Economia nacional

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Viajante

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Re: Economia nacional
« Responder #240 em: Julho 08, 2020, 11:04:18 am »
Mais alguns factos sobre o país e porque é que eu digo que éramos um país fechado:

Exportações portuguesas em 1985 = menos de 5 mil milhões € (https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=225580134&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt)

Exportações portuguesas em 2019 = 60 mil milhões € (https://www.pordata.pt/Portugal/Exporta%C3%A7%C3%B5es+de+bens+total+e+por+tipo-2327). Multiplicamos por 12 as nossas exportações!!!!! E isso representa riqueza!!!!

Agora vamos à riqueza do país:
Em 1985 tínhamos um PIB de 97 mil milhões € (ajustado à inflação, porque o valor real foi de 26 mil milhões € - https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_do_PIB_de_Portugal)
Em 2019 tínhamos um PIB de mais de 200 mil milhões € (https://www.pordata.pt/Portugal/PIB+e+PIB+per+capita+a+pre%c3%a7os+constantes+(base+2016)-2953).

E alguém se lembra das taxas de juro de quem pedisse empréstimo à habitação? E empréstimos às empresas? O meu 1º emprego foi numa indústria alimentar que estava em pré-falência devido a um empréstimo dos anos 80 à CGD a juros de 30% ao ano!!!!!!
Neste momento, seja uma empresa ou particular, vamos pedir um empréstimo e pagamos juros de 0, 1 ou 2%!!!!

Podíamos estar melhor? Podíamos...... mas a culpa é nossa, se escolhermos melhor os nossos eleitos e passarmos a exigir resultados como se fossemos os accionistas do país!!!!! E se tivéssemos a noção de que todas as asneiras feitas pelos eleitos têem custos para nós!!!!!!!

Podemos ter razões de queixas da UE porque os países pequenos são tratados como as crianças que estão numa mesa à parte da mesa dos adultos em relação aos maiores países da UE. Mas já tivemos o Presidente da UE, o que fez pelo país!? Tivemos o Ronaldo das Finanças a liderar o Eurogrupo...... que negociem melhor e olhem no país. Vistam a camisola, ou estão à espera que os outros decidam por nós?
« Última modificação: Julho 08, 2020, 11:08:44 am por Viajante »
 
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Re: Economia nacional
« Responder #241 em: Julho 08, 2020, 12:14:27 pm »
Repito, já ninguém se lembra de Portugal (muitos lembram-se, mas esqueceram  :mrgreen:) em 1986... interessante post do Viajante.

E "sol na eira e chuva no nabal" é difícil, logo "em 1986, deixamos de ter uma economia muito fechada e passamos a ter uma economia muito mais aberta. Sem dúvida que daí advieram aspectos negativos e outros positivos".

É verdade, muita gente ou não sabe como era o país antes de 1986 ou já esqueceu  :mrgreen:
 

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Re: Economia nacional
« Responder #242 em: Julho 08, 2020, 12:51:41 pm »
Universidade Católica diz que PIB pode cair 17% este ano num cenário pessimista

A queda do PIB português poderá atingir os 17% este ano, assumindo um cenário mais pessimista. O aviso foi deixado esta quarta-feira pelo núcleo de economistas da Universidade Católica, que consideram a projeção assumida pelo Governo no âmbito do Orçamento do Estado Suplementar demasiado "otimista".

Na síntese da folha trimestral de conjuntura do Católica Lisbon Forecasting Lab – NECEP, a que o Negócios teve acesso, os economistas explicam que os indicadores existentes permitem elaborar projeções de recessão para este ano que variam entre os 5% e os 17%, consoante se admita um desenvolvimento da atividade económica nos próximos meses mais ou menos otimista. Na análise anterior, publicada em abril, o intervalo de projeção ia ainda mais longe, admitindo uma contração de 20% este ano.

Já o cenário central da Católica continua a apontar para uma queda de 10%, que assume uma contração no segundo trimestre de 13% face aos primeiros três meses de 2020, e que está suportada no comportamento menos negativo de setores como a construção. O comércio a retalho também já está a dar sinais de recuperação, bem como as operações através da rede Multibanco. Neste caso, a taxa de desemprego ficará em torno dos 9%.

