Tensão em Timor Leste

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Lancero

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« Responder #450 em: Abril 02, 2008, 03:50:50 pm »






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Timor-Leste Battle Group-3 (2 RAR) Lieutenant Heston Russell with a member of the Portuguese Guarda Nacional Republicana Police (GNR) during a patrol alongside the Comoro River in the suburb of Bebonuk in Dili


http://www.defence.gov.au/opastute/imag ... /index.htm
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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comanche

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« Responder #451 em: Abril 09, 2008, 05:20:49 pm »
Timor-Leste: Justiça para vítimas de 1999 "vai levar talvez uma geração" - Embaixador EUA


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Díli, 09 Abr (Lusa) - O exame completo dos crimes de 1999 em Timor-Leste "vai talvez demorar uma geração", afirmou o embaixador dos EUA em Díli em entrevista à agência Lusa.

"Tem que haver justiça", respondeu o embaixador Hans Klemm quando questionado sobre a posição dos Estados Unidos da América em relação ao julgamento dos crimes cometidos em 1999.

"Tem que haver algum tipo de responsabilidade pelos actos que ocorreram em 1999 e antes. E também pelo que aconteceu em 2006. Tem que ser estabelecida a verdade e apuradas as culpas, em favor das vítimas", defendeu o embaixador dos EUA.

"Mas há exemplos recentes de países como o Chile, Argentina e outros, talvez até a Indonésia, em que a responsabilização pelos crimes do passado foi atingida através do processo de desenvolvimento económico e, mais importante, democrático", declarou Hans Klemm.

"Levou uma geração antes de esses países poderem trazer os culpados à justiça", sublinhou o embaixador norte-americano.

"Os dirigentes timorenses com quem tenho falado dizem que talvez tenha de haver um processo semelhante na Indonésia antes de se poder julgar a violência" que aconteceu em Timor-Leste.

"Os Estados Unidos gostariam que fosse mais rápido", ressalvou, porém, o embaixador norte-americano.

Hans Klemm respondia à questão sobre a credibilidade da Comissão de Verdade e Amizade (KPP, na sigla indonésia), criada entre a Indonésia e Timor-Leste para investigar a violência cometida antes e depois do referendo pela independência.

A KPP deverá apresentar em breve o seu relatório final aos Presidentes dos dois países e ao primeiro-ministro timorense.

Na semana passada, o secretário de Estado adjunto norte-americano para Ásia-Pacífico Oriental, Crhtsipher R. Hill, em visita a Jacarta, declarou que se o resultado da KPP "está bem para a Indonésia e para Timor-Leste, também está bem para os Estados Unidos".

A declaração foi condenada por vários grupos de direitos humanos que leram nas palavras do responsável americano uma legitimação da KPP.

"A KPP tem um mandato limitado e reconhecemos isso", explicou Hans Klemm à Lusa.

"Mas temos esperança que o relatório seja um passo importante para a responsabilização dos culpados pela violência. É preciso notar que nós ainda não lemos o relatório. Nem uma página. É injusto avaliar a sua credibilidade sem ler", notou o embaixador norte-americano em Díli.

 

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comanche

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« Responder #452 em: Abril 09, 2008, 05:21:22 pm »
Timor-Leste: Justiça para vítimas de 1999 "vai levar talvez uma geração" - Embaixador EUA


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Díli, 09 Abr (Lusa) - O exame completo dos crimes de 1999 em Timor-Leste "vai talvez demorar uma geração", afirmou o embaixador dos EUA em Díli em entrevista à agência Lusa.

"Tem que haver justiça", respondeu o embaixador Hans Klemm quando questionado sobre a posição dos Estados Unidos da América em relação ao julgamento dos crimes cometidos em 1999.

"Tem que haver algum tipo de responsabilidade pelos actos que ocorreram em 1999 e antes. E também pelo que aconteceu em 2006. Tem que ser estabelecida a verdade e apuradas as culpas, em favor das vítimas", defendeu o embaixador dos EUA.

"Mas há exemplos recentes de países como o Chile, Argentina e outros, talvez até a Indonésia, em que a responsabilização pelos crimes do passado foi atingida através do processo de desenvolvimento económico e, mais importante, democrático", declarou Hans Klemm.

"Levou uma geração antes de esses países poderem trazer os culpados à justiça", sublinhou o embaixador norte-americano.

