Unir os Pontos

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Re: Unir os Pontos
« Responder #465 em: Julho 03, 2013, 06:32:11 pm »
Enquanto isso, o "irrevogável" meteu o rabinho entre as pernas e já vai negociar com o PSD  :mrgreen:

é impressionante a falta de coluna vertebral desta criatura...

já agora quantos milhões terá custado a birrinha de ontem?
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Unir os Pontos
« Responder #466 em: Julho 04, 2013, 10:42:53 am »
Infelizmente vou ter que concordar com as criaturas, tudo isto foi calculado.

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JPMorgan: Portas quer ganhar peso num novo Governo

Na opinião do analista do banco de investimento, a demissão de Paulo Portas pode ser “táctica” e visará aumentar o seu peso no Executivo para forçar a troika a uma revisão do programa de ajustamento.
Alex White, analista do JP Morgan em Londres, acredita que a demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do segundo partido da coligação possa ser “táctica”. “Poderá não ser mais de que uma movimentação táctica destinada a ampliar a preocupação em torno de [Maria Luís] Albuquerque, a nova ministra das Finanças, e conseguir mais poder dentro de um novo Governo”.

 
Em declarações ao Financial Times, o analista diz esperar que o CDS-PP use depois este maior peso para argumentar que Portugal tem de adoptar uma postura diferente na próxima missão de avaliação da troika, prevista para 15 de Julho.

 
Depois de Paulo Portas, ministro demissionário de Estado e dos Negócios Estrangeiros, alguma imprensa refere que todos os ministros e secretários de Estado do CDS-PP deverão apresentar a também a demissão ao primeiro-ministro nesta quarta-feira.

 
Em causa estão os ministros Pedro Mota Soares e Assunção Cristas e os secretários de Estado Adolfo Mesquita Nunes, Miguel Morais Leitão, Filipe Lobo d"Ávila e Paulo Núncio que foi ontem mesmo reconduzido como secretário de Estado das Finanças no Ministério agora liderado por Maria Luís Albuquerque.

 
Os pedidos de demissão deverão surgir depois da reunião da comissão executiva do partido, que foi ontem convocada pelo presidente do CDS-PP, Paulo Portas.

 
O Expresso online cita, por seu turno, vários dirigentes centristas que se dizem "perplexos", "desiludidos", "em estado de choque", "destroçados" e "traídos" para descrever o estado de espírito na ressaca da demissão de Paulo Portas. Escreve o jornal que "responsáveis centristas - vários deles convocados para a reunião de hoje da comissão executiva do partido - não escondem a incredulidade e a com a decisão de Portas, tomada de forma unilateral, sem ouvir nenhum colaborador", pelo que a reunião do núcleo restrito da direcção do CDS, convocada por Portas, servirá, antes de mais, para o líder do partido se explicar. "O Paulo tem de explicar o que fez e porque fez".

 
A promoção da até agora secretária de Estado do Tesouro ao lugar de Vítor Gaspar foi o pretexto referido por Portas para se demitir. O líder do CDS queria um outro nome – possivelmente Paulo Macedo, ministro da Saúde – para a pasta das Finanças.

 
Na carta de demissão que ontem tornou pública menos de duas horas antes da tomada de posse da nova ministra, o líder do CDS diz que "são conhecidas as diferenças políticas que tive com o Ministro das Finanças. A sua decisão pessoal de sair permitia abrir um ciclo político e económico diferente. A escolha feita pelo Primeiro-Ministro teria, por isso, de ser especialmente cuidadosa e consensual". Contudo, "o Primeiro-Ministro entendeu seguir o caminho da mera continuidade no Ministério das Finanças. Respeito mas discordo".

 
O gabinete de Passos Coelho esclareceu ontem que a escolha de Maria Luís fora comunicada a Portas no passado sábado, tendo o ministro de Estado discordado mas acatado uma opção que se insere na esfera de competências do primeiro-ministro.

