Economia nacional

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Re: Economia nacional
« Responder #225 em: Julho 01, 2020, 11:16:39 pm »
Espectáculo de notícia .

https://expresso.pt/economia/2020-07-01-Taxa-de-desemprego-continua-a-descer-em-Portugal.-Onde-estao-os-desempregados

Abraços

É um uma táctica de alisamento (aldrabar) dos valores. O PSD não reclama porque fazia igual!
Portugal perde 105 000 trabalhadores activos só num mês e...... o desemprego diminui, maravilhoso!?!?!? Para onde foram? Para uma rubrica separada chamados inactivos (inactivos são considerados os desempregados que não procuram activamente emprego........ que foi precisamente isso que fizeram os desempregados, porque estavam confinados em casa!!!!!!).

Ironia, os inactivos já ultrapassam os 14%!!!!!!!

Até nos números mentem-nos!!!!!!!!

https://expresso.pt/economia/2020-07-01-Taxa-de-desemprego-continua-a-descer-em-Portugal.-Onde-estao-os-desempregados-
https://observador.pt/2020/06/03/aumento-do-numero-de-inativos-oculta-o-verdadeiro-impacto-do-desemprego-taxa-podera-estar-nos-8/
 
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Re: Economia nacional
« Responder #226 em: Julho 02, 2020, 06:51:16 pm »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: Economia nacional
« Responder #227 em: Julho 02, 2020, 07:22:42 pm »
Efacec nacionalizada....


https://eco.sapo.pt/2020/07/02/governo-avanca-com-a-nacionalizacao-da-efacec/

Esta sim, ao contrário da TAP, é uma boa notícia.
A EFACEC é uma excelente empresa, que dá cartas em vários sectores eléctricos, inclusive na rede de carregadores eléctricos de carros, transformadores de grandes dimensões, etc.
Esta, também ao contrário da TAP, não está falida, o que aconteceu, por nossa culpa, ao congelarem as contas da Isabelinha, deixaram a EFACEC em apuros com muitas restrições bancárias e que podiam levar uma empresa viável à falência.

Quando o Estado quiser voltar a vender esta empresa (o próprio decreto de nacionalização refere que é temporário até encontrar compradores), vai ter muitas empresas interessadas (eu por mim ficava com a EFACEC e tentava a REN e desfazia-me da TAP, mas isto sou eu).

Resta apenas um problema, a Isabelinha vai exigir muito dinheiro por esta nacionalização (200 milhões de euros, talvez? Provavelmente vai parar a tribunal o caso), mas sempre fica muito mais barata que a TAP e tem 1/4  do pessoal e factura 500 milhões por ano!
Assim que o estado se livrar da Isabelinha, a empresa vale seguramente mais do que os 200 milhões. Mas também é verdade que ao salvar a empresa do arresto e penhoras lançadas à isabelinha, está a aumentar um valor da empresa que vai ter de pagar por ele no futuro!

O Estado está a comportar-se como o Zé que ganhou o euromilhões e toca da gastar dinheiro!!!!!
« Última modificação: Julho 02, 2020, 07:25:21 pm por Viajante »
 

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Daniel

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Re: Economia nacional
« Responder #228 em: Julho 03, 2020, 10:28:36 am »
40% dos restaurantes em risco de falência devido à pandemia da Covid-19
https://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/40-dos-restaurantes-em-risco-de-falencia-devido-a-pandemia-da-covid-19?ref=HP_OutrasNoticias3

Citar
100 mil empregos ameaçados. Dificuldades em pagar ao pessoal, energia e fornecedores serão sentidas já em julho.

O descalabro na economia vai começar, com milhares de desempregados miséria e fome, semearam ventos, agora colham as tempestades, viva a CHINA.
 

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Re: Economia nacional
« Responder #229 em: Julho 03, 2020, 11:12:40 am »
Ó sr ministro há uns anos atrás os discursos sobre a situação e injecção de capital em alguns bancos foram exactamente os mesmos e deu no que deu
Não faça de nós parvos.

https://eco.sapo.pt/2020/07/02/reforco-na-tap-tera-efeito-marginal-na-divida-do-estado/

Abraços
« Última modificação: Julho 05, 2020, 06:21:51 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: Economia nacional
« Responder #230 em: Julho 05, 2020, 06:20:34 am »
Tal e qual, esta Sra sabe o que diz.
Mas como temos gente muito competente a gerir o País....., primeiro dao-se à TAP, 1200 milhões depois vai-se ver, a situação financeira da companhia.
Faz lembrar os 850 milhões que foram para o novo banco, sem a necessaria auditoria.
Se o dinheiro fosse dos ditos responsaveis de certeza que não o lá meteriam, sem as necessarias cautelas, mas como é nosso ....... :N-icon-Axe:

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/nazare-da-costa-cabral-deve-haver-uma-avaliacao-a-tap

Abraços
« Última modificação: Julho 05, 2020, 06:23:42 am por tenente »
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Re: Economia nacional
« Responder #231 em: Julho 06, 2020, 09:16:06 am »
Empresas espanholas asseguraram 70% do mercado das obras públicas em Portugal
https://eco.sapo.pt/2020/07/06/empresas-espanholas-asseguraram-70-do-mercado-das-obras-publicas-em-portugal/
Citar
No último ano e meio, foram adjudicados 1.431 milhões de euros em obras públicas em Portugal no último ano e meio, sendo que apenas 444,8 milhões foram para empresas de construção nacionais. As empresas portuguesas asseguraram pouco mais de 30% das obras públicas lançadas no último ano, revela uma análise ao Portal Base, às obras públicas acima de sete milhões de euros. De acordo com o estudo citado pelo Público (acesso condicionado) nesta segunda-feira, foram adjudicados 1.431 milhões de euros no último ano e meio, sendo que apenas 444,8 milhões foram para empresas nacionais.As empresas estrangeiras — sobretudo “armada espanhola” como é chamada no setor, constituída pelas cinco maiores empresas com a atuação em Portugal (FCC, Ferrovial, Dragados, Sacyr , Acciona) — já ganharam contratos de mil milhões de euros em Portugal.

O desequilíbrio em desfavor das empresas de construção nacionais é avançado um dia antes de o Parlamento levar a discussão, nesta terça-feira, alterações ao código dos contratos públicos por proposta do Governo. O objetivo será eliminar os preços anormalmente baixos que surgem em algumas propostas, assim como evitar que outros concursos fiquem desertos, porque os preços de referência com que são lançados estão desajustados da realidade.

É só continuar assim vamos no bom caminho  :bang:
 

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Re: Economia nacional
« Responder #232 em: Julho 07, 2020, 10:07:59 am »


Bruxelas prevê que economia portuguesa afunde quase 10% este ano. Foi a maior revisão em baixa na UE

As previsões da Comissão Europeia para a economia portuguesa são bastante mais pessimistas que as do Governo, que apontam para uma quebra de apenas 6,9%. Bruxelas prevê uma contração de 9,8%.

https://eco.sapo.pt/2020/07/07/bruxelas-preve-que-economia-portuguesa-afunde-quase-10-este-ano-foi-a-maior-revisao-em-baixa-na-ue/
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Re: Economia nacional
« Responder #233 em: Julho 07, 2020, 12:56:28 pm »
Empresas espanholas asseguraram 70% do mercado das obras públicas em Portugal
https://eco.sapo.pt/2020/07/06/empresas-espanholas-asseguraram-70-do-mercado-das-obras-publicas-em-portugal/
Citar
No último ano e meio, foram adjudicados 1.431 milhões de euros em obras públicas em Portugal no último ano e meio, sendo que apenas 444,8 milhões foram para empresas de construção nacionais. As empresas portuguesas asseguraram pouco mais de 30% das obras públicas lançadas no último ano, revela uma análise ao Portal Base, às obras públicas acima de sete milhões de euros. De acordo com o estudo citado pelo Público (acesso condicionado) nesta segunda-feira, foram adjudicados 1.431 milhões de euros no último ano e meio, sendo que apenas 444,8 milhões foram para empresas nacionais.As empresas estrangeiras — sobretudo “armada espanhola” como é chamada no setor, constituída pelas cinco maiores empresas com a atuação em Portugal (FCC, Ferrovial, Dragados, Sacyr , Acciona) — já ganharam contratos de mil milhões de euros em Portugal.