"Os dirigentes timorenses com quem tenho falado dizem que talvez tenha de haver um processo semelhante na Indonésia antes de se poder julgar a violência" que aconteceu em Timor-Leste.

"Os Estados Unidos gostariam que fosse mais rápido", ressalvou, porém, o embaixador norte-americano.

Hans Klemm respondia à questão sobre a credibilidade da Comissão de Verdade e Amizade (KPP, na sigla indonésia), criada entre a Indonésia e Timor-Leste para investigar a violência cometida antes e depois do referendo pela independência.

A KPP deverá apresentar em breve o seu relatório final aos Presidentes dos dois países e ao primeiro-ministro timorense.

Na semana passada, o secretário de Estado adjunto norte-americano para Ásia-Pacífico Oriental, Crhtsipher R. Hill, em visita a Jacarta, declarou que se o resultado da KPP "está bem para a Indonésia e para Timor-Leste, também está bem para os Estados Unidos".

A declaração foi condenada por vários grupos de direitos humanos que leram nas palavras do responsável americano uma legitimação da KPP.

"A KPP tem um mandato limitado e reconhecemos isso", explicou Hans Klemm à Lusa.

"Mas temos esperança que o relatório seja um passo importante para a responsabilização dos culpados pela violência. É preciso notar que nós ainda não lemos o relatório. Nem uma página. É injusto avaliar a sua credibilidade sem ler", notou o embaixador norte-americano em Díli.

 

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ricardonunes

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« Responder #453 em: Abril 10, 2008, 08:25:49 pm »
Indonésia por detrás dos atentados em Timor

O grupo rebelde que quase matou o presidente Ramos-Horta foi apoiado a partir de Jacarta e das milícias de Timor Ocidental.

O major Alfredo Reinado, morto durante um ataque à residência do presidente Ramos-Horta em Díli, no dia 11 de Fevereiro, que quase tirou a vida ao chefe de Estado timorense, manteve até ao fim uma estreita ligação à Indonésia. O líder rebelde recebeu apoio logístico e militar a partir de Jacarta e das cidades de Kupang e de Atambua, em Timor Ocidental, onde ainda se concentram elementos das milícias timorenses que mataram 1.500 pessoas e dizimaram o país em 1999, quando um referendo popular deu a independência à antiga província indonésia.

A análise pelo Expresso dos registos telefónicos feitos desde o final de 2007 por Reinado e pelo tenente Gastão Salsinha, que sucedeu ao major à frente do grupo de rebeldes, e o confronto das chamadas e de SMS para números de telefone indonésios com alguns dos seus proprietários provam que existiu apoio material, havendo também indícios de uma forte contribuição financeira e de uma influência directa na decisão do líder rebelde em atacar Ramos-Horta e Xanana Gusmão, o actual primeiro-ministro.

Leia todos os pormenores da investigação do Expresso na próxima edição em papel, no sábado, com a história do último telefonema de Reinado na véspera antes de morrer e as provas sobre a sua ligação a Hércules, um timorense conhecido em Jacarta como o "rei dos gangsters" e que foi um dos protegidos nos anos 90 do general indonésio Zacky Anway Makarim, indiciado pelo painel de crimes de guerra da ONU como um dos responsáveis pelas atrocidades cometidas em Timor em 1999.
Potius mori quam foedari
 

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Lancero

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« Responder #454 em: Abril 10, 2008, 09:14:25 pm »
Esta também é muito "boa",


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Former Indonesian Militia Leader Released from Jail
By Nancy-Amelia Collins
Jakarta
08 April 2008
 

Just hours after being released following two years in a Jakarta prison, former pro-Jakarta militia leader Eurico Guterres announced plans to run for Indonesia's parliament next year. As VOA's Nancy-Amelia Collins reports from Jakarta, Guterres' 10-year sentence for human rights abuses committed during East Timor's vote for independence was overturned last week by Indonesia's supreme court.


 
Eurico Guterres, the pro-Jakarta militia leader serving a 10-year jail sentence for crimes against humanity, walked out of Jakarta's Cipinang prison, late Monday evening, two days after the supreme court over turned his conviction.

Guterres, who studied law while in prison, says he will return to West Timor to visit his family before returning to Jakarta to continue his studies and prepare to run for parliament elections, next year.

Guterres was the only person jailed for the post-election violence after East Timorese voted for independence from Indonesia in 1999. Seventeen other suspects indicted by Jakarta prosecutors were eventually set free, following acquittals by the supreme court and the appellate court.

At least 1,000 people were killed and much of the country's infrastructure destroyed by angry pro-Jakarta militias, backed by the Indonesian army, after East Timorese voted overwhelmingly for independence from Indonesia's 24-year rule.

A lawyer for Guterres, Mahendratta, says his client does not intend to seek compensation from the government for his time in prison.

"We all happy because we can prove the truth to the supreme court and he has been released," he said. "Eurico Guterres said that he will not keep hard feelings to the government of Indonesia and he will not sue the government of Indonesia."

International and national human rights groups have criticized Indonesia's failure to bring those responsible for the violence in East Timor to justice.

In 2005, Indonesia and East Timor formed a joint truth commission to investigate the violence surrounding the independence vote.

But the truth commission does not have any power to prosecute and can recommend amnesty for those found guilty of major crimes.

The United Nations is boycotting the commission because of the amnesty provision.

Usman Hamid, from the Indonesian human rights group Kontras, calls on the international community to support an international tribunal.

"This is very important in Indonesia, not only in regards to international community, to make sure that those responsible for crimes against humanity be prosecuted in international ad hoc tribunal," Hamid said. "But also it is important to improve Indonesian national legal system so that in the future we won't have this kind of violence take place again."

East Timor, a former Portuguese colony, has been independent since 2002.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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ricardonunes

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« Responder #455 em: Abril 11, 2008, 04:24:41 pm »
Timor-Leste: À caça de Salsinha nas montanhas de Ermera
11 de Abril de 2008, 15:20


** Pedro Rosa Mendes, da Agência Lusa **

Díli, 11 Abr (Lusa) - Noventa por cento dos efectivos das Forças de Defesa timorenses andam atrás de Gastão Salsinha. Todos os ramos estão envolvidos. É natural cruzar com um comandante de Marinha na estrada de Letefoho, a 1 700 metros de altitude.

"Começámos em Letefoho as buscas às 05:00 da manhã. Acabámos e já vamos para as rusgas no suco Estado", explica o major Higino das Neves.

Em Timor-Leste, não se foge para fora. Foge-se para cima.

O suco (conjunto de aldeias reunidas sob a autoridade de um chefe) de nome Estado fica na montanha em frente, numa estrada sem saída.

É nestas alturas da cordilheira do Ramelau, frequentemente com névoa e chuva, que a operação "Halibur" persegue Salsinha e os seus homens.

"É um terreno difícil mas para nós, timorenses, não é", diz à Agência Lusa o major Neves.

Higino das Neves é o comandante da Componente Naval timorense, o mesmo cargo que pertenceu, em tempos, ao major Alfredo Reinado, até ser demitido por usar as duas lanchas para cruzeiros pessoais.

É em Reinado, ex-marinheiro, que começa a história da perseguição a Salsinha.

Reinado atacou, a 11 de Fevereiro, a casa do Presidente da República. Morreu.

O ex-tenente Salsinha atacou, de seguida, o primeiro-ministro. Fugiu.

Salsinha tem as armas e os homens que estavam com Reinado, incluindo alguns cadastrados e alguns peticionários. Cerca de metade do grupo rendeu-se, a conta-gotas, ao comando conjunto.

Os rendidos descem da montanha e desaguam no quartel-general da operação, junto ao farol que sinaliza a baía de Díli, onde são submetidos a sessões suaves de interrogatório, bolinhos e café.

Polícias e militares dão caça, em conjunto, aos restantes fugitivos, que o tenente-coronel Filomeno Paixão, comandante da "Halibur", calcula em 15 homens, depois de mais seis rendições nas últimas 48 horas.

A entrega de homens não tem sido acompanhada da entrega de armas e os fugitivos dispõem ainda de várias armas de cano longo, HK33, FNC, SKS, M16.

Com este perigo em mente, e mantendo a preferência por uma captura de Salsinha vivo, as regras operacionais da "Halibur" subiram de tom há dois dias.

"Se Salsinha quiser, vamos disparar. Se ele não quer render-se... Ele é que escolhe. As Falintil estão preparadas para isto", garante o major Neves num português correcto, com um sotaque correcto de um adulto que aprendeu a língua de Camões num curso da Cooperação Militar portuguesa.

"As populações estão avisadas para não ir às plantações a partir de hoje", dizia à Lusa, na quinta-feira, o major Neves.

