Galp: Notícias

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André

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« Responder #60 em: Fevereiro 21, 2008, 04:38:08 pm »
Galp ganha prémio europeu em Bruxelas

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A Galp Energia recebeu hoje, em Bruxelas, o prémio «Best of European Business» na categoria «Growth», atribuído no âmbito da Cimeira Europeia de Negócios, uma iniciativa que tem por objectivo distinguir as melhores empresas europeias.

A Galp Energia tinha já sido premiada por um júri português, tendo sido agora escolhida como a empresa europeia que mais cresceu.

O júri internacional estudou selecções de cada país, examinando as suas estratégias de negócio e os proveitos, escolhendo as melhores entre as melhores.

A Galp Energia foi seleccionada, segundo a organização do evento, com base no seu crescimento de 15,3 por cento, registado entre 2002 e 2006.

A empresa energética «mostrou fortes capacidades de inovação ao explorar novas áreas de produção em Angola e no Brasil», considerou o júri, que destacou ainda o «sucesso da integração da AGIP no grupo em Espanha».

A seguradora francesa AXA e a petrolífera polaca PKN receberam o prémio na categoria «Cross-border Merges & Acquisitions» e a alemã BASF, fabricante de produtos químicos, foi distinguida na categoria «Green Business».

Além de Portugal, outros seis países participam no evento - Alemanha, Espanha, Itália, França, Polónia e Reino Unido.

A cerimónia de entrega dos prémios está incluída na cimeira de dois dias, que junta mais de 2.500 empresários e políticos para debater p futuro da economia «verde» na União Europeia.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso será um dos intervenientes.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #61 em: Março 05, 2008, 11:40:40 pm »
Produção petrolífera quase duplicou em 2007, para 17 mil barris de crude por dia

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A produção petrolífera da Galp Energia quase duplicou em 2007, para um total de 17 mil barris de crude por dia, face aos 9,5 mil barris diários registados no ano anterior, segundo os resultados hoje apresentados pela empresa.

Só o campo Benguela-Belize-Lobito-Tomboco, do bloco 14 em Angola, foi responsável por 13,8 mil barris diários, o que representa 81 por cento da produção total da Galp Energia em 2007, de acordo com os mesmos dados.

A actividade de exploração e produção obteve, em 2007, resultados operacionais ajustados de 150 milhões de euros, mais do dobro dos 66 milhões de euros obtidos em 2006.

A empresa apresentou dados de um relatório da Degolyer Macnaughton, segundo os quais, as reservas provadas e prováveis da Galp Energia no bloco 14 eram de 31 milhões de barris, a 31 de Dezembro de 2007.

As reservas petrolíferas da Galp, incluindo as reservas provadas, as prováveis e as contingentes, ascendiam aos 773 milhões de barris a 31 de Dezembro de 2007, quando em 2006 eram de 119 milhões de barris.

Dos 742 milhões de barris, 500 milhões correspondem a recursos do Tupi, no Brasil e aos blocos 14, 14K e 32, em Angola.

Portugal tem um consumo diário de 150 mil barris de crude, segundo dados apresentados pelo presidente executivo da Galp Energia, Ferreira de Oliveira.

A Galp Energia tem actualmente "um invejável portfolio de activos de exploração", considerou Ferreira de Oliveira, referindo que a empresa tem actualmente em fase de exploração 20 blocos petrolíferos no Brasil e quatro em Angola.

Além destes, tem "em curso" outros sete em Portugal, um em Moçambique e cinco em Timor-Leste, que demonstram a "caminhada de mais de 20 anos na área da exploração e produção" que a Galp já desenvolveu, destacou o presidente.

Além destes, Ferreira de Oliveira apresentou ainda a primeira experiência da empresa como operador, com um esforço de pesquisa no 'on-shore' brasileiro, em parceria com a congénere brasileira Petrobrás.

Em 12 poços perfurados só pela Galp Energia, na bacia do Espírito Santo, em Potigual e Sergipe/Alagoas, a Galp obteve seis descobertas, o que lhe confere "taxas de sucesso qualificadas", sublinhou Ferreira de Oliveira.

Estes poços constituem um esforço de pesquisa em áreas "maduras" para verificar probabilidades de expansão e são muito "mais baratos" que poços em 'off-shore', representando um investimento de cerca de um milhão de euros cada, referiu.

Lusa

 

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comanche

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« Responder #62 em: Março 06, 2008, 01:50:58 pm »
Galp com "reservas" para sete anos


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produção de crude da Galp Energia subiu 80% em 2007 para 17 mil barris/dia e as reservas provadas de crude da petrolífera são de 773 milhões de barris, anunciou ontem o presidente da empresa, Ferreira de Oliveira.

A produção - ainda limitada às participações que a Galp detém em blocos em Angola - equivale a 5,4% do consumo anual português, mas o valor das reservas (concentradas sobretudo em blocos no Brasil, que ainda não estão a produzir), chegaria para abastecer o país sete anos.

Segundo Ferreira de Oliveira, que falava na apresentação de resultados de 2007, as reservas especulativas (ainda não provadas) podem ascender a dois mil milhões de barris. 2007, explicou, "marcou definitivamente o sucesso de um esforço de pesquisa que vinha a ser feito há 25 anos".

A produção petrolífera e as vendas de gás natural (que cresceram 17%) foram os principais motores dos resultados em 2007, ano em que a Galp teve lucros ajustados de 418 milhões de euros, mais 1,4% face a 2006.

Já os segmentos de refinação e distribuição tiveram desempenhos menos positivos, com as margens de refinação a aumentarem 3%, para 5,5 dólares por barril. Tendo em conta a depreciação do dólar, contudo, caíram 6% para 4 euros/barril.