 :arrow: http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... verno.html
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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papatango

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Re: Unir os Pontos
« Responder #467 em: Julho 04, 2013, 11:29:06 am »
O Paulo Portas deve ter um pó à tal da Maria Luiz ...  :shock:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #468 em: Julho 04, 2013, 01:45:09 pm »
Paulo Portas recua e dá dois passos em frente para vice-primeiro-ministro
Publicado às 11.42
JN
 


Paulo Portas recua, mantém-se no governo e dá dois passos em frente: troca de pasta e transita dos Negócios Estrangeiros para a Economia, mas como vice-primeiro-ministro. Neste cenário que está a ser equacionado, Álvaro Santos Pereira é sacrificado por Passos Coelho. A reunião entre os dirigentes partidários, para encontrar uma solução que agrade ao Presidente da República, já terminou.

Pedro Passos Coelho e Paulo Portas reuniram, esta quinta-feira, na sede do Conselho de Ministros, em Lisboa, até cerca das 13.00 horas. E, noticia a TVI, começa a burilar-se a solução para a crise governamental: o líder do CDS recua na demissão, vira-se para outro lado e troca a pasta dos Negócios Estrangeiros pelo cargo de vice-primeiro-ministro com a pasta da Economia. Álvaro Santos Pereira fica pelo caminho.

Este é um hipótese, apurou o JN, que está a ser considerada para remendar o Governo e manter viva a coligação. Tendo em conta a situação do país e a hecatombe registada na bolsa, quarta-feira, com a demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, o primeiro-ministro quer levar uma solução para a crise para a reunião que tem agendada com o presidente da República, Cavaco Silva, às 17 horas.

Na reunião, estimam os analistas auscultados pela imprensa desta manhã, Portas vai reclamar mais poder para o CDS-PP no Governo.

Outras das questões em cima da mesa passa pela divisão dos super-ministérios da Economia e da Agricultura, por forma a agilizar duas pastas com grande influência na vida económica e social do país.

Os dois líderes devem assegurar um compromisso de estabilidade, por forma a garantir a continuidade da coligação, pelo menos até ao fim do programa de assistência financeira, que termina em abril de 2014.

Maria Luís Albuquerque, cuja nomeação para o cargo deixado em aberto com a saída de Vítor Gaspar levou Portas a pedir a demissão, vai continuar com a pasta das Finanças.

A nova minista foi a primeira a chegar, às 8.15 horas, à sede da Presidência do Conselho de Ministros, cerca de 15 minutos antes da hora marcada para o início do encontro do Executivo.

Paulo Portas foi o único ministro ausente na reunião, que contou com a presença dos outros dois ministros do CDS-PP, Assunção Cristas, ministra da Agricultura e Ordenamento do Território, e Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade e Segurança Social.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica ... 13&page=-1

a birrinha do paulinho também só custou 4,2 M milhões de euros...coisa pouca  :roll:
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Re: Unir os Pontos
« Responder #469 em: Julho 04, 2013, 02:44:58 pm »
Acho que este tema é o mais indicado para ser ouvido depois do que aconteceu.


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They say jump and ya say how high
Ya brain-dead
Ya gotta fuckin' bullet in ya head

Continuem a votar PSD/PS/PP... continuem... :N-icon-Axe:
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Re: Unir os Pontos
« Responder #470 em: Julho 04, 2013, 03:22:01 pm »
seu comuna!!!!!  :mrgreen:
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mafarrico

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Re: Unir os Pontos
« Responder #471 em: Julho 04, 2013, 09:59:09 pm »
não digam a ninguém mas quando quero abanar o capacete gosto de ouvir isto

"All the world's a stage" William Shakespeare

 

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FoxTroop

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Re: Unir os Pontos
« Responder #472 em: Julho 04, 2013, 09:59:40 pm »
O Alvaro andou a meter-se onde não devia, apesar de qualquer pessoa com um minimo de bom senso saber que, sem se mexer onde ele estava a tentar, tudo e mais qualquer coisa que se faça não veda o buraco. O molusco amibalesco do paulinho, como bom mandado não hesitou em mover-se de acordo com os "patrões" mesmo que isso possa custar mais umas dezenas de milhões de € aqui aos zezinhos. Notem bem a atitude do animal, notem bem o profundo desprezo que tem por todos nós, notem bem como somos nada, contamos nada, valemos nada perante os interesses da canalha que o comanda.

