Sector da Saude - Hospitais, etc..

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Marauder

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Sector da Saude - Hospitais, etc..
« em: Março 07, 2006, 11:51:03 am »
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Lisboa vai perder mais hospitais
Vários hospitais de Lisboa vão ser “desactivados” entre 2009 e 2011. A informação, segundo noticia hoje o Jornal de Negócios, consta no «Plano de acções prioritárias» do Ministério tendo em vista o “Reordenamento das capacidades hospitalares da cidade de Lisboa».

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Jornal de Negócios Online
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlP ... tId=272601

Racionalização de meios...vá lá...a malta até já começa a perceber as cenas..

E o facto que uma boa parte da força de trabalho de Lisboa vive fora desta...não faz sentido os hospitais estarem todos em Lisboa..
 

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Marauder

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« Responder #1 em: Junho 27, 2006, 03:06:18 pm »
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Hospital Santa Maria vai privatizar serviços

A administração do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vai privatizar, através de parcerias público-privadas (PPP), a maioria dos serviços da unidade, adianta o Jornal de Negócios esta terça-feira.

 

O jornal cita uma fonte do hospital para referir que a gestão do Santa Maria apenas se ocupará do core business, ou seja, consultas, cirurgias e cuidados continuados.
Todos os restantes serviços, como análises clínicas, radiografias e a gestão e manutenção das infra-estruturas serão contratadas com empresas privadas exteriores ao hospital.

De acordo com a mesma fonte, as mudanças permitirão à unidade hospitalar poupar cerca de 53 milhões de euros a partir de 2008.

14-03-2006 7:36:49
 

de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... news=64516
 

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Marauder

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« Responder #2 em: Junho 27, 2006, 03:13:44 pm »
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Parceria Público/Privado: Governo constrói 6 hospitais

O ministro da Saúde, Correia de Campos, decidiu avançar com a construção de mais seis hospitais em regime de parceria com o sector privado, seguindo as recomendações do estudo técnico da Escola de Gestão do Porto.


A notícia surge na edição desta terça- feira do jornal Público, que assegura ainda que a primeira unidade a avançar vai ser o Hospital de Todos os Santos, na zona oriental de Lisboa.

O despacho vem confirmar as recomendações do estudo encomendado pelo Ministério da Saúde (MS), no qual a equipa liderada pelo economista Daniel Bessa aconselhava que deveria avançar em primeiro lugar o Hospital de Todos os Santos (Lisboa), depois Faro, Seixal, Évora, Vila Nova de Gaia e a unidade Póvoa do Varzim/Vila do Conde.

Recorde-se que, inicialmente, o estudo preconizava que não fosse construído um novo hospital na margem Sul do Tejo, mas sim que se criassem mais 500 camas no Garcia de Orta (em Almada).

Contudo, depois da fase de discussão pública, o grupo técnico voltou a incluir o Seixal, afirmando haver problemas de acessibilidade.

06-06-2006 8:05:00


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=68033

Nem ata nem desanda...será que é desta?
 

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Marauder

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« Responder #3 em: Julho 06, 2006, 12:57:25 pm »
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Governo destina 400 M€ para empresarializar 20 hospitais
O Governo vai aplicar os 400 milhões de euros destinados à empresarialização do Sistema Nacional de Saúde (SNS) para dotar cerca de 20 hospitais com regras de gestão empresarial, segundo a edição de hoje do Diário Económico.

Segundo fonte oficial do Ministério da Saúde, ainda não é conhecido o montante de capital social que vai ser destinado a cada unidade, uma vez que os planos de negócio estão ainda em discussão nos ministérios da Saúde e Finanças.

No entanto, a mesma fonte dá quase como certo que estes 20 hospitais vão consumir a quase totalidade da fatia destinada ao processo de empresarialização em 2006.

Actualmente, Portugal tem 101 hospitais inseridos no SNS, dos quais 31 estão já a funcionar com regras de gestão mais ágeis e autónomas relativamente ao poder central desde 2002.

06-07-2006 9:23:08


de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=235121

Hehe..por alguma coisa o chama de "Socas caga milhões!"

Os problemas dos hospitais, entre outros, são....1º..arranjar gestores/administração competente...e 2º que essa administração não mude com as eleições, como acontece actualmente. Existem projectos bons, de medio/longo prazo que são congelados/cancelados devido às malditas eleições. Um insight de uma fonte minha do Hospital Garçia de Horta......é o que dá as administrações terem cores partidárias..
 

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Chicken_Bone

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« Responder #4 em: Maio 24, 2009, 12:19:53 pm »
Revivendo este tópico....

Empresas do "cluster" da saúde investirão 250 milhões nos próximos três anos
As empresas que integram o Health Cluster Portugal, pólo dinamizador da saúde que foi lançado há um ano e que fez hoje um primeiro balanço, deverão investir entre 250 e 300 milhões de euros nos próximos três a quatro anos em actividades de investigação e desenvolvimento (I&D).


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As empresas que integram o Health Cluster Portugal, pólo dinamizador da saúde que foi lançado há um ano e que fez hoje um primeiro balanço, deverão investir entre 250 e 300 milhões de euros nos próximos três a quatro anos em actividades de investigação e desenvolvimento (I&D).

O presidente do HCP, Luís Portela (que lidera também a farmacêutica portuguesa Bial), indicou hoje num encontro com a imprensa que o investimento total poderá ser o dobro se considerados outros custos não directamente ligados à I&D, como sejam a construção do instituto de nanotecnologia de Braga ou a construção da Fundação Champalimaud.

O HCP estima que no prazo de uma década as empresas que lhe estão associadas vão triplicar o seu volume de negócios. Actualmente nos 1.500 milhões de euros, a facturação deverá chegar aos 5 mil milhões de euros até 2018, referiu o HCP, tendo por base as projecções feitas pelos seus associados, que incluem hoje cerca de 90 entidades.

Além disso, na próxima década, o mercado português da saúde deverá lançar cinco medicamentos de origem nacional (um deles, da Bial, inicia este ano a comercialização internacional), bem como 50 novos métodos ou dispositivos de diagnóstico.

Luís Portela diz que o HCP fará o seu trabalho independentemente da política governamental para o medicamento. “Vamos procurar servir nas condições que temos, mas obviamente é desejável que as condições melhorem e as medidas restritivas parem”, afirmou o presidente do ‘cluster’ da saúde.

Sublinhando que “também é muito importante que sejam acarinhados os investimentos em Portugal”, Luís Portela disse ainda que Portugal tem boas condições para a investigação em saúde. João Lobo Antunes, do Instituto de Medicina Molecular, também integra a direcção do HCP e frisou que “os hospitais são os locais ideais para o ensaio de novas tecnologias e de novos fármacos”.

Actualmente o HCP conta com 90 associados, entre sector farmacêutico, empresas de meios de diagnóstico, hospitais e universidades. Há um ano o ‘cluster’ da saúde tinha, no arranque, um conjunto de 55 entidades associadas.


http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=369312
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Chicken_Bone

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« Responder #5 em: Maio 24, 2009, 12:22:57 pm »
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Primeiro "cluster" português de saúde apresentado hoje
O primeiro "cluster" (pólo produtivo especializado) de saúde em Portugal, que reúne empresas, universidades, centros de investigação e hospitais que representam um volume de negócios superior a 1.500 milhões de euros, é hoje apresentado.
Jornal de Negócios  com Lusa

O primeiro 'cluster' (pólo produtivo especializado) de saúde em Portugal, que reúne empresas, universidades, centros de investigação e hospitais que representam um volume de negócios superior a 1.500 milhões de euros, é hoje apresentado.

Lançado em Abril de 2008, o Helth Cluster Portugal (HCP) reúne actualmente 90 associados, entre os quais empresas do sector farmacêutico, da área da biotecnologia, bem como instituições de investigação e desenvolvimento (I&D), universidades e hospitais.

No conjunto, os associados do HCP representam um volume de negócios superior a 1.500 milhões de euros.

O HCP integra também três mil investigadores e oito mil médicos de hospitais públicos e privados.

Durante o seu primeiro ano, o HCP definiu um plano de actividades "com o objectivo de tornar Portugal um operador global no mercado da saúde, reconhecido pela sua qualidade, competitividade e grau de inovação", segundo uma informação divulgada pela organização da sessão de apresentação.

As "apostas estratégicas" do HCP concentram-se em três áreas: "bem estar/envelhecimento, e-health [saúde electrónica] e tratamento de doenças cardiovasculares, degenerativas, cancro, entre outras, de acordo com a mesma fonte.

A sessão de apresentação, que decorrerá no hotel Sheraton, será presidida pelo presidente do HCP, Luís Portela e contará com a presença do vice-presidente João Lobo Antunes e do director executivo Joaquim Cunha.


http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=369220
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inlin3

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« Responder #6 em: Junho 18, 2009, 03:06:31 am »
enfim Sócrates e a luta pela saúde cada vez mais como um negocio e não como um direito.

