Bem tecendo algumas considerações, não menosprezem os espanhóis porque eles em parte vão ser a nossa tábua de salvação nesta matéria.
Eles já operam Canadair...logo nós também iremos operar Canadair (previsivelmente).
Hipóteses:
Poderemos vir a adquirir três aviões novos (Canadair), quando temos um avião novo temos que ter formação de pilotos, tripulação e mecânicos...para quando? para já...logo poderemos recorrer a quem com experiência e próximo? os vizinhos aqui do lado. Em que formato? integrando nas tripulações pessoal nosso da Força Aérea, daqueles que apesar de novos em idade e fruto das restrições nas horas de vôo não estão integrados em nenhuma esquadra de vôo.
A coisa bem protocolada (custos envolvidos, etc) iniciamos desde logo a operação conjunta com Espanha e vamo-nos autonomizando à medida que vamos ganhando experiência.
A questão do multipurpose não se coloca...o Canadair não permite SAR? Ainda bem...porquê? Porque combater um incêndio com uma aeronave de asa fixa não é o mesmo que voá-la do ponto A para o ponto B, existem condições de excepção desde altas temperaturas, ar mais rarefeito (sim porque num incêndio para emprego do meio aéreo estará a consumir-se muito oxigénio na zona, serão vôos a menor altitude, etc.
Há que ter treinados procedimentos para recolha de água, distâncias, ponto de entrada, ponto de saída, cada rio cada albufeira tem as suas particularidades. O treino é essencial.
Quando é que se treina para a época de incêndios? Fora da época de incêndios, logo o off-season dá para treinos.
O SAR atualmente desempenhado pela FAP não está a ser pago mas temos os meios adstritos para o efeito e que realizam a missão excelentemente com os meios à disposição, já temos em alerta H24 cerca de 600 militares em Portugal Continental e ilhas, para um efetivo do Ramo abaixo dos 7mil militares é um grande esforço, não é preciso sobrecarregar ainda mais a estrutura.
Ponto decisivo a aquisição ou não pode estar dependente da cor política vencedora nas eleições...porque quem era o MAI à altura da criação da EMA...alguém se recorda?
O combate aos incêndios passou a ser um negócio, a EMA não lucrava com os aviões parados no chão, eram pagos se voassem...
Este projeto tem tudo para dar certo é preciso é que haja vontade política para tal. Não resultou com os MAFFS do C-130H porque eram demasiado eficientes e o poder político e outras forças não quiseram. Esperemos que desta vez não criem entraves imaginários.