Teorias da conspiração que teimam, de forma estupida, em acertar com a realidade (ou será o contrário?).....
 

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Luso

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Re: Unir os Pontos
« Responder #473 em: Julho 04, 2013, 11:22:58 pm »
Fox, decididamente, o CDS não passa mesmo de uma agência de negócios, capaz de trocar os seus alegados princípios por esquemas rentáveis. A composição dos seus lugares cimeiros é - para mim - um sinal disso: A grande maioria são relativizadores profissionais, leia-se advogados. Isso permite racionalizarem a sua compatibilização com o socialismo.
São aldrabões profissionais que deveriam desaparecer da face da terra por serem duplamente traidores.

A propósito da palhaçada que está a ocorrer, recomendo a leitura do postal do "Do Portugal Profundo" http://doportugalprofundo.blogspot.pt/2 ... ro-da.html

O pessoal não se lembrará certamente da guerra que o "O Independente" fazia à Comunidade Europeia, a Maastricht, etc...
Agora é ver o Paulinho a nadar como um peixe no mundo que tanto atacou como nunca nada se tivesse passado.
Nojento.

E eu que o defendi tanto. :N-icon-Axe:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #474 em: Julho 04, 2013, 11:46:00 pm »
Quase todos aqui no forum o defendemos principalmente por uma aparente boa prestação como ministro da defesa (depois com as corrupções dos submarinos e evolução do NPO viu-se que afinal não foi assim tão boa).
 

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Luso

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Re: Unir os Pontos
« Responder #475 em: Julho 04, 2013, 11:55:05 pm »
O texto é demasiado importante para passar despercebido só com um link. O texto original remete para outros links com as fontes, portanto, quem quiser saber mais...

http://doportugalprofundo.blogspot.pt/2 ... ro-da.html

Quinta-feira, 4 de Julho de 2013

O resultado cinzento do filme negro da crise política de julho de 2007


Afinal, no jogo dos jotas Portas encolheu-se e Passos disfarça. O armistício, ainda temporário e preso por arames, tão embaraçante como vergonhoso, desta crise, salda-se por um empate: empate do País... Procuro explicar.

Portas disparou o tiro para se tornar líder da direita, pelas fatídicas quatro en punto de la tarde, de 2-7-2013 (como Gaspar na véspera). Mas depois de armar o cão e dar ao gatilho, arrependeu-se devido à pressão da finança e grandes empresas financiadores do seu jogo e internacionais, e quis travar o projétil. Pôs a mão à frente do cano e esfacelou-a. Do killer instinct fica afinal o instinto: já não mata - como fez a  Manuel Monteiro (ver Sábado, de 11-6-2013), a Marcelo Rebelo de Sousa (em 26-3-1999) e a Santana Lopes (ver o seu livro Pecado Original, de 2013). E, se já ninguém acreditava na sua palavra - nem os do seu partido a quem deixou às escuras (ver «CDS apanhado de surpresa», na Visão de 4-7-2013, p. 36) -, a partir de agora já não dissuade, ninguém o teme, pois sabem que, para lá da intriga, dá tiros de pólvora seca ou rebenta consigo próprio no arrependimento. Mesmo parece que os influenciadores - os financiadores nacionais do CDS e os dirigentes internacionais - lhe procuraram salvar a face, permitindo-lhe, conforme foi noticiado pelos telejornais, das 13 horas de 4-7-2013 da TVI e RTP,  uma promoção a vice-primeiro-ministro com a pasta da Economia e a vaga promessa de relançamento do investimento e da despesa pública logo que a União Europeia conssentisse, ao mesmo tempo que era forçado a aceitar a nova ministra das Finanças. Porém, ao fim da tarde de 4 de julho de 2013, veio a notícia pela boca de Passos Coelho, à saída de audiência com Cavaco Silva, de que a «fórmula» encontrada para o problema criado é de que o CDS manterá o apoio ao Governo, e que a decisão de demissão de Paulo Portas é pessoal, dando a entender que este não voltará ao executivo. E quiçá alguma concessão, como António Pires de Lima na Economia, para salvar a face do parceiro...

E logo mais à tarde deste 4-7-2013, a notícia, de que o Presidente Cavaco Silva não quer Portas com um pé de fora e outro dentro do Governo e não aceita a solução que Passos prometia estável, exigindo que Portas regresse ao Governo... As cenas dos próximos capítulos prometem contradizer tudo o aconteceu antes nesta telenovela e riscar os prognósticos mais seguros da TV 7 Dias... Uma vergonha completa que torna mais perigoso o cenário de eleições antecipadas. Um cenário tragico-cómico que os credores internacionais, a economia portuguesa, e os cidadãos pretendem afastar, pois pode pôr o País à beira da insolvência.

Passos nomeou a sua professora e amiga, sem currículo académico ou profissional sofrível para ministra das Finanças. Aliás, o único currículo notório que tinha que ostentava era o de alegadamente ser (ir)responsável por quatro contratos swap com perdas potenciais para o Estado na Refer, entre 2004 e 2007, quando Maria Luís era diretora do Departamento de Gestão Financeira (Dinheiro Vivo, 22-6-2013). Bem como ter tido um papel central nas controversas vendas privadas do BPN, da ANA, da REN e da EDP (tranche final vendida aos chineses da Three Gorges, em 22-12-2011) e da TAP (falhada). EDP para onde o marido jornalista, António Albuquerque, despedido pelo Diário Económico/Ongoing no final de 2012, foi trabalhar há dois meses como «consultor», uma consultoria que ontem foi rescindida, na sequência da notícia da Visão, desta semana. Ainda segundo a revista Visão, de 4-7-2013, «Governo... em queda», p. 32: na versão passista, «o chefe de Governo reteve que Portas se sentia desconfortável com a escolha de Maria Luís e precisava de refletir sobre o assunto»; na versão de Passos, Portas «na terça-feira de manhã voltou a falar com Passos Coelho para lhe comunicar que já não queria ser ministro». Lá se vai a justificação da «surpresa» que Passos alegou na sua declaração ao País, das 20 horas de 2-7-2013. Passos sabia que Portas sabia que Passos sabia... Mesmo assim, arriscou, e danificou ainda mais uma reputação abalada. Como compreenderia se tivesse sentido de Estado e fosse prudente, a situação periclitante do País não suportava a roleta palaciana de nomear a amiga, sem currículo à altura de um posto da mais elevada responsabilidade europeia.

Os outros protagonistas também não ficam bem vistos neste «filme», como lhe chamou em 3-7-2013 em Berlim, um primeiro-ministro de um País arruinado, mas que brinca aos cowboys com Paulo Portas, seu colega de trupe, nesta série negra. Um filme de que, como desabafou o ministro Luís Marques Guedes, em 5-7-2013, só «os astros» conhecem o final.

Percebe-se agora que Maria Luís Albuquerque andou ligada aos socialistas.

