O que o fabricante diz, nem sempre é 100% verdade, ainda me recordo do marketing da Saab em torno do Gripen NG que o dava como o melhor caça do mundo. Se bem que no caso do PC-21 não descrédito as afirmações do fabricante.
Com PC-21 ou Super Tucano, o problema é o mesmo, os pilotos futuramente passariam de uma turboprop para um jacto que só tem versão mono-lugar (F-35). É como passar de Fiat Panda para a Formula 1.
Quanto à capacidade COIN, estamos aqui a focar muito esta capacidade específica, como se os sensores e armamento do ST só pudessem ser usados neste tipo de missões. As Paveway e mísseis Hellfire (se de facto a aeronave puder usar estes mísseis) não servem só para contra-insurgência.
Óbvio que há melhores opções para mísseis de CAS, reconhecimento armado, escolta armada de helicópteros, etc, mas temos de nos lembrar que temos uma FAP com uma capacidade de combate muito limitada, em que apenas duas aeronaves transportam armamento (F-16 e P3). Nem os C-295 MPA levam os mísseis Marte que seriam muito mais baratos que os Harpoon dos P-3, nem os F-16 atingem 1/3 de todo o potencial armamento que podem receber.
Num futuro em que se vislumbra o F-35, muito mais dispendioso que o F-16, certas missões de CAS deixam de ser financeiramente viáveis de usar o F-35.
No mundo ideal, conseguíamos pelo menos 8 M-346, ou o jacto que vai substituir os T-38 nos EUA, e para complementar 6 a 8 ST, ambos capazes de ser armados caso a situação assim o exija.