"Vamos dispersar então. O tempo é ouro para nós", despede-se o major Neves, sumindo na estrada do suco Estado navegando a sua coluna de viaturas do exército e viaturas civis alugadas pela operação "Halibur".

A "Halibur" dura há oito semanas. Como ficou claro na última reunião das chefias militares com os titulares políticos, a percepção do êxito da operação está dependente da captura de Salsinha.

Outro factor de urgência é o regresso do Presidente Ramos-Horta ao país, a 17 de Abril.

"Certamente, nós queremos ter o problema já resolvido antes do termo do estado de sítio", admitiu, no domingo, o tenente-coronel Filomeno Paixão, aludindo à data de 23 de Abril.

"Ai, o governo de Timor. Não tiveram pressa quando resolver era fácil", comenta, em Gleno, capital do distrito de Ermera, um homem que deu apoio logístico e político a Alfredo Reinado e, agora, a Salsinha.

"Agora, que é mais difícil, querem andar". E ri-se.

"Mandaram avisar para não irmos às hortas nem aos cafezais. Mas esqueceram-se que vem aí a colheita e é preciso entrar pelas plantações".

Quando será isso? "Lá para Maio..."

A última promessa de Salsinha, através de uma carta de que este homem foi portador, é a que se apresenta apenas a José Ramos-Horta, depois de ele voltar ao país.

Chega-se a suco Estado por um desvio na estrada que sobe de Gleno. Há uma via-sacra de cruzes de pau, uma curva ascendente e, de repente, uma clareira com vista para Letefoho.

Do lado direito, um homem vem descendo a escadaria da igreja com a cautela de quem pisa água turva. É cego.

Do lado contrário, uma grande árvore sagrada, com caveiras humanas num nicho das raízes, marca o sítio do antigo tribunal dos reinos da montanha.

Ali ao lado, num alpendre, dorme há mais de um mês um pelotão das forças conjuntas. Não há soldados, mas há mochilas verdes durante o dia.

"A população est�� calma. Sentem-se satisfeitos com a presença das forças conjuntas. A 'Halibur' está a dar mais segurança à população e as pessoas não têm medo de nada", conta o chefe de suco, António Maia.

"Sentimos que não podemos ir ver as hortas mas percebemos que a situação é diferente. Esperamos que Salsinha se entregue o mais rápido possível para voltarmos às hortas e aos cafezais", diz António Maia.

O chefe do suco assegura que "a tropa ainda não fez mal a ninguém, sobretudo tortura". Em Díli, no parlamento, uma líder de bancada acusou as forças timorenses de espancarem civis em Ermera.

Estas montanhas e cafezais são o terreno onde Reinado e Salsinha forjaram a sua aliança fatal e onde a rebeldia sempre contou com apoio popular.

"Todos sabem que, há dois anos, Alfredo e Salsinha com os seus homens tinham actividades no distrito de Ermera. É normal que a população lhe ofereça um prato de comida", admite, lacónico, o chefe do suco Estado.

"As rusgas em casas vão começar", anunciou o major Neves antes de desaparecer com as suas fardas verdes e azuis.

Lusa/fim
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Lince

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« Responder #456 em: Abril 12, 2008, 02:21:59 pm »
Citação de: "Morkanz"
Vinha hoje no Jornal Destak a informação de que a Indonésia tinha dado apoio logistico e militar ao ex-comandante do Exército, Alfredo Reinado que preparou e executou os atentados ao senhor Presidente Ramos Horta e ao 1ºMinistro Xanana Gusmão.

Fonte: http://www.destak.pt/docs/465/lisboab.pdf

Página 07, canto superior direito

Não sei se nos noticiarios nas televisões também falaram nisso.
Cumprimentos

 

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André

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« Responder #457 em: Abril 13, 2008, 02:07:09 pm »
Ramos Horta não teme pela sua segurança no regresso

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O presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, assegurou hoje que não teme pela sua segurança quando voltar quinta-feira ao país, mais de dois meses após o atentado que quase lhe custou a vida.
Ramos Horta, numa declaração feita na cidade australiana de Darwin, referiu que já se encontra quase plenamente recuperado dos ferimentos e que retomará as suas tarefas de chefe de Estado logo a partir do momento em que ponha de novo os pés em Timor-Leste.

«Deus e os timorenses estão do meu lado», disse o presidente para justificar a sorte que teve quando um projéctil passou a apenas dois milímetros da sua coluna vertebral, mas sem a danificar.

O Nobel da Paz abandonou em 19 de Março o hospital onde esteve internado desde o atentado que sofreu em 11 de Fevereiro. Ramos Horta foi atingido com três balas, duas nas costas e uma no estômago, tendo recebido assistência de urgência em Dili antes de ser transferido para Darwin, onde foi sujeito a várias operações e de onde saiu há três semanas da unidade de cuidados intensivos.

O líder de Timor-Leste foi atacado diante da sua casa por soldados amotinados leais ao comandante Alfredo Reinado, que morreu no tiroteio, enquanto que o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmao, saiu ileso no mesmo dia de outro ataque contra o seu veículo.

Reinado liderou em meados de 2006 protestos de 599 militares expulsos do exército por insubordinação, que desencadearam uma vaga de violência em que morreram 37 pessoas e cerca de 100 mil tiveram de abandonar as suas casas.

A crise determinou o envio para o país de forças de paz estrangeiras sob comando da Austrália e das Nações Unidas e levou à demissão do então primeiro-ministro, Mari Alkatiri.

Diário Digital / Lusa

 

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zeNice

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« Responder #458 em: Abril 14, 2008, 02:50:28 pm »
Perante estes factos da Indónesia estar envolvida, poderá surgir um conflito?
 

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ricardonunes

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« Responder #459 em: Abril 16, 2008, 12:44:44 pm »
Descoberta da Polícia Federal Australiana
Líder rebelde tinha um milhão de dólares no banco

Descoberta na Austrália uma conta avultada em nome de Alfredo Reinado, o rebelde morto durante um atentado contra o presidente Ramos-Horta. Aumentam os indícios sobre apoios recebidos fora de Timor.

A Polícia Federal Australiana encontrou uma conta conjunta na Austrália em nome do líder rebelde timorense Alfredo Reinado e de Angelita Pires, sua assessora e amante. A conta chegou a acumular um depósito de um milhão de dólares, soube o Expresso junto de uma fonte oficial do Estado timorense, naquele que é um dos achados mais promissores da investigação ao grupo rebelde que quase matou José Ramos-Horta num duplo atentado a 11 de Fevereiro contra o presidente Timorense e também contra o primeiro-ministro Xanana Gusmão, que acabaria por sair ileso.
 
Quando foi detectada pelos investigadores australianos, a conta apresentava um montante de 800 mil dólares - sendo que tinham sido levantados 200 mil dólares, ainda quando o major Reinado estava vivo. A informação foi prestada pela Polícia Federal Australiana ao Estado timorense e está a ser encarada como uma evidência de que Reinado recebeu dinheiro de fora de Timor para apoio das suas actividades enquanto líder de um grupo de mais de 20 rebeldes. Segundo a mesma fonte, que pediu a reserva da sua identidade, "nenhum timorense tem capacidade de dar quantias dessas a ninguém".
 
De acordo com uma fonte ligada ao aparelho judicial em Timor, Angelita Pires, uma timorense também com nacionalidade australiana, tinha na sua conta pessoal em Díli apenas 5000 dólares, sendo que todos os depósitos e levantamentos foram feitos em dinheiro. Junto do corpo de Reinado, morto a tiro pela segurança pessoal do presidente Ramos-Horta, foram só encontrados 200 dólares.
 
Onde estão os relatórios do FBI e da Austrália?
 
Apesar da quantidade de pistas que podem ser seguidas neste momento para desvendar os atentados contra as duas figuras mais importantes do país, as dúvidas sobre o bom termo da investigação judicial são, no entanto, cada vez maiores em Timor.
 
O relatório feito pelos dois agentes do FBI que foram enviados a Díli pelos Estados Unidos logo em Fevereiro ainda não foi acrescentado ao processo judicial, embora tenha sido concluído há já várias semanas. O mesmo se passa com a investigação feita pela polícia federal australiana (AFP), que decidiu enviar no próprio dia dos atentados um reforço de 70 agentes para desmontar a história dos incidentes, mas cujos resultados continuam estranhamente sem constar do processo.
 