O lucro ajustado exclui o chamado efeito de "stock" e a venda das actividades de gás natural à REN, enquanto o resultado líquido atingiu os 777 milhões, que comparam com 755 milhões em 2006 e constituem o melhor resultado de sempre.

As alegadas divergências com a Sonangol - que detém 45% da Amorim Energia, "dona" de 33,34% da Galp - foram desvalorizadas por Ferreira de Oliveira, para quem o presidente da petrolífera angolana é "um distinto colega e membro do conselho de administração". Manuel Vicente, garantiu, nunca foi visto "como um patrão". Ferreira de Oliveira aludia a declarações recentes de Manuel Vicente sobre a disputa pelo controlo da cabo-verdiana Enacol, em que o gestor angolano disse ser "patrão" na Galp.

A Galp vai pagar um dividendo de 32 cêntimos/acção relativos a 2007. Como parte já foi paga o ano passado, os accionistas vão receber mais 16,8 cêntimos/acção.
 

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« Responder #63 em: Março 09, 2008, 10:52:59 pm »
José Sócrates preside a cerimónia de investimentos da Galp

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O primeiro-ministro, José Sócrates, preside segunda-feira à cerimónia de assinatura de contratos de investimento da Galp Energia para a modernização das refinarias de Sines e Matosinhos - projectos que vão ascender a 1059 milhões de euros.

Na sessão, em que a Galp Energia apresenta o seu plano de investimentos, estará também presente o ministro da Economia, Manuel Pinho.

Os contratos de investimento da Galp Energia para a modernização das refinarias de Sines e Matosinhos foram aprovados quinta-feira em Conselho de Ministros e serão formalizados entre a AICEP, em representação do Estado, a Galp Energia e a sua subsidiária Petrogal.

Segundo o executivo, a resolução aprovada quinta-feira incluiu as minutas do contrato de investimento, prevendo novas unidades de conversão que vão permitir transformar fracções mais pesadas de crude em destilados leves e médios.

Ainda de acordo com as estimativas do Governo, o investimento da Galp Energia deverá permitir criar 150 postos de trabalho e alargar a capacidade de refinação da Petrogal.

A produção adicional de gasóleo deve ser de 2.500 mil toneladas por ano e o projecto permitirá reduzir a despesa energética com o exterior.

«A Petrogal pretende não só aumentar a rendibilidade dos investimentos, através da optimização das matérias- primas utilizadas e da gama de produtos refinados, mas também melhorar a integração das duas refinarias [Sines e Matosinhos], de forma a alcançar um processo integrado e complementar de refinação e melhorar a rendibilidade da operação da refinaria de Matosinhos», refere a resolução aprovada em Conselho de Ministros.

O mesmo documento adianta ainda que «a reconfiguração do aparelho refinador da Petrogal - estruturada de forma a cumprir apertados critérios de ordem ambiental e de segurança - irá ter um impacto significativo no tecido industrial nacional, particularmente no sector da metalomecânica, electricidade e construção civil, esperando-se elevadas taxas de ocupação de mão-de- obra nacional especializada no período 2008-2011».

Também na semana passada, a Galp Energia anunciou que a sua produção petrolífera quase duplicou em 2007, para um total de 17 mil barris de crude por dia, face aos 9,5 mil barris diários registados no ano anterior.

Só o campo Benguela-Belize-Lobito- Tomboco, do bloco 14 em Angola, foi responsável por 13,8 mil barris diários, o que representa 81 por cento da produção total da Galp Energia em 2007.

De acordo com os mesmos dados, a actividade de exploração e produção obteve, em 2007, resultados operacionais ajustados de 150 milhões de euros, mais do dobro dos 66 milhões de euros obtidos em 2006.

As reservas petrolíferas da Galp, incluindo as reservas provadas, as prováveis e as contingentes, ascendiam aos 773 milhões de barris a 31 de Dezembro de 2007, quando em 2006 eram de 119 milhões de barris.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #64 em: Março 10, 2008, 03:24:55 pm »
Galp quer satisfazer totalidade consumo nacional de petróleo

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A Galp Energia quer satisfazer a longo prazo o consumo nacional de petróleo, atingindo uma produção de 300 mil barris diários, afirmou hoje o presidente-executivo da Galp Energia, Ferreira de Oliveira.

«Esperamos, num horizonte não muito longo, atingir os 150 mil barris por dia, mas a nossa ambição é atingir os 300 mil barris diários, o que corresponde às necessidades do consumo nacional», afirmou Ferreira de Oliveira durante a apresentação do plano de investimento para os próximos 5 anos.

A Galp Energia quer ainda atingir uma produção entre os 3 e os 6 mil milhões de metros cúbicos de gás natural, o que corresponde entre 45 a 95 por cento do mercado de gás natural em Portugal.

Ferreira de Oliveira apresentou hoje um plano de investimento de 5.300 milhões de euros até 2012, dos quais 1.500 milhões serão investidos na exploração de petróleo nos blocos de Angola e do Brasil, bem como no desenvolvimento de mais actividades em Portugal, Moçambique, Timor-Leste e Venezuela.

No gás e electricidade, a Galp vai investir 1.000 milhões de euros e na refinação e distribuição serão investidos 2.800 milhões de euros, a maior fatia do investimento total, da qual se destacam os mais de 1.000 milhões de euros para a conversão e modernização das refinarias de Sines e do Porto.

Diário Digital / Lusa

 

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comanche

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« Responder #65 em: Março 16, 2008, 05:46:46 pm »
Petróleo: Empresa portuguesa inicia estudos sísmicos
Galp vai pesquisar no Alentejo


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A Galp Energia, empresa petrolífera detida maioritariamente pelo Estado português, vai iniciar antes do Verão os estudos para a prospecção de petróleo na Bacia do Alentejo, uma zona offshore (no mar) que vai de Sines ao Algarve.

