Mas o porta-aviões a ser partilhado não será o Charles de Gaule, será um a ser construido,não?
Que PA-2 é esse que se refere?
Sinceramente aquilo que antevejo a ir-se para a frente com esta politica é a Grã Bretanha ficar sem porta-aviões.
Já a França, do meu ponto de vista, devia avançar para um segundo porta-aviões individualmente e os britanicos que resolvam os seus próprios problemas.
A França e a Grã Bretanha vão partilhar os porta-aviões de cada um dos países. A França tem o Charles de Gaulle e a Grã Bretanha terá futuramente o Prince of Wales, que será o segundo navio do projecto CVF (que previa dois navios para aviões STOL e que despunha de uma rampa).
A França adiou a construção do seu segungo porta-aviões por razões financeiras, mas esra um porta-aviões convencional com uma catapulta.
Agora os britânicos, decidiram utilizar o primeiro dos seus navios porta-aviões (que não tem catapultas) apenas durante poucos anos, ao mesmo tempo que vão converter o seu segundo porta-aviões num gémeo do porta-aviões francês PA-2 (que está presentemente suspenso).
As diferenças operacionais entre a Royal Navy e a Marine Nationale desapareceram, porque o porta-aviões britânico, vai ser praticamente um gémeo do projecto francês.
O porta-aviões Prince of Wales, que estará operacional em 2020, será um porta-aviões convencional e tanto poderá utilizar os Rafale-Naval quanto o F-35C.
O Charles de Gaulle, vai operar com um esquadrão de caças Rafale-Naval e outro de F-35-C, a mesma coisa acontecerá com o Prince of Wales, quando for esse navio a estar ao serviço.
Outra realidade engraçada destes tempos é vermos uma espanha com praticamente dois porta-aviões (embora sem aviões para os dois) e uma Grã Bretanha futuramente a ter apenas meio porta-avião...
Nem de perto nem de longe, um navio como o Principe de Asturias se pode sequer comparar com um porta-aviões como o Charles de Gaulle. Aliás, os britânicos também concluiram o mesmo, pois os seus porta-aviões, ou «cruzadores de coberta corrida» (Invincible, Illustious e Ark Royal) também não estariam à altura de competir com o Charles de Gaulle. E quando foi lançado o Principe de Asturias era tecnicamente superior aos porta-aviões britânicos, principalmente porque aproveitava melhor o espaço na coberta. Só quando os britânicos modificaram os seus três porta-aviões é que eles passaram a ter um navio equivalente ao espanhol (falo dos navios, não falo do tipo de caças Harrier embarcados, que isso é outra história).
A inferioridade do conceito do avião de descolagem vertical, utilizando uma rampa, quando comparado com o avião de descolagem convencional com catapulta foi um dos argumentos que levou o primeiro ministro David Cameron a optar por esta reviravolta que aliás já estava em discussão há dois anos.