Recomendo a leitura do perfil da nova ministra, assinado por Clara Teixeira, na Visão, de 4-7-2013, «A menina dos olhos de Passos» (pp. 42-48 da edição impressa). Maria Luís foi assessora de Manuel Pedro Cruz Baganha, secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, durante o Governo de Guterres, em 2001, tendo sido colocada (pelos bons ofícios de Manuel Baganha?) como diretora do Departamento de Gestão Financeira da Refer, onde esteve até 2007, até ser repescada pelo Governo Sócrates para o delicado lugar de coordenadora do Núcleo de Emissões e Mercados do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), cargo em que esteve até 2011. Terá sido professora de Pedro Passos Coelho na Universidade Lusíada, em Lisboa (Passos terá terminado o curso em 2003). Foi candidata número um do PSD por Setúbal em 2011, sendo curiosamente elogiada pelo socialista José Vieira da Silva (p. 44), presidente da comissão de acompanhamento da execução do programa da troika: «notava-se que não tinha experiência, mas fez bem o seu papel» e «era segura e sabia enfrentar uma plateia». Manuel Baganha voltou ao Governo no Ministério das Finanças, quando os socialistas retomaram o poder em 2005, depois do interregno Durão/Santana Lopes, para secretário de Estado Adjunto e do Orçamento até derivar para presidente do polémico Instituto de Gestão de Fundos e de Capitalização da Segurança Social (ou FEFSS), em 2006, sob o ministro Vieira da Silva, um lugar de confiança política onde se mantém, apesar da mudança de Governo em julho de 2011.

Já no Governo, Maria Luís Albuquerque, como secretária de Estado do Tesouro e das Finanças, além de outras nomeações polémicas, como a de colegas na Refer, da manutenção da sua secretária pessoal Ana Isabel Moura mantida, em 2012, num lugar de confiança política mesmo depois desta ser alegadamente investigada por «desvio de fundos do partido e falsificação de documentos» (28 cheques para o pagamento da renda da sede de Almada) no PSD de Setúbal, logo designou, em 29-6-2011, para sua chefe de gabinete, Maria Luísa Pinto Pacheco da Cruz Baganha, a mulher do ex-secretário de Estado socialista Manuel Baganha. Por «erro de casting» ou por  hábitos da tralha socratina tornados demasiado ostensivos, ou não, na larga delegação de competências que recebeu, ou não, o certo é que a chefe de gabinete Luísa Baganha, técnica de administração tributária, foi exonerada a seu pedido em 18-9-2012, para... ser  imediatamente (em 24-9-2012?) nomeada para administradora (vogal) da Imprensa Nacional - Casa da Moeda... Apresentada como fiel de Vítor Gaspar, o certo é que embaraçou o ministro no caso dos swaps (no final de 2012, segundo o Expresso, de 29-6-2013, havia 113 swaps tóxicos ativos, com perdas potenciais de 3,1 mil milhões de euros), o incidente que pode ter sido a gota de água no copo prestes a transbordar do ministro: segundo a Visão, de 4-7-2013, Maria Luís diz que na transição de pastas nada lhe foi dito sobre a questão dos swaps especulativos; Teixeira dos Santos veio dizer que respondeu ao ministro na reunião de transição em 18-6-2011, que lhe perguntou sobre o assunto , o que Vítor Gaspar confirmou - isto é, Vítor Gaspar ficou como culpado do do problema diferido, pois nada teria dito à sua secretária de Estado (que, no entanto, sabia bem do assunto, pois terá feito cinco swaps especulativos...).

Antes deste primeiro de julho de 2013 na qual terá enviado carta à imprensa, pelas 15:59, à hora do fecho da bolsa, de acordo com a Visão, de 4-7-2013, Vítor Gaspar já se teria tentado demitir mais duas vezes: em 22-10-2013 e em abril de 2013, mas a fraca razão apontada como potenciadora foi o incidente do supermercado, em meados de junho de 2013. Se os ministros se demitissem por causa de serem insultados, não haveria governantes no mundo... Manda o dever que diga que me parece que Gaspar protegeu os socialistas no caso dos cartões de pagamentos Visa IGCP Charge Card dos governantes socratinos (em vez da comunicação rápida à Associação Sindical de Juízes Portugueses dos movimentos de cada cartão, conforme lhe foi solicitado, nada se conhecendo da evolução desse inquérito judicial requerido há mais de um ano), ou na manutenção dos socratinos no Ministério, como foi o caso do Observatório do QREN não para receber boa vontade dos socailistas durante o seu consulado, mas para garantir o seu favor futuro e proteger a sua carreira posterior. A Pátria, Gaspar, a Pátria não lhe perdoa essa promiscuidade tácita!