O presidente executivo da empresa, Ferreira de Oliveira, explicou, em declarações à agência Reuters, que até ao fim de 2009 a empresa “tem de ter pronta a sísmica [estudos sísmicos] destas áreas, no âmbito do protocolo com a Comissão Geral de Energia e Geologia”.

Note-se que os estudos sísmicos são fundamentais para determinar o tipo de rocha existente e a extensão de eventuais depósitos de petróleo. Só depois, e se se justificar, se procede a perfurações.

Fonte da empresa explicou ao Correio da Manhã que foi firmado, na sexta-feira, um protocolo com o Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICN) para estudar a fauna marinha na zona.

“Começaremos este ano na Bacia do Alentejo, de certeza, e estamos a abrir concurso para tentar começar ainda este ano na Bacia Lusitânica, que vai de Lisboa a Aveiro”, revelou Ferreira de Oliveira.

O presidente da petrolífera portuguesa, que no ano passado descobriu um novo poço de petróleo no Brasil, revelou que após o mapeamento sísmico a empresa irá determinar se se justifica iniciar a fase de testes de perfuração, que poderá ocorrer entre 2010 e 2013.

Os contratos de concessão na Bacia Lusitânica foram assinados em Março do ano passado e os da Bacia do Alentejo em Fevereiro desse ano. Actualmente, a Galp está ainda a fazer pesquisa na Bacia de Peniche.

Em fase de perfuração está, actualmente, a prospecção em Alenquer, levada a cabo por duas empresas norte-americanas, Mohave Oil e Dualex, que em Fevereiro último começaram a construir a maior plataforma de prospecção de petróleo já instalada em Portugal, com cerca de 60 metros de altura.

Pela terceira vez, a população de Lapaduços espera ver jorrar petróleo. A Dualex já estimou em 40 milhões de barris o petróleo existente na área de Lapaduços.

Já a Repsol, petrolífera espanhola, está a fazer investigações no Algarve, na Bacia de Faro. Nos concelhos de Torres Vedras e Mafra está a ser rastreada uma área de 117 quilómetros quadrados, pelas empresas Mohave e Seispros para a prospecção de petróleo e gás natural.

NEGÓCIOS NO BRASIL E NA VENEZUELA

O consórcio formado pela Galp, Petrobras e BG Group anunciou no ano passado a descoberta de petróleo no poço Tupi Sul, na bacia de Santos, no Brasil, e estima uma produção diária de dois mil barris diários de petróleo e 65 mil metros cúbicos de gás por dia. A zona foi considerada pela Galp “de grande potencial exploratório”.

Já este ano, a petrolífera portuguesa assinou um acordo com a Petróleos da Venezuela, um negócio facilitado pelo ex-Presidente da República, Mário Soares. A Galp tenciona importar da Venezuela cerca de 30 por cento do petróleo em Portugal todos os anos e o valor previsto rondará os 202 milhões de euros. Até 2012, a Galp pretende duplicar a produção de petróleo, ou seja, a petrolífera portuguesa espera produzir mais de 12 milhões de barris de matéria--prima por ano. A Galp tem ainda interesses em Angola, Timor e Moçambique.

COMBUSTÍVEIS MAIS CAROS

Os preços dos combustíveis são actualmente os mais elevados dos últimos quatro anos. De acordo com a Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGGE), o litro da gasolina sem chumbo 95 está a ser comercializado a 1,4 euros e o do gasóleo a 1,23 euros. As petrolíferas justificam os aumentos com os sucessivos recordes do preço do petróleo, que ainda no decurso desta semana atingiu 110,70 dólares, em Nova Iorque, e os 106,80 dólares, em Londres.

SAIBA MAIS

600 milhões de barris é quanto o novo poço de petróleo descoberto no Brasil vai permitir produzir por dia, o que permitirá abastecer o mercado português durante 15 anos.

3395 milhões de euros foi quanto o Estado ganhou no ano passado com o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).

PRIMEIRO POÇO

Em Agosto de 1859, o norte-americano Edwin Laurentine Drake perfurou o primeiro poço para procurar petróleo (profundidade de 21 m) na Pensilvânia. O poço revelou-se produtor e a data passou a ser considerada como o nascimento da moderna indústria petrolífera.

HISTÓRIA

Os registos históricos da utilização do petróleo remontam a 4000 a.C. Os povos da Mesopotâmia, do Egipto, da Pérsia e da Judéia já utilizavam o betume para pavimentação de estradas.
 

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« Responder #66 em: Março 24, 2008, 05:26:01 pm »
Galp e Visabeira Moçambique assinam memorando de cooperação para projecto de biocombustíveis

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A Galp Energia anunciou hoje que assinou um memorando de cooperação com a Visabeira Moçambique para o desenvolvimento de um projecto agro-industrial naquele país africano, que visa a produção, comercialização e distribuição de biocombustíveis.

Este projecto destina-se quer à exportação para Portugal, com processamento em unidades de biodiesel da Galp Energia, quer à produção em Moçambique deste combustível, destinado ao mercado local, refere a Galp Energia em comunicado enviado à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM).

O desenvolvimento destas actividades ficará a cargo da Moçamgalp, empresa constituída pela Galp Energia e Visabeira, que procederá à identificação dos terrenos adequados à produção de oleaginosas, numa área que poderá ir até aos 150.000 hectares, e à constituição de uma sociedade cujo objecto será o exercício da agricultura e actividades conexas.

A Moçamgalp vai ainda promover a construção de uma unidade industrial para produção de óleo vegetal que terá, em parte, como destino a exportação para Portugal, para processamento nas refinarias da Galp Energia, com vista à incorporação em combustível rodoviário como biodiesel hidrogenado, sendo a restante parte destinada à produção de biodiesel numa unidade industrial, a ser construída em Moçambique, destinada ao abastecimento local.

A assinatura deste memorando realizou-se no âmbito da visita do Presidente da República de Portugal à República de Moçambique e pretende reforçar a colaboração e cooperação entre a Galp Energia e a Visabeira.

Este memorando vai permitir à Galp Energia dar mais um passo para a concretização da sua estratégia para os biocombustíveis, reduzindo a dependência energética em relação aos combustíveis fósseis e contribuindo para o posicionamento de Portugal na liderança na produção de biocombustíveis.

Lusa

 

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« Responder #67 em: Abril 11, 2008, 08:14:57 pm »
Galp Energia interessada no gás do Qatar

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A Galp Energia está a negociar a compra de gás natural ao Qatar, de forma a alargar o leque de países fornecedores deste recurso energético, avança o Jornal de Negócios esta sexta-feira.
O interesse da empresa foi confirmado por Fernando Gomes, administrador responsável pela área internacional da Galp.

O gestor acompanhou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, que promoveu durante esta semana um périplo de diplomacia económica pelos países do Golfo Pérsico.

O governante esteve ontem reunido com o ministro da Energia e Assuntos Industriais do Qatar, Moahammed Saleh al-Sada, um encontro onde estiveram Fernando Gomes e João Nuno Mendes, também ele administrador da petrolífera portuguesa.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #68 em: Maio 02, 2008, 06:20:03 pm »
Galp aumentou vendas em 2007 apesar de queda no mercado

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O mercado de combustíveis português caiu 2,2 por cento no ano passado, sobretudo devido à quebra de 5 por cento na procura de gasolina, embora a Galp tenha conseguido contrariar a tendência ao registar um aumento de 1 por cento nas vendas.

Segundo dados provisórios da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), o consumo dos principais combustíveis caiu 2,2 por cento em 2007, face ao ano anterior, tendo-se verificado uma quebra de 5 por cento na procura de gasolina, enquanto o consumo de gasóleo aumentou 2 por cento.

Na quarta-feira, os preços dos combustíveis aumentaram pela 14.ª vez desde o início do ano, mantendo uma tendência iniciada há cerca de um ano quaqndo o preço do crude começou a subir.

Os preços dos combustíveis nos postos de abastecimento da Galp e da BP subiram por litro três cêntimos na gasolina e dois cêntimos no gasóleo. A Repsol ainda não actualizou.

Em declarações à agência Lusa fonte, oficial da Galp Energia afirmou que durante 2007 a petrolífera «conseguiu contudo contrariar a queda no mercado português e apresentar um aumento de 1 por cento nas vendas». «Apesar da retracção do mercado da distribuição de produtos petrolíferos em Portugal observaram-se subidas na venda de jets, bancas marítimas e gasóleo», sublinhou a mesma fonte.

Ainda assim, de uma maneira geral, as perdas no consumo fizeram-se sentir nas restantes petrolíferas.

Segundo fonte da BP, «desde que o preço do crude começou a disparar, há cerca de um ano, que se tem verificado uma queda na procura, na ordem dos 3% a 4%».

«Em termos anuais houve de facto uma queda da procura nos postos de abastecimento, sobretudo de gasolina, porque é um produto mais caro», disse a mesma fonte.

A Repsol também registou perdas no consumo de combustíveis, sobretudo nas gasolinas, devido a vários factores, entre os quais «a maior eficiência energética, pois os carros novos consomem menos, a troca de carros com motor a gasolina por motores diesel, melhores vias e menos congestionadas/menor tráfego», disse à Lusa fonte da empresa.

Também o diferencial fiscal com Espanha, sobretudo no gasóleo e frotas, a economia, uma vez que menores crescimentos económicos representam menores consumos, e o aumento dos preços dos combustíveis levaram a menores vendas, explicou a fonte da Repsol.

Segundo os dados da DGEG, em 2006 as vendas de gasolina ultrapassaram as 1,67 milhões de toneladas (276.672 toneladas de sem chumbo 98 e 1.396.797 sem chumbo 95), mas em 2007 baixaram para os 1,5 milhões de toneladas vendidas (225.371 toneladas de sem chumbo 98 e 1.362.768 toneladas de sem chumbo 95).

No ano passado, a gasolina aditivada caiu mais de 70%, enquanto a procura de outras gasolinas sofreu uma quebra menos acentuada: o consumo de gasolina sem chumbo 95 caiu 2,2 por cento e o de gasolina sem chumbo 98 recuou 18,6 por cento.

Apesar de o consumo dos produtos do petróleo ter caído 1,4 por cento face a 2006, é de salientar o aumento de 2 por cento na procura do gasóleo, «evolução que já se vinha notando desde a segunda metade do ano passado» e que se deve a um efeito de substituição de gasolina por gasóleo, segundo a DGEG.

Lusa

 

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« Responder #69 em: Julho 07, 2008, 12:30:23 pm »
A GALP já obteve €1.098 milhões de lucros extraordinários só devido ao "efeito stock" resultante da especulação do petróleo
por Eugénio Rosa


RESUMO DESTE ESTUDO

Nas últimas semanas, o presidente da GALP desdobrou-se em declarações aos media procurando branquear o comportamento das petrolíferas aos olhos dos portugueses. "Não gosto que nos chamem ladrões" afirmou ele ao Expresso. Mas como já tinha acontecido com a AdC e com o governo, fugiu aos principais problemas e não esclareceu os portugueses sobre as causas internas que estão a contribuir também para o aumento dos preços dos combustíveis em Portugal. A sua preocupação foi justificar as petrolíferas que continuaram a escalada de preços.

Assim, não explicou aos portugueses por que razão os preços sem impostos dos combustíveis em Portugal continuam a ser superiores aos preços médios sem impostos da União Europeia. Em Junho de 2008, segundo a Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia, o preço sem impostos em Portugal tanto da gasolina como do gasóleo era superior ao preço médio da UE15. Em relação à gasolina era superior em 0,6% e, relativamente ao gasóleo era superior em 1,9%. Se a comparação for feita por países, conclui-se que em relação à Alemanha, Áustria, Finlândia, França, Irlanda, Reino Unido e Suécia, o preço da gasolina sem impostos em Portugal era superior ao destes sete países entre 1,4% (Finlândia) e 16,9% (Irlanda), sendo superior ao da Alemanha e Suécia sem impostos em mais de 7%. Em relação ao gasóleo, e relativamente à Alemanha, Áustria, Finlândia, França, Irlanda, Inglaterra e Suécia, o preço do gasóleo sem impostos em Portugal era superior ao de qualquer um destes sete países entre 2% (França) e 21,1% (Irlanda), sendo superior ao preço sem impostos da Finlândia e Inglaterra em mais de 7%.

O presidente da GALP também não explicou porque razão apesar do petróleo utilizado na refinação dos combustíveis ser o adquirido 2 a 2,5 meses antes, portanto a um preço mais baixo, na fixação do preço à saída do combustível das refinarias as petrolíferas não consideram esse preço, mas sim o preço do barril de petróleo registado uma semana antes, embolsando desta forma lucros elevadíssimos à custa dos consumidores portugueses. De acordo com dados da própria Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia, entre 28/12/2007 e 27/06/2008, o preço da gasolina em Portugal aumentou 11,8%; o gasóleo rodoviário subiu 21,1%, e o preço do gasóleo para aquecimento cresceu 30,7%, mas o preço do petróleo entre Dezembro de 2007 e Abril de 2008 (é o petróleo adquirido em Abril que foi utilizado na refinação dos combustíveis vendidos aos portugueses em Junho); repetindo, entre Dezembro de 2007 e Abril de 2008, o preço do petróleo, segundo a Direcção Geral da Energia subiu, em euros, apenas 9,1%, portanto, muito menos que a subida verificada nos combustíveis em Portugal (menos de metade da subida do gasóleo).

Esta diferença de preços dá origem a um lucro extraordinário elevadíssimo, a que as petrolíferas para ocultar designam pelo eufemismo "efeito stock". E só no período 2004 a 2007, de acordo com as próprias contas da GALP, esta empresa obteve um lucro extraordinário de 1.029 milhões de euros devido ao "efeito stock", ou seja, o lucro que resulta do facto de se verificar no mercado internacional de petróleo uma grande especulação de que as petrolíferas se aproveitam para vender aos portugueses os combustíveis mais caros embolsando, desta forma, elevadíssimos lucros. E no 1º Trimestre de 2008 o lucro extraordinário da GALP resultante do "efeito stock" disparou para 69 milhões de euros, mais 228,6% do que idêntico período de 2007, o que somados aos acumulados no período 2004-2007, dá 1.098 milhões de euros.

Ora sobre tudo isto o presidente da GALP nas suas múltiplas declarações não se referiu nem deu explicações. Talvez convencido que é um direito intocável das petrolíferas que não tem de prestar contas aos portugueses. É sobre este lucros extraordinários injustos, que é necessário tomar uma de duas medidas: ou obrigar as petrolíferas a baixar os preços dos combustíveis ou então lançar um forte imposto, chame-se "taxa de Robin dos Bosques" ou outro nome, para penalizar estes lucros que têm apenas como origem a especulação verificada no mercado internacional do petróleo, e que não resultam de qualquer esforço produtivo das petrolíferas. As receitas obtidas poderiam ser aplicadas no apoio a entidades como o "Banco Alimentar" e similares que forneceriam géneros e refeições a portugueses com falta de recursos para se alimentarem, já que a pobreza, devido à escalada de preços, ao aumento de desemprego e à diminuição do poder de compra das remunerações e pensões, está a aumentar em Portugal, consequência também do aumento dos preços dos combustíveis que está afectar tudo de uma forma directa ou indirecta.

A pesada carga fiscal que incide sobre os combustíveis em Portugal (na gasolina, em Portugal os impostos representam 58% do preço de venda ao público, enquanto na UE15 correspondem a 56%; em relação ao gasóleo, os impostos em Portugal representam 43% do preço de venda, enquanto na UE15 representam a 45% do preço); repetindo, a pesada carga fiscal que incide sobre os combustíveis em Portugal associada à ausência total de qualquer controlo sobre os preços, como ficou claro neste estudo, está a criar uma situação económica e social insustentável.
 

O presidente da GALP; Manuel Ferreira de Oliveira, desdobrou-se nas últimas semanas em declarações aos órgão de informação ( Expresso, Diário Económico, TVs) procurando branquear o comportamento da petrolífera aos olhos dos consumidores portugueses ("Não gosto que nos chamem ladrões" afirmou ele ao Expresso de 28 de Junho). Mas quem tenha prestado atenção a essas declarações rapidamente concluiu que muito ficou por explicar, nomeadamente por que razão os preços dos combustíveis em Portugal, sem impostos, continuam superiores à média comunitária e os elevadíssimos lucros extraordinários obtidos pelas petrolíferas resultantes do chamado "efeito stock", o qual tem como origem o aproveitamento, por estas empresas, da especulação a que está sujeito actualmente o petróleo. São estes aspectos, que o presidente da GALP fugiu a abordar e não esclareceu, que vamos analisar neste estudo utilizando apenas dados oficiais da Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia e da própria GALP.