Ora, privatizam-se hospitais, e fecham-se serviços de "entrada" (como urgências, ginecologia e obstetrícia) nos que não se privatiza. Apoia-se os genéricos (mas só alguns), e de prescrições por DCI, está quieto! Retira-se aos farmacêuticos, (que, apesar de tudo, representam maioritariamente a classe média) a exclusividade de serem os detentores singulares de farmácias, e abre-se mais outra porta aos corporativismos e às grandes empresas. Metem-se os medicamentos de venda livre, nas grandes superfícies (que ja acabam com o comercio tradicional, portanto vamos dar-lhes mais alguma coisa para se entreterem, coitados), e retira-se à classe média mais uma fonte de rendimento.

enfim... pais dos bananas (nós, porque votamos nesses mafiosos)
 

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Chicken_Bone

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« Responder #7 em: Junho 26, 2009, 07:05:15 pm »
O autor da noticia poderia ter escrito um texto com menos erros, mas pronto.

Instituto médico único no país instalado no Avepark
Acordo alcançado com parque empresarial permitiu a fixação da sede em Portugal

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Cavaco Silva inaugurou, esta quinta-feira, no Parque de Ciência e Tecnologia AvePark, em Caldas das Taipas, Guimarães, a sede do Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa.

Ainda imbuído do espírito das comemorações do nono centenário do nascimento de D. Afonso Henriques, o presidente falou da necessidade de preservar os bons exemplos do passado para construir um futuro melhor virado para o empreendedorismo. "São apostas correctas para que o nosso país possa ter competitividade no mundo global. A aposta no conhecimento para diversificar outros sectores como o têxtil e o calçado é essencial", afirmou.

O presidente da República mostrou-se ainda orgulhoso por inaugurar aquela estrutura na cidade-berço, bem no coração do Vale do Ave, uma região marcada nos últimos anos por uma grave crise económica que afectou principalmente o sector da indústria têxtil. "Aqui, onde se fala tanto de crise, é bom que se possa mostrar pólos de conhecimento de excelência que estão a ombrear com estruturas idênticas de outros países".

O edifício ontem inaugurado acolhe igualmente a sede da empresa 3Bês, um grupo de investigação, considerado um dos melhores da Europa, na área dos Biomateriais, Materiais Biodegradáveis e Biomiméticos. Aquela empresa coordena a actividade do Instituto Europeu, que conta já com filiais em 22 locais de 13 países diferentes. Também a partilhar o edifício está a empresa Stemmatters, Biotecnologia e Medicina Regenerativa, Lda, que exerce actividade no âmbito dos materiais para Medicina Regenerativa e células estaminais.

Cavaco Silva visitou as várias valências da nova sede, na companhia de Rui Reis, o cientista que dirige o instituto, e manifestou-se "espantado pela capacidade e conhecimento" do investigador depois de já ter tido um primeiro contacto com os "brilhantes jovens investigadores" da Universidade do Minho, aquando do primeiro roteiro para a ciência que a presidência da República promoveu recentemente.

Aliás, Cavaco Silva considerou que só com a criação de valor, proporcionada pelas pontes entre as universidades e as empresas, é que Portugal pode competir no mercado internacional.

O espaço criado no AvePark permitiu, desta forma, concentrar todos os investigadores do Grupo 3Bês que estavam dispersos nos Campus da Universidade do Minho, em Azurém e Gualtar.

Rui Reis, responsável por todo o projecto, considerou aquele espaço a "concretização de um sonho". O cientista sabe que, a partir de agora, a responsabilidade aumentou e que este passo é apenas "um ponto de partida" para que a empresa possa "fazer mais e melhor, ser ainda mais competitiva e respeitada internacionalmente".

A intenção do director da 3Bês é conseguir transformar a ciência em tecnologias, serviços e produtos que permitam melhorar a qualidade de vida das pessoas e ter impacto na economia. O instituto já está em funcionamento quase pleno, já que falta apenas a conclusão do espaço destinado ao biotério, que permitirá experiências em pequenos animais e a instalação industrial que se encontra em fase de conclusão.


http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/co ... id=1273820
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« Responder #8 em: Julho 20, 2009, 09:53:28 pm »
A feiosa a querer coisa com o Sobrinho Simões...

Em outra nota, não sei se é por andar a ler mais notícias ou se os jornalistas têm que escrever as notícias à pressa, mas mais um erro: "Chemestry".

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Princesa cientista visita IPATIMUP para iniciar cooperação
Filha mais nova do Rei da Tailândia preside um instituto que faz investigação na área do cancro

A Princesa da Tailândia, Chulabhorn Mahidol, reputada cientista, visitou esta segunda-feira, o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), abrindo a porta a uma colaboração científica.

A filha mais nova do Rei da Tailândia fundou em 1987 o Chulabhorn Research Institute, a que preside, e que se dedica à pesquisa em áreas como a bioquímica, biotecnologia, farmacologia, imunologia, a toxicologia ambiental e oncologia. Foi a primeira asiática a fazer parte da Royal Society of Chemestry e a terceira pessoa a receber a medalha Albert Einstein da UNESCO.

Em declarações aos jornalistas, Sobrinho Simões, presidente do IPATIMUP, explicou que «seria muito interessante» uma colaboração com a Tailândia. «Para já, nós somos mais úteis para eles do que eles para nós. Eles têm alguns tipos de cancro que nós também temos e em que nós talvez possamos ajudar», afirmou.

Mas o responsável gostaria de mudar esta realidade. «Sobretudo melhorar a cooperação institucional. Como não temos muitos investigadores, seria muito útil ter acesso às amostras recolhidas por eles em casos de cancro do estômago, por exemplo».

O presidente do IPATIMUP explicou que para estudar o cancro é preciso ter em conta a população. Factores genéticos e o meio ambiente influenciam a doença e a forma como o organismo reage aos medicamentos. Daí a importância de estudar diferentes populações.

A princesa não fez declarações aos jornalistas, mas o embaixador da Tailândia em Portugal, Kasivat Pamugamanont, afirmou que esta visita é uma «boa oportunidade para ambos os centros de investigação estudarem condições de cooperação nas áreas em que ambas trabalham, nomeadamente na investigação do cancro».

Esta é a primeira visita da princesa a Portugal e tem a duração de uma semana. Este domingo, Chulabhorn Mahidol deu uma palestra na sessão de abertura da 6ª conferência «Marine Natural Products» que decorre no Porto até dia 23 de Julho.

A princesa segue ainda para uma visita a Lisboa.

http://diario.iol.pt/tecnologia/ipatimu ... -4069.html[/code][/quote]
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« Responder #9 em: Agosto 17, 2009, 09:56:31 pm »
"Getta out of my dreams Get into my car" - Billy Ocean

Grandes notícias!

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Descoberta protecção natural contra a malária
Fármaco com efeitos idênticos ao de uma enzima natural protege contra formas graves da doença

Cientistas portugueses do Instituto Gulbenkian de Ciência descobriam um fármaco com efeitos idênticos aos de uma enzima natural protege contra formas graves da malária sem favorecer o aparecimento de estirpes resistentes do parasita.

Um estudo, publicado esta segunda-feira pela revista norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), dá conta da descoberta que terá implicações directas no tratamento da malária, causada pelo Plasmodium.

Apesar de só agora o estudo ter sido divulgado, Miguel Soares e a sua equipa do Laboratório de Inflamação do IGC já tinham observado que a multiplicação do parasita dentro dos glóbulos vermelhos leva à sua ruptura e à libertação de hemoglobina no sangue, onde por sua vez liberta os chamados grupos heme, causadores dos sintomas graves da doença.

Assim sendo, o estudo demonstra, através de ratos infectados com parasita produzem níveis elevados da enzima heme-oxigenase-1 (HO-1), que degrada os grupos heme livres e, deste modo, protege ratinhos infectados das formas mais graves de malária, sendo que o mesmo efeito desta enzima pode ser obtido através da administração a ratinhos infectados do fármaco anti-oxidante N-acetilcisteína (NAC).

O que é a enzima HO-1?

Segundo Miguel Soares, a enzima HO-1, tem efeito anti-oxidativo e faz parte do sistema de defesa natural do hospedeiro contra o parasita da malária, o que faz dela uma forte protecção contra a malária sem interferir directamente com o parasita.

«Esta observação abre caminho a terapias alternativas contra a malária, que, ao contrário dos tratamentos existentes, não interfiram directamente com o parasita mas antes reforcem o estado de saúde do hospedeiro, assegurando que seja capaz de eliminar o parasita sem pôr em risco a sua própria sobrevivência», refere o investigador.

