Rússia com ambições sobre o Polo Norte

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comanche

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« Responder #15 em: Agosto 14, 2007, 02:08:12 am »
Após Rússia e Canadá, barco dos EUA ruma para o Ártico

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WASHINGTON (Reuters) - Uma lancha da Guarda Costeira dos EUA ruma nesta semana para o Ártico numa missão cartográfica que vai determinar se parte dessa área pode ser considerada território norte-americano.

A lancha Healy inicia na sexta-feira um cruzeiro de quatro semanas cujo objetivo é mapear o leito marinho no cabo Chukchi, um platô submarino que se estende desde a costa do Alasca por cerca de 800 quilômetros em direção ao norte.

É a terceira expedição desse tipo dos EUA -- as outras foram em 2003 e 2004. Cientistas dos EUA disseram que não se trata de uma resposta à missão russa que neste mês fincou uma bandeira no leito marinho sobre o Pólo Norte, nem a um recém-anunciado plano canadense de construir um porto no Ártico.

"Este cruzeiro foi planejado por três anos, e já tivemos cruzeiros anteriores. É parte de um programa longo em andamento, não uma resposta direta", disse Larry Mayer da Universidade de New Hampshire, que participará da expedição.

Mas por que bem agora os países banhados pelo Ártico estão se mexendo?

Um tratado marítimo da ONU diz que todos os países litorâneos que reivindiquem parte da riqueza mineral submarina do Ártico devem fazer um pedido nesse sentido à Comissão da ONU sobre Limites na Plataforma Continental.

Os EUA não participam desse tratado, mas Mayer e Andy Armstrong, cientista da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, esperam que Washington venha a aderir.

A maior parte da área a ser mapeada estará coberta de gelo, mesmo no auge do verão setentrional. Os cientistas usarão uma espécie de sonar para investigar o leito marinho. "Não mapeamos só um único ponto sob o barco", disse Mayer por telefone. "Podemos mapear uma ampla área sob o barco numa resolução relativamente alta."

A missão buscará características especificadas no tratado, como o local onde a encosta marinha se transforma num terreno submarino plano, segundo Armstrong.

Países litorâneos têm direito aos recursos existentes no leito marinho de suas plataformas continentais. Pelo direito internacional, um país tem acesso automático a uma faixa de 200 milhas náuticas (370 quilômetros), mas pode ampliá-la dependendo de certos critérios geológicos, segundo nota da Administração Oceânica.

O governo Bush quer que o Senado aprove o tratado internacional, o que daria aos EUA os mesmos direitos que outros países na proteção de recursos costeiros e oceânicos.

 

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SSK

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« Responder #16 em: Agosto 14, 2007, 10:29:56 am »
Poderá ser esta a gota que irá fazer a água transvasar o copo...

Estaremos a assistir ao ínicio da guerra pelos recursos energéticos entre nações poderosas. Sim porque entre as poderosas e outras pequenas ou entre poderosas usando pequenas já se assistiu e continua a assistir-se.

Será que a 3ª GM estará a chegar ao ínicio da rua? Quanto tempo demorará a bater à porta...
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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André

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« Responder #17 em: Agosto 14, 2007, 06:34:06 pm »
Citação de: "SSK"
Será que a 3ª GM estará a chegar ao ínicio da rua? Quanto tempo demorará a bater à porta...


:G-clever:

Segundo o livro Portugal - O pioneiro da Globalização uma 3ª GM acontecera provavelmente por volta do ano 2030 e os motivos são: a questão ambiental e energética, o terrorismo internacional, os caminhos da globalização e a emergência de novas potêncais.

 

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comanche

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« Responder #18 em: Agosto 17, 2007, 11:52:47 pm »
Da áreamilitar

Canadá faz exercícios militares no Árctico


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Numa operação de demonstração de soberania, as forças armadas do Canadá estão a levar a cabo na região do Árctico o maior exercício militar alguma vez efectuado naquela região do globo.

O exercício é uma clara demonstração de intenções por parte do Canadá e segundo os próprios canadianos, destina-se a suportar os direitos do Canadá na região, perante os avanços efectuados nos últimos tempos não só pela Rússia, mas também pelos Estados Unidos, Dinamarca e Noruega.

O Árctico é um Mar gelado, mas os especialistas consideram que nas profundezas se encontram várias riquezas minerais, entre as quais 25% do petróleo que ainda estará por encontrar no planeta.

O Canadá encontra-se numa situação algo complicada, porque está em conflito não apenas com os russos mas também com países aliados da NATO, que reclamam soberania sobre os mesmos lugares, especialmente a chamada «Passagem do Noroeste» que é reclamada tanto pelo Canadá como pela Noruega e Dinamarca.

À medida que o aquecimento global vai derretendo as calotas polares e as temperaturas vão aumentando, vai-se tornando mais fácil chegar mais e mais a norte e aos países interessados na região vão tomando posições para precaver futuras reclamações de territórios subaquáticos.

Os exercícios militares do Canadá são não só uma demonstração de força quanto são também uma demonstração de intenções. O Canadá é normalmente considerado um país muito exigente no que respeita a garantir os seus direitos sobre as suas águas territoriais e zona económica exclusiva.

Nos exercícios estarão envolvidos vários meios navais e aéreos, entre os quais aeronaves F-18, aeronaves de vigilância marítima, um navio da guarda costeira, um submarino e uma fragata.

Serão feitos também simulacros de abordagem a navios quebra-gelos, utilizando para o efeito botes do tipo Zodiac, adequados para operações em águas geladas.

Juntamente com as operações navais, o Canadá anunciou que vai construir mais oito patrulhas quebra-gelos armados, tendo anunciado também a reactivação de uma base militar no círculo polar.

No entanto, embora as temperaturas tenham tendência a subir, elas ainda atingem valores que chegam a 75 graus negativos no Inverno, pelo que qualquer força armada dificilmente terá capacidade para actuar naquelas condições por mais que alguns dias ou mesmo apenas algumas horas.


 

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André

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« Responder #19 em: Agosto 18, 2007, 02:04:46 pm »
Exercício militar Canadiano termina no Ártico

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Militares canadianos e esquimós terminaram sexta-feira o maior exercício militar de sempre no Ártico, uma iniciativa para estabelecer soberania na região no meio de uma controvérsia sobre quem é dono do Norte do Círculo Ártico.

Cerca de 600 soldados canadianos, em conjunto com membros da Guarda Costeira canadiana, Polícia Montada e o corpo de rangers esquimó participaram na Operação Nanook junto da Ilha de Baffin e do Estreito de Hudson, que consistiu na simulação de uma operação anti-droga e um derrame de petróleo.

A operação decorreu num momento em que vários países correm para reclamar soberania na região, uma controvérsia que teve um ponto alto no início do mês, quando a Rússia enviou dois pequenos submarinos para colocar uma bandeira russa no leito marítimo no Pólo Norte.

Os Estados Unidos, Dinamarca e a Noruega também reclamam a vasta região Ártica, onde um estudo norte-americano aponta a existência de 25 por cento do petróleo e gás por descobrir.

O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, anunciou na semana passada que o Canadá vai construir um novo centro de treino militar e um porto de águas profundas em águas árticas.

Entretanto, o principal partido da oposição canadiana, o Partido Liberal, pediu hoje ao governo que comunique ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que as tropas do Canadá abandonarão o Afeganistão em Fevereiro de 2009, como está previsto.

Apesar de o prazo para a retirada do Canadá já estar definido, Harper já manifestou por diversas vezes vontade de estender a missão no Afeganistão, composta por 2.500 militares, que já sofreu 66 baixas.

Diário Digital / Lusa

 

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comanche

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« Responder #20 em: Agosto 21, 2007, 01:41:09 pm »
Recuo do gelo expõe novas ilhas no Ártico

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NY ALESUND, Noruega (Reuters) - Ilhas até então desconhecidas estão aparecendo no verão devido ao recuo do gelo do Ártico em níveis inéditos, disseram especialistas, questionando se o ritmo do aquecimento global não está superando as projeções da Organização das Nações Unidas (ONU).

Outro fenômeno registrado neste ano foi a dificuldade enfrentada por focas e ursos polares no arquipélago norueguês de Svalbard, já que o gelo marinho do qual esses animais dependem para a caça derreteu muito antes do normal.

"Reduções de neve e gelo estão acontecendo num ritmo alarmante", disse a ministra norueguesa do Meio Ambiente, Helen Bjoernoy, em um seminário com 40 cientistas e políticos que começou na noite de segunda-feira em Ny Alesund, a 1.200 quilômetros do Pólo Norte.

"Esta aceleração pode ser mais rápida que o previsto (neste ano pelo painel climático da ONU)", disse ela a jornalistas. Ny Alesund, base para a exploração ártica, se intitula o lugar permanentemente habitado mais ao norte do mundo.

"Pode haver um Ártico sem gelo até meados deste século", disse Christopher Rapley, diretor da Pesquisa Antártica Britânica, acusando o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática de ter subestimado o degelo nas duas regiões polares do globo.

O degelo dos glaciais que vão do interior para a costa de Svalbard revelou várias ilhas que não estavam nos mapas. "Sei de duas que apareceram no norte de Svalbard neste verão e não foram reivindicadas ainda", disse o ambientalista Rune Bergstrom, consultor do governo norueguês na ilha.

O pesquisador disse ter visto uma das ilhas, do tamanho aproximado de uma quadra de basquete. Outras ilhas apareceram nos últimos anos nas costas da Groenlândia e Canadá.

Apesar de tantos alertas sobre o aquecimento, nevava na segunda-feira em Ny Alesund, em pleno verão, várias semanas antes que o normal na região, que nesta época ainda está sendo banhada pelo sol da meia-noite.

Bjoernoy diz que a nevasca foi extemporânea e não invalida os alertas sobre o aquecimento.

Na sexta-feira, o Centro Nacional de Dados dos EUA sobre Neve e Gelo disse que o trecho congelado no Ártico "caiu abaixo do recorde mínimo absoluto de 2005 e ainda está derretendo". O gelo do Ártico atinge seu nível mínimo em setembro, quando então volta a congelar. A estatística norte-americana se baseia em dados de satélite desde a década de 1970.

Rapley disse que o recuo do gelo é ruim para as populações nativas e para a vida animal, mas que pode ajudar a exploração de gás e petróleo ou a abertura de rotas marítimas entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

A Noruega espera que o seminário pressione os governos a aceitarem cortes maiores nas emissões de gases do efeito estufa. Participam do evento representantes da China e dos EUA, os dois maiores poluidores mundiais.


 

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comanche

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« Responder #21 em: Agosto 21, 2007, 11:48:14 pm »
Cimeira: A soberania do Árctico pomo da discórdia entre a Casa Branca e Otava


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Montebello, Canadá, 21 Ago (Lusa) - A soberania do Árctico foi o pomo da discórdia entre a Casa Branca e Otava, assumida pelo presidente dos Estados Unidos da América e o chefe de governo canadiano, no final da "Cimeira dos Três Amigos" em Montebello, Canadá.

Esta cimeira, no quadro da Parceria para a Segurança e a Prosperidade da América do Norte, levou a Montebello segunda-feira e hoje os presidentes dos EUA e do México, que se juntaram ao primeiro-ministro canadiano.

Fernando Calderón acabou por antecipar o regresso ao seu país, devido à aproximação do furação Dean no México.

Apesar de ser conhecida como "Cimeira dos Três Amigos", ficaram patentes as divergências entre a Casa Branca e Otava sobre a soberania do Ártico.

Em conferência de imprensa conjunta no final da cimeira tripartida, o líder da Casa Branca afirmou discordar da posição do Canadá quanto à soberania das águas do Ártico.

"Há divergências sobre a Passagem do Noroeste", referiu Bush, acrescentando que para os EUA é uma área de navegação internacional.

"Os EUA não questionam a soberania canadiana sobre as ilhas do Ártico e apoiam o investimento para promover a sua soberania", clarificou Bush.

Ao seu lado, o primeiro-ministro canadiano, Stepehen Harper, reafirmou as intenções de reforçar a soberania do país no Árctico, manifestando confiança que Washington e Otava resolverão os seus diferentes pontos de vista sobre a Passagem do Noroeste, situada no Árctico, disputada igualmente pela Rússia, Dinamarca e os próprios EUA.

A presença militar canadiana no Afeganistão foi um dos temas de captou as atenções da opinião pública durante toda a Cimeira, dado existir uma forte pressão no país para a retirada das tropas em Fevereiro de 2009, conforme o compromisso inicial de Otava.

Esta questão foi abordada a nível bilateral, tendo Harper comunicado a Bush que a decisão final sobre a continuidade ou não da missão caberá ao Parlamento federal canadiano.

Questionado na conferência de imprensa, Bush fez um elogio à intervenção canadiana e disse confiar que o Parlamento tomará a decisão correcta.

"Considero que o Canadá está a fazer um trabalho fabuloso no Afeganistão", referiu Bush, acrescentando que a contribuição do Canadá é mais do que o combate. Está a ajudar a criar instituições".

A Cimeira terminou com um acordo Bush, Harper e Calderón com vista ao bloqueio conjunto das importações de brinquedos e outros produtos perigosos.

"Chegámos a acordo para discutir a protecção do consumidor e estamos a atentos a produtos que estejam a entrar nas nossas nações, em particular os dirigidos às nossas crianças", explicou Stephen Harper.

Os três líderes do continente norte-americano decidiram ainda que futuras medidas de segurança não deverão prejudicar o comércio entre os seus países.

Numa declaração conjunta divulgada no final desta Cimeira, os três dirigentes reafirmaram o "compromisso de garantir que a América do Norte se mantenha uma zona segura e economicamente dinâmica e um actor concorrencial nos mercados globais".

"Em Montebello, discutímos a forma de podermos evoluir com vista a melhorar a posição da América do Norte no mundo", refere o documento.

Enunciaram ainda cinco áreas prioritárias no âmbito da parceira onde devem avançar os trabalhos no próximo ano: incrementar a competividade global da América do Norte; melhorar a segurança alimentar e de outros produtos; promover energias sustenáveis e limpas; criar sistemas fronteiriços inteligentes e seguros; elaborar planos de emergência conjuntos em situações de catástrofe.

Contrariamente ao sucedido segunda-feira no exterior do local da Cimeira, em que manifestantes chegaram a confrontos com a polícia, hoje os activistas estiveram praticamente ausentes.

 

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comanche

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« Responder #22 em: Agosto 24, 2007, 01:05:36 pm »
Rússia: Ainda é cedo para afirmar que o Árctico pertence à Rússia - cientistas

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Moscovo, 24 Ago (Lusa) - O vice-director do Instituto de Oceanologia da Academia de Ciências da Rússia, Leopold Lovkovski, considerou hoje precipitado o anúncio de que o Árctico é russo.

Só os "resultados de perfuração profunda" serão aceites pelas Nações Unidas como prova da origem da Cordilheira Lomonossov, afirmou o cientista em declarações ao diário russo "Kommersant", reconhecendo que o seu país não tem tecnologia para realizar semelhante trabalho.

Mas mesmo que a Rússia consiga provas aceitáveis para as Nações Unidas, escreve o diário, o artigo 76 da Convenção sobre o Direito Marítimo prevê que Moscovo possa receber apenas 227 quilómetros quadrados da plataforma continental, e não dois milhões, como anunciaram os políticos russos.

As agências noticiosas e televisões russas divulgaram quinta-feira declarações de Victor Posselov, vice-director do Instituto de Investigação Científica de Oceanologia, de que a cordilheira submarina Lomonossov no Oceano Glaciar Árctico é "a continuação estrutural da plataforma continental siberiana".

Ao "Kommersant", o cientista diz hoje que não foi compreendido correctamente, mas escusou-se a falar sobre o assunto alegando que o Ministério dos Recursos da Rússia proibiu a emissão de qualquer tipo de declarações sobre o caso.

"Não fazemos publicidade, mas ciência. A nossa última expedição foi em Maio no quebra-gelos 'Rossia'. Estamos a estudar os seus resultados, e não o balde de amostras trazido por Tchilingarov. Amostras dessas já tínhamos retirado do fundo dezenas de vezes", declarou um cientista, sob anonimato, ao "Kommersant".

O deputado russo Artur Tchilingarov organizou, em Agosto, uma expedição de políticos e cientistas com o objectivo de conseguir amostras do fundo do Oceano Glaciar Árctico para provar as pretensões da Rússia a esses territórios. Com enorme cobertura informativa, um submarino desceu a quatro quilómetros de profundidade e deixou lá uma bandeira russa.

Leonid Lobkovski reconheceu que a expedição de Tchilingarov recolheu amostras de solo para o seu instituto, mas sublinhou que "elas não têm nada a ver com a pertença da cordilheira Lomonossov à Rússia".

"A televisão fez uma história completamente diferente sobre essa expedição. É uma estupidez completa afirmar que as nossas amostras darão à Rússia a possibilidade de aumentar o território", frisou o cientista.

Lobkovski reconheceu que as Nações Unidas só aceitam como prova da pertença da cordilheira Lomonossov "resultados de perfuração profunda" e que o seu país não tem tecnologia para realizar esses trabalhos.

Segundo o Kommersant, o Japão é o único país que possui um navio, cujo valor ronda os 500 milhões de dólares, capaz de fazer perfurações até sete mil metros de profundidade, mas a Rússia dificilmente encontrará meios financeiros para o arrendar.

A Rússia, ao contrário do Japão e dos Estados Unidos, não participa no programa internacional de perfuração marítima profunda, porque não paga a quota anual de cerca de dois milhões de dólares.


 

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comanche

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« Responder #23 em: Agosto 29, 2007, 12:10:35 am »
Pólo Norte: Alemanha exige respeito pelo direito internacional à região

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Ny Alesund, Noruega, 28 Ago (Lusa) - O chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, chamou hoje à atenção para a necessidade de respeitar o direito internacional ao Pólo Norte, bem como o frágil equilíbrio ecológico desta região afectada pelo aquecimento global.
 


Durante uma visita à Estação de Investigação Ny Alesund no arquipélago norueguês Spitzberg, no Círculo Polar, Steinmeier recordou que "existem acordos internacionais" sobre o Pólo Norte que devem ser respeitados por todos os Estados que têm interesses na região.

"Esta região possui muitas riquezas no seu solo mas tem ainda mais riquezas naturais que convém preservar", acrescentou na presença do seu homólogo norueguês, Jonas Gahr-Störe.

Numa alusão à Rússia, que recentemente reivindicou os seus direitos sobre a área e ali colocou uma bandeira, os responsáveis políticos assinalaram que conflitos internacionais sobre a distribuição das matérias-primas e dos recursos do Pólo Norte podem constituir uma ameaça para a região.

 
 

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André

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« Responder #24 em: Agosto 31, 2007, 03:42:29 pm »
Soberania não é definida por bandeiras - diz MNE da Noruega

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A soberania do Pólo Norte é regida pela lei internacional e não pode ser decidida pela colocação de bandeiras, afirmou hoje o chefe da diplomacia da Noruega, pedindo aos países costeiros do Árctico para que «actuem com responsabilidade».

Jonas Gahr Store falava sobre a polémica expedição russa ao Árctico, durante a qual foi colocada uma bandeira da Federação Russa a 4.261 metros de profundidade para, simbolicamente, reivindicar direitos territoriais.

«Isso não tem qualquer significado. No mundo moderno não é possível decidir este tipo de assuntos colocando bandeiras no fundo do mar (...) Essas acções são mais do âmbito do mundo do espectáculo e não criam lei internacional», disse o ministro norueguês à imprensa em Lisboa, depois de um encontro com o seu homólogo português, Luís Amado.

Jonas Gahr Store criticou a excessiva atenção dada ao incidente da bandeira, explicando que desde 2001 que, ao abrigo da Convenção do Mar do Norte, a Rússia apresentou as suas reivindicações documentais sobre a extensão da sua plataforma continental, dados que são conhecidos e estão disponíveis.

«Só quando a bandeira foi colocada é que houve reacções», disse, acrescentando que a Noruega também já apresentou os seus documentos, mas que nenhum dos outros países costeiros do Árctico - Dinamarca, Estados Unidos e Canadá - o fez.

O ministro norueguês advertiu ainda para os riscos de «criar a ideia, errada, de que as águas do Árctico não estão legalmente reguladas» ou de que «há uma corrida», sublinhando que «é responsabilidade dos cinco países costeiros cumprir os procedimentos e agir de forma responsável».

Jonas Gahr Store frisou ainda que esta questão assume agora grande importância dada a possibilidade de, como consequência do aquecimento global, iniciar a exploração de recursos do Árctico até agora indisponíveis.

«O aquecimento global está a provocar o degelo do Pólo Norte e, dentro de alguns anos, provavelmente vamos poder navegar pelo pólo norte no Verão, o que cria uma nova dimensão estratégica para aquela região», disse, acrescentando que «há também a possibilidade de haver recursos energéticos».

«Temos de ser Estados responsáveis e respeitar a lei internacional», disse.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #25 em: Setembro 15, 2007, 11:54:10 pm »
Degelo abre rota marítima no Ártico

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A Passagem Noroeste do Ártico foi aberta por inteiro devido ao derreter do gelo, originando uma rota há muito desejada, mas intransitável até agora, entre a Europa e a Ásia.

De acordo com a Agência Espacial Europeia, o gelo marítimo do Ártico atingiu o seu volume mais baixo desde que registam as medições por satélite, há 30 anos.

Uma rota para navios pela Passagem Noroeste, na zona canadiana do Ártico, tem sido considerada como uma opção mais em conta do que o canal do Panamá.

«A área coberta de gelo tem agora apenas 3 milhões de quilómetros quadrados», disse à Leif Toudal Pederson, do Centro Espacial Nacional da Dinamarca.

A extensão de gelo actualmente disponível é de apenas um milhão de quilómetros quadrados, um valor muito reduzido em comparação com os números de 2005 e 2006.

A Passagem do Nordeste, através do Ártico russo, continua parcialmente bloqueada mas é possível que esteja aberta antes do previsto, acrescentou Pederson.

Segundo a AEE, as regiões polares são muito vulneráveis às alterações climáticas. A velocidade do degelo é tão acelerada que alguns cientistas prevêm a extinção do gelo na área por volta de 2040.

O anúncio da AEE, divulgada no site da agência, ocorreu no meio de uma luta pela soberania do Ártico. A Rússia reinvindica parte da região rica em recursos naturais

O Canadá também tem vindo a pedir o controlo sobre parte do Ártico e anunciou planos para a construção de um porto de águas profundas em Nanisivik, perto da entrada oriental da passagem.

SOL

 

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André

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« Responder #26 em: Setembro 20, 2007, 07:48:45 pm »
Expedição Russa traz provas que favorecem o país

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O Ministério dos Recursos Naturais russo anunciou que a análise prévia dos materiais recolhidos da expedição 'Árctico-2007' mostra que a cordilheira Lomonossov e o monte Mendeleev submarinos são a continuação da plataforma continental da Rússia.

«No dia 20 de Setembro, foram obtidos os dados prévios da análise das amostras conseguidas durante a expedição 'Árctico-2007', que permitem confirmar o facto que a crosta da superfície da cordilheira de Lomonossov corresponde ao análogo mundial da superfície continental, ou seja, é parte da plataforma continental adjacente da Federação da Rússia», afirmou o ministério num comunicado.

Deste modo, a Rússia pretende reivindicar o direito a um território com uma superfície de mais de 1,2 milhões de quilómetros quadrados e onde estão concentradas cerca de 25% das reservas do petróleo e gás mundiais.

Segundo o comunicado, o Instituto de Oceanologia da Rússia realizou duas expedições antes de conseguir esses resultados: em Agosto de 2005, o navio 'Akademik Fiodorov' levantou amostras do monte Mendeleev e, entre Maio e Julho de 2007, o quebra-gelos 'Rossia' realizou operação semelhante na cordilheira de Lomonossov.

Esses trabalhos foram feitos no quadro do plano de acções com vista a reivindicar junto da Comissão para as Fronteiras da Plataforma Continental a pertença desse território.

Moscovo deve apresentar dados convincentes nesse sentido até ao final do ano. Além da Rússia, pretendem o Árctico os Estados Unidos, Canadá, Dinamarca e Noruega.

Lusa/SOL

 

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Cabecinhas

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« Responder #27 em: Setembro 22, 2007, 02:05:05 am »
Se o estudo russo disse-se o contrário é que eu me admirava...
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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comanche

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« Responder #28 em: Outubro 02, 2007, 04:05:05 pm »
Cientistas apontam redução dramática em gelo do Ártico

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WASHINGTON (Reuters) - O gelo do Ártico diminuiu neste ano para o menor nível registrado desde o início das medições por satélite, na década de 1970, mantendo a tendência provocada pelo aquecimento global --inclusive com causas humanas--, disseram cientistas na segunda-feira.

A redução foi tamanha que a chamada Passagem Noroeste, normalmente coberta de gelo, foi aberta pela primeira vez desde que se tem lembrança, permitindo que barcos navegassem por essa rota do Atlântico para o Pacifico e vice-versa, segundo pesquisadores.

O Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo dos EUA, ligado à Universidade do Colorado, em Boulder, costuma medir o gelo do Ártico durante o degelo anual, entre março e setembro.

A extensão média em setembro, auge do degelo, caiu para 4,28 milhões de quilômetros quadrados, superando em quase um quarto o recorde negativo anterior, estabelecido dois anos antes, segundo os pesquisadores.

"No geral, houve uma tendência de queda aguda e significativa desde que começamos a receber bons dados de satélites, a partir de 1979", disse por telefone Walt Meier, um dos pesquisadores envolvidos.

"Pegamos agora os números finais para este setembro, e é um recorde negativo realmente dramático. Não só quebrou o recorde, esmagou o recorde. Este ano simplesmente obliterou todo o resto."

No mês passado, a extensão do gelo no Ártico era 39 por cento inferior à média de longo prazo entre 1979 e 2000, segundo os cientistas.

Paralelamente, um estudo liderado pela Nasa documentou uma perda de 23 por cento na cobertura permanente de gelo do Ártico ao longo dos últimos dois invernos.

A redução do gelo perene no inverno é uma das principais causas do recuo tão rápido do verão passado e, consequentemente, do recorde negativo de cobertura de gelo na região.

As conclusões dos cientistas foram publicadas na revista Geophysical Research Letters.

Meier disse que não será surpreendente se nos próximos 25 anos --bem antes que o previsto, portanto-- o Ártico não tenha mais gelo durante o verão.

"Não acho que a gente chegasse a esse tipo de situação se não houvesse temperaturas se aquecendo", disse Meier, citando as emissões humanas de dióxido de carbono e de outros gases do efeito estufa como causas.

 

Quanto maior o degelo, maior será a pressão dos países com pretensões a esta zona, para além da inevitável subida do mar e suas consequências na orla marinha.
 

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comanche

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« Responder #29 em: Outubro 02, 2007, 04:05:36 pm »
Cientistas apontam redução dramática em gelo do Ártico

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WASHINGTON (Reuters) - O gelo do Ártico diminuiu neste ano para o menor nível registrado desde o início das medições por satélite, na década de 1970, mantendo a tendência provocada pelo aquecimento global --inclusive com causas humanas--, disseram cientistas na segunda-feira.

A redução foi tamanha que a chamada Passagem Noroeste, normalmente coberta de gelo, foi aberta pela primeira vez desde que se tem lembrança, permitindo que barcos navegassem por essa rota do Atlântico para o Pacifico e vice-versa, segundo pesquisadores.

O Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo dos EUA, ligado à Universidade do Colorado, em Boulder, costuma medir o gelo do Ártico durante o degelo anual, entre março e setembro.

A extensão média em setembro, auge do degelo, caiu para 4,28 milhões de quilômetros quadrados, superando em quase um quarto o recorde negativo anterior, estabelecido dois anos antes, segundo os pesquisadores.

"No geral, houve uma tendência de queda aguda e significativa desde que começamos a receber bons dados de satélites, a partir de 1979", disse por telefone Walt Meier, um dos pesquisadores envolvidos.

"Pegamos agora os números finais para este setembro, e é um recorde negativo realmente dramático. Não só quebrou o recorde, esmagou o recorde. Este ano simplesmente obliterou todo o resto."

No mês passado, a extensão do gelo no Ártico era 39 por cento inferior à média de longo prazo entre 1979 e 2000, segundo os cientistas.

Paralelamente, um estudo liderado pela Nasa documentou uma perda de 23 por cento na cobertura permanente de gelo do Ártico ao longo dos últimos dois invernos.

A redução do gelo perene no inverno é uma das principais causas do recuo tão rápido do verão passado e, consequentemente, do recorde negativo de cobertura de gelo na região.

As conclusões dos cientistas foram publicadas na revista Geophysical Research Letters.

Meier disse que não será surpreendente se nos próximos 25 anos --bem antes que o previsto, portanto-- o Ártico não tenha mais gelo durante o verão.

"Não acho que a gente chegasse a esse tipo de situação se não houvesse temperaturas se aquecendo", disse Meier, citando as emissões humanas de dióxido de carbono e de outros gases do efeito estufa como causas.

 

Quanto maior o degelo, maior será a pressão dos países com pretensões a esta zona, para além da inevitável subida do mar e suas consequências na orla marinha.