“A situação é muito delicada”, diz Medina Carreira
O fiscalista Medina Carreira considera que “a galopada que o desemprego está a fazer afecta muita gente e ainda não estamos certamente no fim” desse ciclo.
Este especialista reage assim aos números conhecidos hoje do Instituto de Emprego e Formação Profissional que confirmam que mais 70 mil portugueses se inscreveram no IEFP só em Janeiro.
Já sobre o facto do Governo não ter comentado estes dados,
Medina Carreira diz que o Executivo só diz “o que lhe convém” e “não faz nada a sério”.Em entrevista à Renascença, Medina Carreira diz que as medidas que o Governo está a tomar para combater a crise “são pensos rápidos”, “medidas sempre limitadas porque o Estado não tem condições para se substituir à economia”.
A prioridade deve ser o apoio às pessoas que estão desempregadas e os apoios reforçados. “As pequenas obras em escolas e hospitais são medidas paliativas”.
O fiscalista acrescenta que o Governo tem mostrado “voluntarismo tonto” porque o “Estado não pode salvar as empresas todas” e há muitas que “não podem nem devem” ser salvas.
O que o Estado pode fazer – refere Medina Carreira – é pagar às empresas o que deve, não cobrar impostos antecipados e ajudar as que possam recorrer ao crédito.
Este antigo ministro concorda com intervenções sectoriais e pontuais, inclusive do ponto de vista fiscal, mas alerta para o agravamento da dívida externa.
Ouçam ainda a entrevista no seguinte link, no separador "Sons Relacionados"
http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx ... 39&ZoneId=CC/Sandra Afonso
Para não dizerem que ele só diz mal, como podem ver, o homem apresenta possíveis soluções.