Este fármaco poderá proteger contra formas graves da malária, salvando vidas, sem favorecer o aparecimento de estirpes de parasitas resistentes.

O Laboratório de Inflamação do IGC encontra-se agora a investigar as complicações desta descoberta nos tratamentos de outras doenças inflamatórias.


http://diario.iol.pt/sociedade/malaria- ... -4071.html
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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #10 em: Novembro 17, 2009, 06:31:13 pm »
A mm notícia q o Magalhães colocou na "Área Livre".

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Instituto ibérico de investigação
em saúde inaugurado em Penafiel
2009-11-17

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O laboratório do novo centro
O laboratório do novo centro
O Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnologias da Saúde, INNFACTS, foi inaugurado ontem em Penafiel, envolvendo instituições espanholas como a Universidade de Barcelona, Santiago de Compostela e Valência. O instituto de investigação ibérico na área da Saúde, para além das instituições de ensino de Espanha, tem como parceiros o Grupo CESPU - Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, a autarquia local e o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

O IINFACTS tem por base a troca de experiências e a partilha de know-how na área da saúde, envolvendo cerca de 200 investigadores de instituições nacionais e espanholas.

"A ideia passa por desenvolver novas respostas a problemas de saúde identificados, envolvendo a transferência de know-how ao nível da implementação de prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças, direccionada à comunidade em geral, à indústria e a organismos públicos e privados", explica o instituto em comunicado.

O IINFACTS funciona como uma plataforma ibérica de investigação, servindo de base "à investigação básica e aplicada, com linhas de investigação em áreas como a Genética Médica, Genética Forense, Toxinas Marinhas, Controlo da Qualidade do Ar, Água e Alimentos e Observatório de Saúde".

A formação é outro dos aspectos fundamentais deste instituto, sendo objectivo oferecer "um vasto leque de formação em aspectos-chave do desenvolvimento e implementação de prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças, bem como do desenvolvimento político ao nível da saúde em qualquer país".

Auditório e sala de formação
Auditório e sala de formação
A prestação de serviços será outro dos pilares do IINFACTS que "oferece serviços de investigação, desenvolvimento e inovação, que em muitos casos resultarão na criação de actividades empresariais".

Como explicou à Lusa o autarca penafidelense, Alberto Santos, a presença da sede do instituto no concelho é a prova de que Penafiel "quer estar presente na vanguarda de temas que consideramos importantes para que o país ultrapasse a crise". "Temos aqui uma grande oportunidade não só para Penafiel como para o país para mostrarmos uma boa prática de parceria inovadora e que pode, deve e vai trazer mais valias para todos nós", sublinhou.

O instituto, cuja sede está instalada no renovado edifício do antigo Paço Episcopal de Penafiel está dotado de auditório, salas de reuniões, sala de formação, laboratórios, salas de cultura e câmaras para investigação científica.

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=37016&op=all
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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #11 em: Dezembro 05, 2009, 09:47:46 am »
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"O Norte será aquilo que quiser ser"
01h16m
IVETE CARNEIRO, JOSÉ CARMO

Presidente da única empresa portuguesa com medicamento patenteado tem palavra de eleição: responsabilidade.

Quer explicar racionalmente a parapsicologia, nunca foi a Vilar de Perdizes, não tem fé. A não ser na responsabilidade. "Gosto muito da palavra responsabilidade". Aquela com que cada um deve "assumir a sua postura perante a vida". A mesma que gostaria de ver nas regiões regionalizadas, cansado que está de ver as culpas atiradas à capital sem nada ser feito em contrário. Luís Portela, médico e empresário, dirige o único laboratório farmacêutico português com um medicamento desenvolvido e patenteado. Com a perspectiva de outros cinco, diz candidamente que nunca se sentiu um "homem de negócios".

Almoçámos com ele e tentámos perceber como é que a Bial, que dirige há 30 anos, consegue singrar na crise. A resposta do rapaz que queria ser monge tibetano ou frade - mas nunca padre - regressa sempre à tal palavra de que gosta. Responsabilidade. Trata-se de definir "onde estamos e para onde queremos ir, em vez de procurar responsabilizar os outros". E de ter "uma visão a longo prazo". Só assim, olhando a dez, 15, 30 anos, se consegue o que a Bial conseguiu: ao fim de 14 anos e 300 milhões de euros de aposta na investigação, tem o único medicamento português à venda na Alemanha, na Áustria, no Reino Unido e na Dinamarca. Um antiepilétptico que só não está nas prateleiras de Portugal porque a burocracia ainda não resolveu a questão da comparticipação.

