão  garantiu ainda ter "toda a confiança no futuro de Timor-Leste".  

  "Tenho toda a confiança no futuro deste país. Acho que temos ultrapassado  momentos piores, que talvez vai haver mais, mas tenho confiança na democracia  e nas instituições que são novas mas vamos desenvolvendo pouco a pouco",  salientou Kirsty ao sublinhar ainda que acredita "no amor" que os timorenses  têm pela paz.  


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Timor-Leste: Uma hora, 14 homens e três viaturas para salvar família Gusmão - GNR

Díli, 16 Fev (Lusa) - Uma hora, 14 homens e três viaturas foram o tempo,  pessoal e meios utilizados segunda-feira pela GNR para colocar a salvo a  família de Xanana Gusmão, depois do cerco à residência pelo grupo rebelde  fiel a Alfredo Reinado.  

  Depois de terem recebido pelas 07:03 (hora local) um telefonema de aviso  de que o presidente timorense estava a ser atacado, o primeiro grupo de  militares da GNR saiu do quartel de Caicoli, em Díli, e percorreu os cerca  de três quilómetros que separam o local da residência de José Ramos-Horta  sob as ordens do capitão Martinho.  

  "Saímos cerca de 10 minutos depois e quando chegámos ao local iniciámos  a operação de limpeza da zona com a verificação de todos os compartimentos  da residência", explicou, em declarações à agência Lusa, o capitão Joao  Martinho que disse também que os corpos de Alfredo Reinado e o seu companheiro  Leopoldino estavam nas traseiras do complexo da residência de Ramos-Horta.  

  Já no final da operação de limpeza da zona, é "recebido um novo alerta",  desta vez sobre a emboscada a Xanana Gusmão e o pedido para salvar a família  do chefe do Governo que estaria cercada por um grupo que, na altura, não  se sabia liderado pelo ex-tenente das forças armadas timorenses Gastão Salsinha.  

  Com 14 homens e três viaturas, duas das quais blindadas, João Martinho partiu  em direcção à residência particular de Xanana Gusmão, em Balíbar, num percurso  que em condições normais seria feito em 20 minutos mas que, desta vez, demorou  mais devido ao "que foi encontrado no trajecto".  

  "A meio do caminho encontrámos um dos carros da comitiva do primeiro-ministro  que apresentava pelo menos dois buracos de bala. Parámos, verificámos a  zona e seguimos em frente já que não havia ninguém", explicou.  

  Com os populares a apontarem para a montanha e com algumas dificuldades  na identificação do caminho, João Martinho decidiu socorrer-se de um popular  para lhe indicar a casa do primeiro-ministro, mas só depois de desarmar  e identificar um grupo de homens que desciam a encosta e que faziam parte  do corpo de seguranças de Xanana Gusmão.  

  Entre um e dois quilómetros à frente, outra viatura da coluna do chefe do  Governo foi encontrada, desta vez caída numa ravina.  

  "Mais uma paragem, mais uma operação de abordagem ao carro e mais uma vez  não estava ninguém. Seguimos para a casa", contou.  

  "Quando chegámos à residência (cerca das 09:15 segundo o relato da mulher  da Xanana Gusmão) havia muita tensão, os guardas estavam nervosos fora da  casa, apontavam para as montanhas onde estariam os atacantes e é enviada  uma patrulha bater o terreno mas ninguém é encontrado", explicou.  

  Com alguns momentos de tensão à mistura, a mulher e os filhos de Xanana  Gusmão foram colocados nos blindados da GNR bem como algum pessoal da casa,  mas os seguranças, que também pretendiam "boleia", acabaram por permanecer  na residência.  

  Entre o alerta para irem à casa de Ramos-Horta e o regresso a Díli, o capitão  João Martinho conta cerca de uma hora mas "não estava preocupado com o relógio,  mas sim com a missão delicada" onde cada abordagem a uma viatura encontrada  "implica sempre" a tomada de medidas de forte segurança para se efectuar  a verificação do terreno.  