OS PREÇOS EM PORTUGAL SEM IIMPOSTOS CONTINUAM SUPERIORES AOS PREÇOS MÉDIOS DA UNIÃO EUROPEIA

Os jornais portugueses divulgaram que os salários dos trabalhadores portugueses têm perdido poder de compra desde 2000, e que são os mais baixos (cerca de metade) dos da UE15. No entanto, em Junho de 2008, Portugal era um dos países dessa mesma UE15 onde os preços dos combustíveis, sem incluir impostos, eram dos mais elevados como mostra o quadro seguinte construído com dados da Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia.



Em Junho de 2008, o preço sem impostos em Portugal tanto da gasolina como do gasóleo era superior ao preço médio da UE15. Assim, em relação à gasolina era superior em 0,6% e, relativamente ao gasóleo o preço sem impostos em Portugal era superior ao preço médio da UE15 em 1,9%.

Mas se a comparação for feita por países as diferenças são muito maiores em relação a vários países. Em Junho de 2008, o preço da gasolina 95 sem impostos em Portugal era superior ao preço da Alemanha em 7,3%; ao da Áustria em 5,5%; ao da Finlândia em 1,4%; ao da França em 3,2%; ao da Irlanda em 16,9%; ao da Inglaterra em 5,9%; e ao preço da Suécia em 7,6%. Também em Junho de 2008, o preço do gasóleo sem impostos em Portugal era superior ao preço na Alemanha em 3,1%; na Áustria em 3,2%; na Finlândia em 7,5%; na França em 2%; na Irlanda em 21,1%; na Inglaterra em 7,3%; e ao preço da Suécia em 4,4%. E isto apesar dos salários em Portugal serem menos de metade dos desses países. E foi também isto que o presidente da GALP fugiu a explicar e responder, como já tinha acontecido com a AdC e com o governo .

O COMBUSTIVEL VENDIDO EM CADA DIA EM PORTUGAL É PRODUZIDO COM PETRÓLEO ADQUIRIDO DOIS MESES ANTES, O QUE GERA UM IMPORTANTE LUCRO EXTRAORDINÁRIO

Entre Dezembro de 2007 e Junho de 2008, o aumento dos preços dos combustíveis em Portugal variou entre 11,8% (gasolina), 21,1% (gasóleo rodoviário) e 31,5% (gasóleo colorido), como mostram os dados da Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia, constantes do quadro seguinte.






Entre 28/12/2007 e 27/06/2008, o preço da gasolina em Portugal aumentou 11,8%; o gasóleo rodoviário subiu 21,1%, o gasóleo colorido 31,5%, e o preço do gasóleo para aquecimento 30,7%.

Mas apesar dos preços dos combustíveis incorporarem a subida verificada no preço do barril de petróleo verificada até à semana anterior, no entanto devido ao sistema de fixação dos preços à saída da refinaria adoptada pelas petrolíferas portuguesas ( o preço à saída da refinaria não tem nada a ver com os custos suportados na sua refinação mais um margem de lucro, mas é o preço que vigorou no mercado de Roterdão na semana anterior); repetindo, apesar dos preços dos combustíveis vendidos em Portugal incorporarem a especulação do preço do barril do petróleo verificado no mercado internacional, no entanto esse combustível foi produzido com petróleo adquirido dois a dois meses e meio antes, portanto a um preço muito mais baixo. O quadro seguinte, construído com dados também da Direcção Geral de Energia, mostra o aumento de preços do petróleo consumido na produção dos combustíveis vendidos em Junho de 2008 em Portugal.



Os combustíveis vendidos em Junho de 2008 em Portugal foram obtidos com base na refinação de petróleo adquirido 2 a 2,5 meses antes, ou seja, em Abril de 2008. Entre Dezembro de 2007 e Abril de 2008, o preço do barril de petróleo aumentou, em euros, 10,8% como mostram os dados da Direcção Geral de Energia. Mas entre Dezembro de 2007 e Junho de 2008, o preço da gasolina vendida em Portugal aumentou 11,8%, e o preço do gasóleo rodoviário 21,1%. É evidente que esta situação, que resulta também da especulação do petróleo verificada no mercado internacional, determinou, para as petrolíferas portuguesas, um elevado lucro extraordinário, o chamado "efeito stock", que o presidente da GALP também não explicou nem abordou nas entrevistas que deu aos órgãos de comunicação social, como já tinha acontecido com a AdC e com o governo, embora sabendo que era um questão fundamental que interessava esclarecer, mas evidentemente não convinha.

EM APENAS QUATRO ANOS A GALP OBTEVE UM LUCRO EXTRAORDINÁRIO DE 1029 MILHÕES DE EUROS

Como referimos em artigo anterior, no 1º Trimestre de 2008, a GALP, só devido ao "efeito stock", o qual resulta do aproveitamento pelas petrolíferas da especulação que se verifica no mercado internacional do petróleo, obteve um lucro extraordinário que, segundo a própria GALP, atingiu 69 milhões de euros, o qual é superior em 228,6% ao obtido em idêntico período de 2007. Mas os lucros extraordinários obtidos pela GALP e por outras petrolíferas, devido ao "efeito stock", não se limitaram apenas ao 1º Trimestre de 2008, ou mesmo a 2007. O quadro seguinte, construído com dados dos relatórios e contas da própria GALP, mostra que no período 2004-2007, a GALP obteve elevados lucros extraordinários superiores 1000 milhões de euros devido precisamente ao "efeito stock".