É a mesma visão que fez a empresa isolar, em 16 anos, cerca de 11 mil novas moléculas. E guardar seis delas para futuros medicamentos, um sucesso tendo em conta que um fármaco só nasce após o estudo de sete mil moléculas. Ou seja, mais cinco medicamentos na mira? É uma incógnita. Dois estão a espreitar no horizonte 2013-2015, um anti-parkinsoniano e um anti-hipertensor.

E isso chega para contornar a crise, pergunta-se, entre dois filetes de polvo com arroz do mesmo e uma garfada de grelos salteados. "Acho que há muita gente em Portugal sempre a dar receitas para tudo. Faz-me alguma confusão. É uma forma de ser e estar que não é a minha". De novo, a "responsabilidade". Luís Portela não tem receitas, mas tem ingredientes. "Fará talvez mais falta a assunção de responsabilidade e a definição de objectivos a médio e longo prazo. E uma organização que vá para o terreno e faça as coisas acontecerem. Liderança, basicamente".

A história repete-se perante o prato de lâminas de fruta fora de época e o tema regionalização. "Há quem levante a voz contra o Sul e a capital. O orte será aquilo que quiser ser. Queremos competir ou ficar a chorar e a culpabilizarmo- -nos uns aos outros?" E sim, defende a regionalização: será a "forma de responsabilizar quem está nas regiões e pedir contas depois. Senão, será sempre Lisboa a arcar com as culpas".

Até porque o centralismo à portuguesa é "mais terceiromundista do que de país desenvolvido". Luís Portela fala de Bilbau, onde a Bial montou uma linha de produção. A cidade cresceu impulsionada pelo Museu Guggenheim e está nos mapas do turismo europeu. Há 20 anos era feia e fora de todas as rotas. O Porto poderia fazer o mesmo com Serralves (onde o empresário esteve alguns anos) ou a Casa da Música. "Por que é que o Norte de Portugal não deita os pés a caminho?" Tem as universidades, tem empresas a "apostar em coisas que fazem a diferença" e tem institutos de investigação com provas dadas e publicações "nos melhores sítios". "Têm de projectar-se a nível internacional".

O que falta então? "Alterar a estrutura de pensamento dos cientistas. Estão muito focalizados na investigação, na ciência, e não na aplicação. Têm que servir a população e a rentabilizar o investimento". Em suma, é o projecto que subjaz ao novel Laboratório Ibérico de Nanotecnologia, para o qual a Bial está "aberta".

A investigação, já se disse na altura do creme de alho francês, é o grande ingrediente do sucesso do grupo de Luís Portela. Tem 800 pessoas e um departamento de investigação com cem cientistas de sete nacionalidades a trabalhar, mas só 30 são operários. "No tempo do meu avó, em 400 funcionários, 300 eram operários". Mas a investigação tem fome de dinheiro como os comensais de salada mista. De onde vêm os "tostões" do sucesso? Das regras da infância. "A minha mãe e o meu pai ensinaram-me isto: quando tiveres dez, nunca gastes mais de nove. Durante toda a vida segui esse lema, em termos pessoais e profissionais. Criei desde pequeno hábitos de aforrar... não seI a expressão ainda vem nos dicionários, mas deveria vir".

O aforro, na Bial, está nas "instalações espartanas" e no investimento na contratação de "gente com talento". Aqui, Luís Portela deixa escapar uma receita, mas de bom senso: Há que "fazer as coisas racionalmente e gerir com rigor", numa forma de estar que "tem gerado a maior confiança" à volta da empresa, dos governos e das instituições bancárias. Sim, a suficiente para conseguir apoios nacionais e internacionais. Um dos dois únicos projectos da indústria farmacêutica que mereceram o apoio de Bruxelas, "desde que a União Europeia é União Europeia", é da Bial.

A regra do rigor, seria escusado sublinhá-lo com a canela do pastel de nata, aplica-se a tudo. E mormente à governação. Aqui, era impossível fugir à provocação: "É muito pouco amigo dos genéricos..." Não será assim. Corrige "alguma comunicação social". Os genéricos têm o seu lugar no mercado, respeita-os. "O que me desagrada é que o Estado procure incentivar o consumidor a escolhê-los em detrimento dos outros medicamentos. A curto prazo, é simpático para o orçamento da Saúde, mas a longo prazo é pouco simpático para o cidadão, porque retira margem a quem investe em investigação. E, assim, as novas soluções vão ser menores, as curas do cancro e da sida vão demorar mais tempo a aparecer".

O resultado das políticas de saúde mais sociais está à vista: foram ultrapassadas pelo sucesso da própria saúde e não têm como gerir sistemas sem soluções como os genéricos. Com isso, em 20 anos, a Europa desceu de 37% para 27% da cota do mercado mundial do medicamento e os EUA subiram de 30% para 50%. Então tem na alma de monge tibetano o valor do trabalho pelos outros e aponta o exemplo americano focalizado na economia? "A solução está no meio. Quem governa tem que se preocupar com coisas a médio e longo prazo".

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Socieda ... id=1439284
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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #12 em: Fevereiro 21, 2010, 07:57:57 pm »
Empresa alentejana de material médico exporta para a Europa quase toda a produção


A crise não bateu à porta de uma pequena empresa familiar de Mora (Évora), com 11 trabalhadores, que exporta para a Europa quase cinco milhões de unidades de material médico e, agora, quer duplicar a produção.

«Não temos esse problema [da crise]. Temos reagido bem e este ano está a ser bastante positivo. O objectivo é crescer», afirma à Agência Lusa Liliana Júlio, sócia da Medirm, criada em 2005, com o irmão e o pai. Instalada no Parque Industrial de Mora no ano seguinte, esta Pequena e Média Empresa (PME) alentejana, que iniciou a produção efectiva em 2008, fabrica e embala dispositivos médicos, como kits de penso, diálise, material de gaze (compressas) e bastões de espuma.

Com um total de 11 trabalhadores, a Medirm - Fabrico e Comércio de Dispositivos Médicos, Lda, produziu «cinco milhões de unidades» desses materiais em 2009, exportando para a Europa a quase totalidade, «98 por cento».

«Os nossos mercados são a Suíça, Alemanha e França», adianta Liliana Júlio, apontando como principais clientes os «grandes distribuidores» e «multinacionais», que colocam os seus produtos nos hospitais e clínicas desses países europeus.

Em cada país, refere, os grandes distribuidores europeus «trabalham com pequenos revendedores e escoam o material» da Medirm.

Por outro lado, as empresas multinacionais «compram componentes» feitos em Mora para «utilizarem na fabricação dos próprios produtos».

Na valência fabril da empresa, à qual só se acede com bata, touca e protecções do calçado apropriados, os funcionários, em torno de uma linha de produção, colocam ritmadamente, em cada compartimento das embalagens, os artigos que compõem os kits de penso, como pinças, bolas de gaze, compressas e campos impermeáveis.

Numa outra sala, as embalagens seladas são colocadas em caixas, para armazenamento, e outras funcionárias embalam os bastões de espuma, usados, conta Liliana Júlio, «para humedecer a boca de doentes pós-operatórios, acamados ou em fase terminal, que não podem beber água».

Apesar da concorrência nacional e internacional, a administradora afiança que um dos fatores diferenciadores da sua empresa é o facto de adaptar a produção «à medida» do cliente, não apenas na composição dos kits, com mais ou menos artigos, mas também na própria marca.

«Temos a nossa marca, mas os clientes podem também utilizar o seu próprio nome, apesar da Medirm figurar sempre nas embalagens como fabricante. Isto é uma diferença porque há muitas empresas neste ramo, mas só utilizam a sua marca», exemplifica.

A qualidade dos produtos da PME alentejana, em comparação com os oriundos de outros países, é outro dos trunfos que conquistaram a confiança de suíços, alemães e franceses, por exemplo no que toca aos bastões de espuma, de que a Medirm é «a única» produtora na Europa.

«Este tipo de artigo era muito produzido na China», mas registaram-se «problemas de qualidade», o que levou à preferência pelo produto made in Portugal: «Mesmo cá neste nosso cantinho, ainda somos conhecidos pela qualidade e somos europeus. Isso é uma mais-valia para a Medirm».

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #13 em: Março 07, 2010, 02:03:18 pm »
Malária: Harvard Medical School Portugal financia projectos


Os primeiros projectos de investigação médica que serão financiados pelo programa Harvard Medical School Portugal são liderados por cientistas portugueses que se dedicam a investigar a malária, o ritmo cardíaco dos fetos e o cancro do esófago.

No total, candidataram-se 38 equipas de investigação ao primeiro concurso para financiamento promovido por este programa, que resulta de uma parceria entre o Governo português e a universidade norte-americana Harvard Medical School, anunciou à Lusa uma das directoras executivas do programa, Carmo Fonseca.

Um dos projectos é liderado por Diogo Ayres de Campos, da Faculdade de Medicina do Porto. A sua investigação visa melhorar a capacidade de decisão médica relativamente ao desenvolvimento fetal nos últimos tempos de gravidez.

O objectivo é «evitar que alguns bebés sofram ou eventualmente morram nos últimos períodos da gravidez através de uma monitorização muito mais precisa do seu ritmo cardíaco», precisou Carmo Fonseca.

Outra candidatura vencedora é liderada por Mónica Dias, do Instituto Gulbenkian de Ciência (Oeiras), que se tem centrado no mecanismo de divisão das células. No projecto financiado pelo Harvard Medical School Portugal, o foco será um tipo específico de cancro do esófago, para o qual «é preciso fazer tudo».

«É preciso descobrir novos métodos para fazer um diagnóstico o mais precoce possível e também encontrar novas formas de tratamento», resumiu Carmo Fonseca.

O terceiro projecto tem à frente Maria Mota, do Instituto de Medicina Molecular (Lisboa), que se tem dedicado ao estudo da malária. Em colaboração com Harvard propõe-se descobrir novos medicamentos para tratar a doença.

«Nos últimos anos têm sido experimentadas novas drogas, mas todas rapidamente desencadeiam resistências da parte do parasita que provoca a doença», disse Carmo Fonseca.

A equipa vai agora fazer uma «triagem em grande escala de compostos químicos, em que estão a depositar grande esperança, muito bem validada por razões científicas, para que possam identificar novas moléculas mais eficazes no tratamento» da malária.

O financiamento destes projectos durará três anos e será feito um acompanhamento regular para avaliar os progressos. Cada projecto poderá receber globalmente 900 mil euros.

A responsável sublinhou o «enorme interesse» neste concurso inicial, que «ultrapassou bastante as expectativas»: «Houve 38 equipas a apresentar candidaturas para apenas três que podiam ser financiadas. A competição foi muito apertada».

Cada uma dessas equipas engloba pelo menos dois grupos em Portugal e um em Harvard, cujas candidaturas foram avaliadas por um painel independente formado nos Estados Unidos.

Carmo Fonseca relatou que o parecer final destacava um «nível muito competitivo pelos padrões internacionais», além de existirem cinco projectos de «altíssima qualidade».

A parceria entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Harvard Medical School arrancou em Maio de 2009, foi contratualizada por cinco anos e terá uma implementação total de sete.

Além dos projectos de investigação na área da medicina está previsto ainda um programa de treino em investigação clínica para médicos, workshops em vários temas da investigação médica e um programa de apoio à comunidade académica/cientifica para a divulgação dos resultados da investigação médica ao público.

O programa tem um investimento total de 42 milhões de euros.

Lusa
 

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Re: Sector da Saude - Hospitais, etc..
« Responder #14 em: Março 12, 2010, 01:37:55 pm »
Malária: Patente de grupo português publicada nos EUA


Um grupo de cientistas ligados ao Instituto de Medicina Molecular (IMM) e à empresa ALFAMA acaba de ver concedida e publicada pelo United States Patent and Trademark Office (USPTO), nos Estados Unidos da América, uma patente sobre uma nova estratégia profilática para combater a malária.
A patente protege as propriedades antimaláricas de uma série de compostos que actuam na fase silenciosa da infecção por malária, ou seja, antes do desenvolvimento da doença e aparecimento de sintomas. Um destes compostos, a genisteína, é um componente natural presente em alimentos da soja.

A descoberta foi feita pela equipa liderada por Maria Manuel Mota, Directora da Unidade de Malária do IMM, em colaboração com investigadores da empresa farmacêutica ALFAMA.

A ALFAMA adquiriu os direitos sobre a patente ao Instituto Gulbenkian de Ciência, onde surgiu inicialmente a ideia que esteve na base do projecto.

A patente intitula-se «Methods for the prevention of malaria infection of humans by hepatocyte growth factor antagonists».

A descoberta agora patenteada poderá contribuir, assim, para o desenvolvimento de uma alternativa barata e prática, mas de alta eficácia na luta contra a malária, uma doença que afecta cerca de 10% da população mundial, originando a morte de um milhão de pessoas.

Lusa