  Para agradecer o trabalho da GNR, Kirsty Sword-Gusmão, que classificou o  dia de segunda-feira como o "mais perigoso" da sua vida, e os três filhos  estiveram hoje em Caicoli, onde está aquartelado o subagrupamento Bravo.  








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O Comandante da GNR em Timor-Leste, João Martinho, coloca uma estrela desenhada pelos filhos da mulher do Primeiro Ministro de Timor Leste, Kirsty Sword-Gusmão, durante a visita ao grupo da GNR em Díli, que fez a segurança à sua família, durante os últimos acontecimentos em Timor Leste, 16 de fevereiro de 2008, em Díli. Créditos: Lusa


Vídeo da RTP
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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André

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« Responder #443 em: Fevereiro 17, 2008, 03:11:53 pm »
Assessora jurídica de Alfredo Reinado detida - fonte judicial

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A assessora legal de Alfredo Reinado, Angela Pires, foi hoje detida por ordem do Ministério Público de Timor-Leste e é arguida no processo que envolvia o ex-militar, morto segunda-feira quando atacava a residência de José Ramos-Horta.

Fonte judicial disse à agência Lusa que Angelita Pires, ou Angie Pires como é conhecida, foi levada para interrogatório na tarde de hoje, constituida arguida e ficou detida.

Ao início da tarde, o Procurador-Geral da República de Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, disse aos jornalistas que uma pessoa tinha sido "detida" no âmbito do processo "Reinado" e que será "constituída arguída".

"Neste momento foram notificadas várias (pessoas) mas vamos confirmar que esta última, depois disto (do interrogatório) será constituída arguida e depois vai ser detida", afirmou Longuinhos Monteiro à porta do Palácio do Governo quando decorria uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros.

O Conselho de Ministros de hoje encarregou as Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste e a Polícia Nacional das operações de busca e detenção do grupo rebelde, agora liderado por Gastão Salsinha.

O Procurador acrescentou ainda que várias pessoas serão notificadas para interrogatório no âmbito do processo "Reinado".

O nome de Ângela Pires não constava da lista de cinco novos mandados de detenção emitidos quinta-feira pelo juiz do processo "Reinado", já que todos (os mandados) se destinavam a militares ou polícias.

Alfredo Reinado liderou segunda-feira um ataque à residência particular do presidente Ramos-Horta em Díli no qual acabaria morto tal como o seu companheiro Leopoldino, enquanto que Gastão Salsinha, o novo líder do grupo rebelde, orientou o ataque à comitiva de Xanana Gusmão que se deslocava entre Balíbar e Díli.

Na sequência do ataque à sua casa particular, o presidente timorense ficou gravemente ferido.

Angie Pires é prima da ministra das Financas do Governo timorense, Emilia Pires.

Lusa

 

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André

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« Responder #444 em: Fevereiro 17, 2008, 10:56:42 pm »
EUA aconselham cidadãos a não se deslocarem ao país devido ao "potencial de violência"

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Os Estados Unidos avisaram os seus cidadãos a não se deslocarem a Timor-leste devido ao "potencial de violência" no país.

Num "aviso de viagem" emitido durante o fim de semana o Departamento de Estado norte-americano fez notar a recente tentativa de assassinato do presidente leste timorense José Ramos Horta e do primeiro ministro Xanana Gusmão lançando depois um "aviso" de que continua a existir o "potencial para distúrbios violentos de natureza civil".

"A situação pode deteriorar-se sem aviso e estrangeiros podem ser alvos específicos", refere o Departamento de Estado, aconselhando depois os cidadãos norte-americanos "a adiarem por agora viagens não essenciais a Timor-leste".

Os cidadãos norte-americanos já em Timor Leste "devem exercer cautela extrema, limitar as suas movimentações o máximo possível e manter um alto nível de alerta quando se movimentarem em Díli, estarem alerta quanto à possibilidade de violência e evitar manifestações, grandes aglomerados e áreas onde ocorreram distúrbios", lê-se no documento.

A nota avisa ainda que "mesmo manifestações que tenham a intenção de serem pacíficas podem tornar-se numa confrontação e resultarem em violência".

O aviso lembra que o Governo da Austrália já pediu também aos seus cidadãos a "reconsiderarem" planos de viagem a Timor-leste e apela a todos os norte-americanos já em Timor-leste para se registarem "imediatamente" na embaixada dos Estados Unidos.

Lusa

 

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Lancero

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« Responder #445 em: Fevereiro 21, 2008, 03:08:49 pm »
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Timor-Leste: Portugal vê com bons olhos tentativa chinesa de contrabalançar hegemonia australiana - investigador  



    Lisboa, 21 Fev (Lusa) - A tentativa chinesa de contrabalançar a hegemonia australiana em Timor-Leste agrada a Portugal, considerou o investigador Moisés Silva Fernandes, que hoje lança em Lisboa um livro sobre as relações luso-chinesas, com Macau como pretexto.  

 

    "Acho que embora não exista nenhum entendimento formal entre Portugal e a China relativamente a Timor-Leste, Portugal vê com muito bons olhos - não o diz publicamente, mas de forma discreta -, toda esta tentativa chinesa de se aproximar de Timor-Leste para contrabalançar a hegemonia australiana", disse o investigador à Agência Lusa.  

 

    Em causa está a recente deslocação de uma importante delegação chinesa a Díli, com propostas de investimentos no valor de 100 milhões de dólares, a que se junta a construção do futuro edifício do Ministério dos negócios Estrangeiros, totalmente financiado por Pequim.  

 

    "Todas as iniciativas que a China tem tomado para investir, apesar de muita instabilidade política em Timor-Leste, isso é, em parte, uma resposta e uma tentativa de conter a crescente hegemonia australiana. E, tenho a certeza absoluta, Portugal vê isso com muito bons olhos", acentuou.  

 

    Na obra "Confluência de Interesses: Macau nas Relações Luso-Chinesas Contemporâneas 1945/2005", que será lançada hoje em Lisboa, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, Moisés Silva Fernandes fala do relacionamento de Portugal com os dois regimes chineses: o de Chiang Kai-chek, que esteve no poder até 1949, e o da República Popular da China.  

 

    Segundo Moisés Silva Fernandes, durante a governação de Chang Kai-chek, o sector ultra-nacionalista do regime chegou a considerar reaver pela força o território de Macau, fundamentando essa iniciativa com o alegado colaboracionismo de Portugal com o Japão durante a Segunda Guerra Mundial (1939/1945).  

 

    "Estávamos condicionados por uma grande questão que era Timor. Portugal tinha de ser muito cuidadoso, porque Timor foi ocupado durante a (Segunda) Guerra Mundial e havia muito receio aqui em Lisboa que Macau fosse também ocupado pelos japoneses e então isso levou a que as autoridades em Macau tivessem uma grande latitude para ceder a muitas das pressões que os japoneses iam fazendo, através dos regimes fantoches que tinham espalhado pela China", sustentou.  

 

    Todavia, a guerra civil entre nacionalistas e comunistas conduziu ao abandono dessa tese e comprova para o investigador o carácter "difícil e conflituoso" das relações entre Portugal e a China.  

 

    "Foi uma relação muito difícil, extremamente conflituosa, que levou quase ao uso da força", considerou.  

 

    A mudança de regime em Pequim, com a tomada do poder pelos comunistas, não teve os mesmos contornos do relacionamento anterior, embora entre 1949, quando Mao Tse Tung sobe ao poder, e 1979, os países não tenham mantido relações diplomáticas formais.  

 

    "As relações formais eram com Taiwan, o que era uma anomalia atendendo a que Macau estava situada ao lado da China continental, de quem dependia para tudo, no abastecimento e víveres", frisou.  

 

    "O regime de Mao fez duas sondagens, em 1949-50 e em 1954-55 junto do governo português (para estabelecimento de relações diplomáticas). Os ministérios dos Negócios Estrangeiros, do Ultramar e Colónias e o governo do território de Macau eram geralmente favoráveis ao reconhecimento da República Popular da China, o que significaria o corte com Taiwan. Todavia, (António de Oliveira) Salazar resistiu sempre a isso", assevera.  

 

    "Opunha-se, terminantemente, por convicções políticas e também porque achava que Portugal tinha de ter um entendimento com os Estados Unidos nessa questão", continuou.  

 

    A falta de relações diplomáticas formais levou a que a administração portuguesa de Macau, e depois Portugal, obviamente, tivesse que cooptar, em Macau, pessoas que eram oriundas da elite comercial chinesa do território, afectas a Pequim, que faziam intermediação informal entre Portugal e a China.

 

    "Não tínhamos relações diplomáticas e alguém tinha de fazer esse papel. Esse sistema funcionou praticamente até 1979, quando os dois países estabeleceram relações diplomáticas", disse.  

 

    Para Moisés Silva Fernandes, o crescimento e desenvolvimento registados nos últimos anos da administração portuguesa, que vigorou até 20 de Dezembro de 1999, decorreram do desejo de deixar uma marca dessa presença e, ainda, da abertura da China ao Ocidente.  

 

    "O uso pela China de Macau como plataforma para os países de língua portuguesa vem confirmar o estatuto muito especial que Macau tem dentro da China. Isto é, a elite chinesa que governa Macau, a esmagadora maioria oriundos de Macau, provenientes da elite comercial da cidade, também querem afirmar fortemente esta identidade, algo diferente da de Hong Kong", defendeu.

 

    "Hong Kong afirma-se como uma grande praça financeira mundial. Macau não tem isso, mas tem uma coisa que as autoridades da Região Administrativa Especial estão sempre a realçar e que é o facto de Macau ser a plataforma de contacto com os países de língua portuguesa", acrescentou.  

 

    Dois desses países, Angola e Brasil, são fundamentais para que a China se possa abastecer nos recursos naturais de que carece para continuar a crescer e a desenvolver-se.  

 

    Angola é desde Fevereiro de 2004 o maior fornecedor mundial de petróleo da China e a procura chinesa de petróleo é cada vez maior, para corresponder às necessidades crescentes de desenvolvimento e industrialização.  

 

    O Brasil é igualmente importante pelo minério de ferro que vende e também pela soja.  

 

    "Isto está a apontar para uma nova realidade. Apesar de Portugal continuar a ser importante para a China, estamos agora perante uma realidade algo diferente em que as ex-colónias portuguesas são muito importantes para a China", considerou.  

 

    Moisés Silva Fernandes é director do Instituto Confúcio, que resulta do acordo assinado em Pequim, a 31 de Janeiro de 2007, entre a Universidade de Lisboa, o Conselho Internacional de Língua Chinese (Hanban) e a Universidade de Estudos Estrangeiros de Tianjin.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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« Responder #446 em: Fevereiro 23, 2008, 05:54:57 pm »
Cavaco satisfeito com recuperação de Ramos-Horta, quer responsáveis por atentados julgados

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O Presidente da República congratulou-se hoje com a recuperação de Ramos-Horta e disse esperar que Timor-Leste consiga julgar, "no respeito pela lei", os responsáveis pela tentativa de "decapitação das instituições democráticas" do país.

Aníbal Cavaco Silva, que falava durante a visita que hoje está a fazer aos concelhos de Ribeira de Pena e Boticas, no distrito de Vila Real, respondia às declarações do Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, que se encontra internado em Darwin, na Austrália, depois de ter sido baleado num atentado a 11 de Fevereiro.

Nas declarações que fez para a agência Lusa, através de um familiar, Ramos-Horta afirmou-se "sensibilizado com o povo português" e "preocupado com o povo timorense" e disse querer "saber tudo" sobre o atentado de que foi vítima.

Na sua primeira declaração à imprensa após o ataque de 11 de Fevereiro, em que foi atingido a tiro, José Ramos-Horta comunicou a intenção de "saber tudo a fundo sobre o que se passou, levando a investigação até ao fim".

José Ramos-Horta declarou à Lusa, através do seu cunhado João Carrascalão, a partir do Hospital Real de Darwin, Austrália, que está "muito sensibilizado e agradecido com o povo português e muito preocupado com o povo timorense".

O chefe de Estado timorense agradece, em especial, ao Presidente Cavaco Silva, "pela condenação enérgica e imediata dos ataques e pelo apoio manifestado".

Em Boticas, Cavaco Silva manifestou-se contente com as palavras de Ramos-Horta: "Estou muito satisfeito por ele estar a recuperar e estar a recuperar bem. Isso é o mais importante", afirmou.

"O que eu mais desejo é que o presidente Ramos Horta regresse rapidamente para junto do seu povo", acrescentou.

Nas declarações que fez, Cavaco Silva considerou que a política de diálogo de Ramos-Horta não resultou e disse esperar que os responsáveis pelos atentados sejam julgados.

"Tivemos ali um ataque sério às instituições democráticas de Timor. Espero bem que as autoridades timorenses consigam agora julgar, como deve ser e no respeito pela lei, aqueles que tentaram assassinar, segundo a informação disponível, quer o Presidente, quer o primeiro-ministro", afirmou, apontando que os atentados foram perpetrados "numa altura que o presidente da assembleia nacional de Timor estava ausente em Lisboa".

"Como que parecia uma certa decapitação das instituições democráticas", disse.

Cavaco Silva disse, também, que Ramos-Horta é um homem que acreditou no diálogo, mas constata-se que este não resultou.

"[Ramos-Horta] foi um homem que sempre acreditou no diálogo", disse Cavaco Silva, lembrando uma "longa conversa" que tiveram em Lisboa, em que o agora Presidente timorense mostrou convicção de que os problemas fossem resolvidos pelo diálogo

"Ele apostava, acima de tudo, no diálogo na persuasão, mas afinal não resultou", constatou Cavaco Silva.

Nas declarações que enviou através do seu cunhado, Ramos-Horta afirma-se de "muito bom humor" e manda informar o seu homólogo português que receberia com agrado em Darwin "alguns pastéis de Belém e um bom vinho do Porto".

Em Boticas, Cavaco Silva registou o pedido e prometeu rapidez.

"Gostaria de lhe fazer chegar rapidamente [pastéis de Belém e vinho do Porto]", disse o chefe de Estado português.

"Talvez quando for uma próxima missão da GNR se possam enviar", acrescentou, notando, porém, com humor, que dado a viagem ser longa, os pastéis de nata deverão chegar já frios.

Lusa

 

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André

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« Responder #447 em: Março 01, 2008, 04:59:14 pm »
Comandante neozelandês encontra "alguma normalidade" em Díli

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O comandante das Forças de Defesa da Nova Zelândia (NZDF), general Louis Joseph Gardiner, afirmou hoje em Díli que encontrou "alguma normalidade" nesta sua visita a Timor-Leste.

O general Lou Gardiner recordou que, quando esteve pela primeira vez no país, em Outubro de 1999, "a região de Suai estava deserta e havia pessoas a sair das montanhas".

O comandante da NZDF, que esteve em Díli com o contingente "kiwi", declarou que "a Nova Zelândia, a Austrália e outros países precisam de estar [em Timor Leste] para que a jovem nação tenha um ambiente seguro que possibilite a confiança para seguir em frente".

O general Lou Gardiner sublinhou a "contribuição significativa" da NZDF para a estabilização de Timor-Leste.

"Fico sempre impressionado com a facilidade do soldado médio neozelandês para fazer amizade e se envolver com o povo timorense", declarou o general na base do contingente da NZDF no centro de Díli, conhecido por "Kiwi Lines".

O general Lou Gardiner, que ascendeu à chefia da NZDF em Maio de 2006, serviu em Timor-Leste 12 meses, entre o ano 2000 e 2001, como o chefe dos observadores militares da primeira missão das Nações Unidas, a Autoridade Transitória dirigida por Sérgio Vieira de Mello.

Militares da Nova Zelândia e da Austrália integram, desde 2006, as Forças de Estabilização Internacionais (ISF) em Timor-Leste.

A Nova Zelândia tem actualmente em Timor-Leste 25 polícias, 142 soldados e dois oficiais de ligação. Nos últimos dez meses, as NZDF forneceram também dois helicópteros "Iroquois" e 32 elementos de tripulação e manutenção.

Lusa

 

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« Responder #448 em: Março 28, 2008, 11:00:04 pm »
Falta definição a regras de actuação da ONU, diz MNE

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O chefe da diplomacia portuguesa manifestou-se hoje preocupado e inquieto, em entrevista à Rádio Renascença, com a falta de definição das regras de actuação da missão da ONU e das forças internacionais presentes em Timor-Leste.

Em declarações feitas na Eslovénia, à margem do Conselho Informal dos chefes da diplomacia da União Europeia, Luís Amado salientou que já em 2006, em Nova Iorque, aquando da formação da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT), Portugal manifestou as suas dúvidas.

Nesse sentido, Luís Amado afirmou que desde o início que a UNMIT oferece motivos de preocupação e inquietação, em grande parte pela definição pouco clara das regras de actuação no terreno. «É sempre difícil quando temos missões com mandatos muito abertos, com regras de empenhamento muito pouco clarificadas e, em particular, quando a missão tem as características que tem em Timor.

Dada a natureza da operação militar e a natureza da operação de segurança, é natural que problemas surjam e que críticas ocorram», sustentou. Contudo, os problemas acontecem «em todas as missões e em todos os teatros», acrescentou.

O ministro comentava a recente entrevista que o presidente timorense, José Ramos-Horta, deu também à Rádio Renascença, em que denunciou «graves falhas de segurança» por parte das forças internacionais, que deveriam ter reagido imediatamente ao ataque à sua residência, a 11 de Fevereiro.

No atentado, José Ramos-Horta foi gravemente ferido a tiro, junto da sua residência em Díli.Na mesma entrevista, em Darwin, Austrália - onde convalesce da frustrada tentativa de homicídio -, José Ramos-Horta considerou ter havido falhas na segurança quer da parte da Polícia das Nações Unidas (UNPOL) quer das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), constituídas por efectivos militares da Austrália e da Nova Zelândia.

«Alguma coisa aconteceu de errado, todos nós reconhecemos isso. Ainda hoje o meu colega irlandês, que esteve em Timor uma semana depois desses acontecimentos, manifestava a sua estranheza pela forma como os acontecimentos tinham ocorrido.

É natural que todos nós nos inquietemos sobre como pôde acontecer o que aconteceu em Timor-Leste, no quadro de uma missão tutelada pelas Nações Unidas», frisou Luís Amado na entrevista à Rádio Renascença.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #449 em: Março 29, 2008, 02:25:25 pm »
Segurança de Ramos-Horta cometeu dupla traição

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Militares do corpo de segurança do palácio presidencial de Díli podem ter feito jogo duplo, traindo ao mesmo tempo Ramos-Horta e o major Reinado.

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, que foi alvo de um atentado em Fevereiro, no palácio presidencial em Díli, terá sido atraiçoado por um militar do seu corpo de segurança.

Este militar, de nome Albino Assis, será a peça-chave quer do atentado contra Ramos-Horta, quer da morte à queima-roupa do major rebelde Alfredo Reinado.

Albino Assis integrava as F-FDTL (Falintil-Forças de Segurança de Timor-Leste), a pequena força de segurança pessoal do Presidente Ramos-Horta. Ao mesmo tempo, porém, mantinha contactos frequentes com o grupo rebelde do major Reinado – tudo indicando que este tinha homens infiltrados na segurança do palácio.

Aliás, o nome de Albino Assis constava de uma lista que Reinado trazia no bolso quando foi alvejado. Mas não só: o major tinha também consigo um croquis do palácio, feito por alguém que conhecia bem por dentro as instalações da casa oficial de Ramos-Horta.

Reinado terá morrido entre as 6h15 e as 6h20, momento em que deixou de fazer contactos com os elementos do grupo do major Salcinha, que se encontrava em Dare – zona próxima ao local onde, uma hora depois, o primeiro-ministro Xanana Gusmão foi alvo de forte tiroteio.

SOL