Mas num cenário mais negativo a queda vai até aos 17%. E também há indicadores que sustentam essa projeção. "A economia portuguesa poderá ter contraído cerca de 20%" no segundo trimestre, admitem os peritos. Esta estimativa é "suportada pela proporção muito elevada da população ativa, cerca de 25%, que esteve ausente do posto de trabalho normal durante o segundo trimestre," lê-se . Este cenário, explicam os economistas, é sustentado por indicadores como as vendas de veículos e o número de dormidas em estabelecimentos turísticos. A confirmar-se esta perspetiva, a taxa de desemprego será superior a 10%.

É por isso que os economistas consideram como "otimista" o cenário do Governo, que admite uma recessão de 6,9%. É que para que este valor anual se verifique é preciso "um segundo semestre do ano bastante favorável", argumentam.

Retoma pode ser "lenta e penosa"

A incerteza quando aos próximos meses é grande, mas os economistas colocam o foco no último trimestre de 2020. "Se a queda for muito superior a 5% então a destruição de capacidade produtiva, emprego e rendimento só permitirá uma recuperação lenta e penosa até aos níveis observados em 2019", avisam. Caso contrário, a recessão pode ser "curta e com rápida recuperação".

No cenário central do NECEP, a economia portuguesa ficará em 2021 cerca de 8% abaixo do nível de 2019 e em 2022 continuará 5% abaixo. Só num cenário otimista é possível admitir a hipótese de um regresso aos níveis pré-pandemia já no próximo ano, indicam.

https://www.record.pt/fora-de-campo/detalhe/universidade-catolica-diz-que-pib-pode-cair-17-este-ano-num-cenario-pessimista
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Viajante

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Re: Economia nacional
« Responder #243 em: Julho 09, 2020, 11:28:20 am »
Portugal com deteção ambiental e sísmica por cabos submarinos

Os cabos submarinos não servem apenas para comunicações. Em Portugal há um projeto inovador que deverá entrar em operação no 2.º trimestre de 2021.

O cabo submarino internacional de comunicações que vai interligar Portugal ao Brasil vai ter a capacidade de deteção sísmica no ramo entre o Funchal e Sines, sendo o primeiro sistema internacional no mundo a ser dotado desta funcionalidade.



Portugal vai ter um sistema com deteção ambiental e sísmica por cabos submarinos. Os dados sísmicos recolhidos deverão ser entregues, para armazenamento, processamento e estudo, à academia nacional e às agências e institutos públicos que estudam e abordam a atividade sísmica.

Cabos submarinos a 5000 metros de profundidade

A ANACOM tem dado particular atenção a este tema e está a seguir iniciativas que permitam aos cabos submarinos de comunicações virem a realizar deteção sísmica e ambiental (aquecimento global/alterações climáticas de acordo com os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” da ONU), razão pela qual se congratula com o anúncio feito pelo futuro sistema submarino ELLALINK relativamente à Madeira e continuará a apoiar a utilização dos cabos submarinos de comunicações para a deteção ambiental e sísmica.



A deteção ambiental e sísmica, através da utilização destes cabos de comunicação, poderá ser possível através de variados métodos que se complementam e se confirmam, quer pela utilização de sensores submersos (deteção dita “molhada”), quer pela não recorrência à utilização de sensores submersos (deteção dita “seca”).

O novo anel de fibra vai também trazer uma maior velocidade nas comunicações entre Portugal Continental, ilhas e o mundo. Este sistema permitirá ainda promover a conectividade internacional do país, conferindo a Portugal “mais independência e possibilidade de escolha, com melhor qualidade e a melhores preços” ao nível das comunicações. Este anel de cabos submarinos terá 3500 quilómetros. Este equipamento ficará assente no fundo do mar, por vezes a mais de 5000 metros de profundidade e, estimam os especialistas, implicará um investimento de 119 milhões de euros.

https://pplware.sapo.pt/informacao/portugal-com-detecao-ambiental-e-sismica-por-cabos-submarinos/
 

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Lusitan

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Re: Economia nacional
« Responder #244 em: Julho 10, 2020, 10:53:55 am »
https://24.sapo.pt/economia/artigos/o-plano-de-costa-e-silva-para-portugal-inclui-um-novo-aeroporto-um-eixo-ferroviario-de-alta-velocidade-porto-lisboa-e-a-expansao-das-linhas-de-metro

O plano de Costa e Silva para Portugal inclui um novo aeroporto, um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa e a expansão das linhas de metro

"O país tem acumulado muitas polémicas sobre as infraestruturas. É agora o tempo de as fazer". A frase é de António Costa e Silva e pode ser lida no Plano de Recuperação Económica de Portugal, programa que o professor do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e presidente da comissão executiva da Partex Oil and Gas foi convidado pelo Governo a coordenar.

Na proposta do gestor ao Governo, a que o Expresso teve acesso, Costa e Silva considera que para que o país possa ter sucesso é necessário a construção de várias infraestrutuas. Começando pela ferrovia, salienta a importância de concretizar o Plano Ferroviário do país e modernizar a rede, tornando-a mais 'verde' e competitiva. Neste campo, destaca dois projetos que já estão em curso, a construção do eixo Sines-Madrid e a renovação da Linha da Beira Alta, e propõe a construção de um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa para passageiros. O objetivo é melhorar a circulação ferroviária dentro do país e com Espanha, seja ao nível de passageiros, seja ao nível de mercadorias.

No que toca ao setor marítimo-portuária, António Costa e Silva pretende aumentar a competitividade do porto de Leixões, sobretudo através de investimentos em equipamentos e instalações para receber grandes navios, construir em Sines um portuário de minérios, para exportar os recursos minerais disponíveis no território português, melhorar e expandir o porto de Portimão, tornando-o no de referência no Algarve, transformando-o num ponto de ligação com o norte de África, ao mesmo tempo que o porto de Faro passava a ser mais dotado para o setor da náutica de recreio. No documento é ainda possível ler sobre a intenção de reconverter Porto da Praia da Vitória, nos Açores, numa espécie de estação para fornecer gás natural liquefeito aos navios que cruzam o Atlântico, a necessidade de se resolverem os problemas estruturais do porto de Lisboa e a consolidação de um hub portuário nacional polivalente, num processo que terá como base a tecnologia 5G que permitirá a digitalização dos portos mais eficiente.

O investimento nas redes urbanas de transportes públicos é outro fator que Costa e Silva considera fundamental para a próxima década, desde fazer chegar a rede de metro de Lisboa às zonas da periferia até à expansão do metro na área metropolitana do Porto, nomeadamente a montante da ponte da Arrábida. Além disso, o gestor apela à necessidade de que cidades de média dimensão desenvolvam sistemas de transporte coletivo como importante medida para alcançar as metas de descarborização.

No documento de 119 páginas, António Costa e Silva defende ainda a importância da construção de um novo aeroporto na Área Metropolitana de Lisboa e necessidade de se assegurar que o norte do país, onde predomina um tecido empresarial com forte índole exportadora, tenha uma boa cobertura de ligações aéreas que possam tornar esta zona do país mais competitiva.

“Numa primeira fase, a construção das infraestruturas vai ser uma alavanca da economia nacional, arrastando todo o setor da construção, dinamizando as empresas nacionais e os fornecedores de equipamentos e serviços e, consequentemente, promovendo o emprego”, escreve o gestor, segundo o que é publicado no semanário Expresso
 

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FoxTroop

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Re: Economia nacional
« Responder #245 em: Julho 10, 2020, 01:55:25 pm »
Mais alguns factos sobre o país e porque é que eu digo que éramos um país fechado:

Exportações portuguesas em 1985 = menos de 5 mil milhões € (https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=225580134&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt)

Exportações portuguesas em 2019 = 60 mil milhões € (https://www.pordata.pt/Portugal/Exporta%C3%A7%C3%B5es+de+bens+total+e+por+tipo-2327). Multiplicamos por 12 as nossas exportações!!!!! E isso representa riqueza!!!!

Agora vamos à riqueza do país:
Em 1985 tínhamos um PIB de 97 mil milhões € (ajustado à inflação, porque o valor real foi de 26 mil milhões € - https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_do_PIB_de_Portugal)
Em 2019 tínhamos um PIB de mais de 200 mil milhões € (https://www.pordata.pt/Portugal/PIB+e+PIB+per+capita+a+pre%c3%a7os+constantes+(base+2016)-2953).

E alguém se lembra das taxas de juro de quem pedisse empréstimo à habitação? E empréstimos às empresas? O meu 1º emprego foi numa indústria alimentar que estava em pré-falência devido a um empréstimo dos anos 80 à CGD a juros de 30% ao ano!!!!!!
Neste momento, seja uma empresa ou particular, vamos pedir um empréstimo e pagamos juros de 0, 1 ou 2%!!!!

Podíamos estar melhor? Podíamos...... mas a culpa é nossa, se escolhermos melhor os nossos eleitos e passarmos a exigir resultados como se fossemos os accionistas do país!!!!! E se tivéssemos a noção de que todas as asneiras feitas pelos eleitos têem custos para nós!!!!!!!

Podemos ter razões de queixas da UE porque os países pequenos são tratados como as crianças que estão numa mesa à parte da mesa dos adultos em relação aos maiores países da UE. Mas já tivemos o Presidente da UE, o que fez pelo país!? Tivemos o Ronaldo das Finanças a liderar o Eurogrupo...... que negociem melhor e olhem no país. Vistam a camisola, ou estão à espera que os outros decidam por nós?

Interessante, então e diga-me lá, as importações, como ficaram, subiram ou baixaram? E a balança comercial, agravou ou melhorou? E quando começou a melhorar foi devido a quê? Passamos a exportar mais por ter criado valor acrescentado ou mais volume ou será que foi porque perdemos poder de compra e ficamos mais pobres e sem mercado interno?

Sobre a parte que eu sublinhei no seu texto, negociar o quê e com quê?! Não controlamos a moeda, quando entramos na UE entregámos as nossas ferramentas de soberania, alienamos qualquer capacidade produtiva que nos permita um mínimo de sobrevivência, diga-me lá o que é que temos para negociar? Não há razão onde não há força e ponto.

 

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Viajante

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Re: Economia nacional
« Responder #246 em: Julho 10, 2020, 03:22:49 pm »
Mais alguns factos sobre o país e porque é que eu digo que éramos um país fechado:

Exportações portuguesas em 1985 = menos de 5 mil milhões € (https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=225580134&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt)

Exportações portuguesas em 2019 = 60 mil milhões € (https://www.pordata.pt/Portugal/Exporta%C3%A7%C3%B5es+de+bens+total+e+por+tipo-2327). Multiplicamos por 12 as nossas exportações!!!!! E isso representa riqueza!!!!

Agora vamos à riqueza do país:
Em 1985 tínhamos um PIB de 97 mil milhões € (ajustado à inflação, porque o valor real foi de 26 mil milhões € - https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_do_PIB_de_Portugal)
Em 2019 tínhamos um PIB de mais de 200 mil milhões € (https://www.pordata.pt/Portugal/PIB+e+PIB+per+capita+a+pre%c3%a7os+constantes+(base+2016)-2953).

E alguém se lembra das taxas de juro de quem pedisse empréstimo à habitação? E empréstimos às empresas? O meu 1º emprego foi numa indústria alimentar que estava em pré-falência devido a um empréstimo dos anos 80 à CGD a juros de 30% ao ano!!!!!!
Neste momento, seja uma empresa ou particular, vamos pedir um empréstimo e pagamos juros de 0, 1 ou 2%!!!!

Podíamos estar melhor? Podíamos...... mas a culpa é nossa, se escolhermos melhor os nossos eleitos e passarmos a exigir resultados como se fossemos os accionistas do país!!!!! E se tivéssemos a noção de que todas as asneiras feitas pelos eleitos têem custos para nós!!!!!!!

Podemos ter razões de queixas da UE porque os países pequenos são tratados como as crianças que estão numa mesa à parte da mesa dos adultos em relação aos maiores países da UE. Mas já tivemos o Presidente da UE, o que fez pelo país!? Tivemos o Ronaldo das Finanças a liderar o Eurogrupo...... que negociem melhor e olhem no país. Vistam a camisola, ou estão à espera que os outros decidam por nós?

Interessante, então e diga-me lá, as importações, como ficaram, subiram ou baixaram? E a balança comercial, agravou ou melhorou? E quando começou a melhorar foi devido a quê? Passamos a exportar mais por ter criado valor acrescentado ou mais volume ou será que foi porque perdemos poder de compra e ficamos mais pobres e sem mercado interno?

Sobre a parte que eu sublinhei no seu texto, negociar o quê e com quê?! Não controlamos a moeda, quando entramos na UE entregámos as nossas ferramentas de soberania, alienamos qualquer capacidade produtiva que nos permita um mínimo de sobrevivência, diga-me lá o que é que temos para negociar? Não há razão onde não há força e ponto.

Então mas indirectamente está a apoiar o que fez Passos Coelho ao limitar as nossas importações impondo austeridade? É que foi nessa altura que a nossa balança comercial esteve mais equilibrada desde 1974, excepto os juros (se retirarmos os juros dos empréstimos que pagamos anualmente, a balança comercial esteve equilibrada).

É verdade que Portugal perdeu autonomia quando aderiu ao Euro, mas tal aconteceu em 2002, não foi em 1986!!!! Perdeu autonomia, como perderam todos os outros que connosco aderiram à mesma moeda.
O facto de todos termos a mesma moeda, tem aspectos negativos, como referiu, mas recorda-se como é que os governos faziam quando tinhamos moeda própria?

Mais, vivemos agora melhor ou pior o que em 1986?
O nosso endividamento advém do que o estado e os privados fizeram, o estado em gastar dinheiro a criar infraestruturas, Escolas, Hospitais, Polos industriais, em alguns casos passamos do 8 ao 80 (estradas). Os privados foi essencialmente a comprarem a sua própria casa, que antes de 1986, tirando os casos das ocupações, ou as pessoas tinham dinheiro para construírem ou sujeitavam-se a juros de 30% ao ano! Recorda-se desses tempos?

O principal aspecto negativo do euro, prende-se com o limitado crescimento do país. Mas falando no aspecto mais negativo do Euro, o crescimento do país, sabe que o crescimento do país nunca foi tão grande como no tempo da "outra senhora", não sabe?
« Última modificação: Julho 10, 2020, 03:26:53 pm por Viajante »
 
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Re: Economia nacional
« Responder #247 em: Julho 11, 2020, 08:07:24 am »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: Economia nacional
« Responder #248 em: Julho 11, 2020, 11:15:31 am »
https://24.sapo.pt/economia/artigos/o-plano-de-costa-e-silva-para-portugal-inclui-um-novo-aeroporto-um-eixo-ferroviario-de-alta-velocidade-porto-lisboa-e-a-expansao-das-linhas-de-metro

O plano de Costa e Silva para Portugal inclui um novo aeroporto, um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa e a expansão das linhas de metro

"O país tem acumulado muitas polémicas sobre as infraestruturas. É agora o tempo de as fazer". A frase é de António Costa e Silva e pode ser lida no Plano de Recuperação Económica de Portugal, programa que o professor do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e presidente da comissão executiva da Partex Oil and Gas foi convidado pelo Governo a coordenar.

Na proposta do gestor ao Governo, a que o Expresso teve acesso, Costa e Silva considera que para que o país possa ter sucesso é necessário a construção de várias infraestrutuas. Começando pela ferrovia, salienta a importância de concretizar o Plano Ferroviário do país e modernizar a rede, tornando-a mais 'verde' e competitiva. Neste campo, destaca dois projetos que já estão em curso, a construção do eixo Sines-Madrid e a renovação da Linha da Beira Alta, e propõe a construção de um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa para passageiros. O objetivo é melhorar a circulação ferroviária dentro do país e com Espanha, seja ao nível de passageiros, seja ao nível de mercadorias.

No que toca ao setor marítimo-portuária, António Costa e Silva pretende aumentar a competitividade do porto de Leixões, sobretudo através de investimentos em equipamentos e instalações para receber grandes navios, construir em Sines um portuário de minérios, para exportar os recursos minerais disponíveis no território português, melhorar e expandir o porto de Portimão, tornando-o no de referência no Algarve, transformando-o num ponto de ligação com o norte de África, ao mesmo tempo que o porto de Faro passava a ser mais dotado para o setor da náutica de recreio. No documento é ainda possível ler sobre a intenção de reconverter Porto da Praia da Vitória, nos Açores, numa espécie de estação para fornecer gás natural liquefeito aos navios que cruzam o Atlântico, a necessidade de se resolverem os problemas estruturais do porto de Lisboa e a consolidação de um hub portuário nacional polivalente, num processo que terá como base a tecnologia 5G que permitirá a digitalização dos portos mais eficiente.

O investimento nas redes urbanas de transportes públicos é outro fator que Costa e Silva considera fundamental para a próxima década, desde fazer chegar a rede de metro de Lisboa às zonas da periferia até à expansão do metro na área metropolitana do Porto, nomeadamente a montante da ponte da Arrábida. Além disso, o gestor apela à necessidade de que cidades de média dimensão desenvolvam sistemas de transporte coletivo como importante medida para alcançar as metas de descarborização.

No documento de 119 páginas, António Costa e Silva defende ainda a importância da construção de um novo aeroporto na Área Metropolitana de Lisboa e necessidade de se assegurar que o norte do país, onde predomina um tecido empresarial com forte índole exportadora, tenha uma boa cobertura de ligações aéreas que possam tornar esta zona do país mais competitiva.

“Numa primeira fase, a construção das infraestruturas vai ser uma alavanca da economia nacional, arrastando todo o setor da construção, dinamizando as empresas nacionais e os fornecedores de equipamentos e serviços e, consequentemente, promovendo o emprego”, escreve o gestor, segundo o que é publicado no semanário Expresso

Lá vêm as obras megalómanas que nos vão levar a nova bancarrota

Não aprendem
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Re: Economia nacional
« Responder #249 em: Julho 11, 2020, 11:40:28 am »
Interessantes como repetimos sempre a mesma fórmula e esperemos resultados diferentes... usar fórmulas que outros usam com sucesso não é para nós.

Apesar de achar o investimento "pontual, pensado e limitado" na construção civil uma forma de ajudar economia, mas aqui é sempre no "red line".
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Re: Economia nacional
« Responder #251 em: Julho 13, 2020, 11:38:48 am »
O plano tem aspectos muito interessantes que ajudam a economia, mas tem outros que são cópia chapada da teimosia PS, como a aposta no TGV!!!!!!

Antes de se fazer contas a quanto custa este plano, é preciso recordar que o estado vai endividar-se pelo menos mais 30 mil milhões de euros só este ano a acrescer à divida gigantesca que já tínhamos. E como a riqueza do país vai caír, quer isto dizer que o endividamento em percentagem, medida mais exacta para vermos o colosso do nosso endividamento em comparação com a riqueza criada para..... pelo menos pagar os juros.

Alguém sabe quanto custa por exemplo este plano?

Vou referir só o TGV.
O Sócrates quando apostou no TGV, justificava que servia para os espanhóis virem passar férias a Portugal!!!!! Era essa a justificação para gastarmos 11 ou 12 mil milhões de euros! Chegou mesmo a adjudicar o arranque da obra, que foi parado logo a seguir.
Em 2017 o amigo Costa volta a insistir e agora aposta apenas do TGV de mercadorias!!!!! Mais tarde vem com certeza o de passageiros......

Porque a fixação do PS no TGV? Vai concorrer com a TAP? (para que é que salvamos a TAP então?) É para transportar mercadorias para a Europa? E passageiros?
Temos um enorme problema já com 100 anos, devido à decisão absurda por parte de Espanha em criar uma bitola diferente do resto da Europa (distãncia entre carris maior em 23 centímetros relativamente ao resto da Europa). Com essa decisão, Portugal e Espanha ficaram isolados do resto da Europa (reza a história que tal decisão não era por receio de uma invasão francesa a Espanha..... de comboio, mas sim porque os Engenheiros espanhóis pensavam que teriam de ter locomotivas mais largas, com caldeiras a carvão mais largas para gerarem maior potência para vencerem as montanhas!!!!!!).

Importa referir que TGV significa um comboio de alta velocidade (Train a Grand Vitesse) e que circula a mais de 280Km/h. Tem custos de construção, manutenção e locomoção estratosféricos e não vejo como possa ser rentável. Se a nossa actual CP não é rentável, o futuro TGV vai ser?

Pergunto eu, não é melhor construirmos linhas novas que permitam aproveitar aquilo que já temos (mesmo que sejam as famosas travessas especiais que permitam de futuro mudar para a bitola europeia)? O nosso Alfa Pendular, não sendo um comboio de alta velocidade, sempre consegue circular a 230Km/h. Só não o faz porque são poucas as linhas modernizadas que o permitam!!!!!! Até as nossas locomotivas Siemens 5600 conseguem circular a 220Km/h...... se as linhas permitissem, quer a transportar mercadorias como passageiros!!!! Por esse motivo não percebo a fixação no TGV que depois não podia ser aproveitado para aquilo que já temos, passávamos a ter as actuais linhas de bitola ibérica e incompatíveis com o novo TGV!!!!!!!
Não percebo esta fixação!
O actual pendular, se tivessemos linhas novas e quádruplas em vez de duplas, para evitar os engarrafamentos dos cruzamentos com os comboios regionais e de mercadorias, conseguia perfeitamente fazer Lisboa - Porto em menos de 2 horas, com apenas umas 6 ou 8 paragens!!!!! Pergunto eu, isso é mau?

Ou somos ricos e vamos já criar do zero uma linha de bitola europeia e substituímos tudo!? Comboios, linhas e até as obras nas paragens (os espertos dos franceses criaram um novo TGV mais largo que obrigou a fazerem obras em 1300 estações de comboios: https://www.dinheirovivo.pt/empresas/cp-francesa-gasta-15-mil-milhoes-em-1800-novos-comboios-que-nao-cabem-nas-estacoes/), caso contrário e ao contrário dos franceses, ficamos com os comboios afastados das plataformas de embarque/desembarque!!!!!

Ou vamos criar 2 sistemas: Manter o imbróglio actual, cheio de engarrafamentos e fazermos à parte um TGV que só vai servir para levar e trazer mercadorias e turistas?

https://www.publico.pt/2017/09/26/economia/noticia/a-bitola-na-rede-ferroviaria-portuguesa-e-um-problema-1785629
https://www.infraestruturasdeportugal.pt/pt-pt/ferrovia-2020
https://sol.sapo.pt/artigo/603695/tgv-avanca-mesmo
« Última modificação: Julho 13, 2020, 11:43:52 am por Viajante »
 
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Re: Economia nacional
« Responder #252 em: Julho 13, 2020, 07:19:59 pm »
https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/portugal-esta-a-ser-ultrapassado-no-pib-per-capita-pelos-10-paises-que-aderiram-a-ue-em-2004

O QUE ESTÁ EM CAUSA?
"República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslováquia, Eslovénia, Malta e Chipre; 10 países que entraram na UE em 2004 estão a ultrapassar Portugal no PIB 'per capita'", sublinha-se em nova publicação nas redes sociais. Verificação de factos
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Economia nacional
« Responder #253 em: Julho 14, 2020, 12:34:44 am »
Não percebo esta fixação!
Deve ter havido muita gente que sabendo que os amigos iam investir no Train a Grand Vitesse investiram em muita propriedade por aí fora e que depois ficaram a arder quando a construção não se realizou. Deve ser por aí a fixação.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 
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Re: Economia nacional
« Responder #254 em: Julho 14, 2020, 10:19:53 am »
O plano tem aspectos muito interessantes que ajudam a economia, mas tem outros que são cópia chapada da teimosia PS, como a aposta no TGV!!!!!!

Antes de se fazer contas a quanto custa este plano, é preciso recordar que o estado vai endividar-se pelo menos mais 30 mil milhões de euros só este ano a acrescer à divida gigantesca que já tínhamos. E como a riqueza do país vai caír, quer isto dizer que o endividamento em percentagem, medida mais exacta para vermos o colosso do nosso endividamento em comparação com a riqueza criada para..... pelo menos pagar os juros.

Alguém sabe quanto custa por exemplo este plano?

Vou referir só o TGV.
O Sócrates quando apostou no TGV, justificava que servia para os espanhóis virem passar férias a Portugal!!!!! Era essa a justificação para gastarmos 11 ou 12 mil milhões de euros! Chegou mesmo a adjudicar o arranque da obra, que foi parado logo a seguir.
Em 2017 o amigo Costa volta a insistir e agora aposta apenas do TGV de mercadorias!!!!! Mais tarde vem com certeza o de passageiros......

Porque a fixação do PS no TGV? Vai concorrer com a TAP? (para que é que salvamos a TAP então?) É para transportar mercadorias para a Europa? E passageiros?
Temos um enorme problema já com 100 anos, devido à decisão absurda por parte de Espanha em criar uma bitola diferente do resto da Europa (distãncia entre carris maior em 23 centímetros relativamente ao resto da Europa). Com essa decisão, Portugal e Espanha ficaram isolados do resto da Europa (reza a história que tal decisão não era por receio de uma invasão francesa a Espanha..... de comboio, mas sim porque os Engenheiros espanhóis pensavam que teriam de ter locomotivas mais largas, com caldeiras a carvão mais largas para gerarem maior potência para vencerem as montanhas!!!!!!).

Importa referir que TGV significa um comboio de alta velocidade (Train a Grand Vitesse) e que circula a mais de 280Km/h. Tem custos de construção, manutenção e locomoção estratosféricos e não vejo como possa ser rentável. Se a nossa actual CP não é rentável, o futuro TGV vai ser?

Pergunto eu, não é melhor construirmos linhas novas que permitam aproveitar aquilo que já temos (mesmo que sejam as famosas travessas especiais que permitam de futuro mudar para a bitola europeia)? O nosso Alfa Pendular, não sendo um comboio de alta velocidade, sempre consegue circular a 230Km/h. Só não o faz porque são poucas as linhas modernizadas que o permitam!!!!!! Até as nossas locomotivas Siemens 5600 conseguem circular a 220Km/h...... se as linhas permitissem, quer a transportar mercadorias como passageiros!!!! Por esse motivo não percebo a fixação no TGV que depois não podia ser aproveitado para aquilo que já temos, passávamos a ter as actuais linhas de bitola ibérica e incompatíveis com o novo TGV!!!!!!!
Não percebo esta fixação!
O actual pendular, se tivessemos linhas novas e quádruplas em vez de duplas, para evitar os engarrafamentos dos cruzamentos com os comboios regionais e de mercadorias, conseguia perfeitamente fazer Lisboa - Porto em menos de 2 horas, com apenas umas 6 ou 8 paragens!!!!! Pergunto eu, isso é mau?

Ou somos ricos e vamos já criar do zero uma linha de bitola europeia e substituímos tudo!? Comboios, linhas e até as obras nas paragens (os espertos dos franceses criaram um novo TGV mais largo que obrigou a fazerem obras em 1300 estações de comboios: https://www.dinheirovivo.pt/empresas/cp-francesa-gasta-15-mil-milhoes-em-1800-novos-comboios-que-nao-cabem-nas-estacoes/), caso contrário e ao contrário dos franceses, ficamos com os comboios afastados das plataformas de embarque/desembarque!!!!!

Ou vamos criar 2 sistemas: Manter o imbróglio actual, cheio de engarrafamentos e fazermos à parte um TGV que só vai servir para levar e trazer mercadorias e turistas?

https://www.publico.pt/2017/09/26/economia/noticia/a-bitola-na-rede-ferroviaria-portuguesa-e-um-problema-1785629
https://www.infraestruturasdeportugal.pt/pt-pt/ferrovia-2020
https://sol.sapo.pt/artigo/603695/tgv-avanca-mesmo

Viajante,

É preciso ter em conta que os planos para uma rede europeia de comboios de alta velocidade não apareceram do nada. Fazem parte duma estratégia criada pela Comissão Europeia. Obviamente que dentro do PS há muita gente a querer "mamar" à custa deste projecto, mas há uma pressão também proveniente de Bruxelas para criar uma rede europeia de comboios de alta velocidade. Mesmo depois de em 2018 ter existido um "special report" a questionar a estratégia.
https://ec.europa.eu/transport/sites/transport/files/themes/infrastructure/studies/doc/2010_high_speed_rail_en.pdf
https://ec.europa.eu/transport/sites/transport/files/media/publications/doc/modern_rail_en.pdf
https://op.europa.eu/webpub/eca/special-reports/high-speed-rail-19-2018/en/
https://op.europa.eu/webpub/eca/special-reports/high-speed-rail-19-2018/en/#chapter4