O desequilíbrio em desfavor das empresas de construção nacionais é avançado um dia antes de o Parlamento levar a discussão, nesta terça-feira, alterações ao código dos contratos públicos por proposta do Governo. O objetivo será eliminar os preços anormalmente baixos que surgem em algumas propostas, assim como evitar que outros concursos fiquem desertos, porque os preços de referência com que são lançados estão desajustados da realidade.

É só continuar assim vamos no bom caminho  :bang:

Pois... então pergunto eu, quais são as empresas portuguesas que ainda subsistem, com arcaboiço para obras da envergadura de um terminal de Sines, por exemplo?
Mesmo que essas empresas existissem onde está, ou melhor ainda, em que mãos está a banca nacional capacitada para dar o respectivo suporte financeiro a essas empresas?
Não queriam livre mercado sem interferência estatal, excepto quando é para salvar os negocios dos "tubarões" que aí já é bem vinda, pois aí está o resultado. Num país com capacidades incipientes, ter a economia atirada assim para dentro de uma UE, foi suicídio para a capacidade industrial pesada ou para as empresas de excelência dos diversos sectores. Andamos a criar belos "leitões" com os dinheiros do Estado para depois serem dados (privatizados) a "amigos" e devoradas pelos "lobos".
Conversa esta tida neste mesmo fórum vai à mais de 14 anos em que o destino das empresas de bandeira portuguesa foi "adivinhado" ao pormenor e sem recorrer à Maya e suas cartas. Mas eu sou "comuna" por isso não te acredites em mim. 

Bruxelas prevê que economia portuguesa afunde quase 10% este ano. Foi a maior revisão em baixa na UE

As previsões da Comissão Europeia para a economia portuguesa são bastante mais pessimistas que as do Governo, que apontam para uma quebra de apenas 6,9%. Bruxelas prevê uma contração de 9,8%.

https://eco.sapo.pt/2020/07/07/bruxelas-preve-que-economia-portuguesa-afunde-quase-10-este-ano-foi-a-maior-revisao-em-baixa-na-ue/

A economia mundial foi pelo esgoto, ponto. Estava suspensa em coisas tão solidas como "fé", "indices de confiança" e a subir, desde a queda de 2008, com base em injecções de dinheiro que não existe, não tem como existir e, a vir à existência através de mecanismos de divida exponencial, é matematicamente impossível de alguma vez vir a ser pago, a não ser que as leis da quântica passem a ser aplicadas e 2+2 serem 5 ou 3 ou 1 e a conta estar certa.
Portugal, tal como todas as economias periféricas, está quinado, mas onde o choque vai ser brutal é nas economias cujos cidadãos estavam habituados a outros níveis de vida e bem estar.
 
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Re: Economia nacional
« Responder #234 em: Julho 07, 2020, 03:51:17 pm »
Empresas espanholas asseguraram 70% do mercado das obras públicas em Portugal
https://eco.sapo.pt/2020/07/06/empresas-espanholas-asseguraram-70-do-mercado-das-obras-publicas-em-portugal/
Citar
No último ano e meio, foram adjudicados 1.431 milhões de euros em obras públicas em Portugal no último ano e meio, sendo que apenas 444,8 milhões foram para empresas de construção nacionais. As empresas portuguesas asseguraram pouco mais de 30% das obras públicas lançadas no último ano, revela uma análise ao Portal Base, às obras públicas acima de sete milhões de euros. De acordo com o estudo citado pelo Público (acesso condicionado) nesta segunda-feira, foram adjudicados 1.431 milhões de euros no último ano e meio, sendo que apenas 444,8 milhões foram para empresas nacionais.As empresas estrangeiras — sobretudo “armada espanhola” como é chamada no setor, constituída pelas cinco maiores empresas com a atuação em Portugal (FCC, Ferrovial, Dragados, Sacyr , Acciona) — já ganharam contratos de mil milhões de euros em Portugal.

O desequilíbrio em desfavor das empresas de construção nacionais é avançado um dia antes de o Parlamento levar a discussão, nesta terça-feira, alterações ao código dos contratos públicos por proposta do Governo. O objetivo será eliminar os preços anormalmente baixos que surgem em algumas propostas, assim como evitar que outros concursos fiquem desertos, porque os preços de referência com que são lançados estão desajustados da realidade.

É só continuar assim vamos no bom caminho  :bang:

Pois... então pergunto eu, quais são as empresas portuguesas que ainda subsistem, com arcaboiço para obras da envergadura de um terminal de Sines, por exemplo?
Mesmo que essas empresas existissem onde está, ou melhor ainda, em que mãos está a banca nacional capacitada para dar o respectivo suporte financeiro a essas empresas?
Não queriam livre mercado sem interferência estatal, excepto quando é para salvar os negocios dos "tubarões" que aí já é bem vinda, pois aí está o resultado. Num país com capacidades incipientes, ter a economia atirada assim para dentro de uma UE, foi suicídio para a capacidade industrial pesada ou para as empresas de excelência dos diversos sectores. Andamos a criar belos "leitões" com os dinheiros do Estado para depois serem dados (privatizados) a "amigos" e devoradas pelos "lobos".
Conversa esta tida neste mesmo fórum vai à mais de 14 anos em que o destino das empresas de bandeira portuguesa foi "adivinhado" ao pormenor e sem recorrer à Maya e suas cartas. Mas eu sou "comuna" por isso não te acredites em mim. 

Bruxelas prevê que economia portuguesa afunde quase 10% este ano. Foi a maior revisão em baixa na UE

As previsões da Comissão Europeia para a economia portuguesa são bastante mais pessimistas que as do Governo, que apontam para uma quebra de apenas 6,9%. Bruxelas prevê uma contração de 9,8%.

https://eco.sapo.pt/2020/07/07/bruxelas-preve-que-economia-portuguesa-afunde-quase-10-este-ano-foi-a-maior-revisao-em-baixa-na-ue/

A economia mundial foi pelo esgoto, ponto. Estava suspensa em coisas tão solidas como "fé", "indices de confiança" e a subir, desde a queda de 2008, com base em injecções de dinheiro que não existe, não tem como existir e, a vir à existência através de mecanismos de divida exponencial, é matematicamente impossível de alguma vez vir a ser pago, a não ser que as leis da quântica passem a ser aplicadas e 2+2 serem 5 ou 3 ou 1 e a conta estar certa.
Portugal, tal como todas as economias periféricas, está quinado, mas onde o choque vai ser brutal é nas economias cujos cidadãos estavam habituados a outros níveis de vida e bem estar.

Caro Foxtroop, por ironia, quem está agora a ampliar o Porto de Sines até é uma construtora portuguesa, a Conduril: https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/expansao-do-porto-de-sines-obras-foram-entregues-a-conduril-por-72-milhoes-544949
e
https://expresso.pt/economia/2019-04-03-Construcao.-Conduril-com-receita-e-lucros-em-queda-por-causa-de-Angola

A Construção Civil não foi protegida por nenhum governo, ao contrário do que acontece lá fora, em especial Espanha. A desaceleração na construção civil foi de tal forma brutal neste milénio, que fez desaparecer muitas empresas históricas e gigantes na área da construção civil. A ajudar a tudo isto, temos o quase desaparecimento de obras públicas a partir de 2009 e ao colapso financeiro que fez com que os bancos sem capacidade financeira, batessem com a porta para o sector da construção civil.

Mas mesmo depois desse tsunami num dos sectores que mais cresceu em Portugal e que dava cartas no sector, ainda temos grupos grandes: Mota-Engil com 30 000 trabalhadores (e que alberga 280 empresas!!!!!) e a facturar cerca de 3 mil milhões € por ano.
Depois tem a Teixeira Duarte que esteve também a um passo da falência, já factura 1,2 mil milhões e tem 14 000 trabalhadores (mas desconfio do grupo, porque a construção pesa menos de 50% na facturação, o resto vem ...... do turismo e sector automóvel!!!!).
Tem ainda a Elevo..... e muitas dezenas de empresas menores.

Eu arrisco a afirmar que mais valia o estado ter salvo algumas empresas de construção civil, sem lhes dar dinheiro, bastava mantê-las ocupadas a funcionar, através de obras públicas, do que enterrarmos 1,2 mil milhões na TAP agora e sabe-se lá o que mais vai ser preciso! E atenção e volto a repetir, nem era preciso dar-lhes dinheiro nenhum, às empresas de construção civil, bastava dar-lhes trabalho para fazerem!!!!!!

Quanto à Economia nacional, a UE serviu sem dúvida para acabar com muitas empresas que não se adaptaram à concorrência e desapareceram muitos grupos, porque estavam habituadas a um circuito fechado de compadrio entre o poder político e económico que se vivia por cá. A 1ª machadada foi dada em 1974 quando as empresas nacionais perderam grande parte do seu mercado fechado (Angola, Moçambique.........).

A 2ª machadada deu-se com a nossa adesão à UE. Porque para quem ainda não percebeu, para a UE o principal objectivo é o consumidor (livre concorrência), as empresas são secundárias e se forem ajudadas pelos estados, estas têem de ser restruturadas.

Devo também relembrar-lhe de que a UE não tem culpa que o dinheiro "DADO" ao país para se modernizar, tenha sido gasto em viaturas alemãs e em moradias de luxo, pick ups, etc!!!!

E também se reparar, há muitas empresas nacionais que ultrapassaram essa fase e até o COVID aparecer estava a correr bem, com exportações de 60 000 milhões de euros, recorde nacional obtido no ano passado.

O que nos falta é mais orgulho em nós próprios, que nos leve a escolher produtos nacionais em detrimento do que vem de fora, políticos com visão para proteger a nossa economia e acima de tudo o que nunca tivemos, legislação fiscal constante por muitos anos!!!!
Eu gostava de saber que empresas estratégicas temos para quem nos governa (não contam as empresas dos amigos). Manter o investimento público controlado mas estável e não haver picos de 4 em 4 anos!!!!!

Voltando ao tema das contratações públicas, quem lança as obras (dono de obra), selecciona por concurso e adjudica, são os nacionais, por isso é só escolher bem!
« Última modificação: Julho 07, 2020, 03:58:09 pm por Viajante »
 
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Re: Economia nacional
« Responder #235 em: Julho 07, 2020, 08:21:48 pm »
Governo admite possível vaga de despedimentos após o fim do lay-off simplificado
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/governo-admite-possivel-vaga-de-despedimentos-apos-o-fim-do-lay-off-simplificado-610414
Citar
O Executivo socialista não exclui a possibilidade de, no período pós lay-off, se registar uma vaga de encerramentos e despedimentos coletivos no tecido empresarial nacional, mas reitera que os apoios públicos impedem os despedimentos enquanto há crédito a ser concedido e têm como objetivo amortecer o impacto da crise. Governo admite a possibilidade de vir a ocorrer uma vaga de despedimentos com o fim do regime de lay-off simplificado, que permitiu a várias empresas enfrentar o impacto da pandemia da Covid-19. O Executivo socialista reitera, no entanto, que os apoios públicos em vigor impedem os despedimentos enquanto há crédito a ser concedido e têm como objetivo amortecer o impacto da crise.

“Obviamente que não podemos dar essa garantia [de que não haverá encerramentos de empresas e despedimentos após terminar o regime de lay-off]. Aquilo que a política económica do Governo está a tentar fazer é amortecer o impacto da crise”, afirmou o ministro do Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, em audição na comissão parlamentar da Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.


Isto depois de o semanário ‘Expresso’ ter noticiado que os escritórios de advogados “estão a ser inundados com pedidos de empresas que querem avançar para despedimento coletivo após o lay-off”.

Segundo Pedro Siza Vieira, “uma contração tão grande da atividade económica” leva a que “toda a capacidade produtiva das empresas que estava dimensionada para um determinado nível de procura” e que, quando essa procura é inferior ao esperado, fica “subaproveitada”, levando as empresas a “reagir a essa circunstância”, com medidas de redução de custos, que podem ir desde cortes nos salários a despedimentos.

“Não vou excluir que haja despedimentos coletivos, mas os apoios todos que o Governo estabeleceu inibem as empresas que dele beneficiaram de proceder a despedimentos coletivos durante o momento em que esses apoios estão vigentes e durante o período subsequente. Se as empresas procedem a despedimentos, têm de devolver os apoios”, sublinhou o ministro do Estado e da Economia.

Pedro Siza Vieira referiu que foi a preocupação em manter os postos de trabalho e proteger os trabalhadores que “norteou o desenho” dos apoios públicos disponíveis para as empresas.

O governante explicou que, numa primeira fase, a política económica do Governo é “amortecer” o impacto da crise. Esse amortecimento pode, segundo o ministro, ser feito através do lay-off, linhas de crédito, diferimento de impostos ou incentivos a fundo perdido. Depois, quando Portugal entrar numa fase de retoma económica, a ideia do Governo é “apoiar o investimento e crescimento e dar estímulos a toda a economia para que ela possa crescer”.

O ministro disse ainda que já estão contratados quase 5,5 mil milhões de euros das linhas de credito disponibilizadas pelo Governo e que está a ser feito um trabalho com os bancos para que o prazo de disponibilização seja mais rápido e que possa ser dirigido “às empresas que, neste momento, estão mais carecidas”.

É que nem é preciso ir a bruxa, quero mesmo estar enganado, mas acho que o pior ainda esta por vir não só em Portugal mas por todo o Mundo.
 

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Re: Economia nacional
« Responder #236 em: Julho 08, 2020, 12:13:44 am »
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A 2ª machadada deu-se com a nossa adesão à UE. Porque para quem ainda não percebeu, para a UE o principal objectivo é o consumidor (livre concorrência), as empresas são secundárias e se forem ajudadas pelos estados, estas têem de ser restruturadas.

Não sei o que responder ao seu texto depois de ler este trecho. Confesso que todo o meu raciocínio descarrilou e não o estou a dizer de forma jocosa ou a trollar, mas fez-me perceber toda uma serie de coisas aqui.

O meu caro acha que a prioridade da UE é o consumidor e isso é, até prova em contrario, simplesmente um acto de fé, coisa que deixo para os padres.
Fala de uma empresa portuguesa ter ganho uma obra de 72 milhões, isto num investimento total de.... 661milhões.
Fala da construção civil e dos governos que nunca a ajudaram. As grandes obras publicas feitas por essas empresas a peso de ouro, hiperinflacionadas e com "derrapagens" de multiplicar o valor final não sei o que serão.....

A construção civil da forma como foi feita foi um dos maiores para não dizer o maior, erro estratégico do nosso Portugal moderno. O meu caro acha que deveriam ser ainda mais ajudados.

Também creio que não se lembre mas eu lembro e não foi por ouvir contar ou ver num qualquer programa de lavar mentes. Foi ao vivo e a cores que eu vi a frota pesqueira em Peniche a ser desmantelada, navios novos a serem abatidos ou vendidos a países terceiros porque a CEE pagava para não pescarmos mais.
Vi, na minha zona, todas as pequenas pecuárias e explorações agrícolas a receber para não produzir e a ameaça da CEE de pesadas multas se passassemos cotas de produção. Fecharem pecuárias por estarem "perto de habitações" e era "imposições europeias" enquanto numa Alemanha ou Holanda elas estão literalmente lado a lado com as habitações ainda hoje em dia.

VI e conheço casos de malta a receber 400€ por hectare para não semearem rigorosamente nada, vi Portugal a ser multado porque excedeu cotas de produção de leite e vi um primeiro ministro dizer na televisão que não valia a pena produzir que saia mais barato mandar vir da Europa. O mesmo palhaço que, depois enquanto presidente aqui do manicómio, dizia que tínhamos de produzir, como se um sector agrícola ou industrial fosse uma maquina que se apertava um botão e voltava a funcionar!!!

Sinceramente não sei......





 
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Re: Economia nacional
« Responder #237 em: Julho 08, 2020, 01:12:38 am »
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A 2ª machadada deu-se com a nossa adesão à UE. Porque para quem ainda não percebeu, para a UE o principal objectivo é o consumidor (livre concorrência), as empresas são secundárias e se forem ajudadas pelos estados, estas têem de ser restruturadas.

Não sei o que responder ao seu texto depois de ler este trecho. Confesso que todo o meu raciocínio descarrilou e não o estou a dizer de forma jocosa ou a trollar, mas fez-me perceber toda uma serie de coisas aqui.

O meu caro acha que a prioridade da UE é o consumidor e isso é, até prova em contrario, simplesmente um acto de fé, coisa que deixo para os padres.
Fala de uma empresa portuguesa ter ganho uma obra de 72 milhões, isto num investimento total de.... 661milhões.
Fala da construção civil e dos governos que nunca a ajudaram. As grandes obras publicas feitas por essas empresas a peso de ouro, hiperinflacionadas e com "derrapagens" de multiplicar o valor final não sei o que serão.....

A construção civil da forma como foi feita foi um dos maiores para não dizer o maior, erro estratégico do nosso Portugal moderno. O meu caro acha que deveriam ser ainda mais ajudados.

Também creio que não se lembre mas eu lembro e não foi por ouvir contar ou ver num qualquer programa de lavar mentes. Foi ao vivo e a cores que eu vi a frota pesqueira em Peniche a ser desmantelada, navios novos a serem abatidos ou vendidos a países terceiros porque a CEE pagava para não pescarmos mais.
Vi, na minha zona, todas as pequenas pecuárias e explorações agrícolas a receber para não produzir e a ameaça da CEE de pesadas multas se passassemos cotas de produção. Fecharem pecuárias por estarem "perto de habitações" e era "imposições europeias" enquanto numa Alemanha ou Holanda elas estão literalmente lado a lado com as habitações ainda hoje em dia.

VI e conheço casos de malta a receber 400€ por hectare para não semearem rigorosamente nada, vi Portugal a ser multado porque excedeu cotas de produção de leite e vi um primeiro ministro dizer na televisão que não valia a pena produzir que saia mais barato mandar vir da Europa. O mesmo palhaço que, depois enquanto presidente aqui do manicómio, dizia que tínhamos de produzir, como se um sector agrícola ou industrial fosse uma maquina que se apertava um botão e voltava a funcionar!!!

Sinceramente não sei......

Quanto ao sector da construção civil, deixo-lhe apenas uma questão: Quem são os responsáveis pelos trabalhos a mais que se encontram nas obras públicas, sejam as empresas nacionais ou não? Quem é que faz o projecto das obras? Não são as empresas de construção civil. Se o caro Foxtroop construír uma habitação e chegar ao fim com trabalhos a mais, os culpados só podem ser 2 pessoas, ou o dono da obra (que decidiu mudar algo) ou o arquitecto que fez o projecto. Já viu alguém responsabilizado por um erro de projecto? Ou por estar constantemente a mudar o projecto de obra?

Agora a agricultura. Sabe perfeitamente que as decisões dependem das negociações que os países fazem no seio da UE. A UE, por experiência própria tem as costas muito largas, vou dar-lhe alguns exemplos:
- Sector do azeite. Porque é que os terrenos no alentejo não produzem nada e.... vêem os espanhóis compram hectares às centenas, recebem os mesmos apoios dados a nacionais e os investimentos dão resultado? https://ionline.sapo.pt/artigo/609268/azeite-a-invasao-espanhola-?seccao=Dinheiro

- Sector vinícola. Já teve muitos avanços e recuos, mas tem alguma dúvida de que actualmente o nosso sector vinícola é muito mais competitivo e avançado que em 1986? Foi pago muito dinheiro para reconverter a vinha e no entanto cada vez mais o sector é competitivo, deixamos de ser o país que vendia vinho a granel e sem marca, se está recordado.

- Podia-lhe dar exemplos do sector da maça, laranja, frutos vermelhos.

Não tenho dúvidas de que os aspectos negativos que referiu devem-se muito mais à incompetência de quem nos representa na UE a negociar do que culpar a UE pelas nossas más decisões.
Aliás e já que se falou na esposa do Medina que trabalha na TAP, seria interessante revisitar o que disse o actual PR sobre o pai dela (Jaime Silva): "A sua atuação enquanto ministro foi criticada em vários setores, tendo-se assistido à paralisação das pescas [2], e das confederações do setor agrícola, as quais classificou como estando ligadas à extrema direita e esquerda portuguesas [3][4]. Após esta polémica Marcelo Rebelo de Sousa referiu que Jaime Silva é "o maior incompetente do mundo" https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_Silva

Mas dou-lhe mais exemplos. O estado atribui subsídios para as energias renováveis..... mas são as grandes empresas que beneficiam desses apoios: https://www.jn.pt/nacional/governo-investe-mais-de-800-milhoes-em-energias-renovaveis-5649507.html
Que depois são retribuídos "caridosamente" através da Fundação EDP, por exemplo, com supostos apoios ao consumidor...... se assinar um contrato de fidelização com a EDP!!!!!

Neste momento está a ser negociado o novo quadro comunitário na UE, ainda não há muitas certezas, mas sabemos que vamos receber mais dinheiro do que em qualquer outro programa, em conjunto com os apoios COVID-19, podemos estar a falar em 50 mil milhões de euros. Quem é o responsável pela distribuição do dinheiro, vai ver que devem estar a surgir reuniões "secretas" para os 2 maiores partidos nacionais "decidirem" o que apoiar. Nesse caso a UE não tem culpa! Já para não falar na crónica baixa execução financeira dos programas, que deixam muito dinheiro por investir!!!!!!

Mas agora fiquei com uma dúvida. Então acha que as empresas de construção nacional devam falir?
« Última modificação: Julho 08, 2020, 01:20:10 am por Viajante »
 

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Viajante

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Re: Economia nacional
« Responder #238 em: Julho 08, 2020, 10:17:21 am »
Caro Foxtroop, como a área das pescas não domino, tive de ir investigar, e o que descubro é que Portugal até passou a pescar mais a partir de 1986.
O sector esteve em queda até 1986, aumentou depois disso, não por pescarmos mais nas nossas águas, que o autor refere que apesar de termos uma ZEE muito extensa, é pobre para o sector da pesca (este é muito mais rico em águas pouco profundas, até 200 metros).
O autor refere ainda que o aumento das nossas pescas a partir de 1986 devem-se sobretudo ao facto da nossa frota pesqueira passar a ter licenças para operar noutras ZEE de outros países.
Ainda e em relação às pescas, nunca fomos autosuficientes, pelo simples facto de termos o maior consumo per capita da Europa.

https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiv1KbKpL3qAhUQ8hQKHeGZAe4QFjAAegQIBRAB&url=http%3A%2F%2Fwww.acad-ciencias.pt%2Fdocument-uploads%2F8102946_as-pescas-portuguesas.pdf&usg=AOvVaw1K20ndMh_xMKcZ-wc46_mo

Volto a reafirmar, a partir da nossa adesão à então CEE, em 1986, deixamos de ter uma economia muito fechada e passamos a ter uma economia muito mais aberta. Sem dúvida que daí advieram aspectos negativos e outros positivos. Mas a grande responsabilidade das decisões nacionais não tenha dúvidas que recaiem em quem nos governa e nas boas ou más apostas que fizeram!

Apostamos muito no alcatrão, é verdade isso, mas sabe como era no interior, quando tínhamos de nos deslocar a Lisboa? Ou ao Porto e então ao Algarve? Tínhamos de nos despedir da família e só regressávamos dias mais tarde!!!!! Essa realidade acabou, posso sair de manhã do douro e à hora de almoço estou no Algarve!
Quer comparar a nossa economia de 1986 com a actual? Tem dúvidas de que estamos melhor? Podíamos estar melhor? Sem dúvida, mas deixo-lhe uma pergunta, ouvindo os nossos mestres políticos, você consegue dizer-me qual é o nosso objectivo? Quais são os nossos sectores estratégicos? E já nem falo na alteração de mini-objectivos que sobem e descem a cada quadriénio!!!!!!

Recuando à crise anterior da famosa troika, porque é que os nossos eleitos escolheram afogar o país para salvar a banca e aqui o país vizinho pediu ajuda mas só para a banca? Eu responsabilizo muito mais quem queria ir além da troika do que a UE. Tínhamos alternativas e escolhemos sacrificar a população para salvarmos os nossos bancos e... .e a seguir entregá-los a estrangeiros!?!?!?! Brilhante decisão política coadjuvada pelo demissionário Governador do Banco de Portugal!!!!!!
« Última modificação: Julho 08, 2020, 10:21:54 am por Viajante »
 
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Re: Economia nacional
« Responder #239 em: Julho 08, 2020, 10:41:42 am »
Repito, já ninguém se lembra de Portugal (muitos lembram-se, mas esqueceram  :mrgreen:) em 1986... interessante post do Viajante.

E "sol na eira e chuva no nabal" é difícil, logo "em 1986, deixamos de ter uma economia muito fechada e passamos a ter uma economia muito mais aberta. Sem dúvida que daí advieram aspectos negativos e outros positivos".
Quidquid latine dictum sit, altum videtur