Quer o FBI quer a polícia federal australiana estiveram a trabalhar para o procurador-geral da República, Longuinhos Monteiro, cujo perfil e cuja actuação têm sido seriamente postos em causa por diversas vezes desde que a crise político-militar em Timor entrou em erupção, em Março de 2006. Longuinhos Monteiro foi responsável há um mês pelas negociações com o sucessor de Reinado à frente dos rebeldes, o tenente Gastão Salsinha, para que se entregasse e pelos anúncios sucessivos de que estava tudo resolvido, depois de no ano passado ter sido ele a passar salvo-condutos (ilegais) a alguns homens do grupo.
 
Entretanto, a agência Lusa avançou no último fim-de-semana que dez rebeldes do grupo agora conduzido por Salsinha terão fugido para a Indonésia. A Lusa citava fontes das forças de segurança timorenses e referia que as F-FDTL (Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste) e a PNTL (Polícia Nacional de Timor-Leste) estão preocupadas com a possibilidade de haver uma aproximação do grupo de Salsinha a Hércules Rosário Marçal e Eurico Guterres, dois timorenses na Indonésia que aterrorizaram os seus conterrâneos nos anos 90 a soldo de generais da ala dura de Jacarta. Eurico Guterres era o chefe da milícia pró-indonésia Aitarak, responsável por boa parte dos 1500 mortos nos massacres de 1999. A notícia surgiu na sequência da revelação feita pelo Expresso de que Reinado foi apoiado a partir de Jacarta e pelas milícias em Timor Ocidental, tendo estabelecido uma ligação directa a Hércules.
 
Em entrevista ao Expresso, o presidente Ramos-Horta admitiria que tem conhecimento do envolvimento de "militares indonésios que tiveram ligações com Timor mas que agiram individualmente, e não enquanto instituição das forças armadas. Os indícios são muito fortes".
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Lancero

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« Responder #460 em: Abril 18, 2008, 02:58:55 pm »
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Timor-Leste: Três suspeitos dos ataques contra Horta e Xanana detidos pela polícia indonésia    

   Lisboa, 18 Abr (Lusa)- A polícia da Indonésia prendeu três suspeitos  dos ataques ao Presidente e ao primeiro-ministro Timorenses em Fevereiro,  anunciou o chefe de Estado indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono.  

 

   A notícia, divulgada pela australiana ABC News, dá conta da prisão dos  três suspeitos, ex-militares nas Forças de Defesa de Timor-Leste, mas não  avança detalhes em relação à sua identidade nem ao local onde foram detidos.  

 

 

   O governo indonésio pediu ao Presidente timorense, entretanto, provas  sobre o alegado envolvimento de cidadãos indonésios no ataque de que foi  alvo na sua resiência em 11 de Fevereiro e que o deixou ferido com gravidade.  

 

   Ramos-Horta disse à Agência Lusa na quarta-feira que "elementos ligados  aos Kopassus indonésios", as forças especiais com uma longa história durante  a ocupação de Timor-Leste, estiveram ligados ao 11 de Fevereiro.  

 

   "São gente vingativa e a linha dura de alguns militares não aceita a  independência", explicou José Ramos-Horta sobre essa suspeita.  

 

   "Nós precisamos que a acusação esteja suportada pela substância", respondeu  hoje o ministro de Negócios Estrangeiros do Governo de Jacarta, Hassan Wirajuda,  em declarações à agência indonésia ANTARA.  

 

   Wirayuda considera que se o governo de Timor-Leste conseguir fornecer  as provas, não só o ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia poderá  investigar o assunto, mas também outras instituições do Governo Indonésio.  
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Lancero

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« Responder #461 em: Abril 20, 2008, 10:04:41 pm »










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PereiraMarques

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« Responder #462 em: Maio 15, 2008, 03:07:21 pm »
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade Técnica de Lisboa
Eventos

2008-05-20
Timor - Leste: As Errâncias do Estado


 :arrow: http://www2.iscsp.utl.pt/archive/doc/Ca ... 008_A4.pdf

Pólo Universitário do Alto da Ajuda
Rua Almerindo Lessa - 1300-663
Lisboa
 

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Jorge Pereira

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« Responder #463 em: Maio 15, 2008, 03:10:16 pm »
Põe isso também no tópico AGENDA - CALENDÁRIO DE EVENTOS E ACTIVIDADES  c34x
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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PereiraMarques

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« Responder #464 em: Maio 15, 2008, 03:27:23 pm »
Estava-me a esquecer desse tópico novo...vou já por... :wink: