Portugal não vai enviar homens para o Libano

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Jorge Pereira

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« Responder #45 em: Agosto 23, 2006, 02:50:40 pm »
Citação de: "Luso"

Realmente estão muito preocupados com o povo, estão.
É a Bomba que esses loucos querem.
É transparente!

Acertem-lhe o passo quanto antes. Caso contrário vai sobrar para TODOS nós.


Lamentavelmente penso que a solução passará necessariamente por aqui:


 
Em Whiteman AFB está tudo pronto c34x . Só espero é que a opção nuclear para ataques a grandes profundidades no solo seja posta de lado.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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migbar2

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« Responder #46 em: Agosto 23, 2006, 11:25:47 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Pois é migbar2 o problema está na utilização dessas mesmas unidades, ora vejamos:
As 2 companhias Operacionais de Comandos acabaram de vir do Afeganistão;
O DAE está no Congo;
Os Precursores...apesar de ser uma unidade excelente e ter militares ainda melhores, não é bem a sua missão;
As Operações Especiais poderiam ir, mas teriam que ser integradas numa unidade de Operações Especiais (tal como acontece com o DAE no Congo);
A Rescom têm muitos poucos elementos, por isso só daria para um contigente.
Pessoalmente acho que neste momento a única unidade que não está a ser usada nas missões internacionais e nem está escalonada para isso é o 2º Batalhão de Fuzileiros, mas mais uma vez constata-se a falta dos famosos blindados.
Sendo assim, sabendo da falta de recursos financeiros que as Forças Armadas Portuguesas têm, acho que devemos estar quietos no nosso canto, mas agora quem decide é quem tem que dar a palavra final.






Pois é colega, estou 100% de acordo e para que não pensem que foi desconsideração minha não referir os fuzileiros (exceptuando o DAE) devo dizer que considero o nosso batalhão ligeiro de desembarque dos fuzileiros uma das, senão a unidade de excelencia das nossas forças armadas, só não a referi porque as missões para as quais ela está vocacionada naquele teatro de guerra seriam muito complicadas de executar enquanto não apoiados por bons blindados  :Tanque: .
 

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migbar2

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« Responder #47 em: Agosto 23, 2006, 11:40:32 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Citação de: "Luso"

Realmente estão muito preocupados com o povo, estão.
É a Bomba que esses loucos querem.
É transparente!

Acertem-lhe o passo quanto antes. Caso contrário vai sobrar para TODOS nós.

Lamentavelmente penso que a solução passará necessariamente por aqui:


 
Em Whiteman AFB está tudo pronto :anjo:  , santa inocencia  :? !!!
 

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ricardonunes

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« Responder #48 em: Agosto 25, 2006, 10:12:23 am »
Amado quer 150 homens no Líbano
Missão da ONU - ministro decidirá hoje

Citar
O chefe da diplomacia portuguesa, que terminou ontem uma visita oficial à Líbia, Jordânia e Egipto, participa hoje numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia com o secretário-geral da ONU, de onde se espera que saia um esclarecimento preciso sobre a missão da ONU.

O Governo tem mantido, até agora, uma reserva absoluta sobre o efectivo militar que irá ser enviado para o sul do Líbano, mas, ao que o CM apurou junto de fonte governamental, o cenário em que os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, estão a trabalhar aponta para “o envio de uma companhia de cerca de 150 homens, que é uma participação de acordo com a responsabilidade de um país que vai assumir a presidência da União Europeia (UE)” no segundo semestre de 2007.

A decisão final sobre a participação portuguesa na UNIFIL deverá, segundo o próprio Ministério dos Negócios Estrangeiros, ser decidida hoje, após a reunião, em Bruxelas, dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE com Kofi Annan. Depois de ter apelado aos países europeus para uma maior participação na UNIFIL, o secretário-geral da ONU vai tentar hoje desbloquear o impasse no envio de tropas europeias para o Médio Oriente. O mesmo apelo fez ontem o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.


http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=91&p=200
Potius mori quam foedari
 

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pedro

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« Responder #49 em: Agosto 25, 2006, 10:23:34 am »
Eu sou em contra de enviar militares para o Libano com o material que temos agora mas eles la sabem. :evil:
Cumprimentos
 

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ricardonunes

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« Responder #50 em: Agosto 25, 2006, 10:38:51 am »
Pois eu sou contra o envio de militares para o Sul do Libano quer com equipamento adequado, quer sem ele.
Isto vai ser mais ou menos como o envio da GNR para o Iraque, quando chegar a altura sai um despacho (que desbloquei uns milhões de euros) que permite a aquisição do equipamento necessário.
E andam estes, e outros que por cá passaram e os que virão, politicos a falar de contenções orçamentais.
Potius mori quam foedari
 

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Yosy

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« Responder #51 em: Agosto 25, 2006, 12:11:54 pm »
Concordo. Ao contrário da França, Portugal nem tem ligações com aquele território. Por mim, enviava-se só um navio da Armada ou C-130s, etc - nunca tropas terrestres.
 

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Bravo Two Zero

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« Responder #52 em: Agosto 25, 2006, 02:26:14 pm »
Citação de: "Yosy"
Concordo. Ao contrário da França, Portugal nem tem ligações com aquele território. Por mim, enviava-se só um navio da Armada ou C-130s, etc - nunca tropas terrestres.


Subscrevo por baixo
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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Get_It

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« Responder #53 em: Agosto 25, 2006, 03:56:54 pm »
Citação de: "Bravo Two Zero"
Citação de: "Yosy"
Concordo. Ao contrário da França, Portugal nem tem ligações com aquele território. Por mim, enviava-se só um navio da Armada ou C-130s, etc - nunca tropas terrestres.

Subscrevo por baixo

Por mim basicamente nem um nem outro, apenas continuava-se a apoiar o ACNUR com os C-130. E olhem que já chegava muito bem.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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JLRC

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« Responder #54 em: Agosto 25, 2006, 04:10:58 pm »
Citação de: "Yosy"
Concordo. Ao contrário da França, Portugal nem tem ligações com aquele território. Por mim, enviava-se só um navio da Armada ou C-130s, etc - nunca tropas terrestres.


Completamente de acordo Yosy.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #55 em: Agosto 25, 2006, 05:06:18 pm »
Numa das noticias que eu li, falava-se de uma unidade de Engenharia ou Transmissões, ou seja, como não temos homens nem material da Arma da Infantaria, enviamos unidades de apoio. Ainda quero saber é que Brigada vamos ficar inseridos...  :?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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pasa

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Envio de tropas portuguesas para o Líbano
« Responder #56 em: Agosto 30, 2006, 12:34:18 am »
Politicas à parte, poderia dizer que qualquer profissional que abrace uma profissão -  e nesta particularmente, considero difícil viver-se sem um mínimo de vocação -  gosta de exercer aquilo para que se preparou. Estabeleço ainda uma outra comparação: imaginem um atleta olímpico que se prepara anos a fio para 2 ou 3 grandes eventos e que não pode participar porque os jogos foram cancelados. Sentirá certamente uma enorme frustração.
Acontece que os militares não têm de ser necessariamente iguais às outras profissões existentes na nossa sociedade; refiro-me especificamente ao facto de os militares não terem de produzir matéria-prima que contribua para o PIB do nosso país. Não é assim em nenhum país do mundo, porque terá que ser no nosso? PF, não desçam os militares à condição de terem de “alugar” as suas tendas e viaturas para poderem gerir o dia-a-dia nas Unidades.....e mais não digo!
Para o cidadão normal, será então bastante difícil, senão mesmo uma tarefa hercúlea, tentar compreender a razão da existência de umas Forças Armadas num país tão pequeno e tão carenciado. Talvez a primeira ideia que lhe venha à mente, fruto do passa-palavra de gerações que vieram cumprir o serviço militar, seja esta: os militares não fazem nada e passam o tempo nos quartéis a tentar justificar a sua existência. E de facto, o que estou eu a fazer, ao escrever estas linhas? Bem, assim é difícil exercer uma profissão, em que à partida tenhamos que permanentemente justificar a razão dos dinheiros gastos e que são fruto do trabalho de todos os Portugueses.
Falando português corrente e corrido, a ideia será esta: A tropa não tem que dar lucro, como uma grande empresa; tem, sim, de gastar bem e demonstrar que os recursos empregues foram ajuizadamente gastos. Talvez isto ainda não aconteça em todos os organismos onde se gastam dinheiros públicos, mas no seio das Forças Armadas, existe um grande esforço nesse sentido. Se entendermos a utilidade de umas Forças Armadas dimensionadas para o nosso país, e adequadas aos compromissos assumidos, facilmente compreenderemos que o lugar delas será onde melhor prestigiam o país, onde melhor poderão empregar toda a sua força e todo o seu empenho, fruto do treino diário e incessante. No fundo, será onde de pequenos nos fazemos grandes, pelo mundo inteiro.
Claro que os diversos analistas políticos e políticos de profissão se questionam: mas que interesses temos nós no Líbano ou naquela região? Eu pergunto: e que interesses temos no Afeganistão ou no Iraque? Claro que muito poucos, ou pelo menos, não tantos como as potências, que para lá nos tentam empurrar, ou nos incitam a ser solidários.
Independentemente de tudo isto, os militares, como sempre, estão preparados. E nem com as consecutivas desorçamentações de que têm sido alvo se desencorajam ou se atrevem a dizer não aos sucessivos governos. Por isso digo: envio de tropas portuguesas para o Líbano, porque não?! Será perigoso? Sim. Será um TO, em que as coisas se poderão complicar? Talvez. Não estamos a expor desnecessariamente os nossos militares? Não, sinceramente penso que não. Foi para isso que eles treinaram, foi para assumir riscos que eles confiaram no seu treino. Se não estiverem em acção nas missões de paz, para que se preparam eles no dia-a-dia? O leque de missões das Forças Armadas é hoje cada vez mais diverso e complexo, mas nunca foram tão desafiantes as novas missões, para o nosso pequeno país, que tenta afirmar-se pela sua neutralidade nos conflitos e que se destaca pela unânime aceitação das suas Forças Militares em qualquer cenário de guerra.
 

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Luso

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« Responder #57 em: Agosto 30, 2006, 12:40:58 am »
"Portugal, país pequeno e carenciado"?
 :G-beer2:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #58 em: Agosto 30, 2006, 12:44:09 am »
Posso não concordar com a totalidade do seu post, mas achei que foi sem dúvida uma contribuição de salientar no forum. Continue a postar...  :wink:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

PIB
« Responder #59 em: Agosto 30, 2006, 01:49:18 am »
Caro "pasa":

O seu post é bastante ajustado e a ideia que expressa parece-me correcta. Permita-me que faça um pequeno reparo de pormenor, que em nada diminui o fundamento do seu texto: os militares contribuem para o PIB e qualquer economista poderá explicá-lo infinitamente melhor do que eu. Para que isso aconteça, basta que tenham um vencimento, isto é, que tomem parte na "cadeia económica" do país, o que, na realidade, acontece. O produto dos militares é: DEFESA. Os militares produzem defesa, directa e indirectamente. Fazendo de novo o "link" ao seu post, que, repito, é bastante ajustado, o produto dos militares enquanto não estão empenhados é tanto melhor quanto mais bem treinados e preparados estiverem. É para isso que o Estado lhes paga.

O problema para o PIB acontecia no tempo do SMO/ SEN. Nessa altura, a generalidade da população (e dos militares) acreditava que os conscritos não eram um peso assim tão grande porque não tinham direito a vencimento (somente uma "compensação financeira" que nem sequer para ir dois fins-de-semana a casa de comboio dava). Ideia falsa: os conscritos eram um enorme peso na economia por dois motivos: primeiro porque enquanto prestavam serviço militar eram retirados dos seus ofícios civis, saindo portanto da cadeia económica; segundo porque o já referido facto de não receberem um vencimento, também não os incluia na cadeia, uma vez que não possuíam dinheiro para reintroduzir na cadeia como consumidores (era o dinheiro de outro alguém, familiar, etc., ou pura e simplesmente ficavam nos quartéis, para não gastar). Ora, uma economia avança através da circulação de dinheiro numa relação de vencimento- gasto. No caso dos conscritos não acontecia.