Só no período 2004 a 2007, a GALP obteve um lucro extraordinário de 1.029 milhões de euros devido ao "efeito stock", ou seja, um lucro que resultou do facto de se verificar no mercado internacional de petróleo uma elevada especulação que esta petrolífera se aproveitou para vender aos portugueses os combustíveis mais caros embolsando, desta forma, elevadíssimos lucros que resultaram apenas dessa especulação. Se adicionarmos os lucros referentes ao 1º Trimestre de 2008 devido ao "efeito stock"– 69 milhões de euros – aos obtidos no período 2004-2007 obtêm-se 1.098 milhões de euros. É em relação a este lucro extraordinário que interessa adoptar rapidamente uma das duas medidas seguintes: ou obrigar as petrolíferas reduzir os preços dos combustíveis proibindo-as de tirar proveito da especulação que impera no mercado internacional do petróleo; ou então lançar um forte imposto, chame-se "taxa de Robin dos Bosques" ou tenha outra designação, para penalizar estes lucros que têm apenas como origem a especulação verificada no mercado internacional de petróleo, e que não resultam de qualquer esforço produtivo da empresa. As receitas assim obtidas poderiam ser aplicadas, por ex., no fornecimento de géneros e refeições a famílias que vivem em condições de vida difíceis utilizando para isso entidades como o "Banco alimentar" e outras similares, já que a pobreza, devido à escalada de preços, ao aumento de desemprego e à redução das remunerações e pensões reais, consequência também da subida dos preços dos combustíveis que está a determinar, de uma forma directa ou indirecta, o aumento dos preços de quase todos os bens e serviços; repetindo, já que a pobreza, como consequência de tudo isto, está a aumentar em Portugal. O futuro dirá aos portugueses se este governo vai mais uma vez ceder ao poder dos grandes grupos económicos adiando e não lançando qualquer imposto ou fixando apenas um imposto simbólico sem qualquer impacto, para depois o poder utilizar na sua propaganda.


06/Julho/2008
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #70 em: Julho 24, 2008, 12:45:17 pm »
coitadinhos....


Citar
23 Julho 2008 - 20h27

Efeito negativo de 56 milhões
Subida do preço do petróleo afecta GALP

O aumento do preço do petróleo teve uma repercussão negativa nas margens dos negócios de refinação e distribuição da Galp Energia estimada em 56 milhões de euros.


Desde o final de Junho do ano passado até final de Junho do ano corrente, verificou-se entre os dois semestres um aumento de 76,5 por cento.


Este valor diz respeito às estimativas de margens, preços, produção e outros indicadores operacionais e comerciais divulgados esta quarta-feira ao mercado pela Galp Energia. O seu efeito nos resultados líquidos só será visível quando a Galp revelar os resultados semestrais, previsto para o dia 06 de Agosto.


Segundo a empresa “no segundo trimestre de 2008, dada a subida acentuada dos preços dos produtos petrolíferos nos mercados internacionais, os resultados do segmento de refinação e distribuição foram negativamente afectados, ao nível da margem bruta, por um efeito de time lag (forma de passagem para o mercado nacional das variações nos mercados internacionais) de aproximadamente 50 milhões de euros”.


Deste modo, o melhor indicador em termos de crescimento é o da área de negócio do gás, com as vendas totais a subirem 9,1 por cento entre trimestres homólogos e 0,5 por cento entre o segundo e o primeiro trimestre deste ano.


http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 0000000011
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AC

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« Responder #71 em: Julho 24, 2008, 09:59:19 pm »
Citação de: "P44"
A GALP já obteve €1.098 milhões de lucros extraordinários só devido ao "efeito stock" resultante da especulação do petróleo


Tenho diversas críticas a esse texto..

No relatório de contas da GALP não aparece "Resultado Líquido" e "Resultado Líquido sem o "efeito stock".
O que aparece é "Resultado Líquido - IFRS" e "Resultado Líquido replacement cost ajustado".
O que o autor não explica nem justifica é como é que relaciona essas diferenças com "especulação do petróleo".

Igualmente, o argumento de que a GALP vende combustível produzido a partir de petróleo comprado dois meses antes e por isso está a ganhar dinheiro é ingénuo, para dizer o mínimo: esse "lucro" nunca é realizado porque a GALP está continuamente a comprar petróleo.
Ou dito de outra forma: a GALP já comprou, a preços de hoje, o petróleo daqui a 2 meses. Se entretanto o petróleo baixar 30USD, não há nada que a GALP possa fazer para recuperar a diferença.

Permitam-me opinar:
Os combústiveis em Portugal são caros, é um facto.
Contudo, sou da opinião que as pessoas gostam tanto de culpar a GALP para isso que olham para o sítio errado.

É popular pensar que a GALP e cª se aproveitam das subidas do preço para aumentar o lucro. Contudo, quando se olha para os relatórios da GALP, a correlação é má ou inexistente: as subidades de lucro da GALP são principalmente correlacionadas com aumentos no volume de negócios, as subidas de margem têm sido ligeiras.
2008 em particular tem-se caracterizado por uma descida substancial da margem e uma descida ligeira do volume na refinação e distribuição de combústiveis.
Igualmente se pode constatar nos relatórios da Autoridade de Concorrência que as subidas de preço em Portugal em 2008 estão em linha/abaixo da média europeia.

Outra ideia popular é de que a GALP tem o monopólio da refinação em Portugal e o transporte é caro.
Contudo, se observar-mos os relatórios da Autoridade de Concorrência, vemos que as variações regionais dos preços de combústivel em Portugal Continental pouco ultrapassam 1 cêntimo por litro. Se andarmos mais umas centenas de metros e atravessarmos a fronteira, o preço desce 10 cêntimos ou mais... Nada que impeça a Repsol de importar gasolina da Galiza ou a GALP de exportar gasolina para Espanha.

Na minha humilde opinião, o facto de os preços do combustível em Portugal serem tão elevados devem-se a duas coisas.
Primeiro, impostos. Isto não precisa de explicação.
Segundo, hábitos dos consumidores, uniformidade nos custos, e concorrência limitada na distribuição.

As petrolíferas têm uma margem limitada para entrar numa guerra de preços. Os 10€ a menos que postos de hipermercados oferecem implicam abdicar de toda a margem na distribuição e creio que comer alguma na refinação também.

Por muito que se queixem dos preços, há uma grande quantidade de consumidores não têm o hábito de se esforçar por procurar os postos mais baratos e que priveligia, inconscientemente, a conveniência e fidelidade à GALP. Há quem esteja preso ao esquema de descontos Continente/GALP. Há quem esteja preso ao hábito de não atestar o depósito mesmo quando sabe que da próxima vez que for abastecer, a gasolina já vai estar mais cara. A este segue-se normalmente a ideia que não vale a pena fazer mais 500 metros para ir ao posto mais barato. Há quem só se lembra de abastecer quando já está na reserva e acaba sempre por ir à primeira que aparece.
Cada um lá sabe de si, mas há imensas pessoas destas.

O resultado disto é simples: entrar numa guerra de preços com a GALP não é, por si, interessante. O que se ganha a menos por litro não é compensado pelos litros que se vende a mais.
É preciso também conseguir ofercer uma maior conveniência. O que significa, abrir mais postos de abastecimento. Mas abrir postos é um investimento dispendioso.

No entretanto, a GALP lá vai praticando os preços que bem entende e os outros seguem.

PS: Não percebo muito de contabilidade mas posso adiantar que IFRS é um conjunto de normas internacionais.
 

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« Responder #72 em: Julho 25, 2008, 08:34:05 am »
Citação de: "AC"
Por muito que se queixem dos preços, há uma grande quantidade de consumidores não têm o hábito de se esforçar por procurar os postos mais baratos e que priveligia, inconscientemente, a conveniência e fidelidade à GALP. Há quem esteja preso ao esquema de descontos Continente/GALP. Há quem esteja preso ao hábito de não atestar o depósito mesmo quando sabe que da próxima vez que for abastecer, a gasolina já vai estar mais cara. A este segue-se normalmente a ideia que não vale a pena fazer mais 500 metros para ir ao posto mais barato. Há quem só se lembra de abastecer quando já está na reserva e acaba sempre por ir à primeira que aparece.
Cada um lá sabe de si, mas há imensas pessoas destas.


quanto a mim este é realmente o maior problema.

O Português é comodista por natureza e incapaz de lutar para defender os seus direitos.
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André

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« Responder #73 em: Agosto 09, 2008, 12:25:31 am »
Galp anuncia descoberta de nova jazida perto de Tupi

O consórcio formado pela Petrobras, pela BG Group e pela Galp Energia, para a exploração do bloco BM-S-11, em águas ultra profundas da Bacia de Santos, «comprovou a ocorrência de mais uma jazida de petróleo leve» nos reservatórios do pré-sal, perto do poço Tupi.

De acordo com um comunicado da Galp, publicado através da CMVM, o novo poço de exploração, denominado 1-BRSA-618-RJS (1-RJS-656), obteve a designação «Iara» e localiza-se cerca de 230 km a litoral da cidade do Rio de Janeiro.

A informação da petrolífera não quantifica estimativas associadas à jazida, uma vez que o poço «encontra-se ainda em perfuração, na busca de objectivos mais profundos».

Esta descoberta, comprovada através da análise de amostras de petróleo leve por teste a cabo, em reservatórios localizados a cerca de 5.600 metros de profundidade, foi comunicada à ANP nesta data.

A Galp Energia tem uma participação de 10% no consórcio que explora o BM-S-11, cabendo 65% à Petrobras (operadora) e 25% à BG Group.

Nesta mesma bacia, de grande potencial exploratório, a Galp Energia detém ainda participações noutros três blocos: BM-S-8 (14%), BM-S-21 (20%) e BM-S-24 (20%).

Lusa

 

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André

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« Responder #74 em: Setembro 11, 2008, 11:30:53 pm »
Galp faz nova descoberta relevante de petróleo no Brasil

O consórcio participado pela Galp comprovou que o poço "Iara", vizinho do "Tupi" (ambos no pré-sal da Bacia de Santos), detém um reservatório de petróleo recuperável de até 4 mil milhões de barris, uma estimativa que se revela melhor do que as expectativas iniciais, refere um comunicado da petrolífera distribuído ao mercado.

O consórcio formado pela Petrobras, pela BG Group e pela Galp Energia, para a exploração do bloco BM-S-11, em águas ultra profundas da Bacia de Santos, concluiu a perfuração do poço "Iara" e comprovou a «descoberta relevante de petróleo» nos reservatórios do pré-sal.

A estimativa de «volume recuperável desta descoberta é de 3 a 4 mil milhões de barris de petróleo e gás natural», precisa a informação enviada à CMVM na quarta-feira à noite.

O poço de exploração denominado "Iara", localiza-se na área a norte do "Tupi", a cerca de 230 km do litoral da cidade do Rio de Janeiro, em lâmina de água de 2.230 metros. «A profundidade final atingida foi de 6.080 metros», acrescenta a nota da petrolífera portuguesa.

Uma primeira descoberta anunciada em meados de 2006 (no poço Tupi) identificou reservas de 5 a 8 mil milhões de barris.

A Galp Energia tem uma participação de 10% no consórcio que explora o BM-S-11, cabendo 65% à Petrobras (operadora) e 25% à BG Group.

Nesta mesma bacia, de grande potencial exploratório, a Galp Energia detém ainda participações noutros três blocos: BM-S-8 (14%), BM-S-21 (20%) e BM-S-24 (20%).

Lusa