António José Seguro, que se tornou quezilento na volta de Sócrates da fuga parisiense, batalhava por eleições antecipadas até no dia 2-7-2013, até que o terramoto financeiro lhe impôs, em 3-7-2013, o recuo para a crítica de «atitude profundamente irrresponsável do primeiro-ministro e do Governo», mesmo que para portuguesver ainda fale em eleições legislativas na data das autárquicas...

E Cavaco Silva deu posse imediata a Maria Luís Albuquerque, como ministra das Finanças, em 2-7-2013, sabendo que não tinha currículo para tal, que tinha acumulado várias polémicas, com relevo maior para a perda de milhões de euros para o Estado nos contratos swap especulativos, sem ter garantia - expressa e firme, como requer o País nesta circunstância - de que a escolha tivesse sido aceite pelo outro parceiro da coligação governamental, o CDS, num quadro patético, em que os ministros do CDS não compareceram à cerimónia!... Quando se aproxima o ocaso da sua vida política, Cavaco Silva parece cada vez mais um Presidente que assina de cruz e à Lucky Luck, decisões polémicas do Governo, como foi, em 19-6-2013, o caso do adiamento do pagamento dos subsídios de férias a funcionários públicos e a pensionistas. É tarde para recuperar o leme perdido num barco à deriva chamado Portugal.

Finalmente, uma dúvida me inquieta e que convém esclarecer o povo: em 1 de julho (data de demissão de Gaspar) e 2 de junho (data de demissão de Portas) foi, ou não, feito short selling de obrigações, ações e de CFDs, em valor anormal, nomeadamente obrigações do Estado português e de bancos e grandes grupos económicos na bolsa portuguesa e nas bolsas internacionais através de corretores e plataformas de negociação portuguesas? É que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) só decretou a suspensão do short selling do BCP, BES, Banif e Sonae Indústria a partir «das 00h00m de 4 de julho de 2013» já depois do encerramento da bolsa em 3 de julho de 2013 (a notícia do Negócios é das 20:25). É que, mesmo sem a alavancagem habitual, só as obrigações do Estado português a dez anos subiram 25,5% entree o dia 2 e o dia 4 de julho de 2013... E, se houver indícios de que houve, terá de ser investigado quem o fez e a mando de quem. Este assunto deve ser acautelado pelas autoridades. Por mim, basta-me que as autoridades digam que os valores do short nesses dias foram os habituais, não se registando grandes volumes de transações  no short destes títulos e de outros similares, por investidores em grande contraste com o seu padrão habitual.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #476 em: Julho 05, 2013, 12:06:14 am »
Para mim o Paulo Portas é um verdadeiro assassino...afinal ele matou a entidade do CDS/PP e enterrou o euro-cepticismo no dito partido.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Luso

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Re: Unir os Pontos
« Responder #477 em: Julho 05, 2013, 12:25:29 am »
Pode ser certamente uma inconsciente e profunda inveja da minha parte mas conheçam o curriculum deste senhor:

http://www.portugal.gov.pt/pt/os-minist ... igues.aspx

Como é que esta gente consegue?  :shock:  :shock:

Sinto-me tão pequenino em comparação...
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miguelbud

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Re: Unir os Pontos
« Responder #478 em: Julho 05, 2013, 08:38:37 am »
Citação de: "Luso"
Pode ser certamente uma inconsciente e profunda inveja da minha parte mas conheçam o curriculum deste senhor:

http://www.portugal.gov.pt/pt/os-minist ... igues.aspx

Como é que esta gente consegue?  :shock:  :shock:

Sinto-me tão pequenino em comparação...

Excelente currículo, apenas faltou no final a seguinta frase: "Com esta educaçao de luxo, nao sei como é que me tornei secretário de estado de um país falido".

Um pouco á semelhança da senhora que colocou este anúncio.

 

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« Responder #479 em: Julho 05, 2013, 11:12:15 am »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas