Economia nacional

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Re: Economia nacional
« Responder #285 em: Julho 25, 2020, 11:24:22 pm »
Sim, mas impacto ambiental é 100% garantido que vai acontecer e é incontornável. Ou seja, é um facto. O risco dos acidentes é uma questão de "probabilidades" não uma garantia de que vai acontecer. E ambos sabemos que estes meninos, têm muito jogo de cintura, portanto se ignoram algo que tem 100% de garantia de acontecer, não vão ignorar algo cuja % é menor? Creio que não.

O que quero dizer é, se a construção do aeroporto não esbarrar nas questões ambientais, muito facilmente eles olham para essa questão da segurança dos voos e pensam "bem, já que o impacto ambiental é inevitável, exterminamos as aves da zona para solucionar o outro problema". Este tipo de prática foi e é feito noutros países. Na lógica deles, seria "salvamos pessoas em detrimento das aves", e para mim não é solução.
Seria o mesmo que evitar a ocorrência de fogos florestais, através de um processo de desflorestação.
 

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Re: Economia nacional
« Responder #286 em: Julho 31, 2020, 09:48:06 am »
PIB português com quebra histórica de 16,5% no 2º trimestre



O 2º trimestre corresponde ao período do estado de emergência, quando as medidas de confinamento para evitar a propagação da covid-19 foram mais rígidas.

“Refletindo o impacto económico da pandemia, o Produto Interno Bruto (PIB) registou uma forte contração em termos reais no 2º trimestre de 2020, tendo diminuído 16,5% em termos homólogos, após a redução de 2,3% no trimestre anterior. Este resultado é explicado em larga medida pelo contributo negativo da procura interna para a variação homóloga do PIB, que foi consideravelmente mais negativo que o observado no trimestre anterior, refletindo a expressiva contração do consumo privado e do investimento”, destaca o INE.

O instituto acrescenta: “O contributo negativo da procura externa líquida também se acentuou no 2º trimestre, traduzindo a diminuição mais significativa das Exportações de Bens e Serviços que a observada nas Importações de Bens e Serviços devido em grande medida à quase interrupção do turismo de não residentes”. Comparativamente com o primeiro trimestre, o PIB diminuiu 14,1% em termos reais. “Este resultado é também explicado, em larga medida, pelo contributo negativo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, verificando-se também um maior contributo negativo da procura externa líquida”, salienta o INE. Os dados do INE vêm confirmar as previsões de verão da Comissão Europeia, que apontavam para uma contração em cadeia da economia nacional de 14,1% no segundo trimestre, contra a queda de 13,6% da zona euro.

Recorde-se que são já conhecidos os dados do produto interno bruto de várias economias europeias e dos EUA. O PIB alemão contraiu 10,1% no segundo trimestre, a queda mais acentuada desde que há registo, enquanto França registou uma queda histórica de 13,8%, mesmo assim menos negativa do que os 17% que eram esperados pelos analistas e pelo próprio Instituto Nacional de Estatística francês.

Já os efeitos do coronavírus na economia espanhola foram mais negativos do que o esperado, com produto interno bruto em Espanha a cair 18,5% no segundo trimestre, a maior queda de sempre. Dos Estados Unidos as notícias também não foram animadoras, o PIB caiu 32,9% a um ritmo anual, e 9,5% na variação em cadeia, ou seja, versus o trimestre anterior que, no caso americano, fora já negativo, com um recuo de 5%.

Em Portugal, a contração em cadeia do PIB no primeiro trimestre foi de 3,8% (menos 2,3% face ao período homólogo). Recorde-se que Bruxelas estima uma quebra de 9,8% do PIB nacional em 2020, bem acima das previsões do Governo que se ficam pelos 6,9%.

A nível global, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia mundial poderá cair 4,9% este ano, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.

https://www.dinheirovivo.pt/economia/pib-portugues-quebra-historica-165-no-2o-trimestre/

Péssimas notícias, apesar de esperadas e ainda não acabou, quando terminar o layoff as notícias podem ser piores e definitivas!
 
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Re: Economia nacional
« Responder #287 em: Julho 31, 2020, 10:00:27 am »
PIB português com quebra histórica de 16,5% no 2º trimestre



O 2º trimestre corresponde ao período do estado de emergência, quando as medidas de confinamento para evitar a propagação da covid-19 foram mais rígidas.

“Refletindo o impacto económico da pandemia, o Produto Interno Bruto (PIB) registou uma forte contração em termos reais no 2º trimestre de 2020, tendo diminuído 16,5% em termos homólogos, após a redução de 2,3% no trimestre anterior. Este resultado é explicado em larga medida pelo contributo negativo da procura interna para a variação homóloga do PIB, que foi consideravelmente mais negativo que o observado no trimestre anterior, refletindo a expressiva contração do consumo privado e do investimento”, destaca o INE.

O instituto acrescenta: “O contributo negativo da procura externa líquida também se acentuou no 2º trimestre, traduzindo a diminuição mais significativa das Exportações de Bens e Serviços que a observada nas Importações de Bens e Serviços devido em grande medida à quase interrupção do turismo de não residentes”. Comparativamente com o primeiro trimestre, o PIB diminuiu 14,1% em termos reais. “Este resultado é também explicado, em larga medida, pelo contributo negativo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, verificando-se também um maior contributo negativo da procura externa líquida”, salienta o INE. Os dados do INE vêm confirmar as previsões de verão da Comissão Europeia, que apontavam para uma contração em cadeia da economia nacional de 14,1% no segundo trimestre, contra a queda de 13,6% da zona euro.

Recorde-se que são já conhecidos os dados do produto interno bruto de várias economias europeias e dos EUA. O PIB alemão contraiu 10,1% no segundo trimestre, a queda mais acentuada desde que há registo, enquanto França registou uma queda histórica de 13,8%, mesmo assim menos negativa do que os 17% que eram esperados pelos analistas e pelo próprio Instituto Nacional de Estatística francês.

Já os efeitos do coronavírus na economia espanhola foram mais negativos do que o esperado, com produto interno bruto em Espanha a cair 18,5% no segundo trimestre, a maior queda de sempre. Dos Estados Unidos as notícias também não foram animadoras, o PIB caiu 32,9% a um ritmo anual, e 9,5% na variação em cadeia, ou seja, versus o trimestre anterior que, no caso americano, fora já negativo, com um recuo de 5%.

Em Portugal, a contração em cadeia do PIB no primeiro trimestre foi de 3,8% (menos 2,3% face ao período homólogo). Recorde-se que Bruxelas estima uma quebra de 9,8% do PIB nacional em 2020, bem acima das previsões do Governo que se ficam pelos 6,9%.

A nível global, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia mundial poderá cair 4,9% este ano, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.

https://www.dinheirovivo.pt/economia/pib-portugues-quebra-historica-165-no-2o-trimestre/

Péssimas notícias, apesar de esperadas e ainda não acabou, quando terminar o layoff as notícias podem ser piores e definitivas!

para mim, e já o escrevi aqui neste forum, o PIB de 2020, irá decrescer entre os 10 e os 12%, mas isto sou eu, que não pesco nada disto e não sou aldrabão !

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: Economia nacional
« Responder #288 em: Julho 31, 2020, 10:28:41 am »
https://eco.sapo.pt/2020/07/31/economia-afunda-165-no-segundo-trimestre-a-maior-queda-de-sempre/

Economia afunda 16,5% no segundo trimestre, a maior queda de sempre
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Economia nacional
« Responder #289 em: Julho 31, 2020, 12:18:52 pm »

para mim, e já o escrevi aqui neste forum, o PIB de 2020, irá decrescer entre os 10 e os 12%, mas isto sou eu, que não pesco nada disto e não sou aldrabão !

Abraços

Também tenho poucas dúvidas de que a queda do PIB vai ser de 2 dígitos. Há muitas empresas que assim que terminaram as ajudas do Estado, abrem falência. Não aguentam manter custos e facturarem muito menos.

Basta imaginar o sector do turismo, que representa mais de 10% do PIB nacional, que vai ter uma quebra brutal e na melhor das hipóteses só recupera em 2021 e mesmo assim vamos ver como vai correr o ano!!!!!!
 

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Re: Economia nacional
« Responder #290 em: Julho 31, 2020, 04:00:50 pm »
Esta pandemia devia ter sido atacada a sério, "a chinesa" , durante uns dois meses, e não neste chove não molha para não ofender os coninh@s de sabão, que vai sair muito mais caro!
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Re: Economia nacional
« Responder #291 em: Julho 31, 2020, 04:04:23 pm »
As quebras mais acentuadas do PIB na UE (e qual o lugar de Portugal)
Os dados disponibilizados pelo Eurostat, esta sexta-feira, revelam que variações homólogas superiores à de Portugal só se verificam em Espanha (-22,1%), França (-19%) e Itália (-17,3%).

https://www.noticiasaominuto.com/economia/1554518/o-pais-da-ue-com-a-quebra-mais-acentuada-do-pib-e-onde-fica-portugal
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Re: Economia nacional
« Responder #292 em: Julho 31, 2020, 05:09:25 pm »
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Re: Economia nacional
« Responder #293 em: Agosto 02, 2020, 02:37:09 pm »
Encontrei estes dados muito interessantes do valor do PIB em termos reais dos últimos 25 anos de alguns paises europeus, Portugal incluido.



Growth in real terms over the last 25 years (roughly)

UK + 62%
Spain +60%
France + 40%
Germany 37%
Portugal 37%
Greece + 21%
....
Italy + 8%

A Itália está quase com o mesmo nível de 1995, é evidente que a descida vai atenuar no próximo trimestre, mas o futuro é uma incógnita. Apertem os cintos meus amigos!
« Última modificação: Agosto 02, 2020, 02:41:59 pm por Lusitaniae »
Abbati, medico, potronoque intima pande
 

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Re: Economia nacional
« Responder #295 em: Agosto 05, 2020, 09:12:02 pm »

para mim, e já o escrevi aqui neste forum, o PIB de 2020, irá decrescer entre os 10 e os 12%, mas isto sou eu, que não pesco nada disto e não sou aldrabão !

Abraços

Também tenho poucas dúvidas de que a queda do PIB vai ser de 2 dígitos. Há muitas empresas que assim que terminaram as ajudas do Estado, abrem falência. Não aguentam manter custos e facturarem muito menos.

Basta imaginar o sector do turismo, que representa mais de 10% do PIB nacional, que vai ter uma quebra brutal e na melhor das hipóteses só recupera em 2021 e mesmo assim vamos ver como vai correr o ano!!!!!!

Alguem que explique ao governo que 10% de queda do PIB sao mais de 20 mil milhoes num só ano, que nao serao recuperaveis no ano seguinte; porque eu apenas os vejo a fazer contas em como gastar os 15 mil milhoes a receber durante 5 anos  :bang:

A partir de 2015 a palavra cativaçoes passou a ser sinónimo de austeridade, qual será o novo sinonimo que o Antonio Costa vai inventar até ao final do mandato?
 
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Re: Economia nacional
« Responder #296 em: Agosto 16, 2020, 04:23:06 pm »
Falta de pagamento de milhões de apólices pode obrigar a ajustamentos na moratória dos seguros

Os números são avassaladores. Em apenas um mês e meio, não foram pagas, no prazo fixado, mais de 3,3 milhões de apólices de seguros obrigatórios. Regulador dos seguros defende prolongamento do regime excepcional e o Governo admite essa possibilidade.

Os primeiros números relativos à aplicação do regime excepcional e temporário relativo aos contratos de seguro, a chamada moratória dos seguros, criada pelo Decreto-Lei n.º 20-F/2020, de 12 de Maio, mostram que entre 13 de Maio e 30 de Junho os portugueses falharam o pagamento de pelo menos 3,3 milhões de seguros obrigatórios (como o de responsabilidade civil automóvel ou de protecção contra incêndio ou outros danos). No mesmo período, os tomadores de seguros (particulares e empresariais) e as ... (quem tiver assinatura do público, consegue ver a totalidade do artigo).

https://www.publico.pt/2020/08/16/economia/noticia/falta-pagamento-milhoes-apolices-obrigar-ajustamentos-moratoria-seguros-1928190

Consequências directas e indirectas do COVID-19no nosso bolso!!!!!
 

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Re: Economia nacional
« Responder #297 em: Agosto 16, 2020, 07:28:27 pm »
E ainda a procissão vai no adro...
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Re: Economia nacional
« Responder #298 em: Agosto 22, 2020, 03:22:47 pm »
Teletrabalho: Há empresas a “espiar” os trabalhadores em Portugal

É verdade que o Teletrabalho não é propriamente uma nova forma de trabalhar. No entanto, com a pandemia por COVID-19, os portugueses viram-se obrigados a trabalhar a partir de casa recorrendo às novas tecnologias.

No entanto, há informações que em Portugal os patrões estar a vigiar os seus funcionários.



Afinal o que é o teletrabalho?

O teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho à distância consiste numa prática de trabalho efetuada à distância, por exemplo, a partir de casa, a qual é executada autonomamente, com o recurso ferramentas digitais de comunicação e de colaboração entre as entidades envolvidas (empresas, colaboradores e clientes).

Nos dias de hoje, existem centenas de ferramentas à sua disposição que permitem: comunicar e gerir equipas, realizar e agendar reuniões com colaboradores ou clientes, ensinar à distância, partilhar e criar documentos colaborativos, etc. Existem soluções muito diferenciadas, o difícil mesmo será optar pelas mais adequadas à sua realidade, pois escolha não falta de todo! Assim sendo, criámos uma lista com algumas das ferramentas que poderão ser úteis para dar início ao teletrabalho e manter a sua equipa 100% funcional.



De acordo com o semanário Expresso, há empresas portuguesas a espiar os trabalhadores à distância. Tal ação é ilegal no nosso país, mas mesmo assim os patrões insistem em controlar os seus funcionários. Segundo o semanário Expresso, para a “espiar” os seus funcionários têm sido usadas algumas das seguintes apps:

    TimeDoctor
    Hubstaff
    Timing
    ManicTime
    ActivTrak
    Teramind
    WorkExaminer
    Sapience
    OccupEye
    Softwatch
    Toggl
    Harvest

Na maioria das vezes, os funcionários nem sequer sabem que estão a ser “espiados”. As empresas que detêm este software confirmam também que há um crescente número de portugueses nas bases de dados de registo.

https://pplware.sapo.pt/informacao/teletrabalho-ha-empresas-a-espiar-os-trabalhadores-em-portugal/
 

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Daniel

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Re: Economia nacional
« Responder #299 em: Setembro 15, 2020, 01:02:25 pm »
"Vamos piorar antes de começar a melhorar". António Costa Silva apresenta plano estratégico para a recuperação económica
https://24.sapo.pt/economia/artigos/vamos-piorar-antes-de-comecar-a-melhorar-antonio-costa-silva-apresenta-plano-estrategico-para-a-recuperacao-economica-acompanhe-aqui
Citar
O gestor e consultor do Governo António Costa Silva disse hoje que a recuperação da economia "vai ser lenta" e que a situação do país devido à pandemia de covid-19 "ainda vai piorar antes de começar a melhorar".

Costa Silva falava Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, durante a sessão de balanço da consulta pública da "Visão Estratégica para o Plano de Recuperação 2020/2030", documento feito a pedido do Governo, com as prioridades para a saída da crise.

"Todos os nossos problemas e constrangimentos vêm ao de cima nesta crise: as empresas descapitalizadas, a dívida pública muito elevada que por si só é inibidora do crescimento, as limitações da nossa estrutura produtiva, o declínio do investimeto, a baixa produtividade e portanto é muito importante enfrentar a crise em todas essas perspetivas e ter em atenção que a recuperação vai ser lenta", defendeu o professor universitário.

"Nós vamos entrar ainda em decrescimento antes de haver crescimento, vamos piorar antes de começar a melhorar", sublinhou Costa Silva defendendo que o país precisa de usar "todos os seu trunfos", para preservar a sua capacidade produtiva.

"Não vamos ter ilusões, nós vamos ter empresas que não vão aguentar no decurso desta pandemia", reforçou o gestor.

Segundo disse, a crise pandémica "está na ponta do icebergue", mas em baixo está a crise ambiental e climática "gravíssima".
O documento inicial, designado “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação 2020/2030”, foi apresentado no dia 21 de julho e esteve em consulta pública no mês de agosto, recebendo 1.153 propostas de contributo, considerando Costa Silva que esta foi "uma contribuição extraordinária".
Os 1.153 contributos, de cidadãos e instituições, levaram à adenda do plano inicial em alguns temas, como a eficiência energética ou turismo.

Com base nas contribuições que a Visão Estratégica recebeu, foram feitas adendas ao documento inicial no "Cluster da petroquímica, química industrial e refinação", na "Eficiência energética", na “Mineração do mar profundo”, no "Comércio e serviços", "Turismo" e nas "Centrais de biomassa".


"É escusado pensarmos agarrados a muitos dos paradigmas e a ideias feitas do passado, e todos ouvimos neste país as campanhas pelo Estado mínimo, pelo desmantelamento dos serviços públicos, pela privatização cega dos serviços públicos, e ainda bem que esse modelo não vingou", sublinhou o professor universitário.

"Quando há uma epidemia como esta, não é o mercado que nos vai salvar, é o Estado, os serviços públicos é o Serviço Nacional de Saúde, e eu espero que haja a humildade de assumir esta derrota histórica que a realidade impôs a ideias ultraliberais", defendeu Costa Silva.

Para o gestor, este é um debate que vai ser travado agora, sublinhando que "a esmagadora maioria do povo português percebe" a importância dos serviços públicos e o investimento que é preciso fazer "em toda a galáxia" dos serviços do Estado.

A Administração Pública foi, aliás, uma das áreas que recebeu mais contributos durante o período de discussão pública do plano de Costa Silva que decorreu em agosto.

"Nós temos uma Administração Pública muito orientada para a emissão de pareceres e pouco orientada para a resolução dos problemas, temos de mudar essa cultura", defendeu Costa Silva.

Segundo o executivo socialista, com a conclusão da “Visão Estratégica”, o Governo aprova já na quinta-feira, em Conselho de Ministros, a primeira versão do Plano de Recuperação e Resiliência, instrumento do Governo que já terá tradução na proposta de Orçamento do Estado para 2021, que será entregue em 12 de outubro na Assembleia da República.

Ainda em termos de calendário político, o primeiro-ministro vai reunir-se com os partidos e com os parceiros sociais nos próximos dias 21 e 22 sobre o Plano de Resiliência e o Quadro Financeira Plurianual 2021/2027.

Depois, também na sequência de uma sua iniciativa política, António Costa discutirá o futuro Plano de Recuperação e Resiliência no dia 23 deste mês na Assembleia da República, durante um debate temático. O Programa de Recuperação e Resiliência será em seguida apresentado publicamente em 14 de outubro, na véspera de o documento ser entregue à Comissão Europeia.