Força Legionaria

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Lancero

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« Responder #15 em: Setembro 09, 2008, 03:25:46 pm »
Citação de: "Ranger Rebelde"
Citação de: "Lancero"
Citação de: "Ranger Rebelde"
etc., etc., etc... e no meio desta "palhaçada" sempre consegue detectar onde está a CONTRADIÇÃO?

Por acaso não encontro  :evil: Que real trapalhada!!!


Partilho da opinião do Trafaria, para manter operacionalidade o militar tem a sua validade.

Os milhões esbanjados em irregularidades (notícia que cita) foram-no em atribuição de suplementos remuneratórios e outros abonos (como horas extraordinárias) que vão contra as medidas de contenção da despesa pública. Ou seja, as chefias militares tentaram melhorar as condições a militares (apenas alguns é verdade, e não sabemos se justamente) pela porta do cavalo.
Não sou eu que o digo, está no relatório da IGF de 2007.

Para quem tanto critica este Governo (por vezes com razão) noto o elogio que lhes faz. É que não me lembro que nos últimos anos tenha vindo qualquer sucata dos EUA.  :wink:
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Lightning

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« Responder #16 em: Setembro 09, 2008, 04:20:46 pm »
Citação de: "Lancero"
Os milhões esbanjados em irregularidades (notícia que cita) foram-no em atribuição de suplementos remuneratórios e outros abonos (como horas extraordinárias) que vão contra as medidas de contenção da despesa pública.


Horas extraordinárias de certeza absoluta que nenhum militar recebeu, um militar está sempre disponivel para cumprir a sua função 24h por dia, mas é claro que não a cumpre 24h por dia, todos os dias, porque isso é fisicamente impossivel para o corpo humano e também os militares tem que descansar, mas sempre que o é solicitado (como por exemplo os soldados que fazem serviço à porta de armas, até aos oficiais Dia e sargentos Dia) não se recebe um euro por todas essas horas que passam na unidade depois das 17 horas, mas é por isso que se recebe subsidio de condição militar.


PS: O texto que escrevi acima foi escrito à pressa e está incompleto, as Forças Armadas podem pagar horas extraordinárias aos seus funcionários civis, como por exemplo pessoal da cozinha que faz o jantar ou que trabalha ao fim de semana e feriados, e o mesmo pode acontecer a outras funções desempenhadas por civis nas Forças Armadas.
 

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Ranger Rebelde

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« Responder #17 em: Setembro 09, 2008, 11:19:13 pm »
Citação de: "Lightning"
Citação de: "Lancero"
Os milhões esbanjados em irregularidades (notícia que cita) foram-no em atribuição de suplementos remuneratórios e outros abonos (como horas extraordinárias) que vão contra as medidas de contenção da despesa pública.

Horas extraordinárias de certeza absoluta que nenhum militar recebeu, um militar está sempre disponivel para cumprir a sua função 24h por dia, mas é claro que não a cumpre 24h por dia, todos os dias, porque isso é fisicamente impossivel para o corpo humano e também os militares tem que descansar, mas sempre que o é solicitado (como por exemplo os soldados que fazem serviço à porta de armas, até aos oficiais Dia e sargentos Dia) não se recebe um euro por todas essas horas que passam na unidade depois das 17 horas, mas é por isso que se recebe subsidio de condição militar.

 :Palmas:
 

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Trafaria

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« Responder #18 em: Setembro 10, 2008, 12:57:59 am »
No meu caso "estar de serviço" tinha como unico significado ter que dormir no quartel.

Como já lá dormia acabava por nao ter nenhuma consequência concreta.

Nao acontecia só comigo mas para a maioria "estar de serviço" implicava pelo menos uma noite mal dormida.
::..Trafaria..::
 

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Ranger Rebelde

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« Responder #19 em: Setembro 10, 2008, 08:17:02 am »
Sem dúvida que um militar tem o seu prazo de validade, aliás, apenas lancei o tema "profissionalização do Exército", por não considerar válida a existência de uma força legionária portuguesa, e sobre o equipamento, relembro que também tem prazo de validade e todos eles sem o factor humano não servem para nada, seja considerado ou não "sucata", depende do ponto de vista, se for o "América" será o lixo que eles vendem aos outros, se for o "Português", ui... que bom, material novinho em folha :lol:

Sobre os incentivos aos militares em RV/RC a minha posição está mais que definida, por isso abri este tópico sobre o assunto
PORTUGAL - ALTERAÇÕES INCENTIVOS MILITARES RV/RC
seria a situação ideal para o Exército combater a falta de militares, porém, em vez de melhorarem os mesmos, simplesmente reduziram os poucos incentivos que realmente funcionavam na prática, porque os restantes foram e são meras ilusões!!! Nunca vi um governo atacar tanto o factor humano, como este que se diz socialista. São todos farinha do mesmo saco.

NOTA: No meu tempo estar de serviço era sinal de noites contínuas em instrução militar e assegurar a função de Graduado de dia em Penude, bem como outras missões atribuídas... agora que penso nisso, não me recordo de ter recebido mais pelas horas extras... ficaria milionário :lol:
 

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« Responder #20 em: Setembro 27, 2008, 10:08:53 am »
"Força Legionaria" para quê ?
Se nao existe é porque nao faz falta ! Portugal nao tem necessidade de dispor dum tal vector ;  somos um Pais caseiro e bem comportado e o  tempo das conquistas ja so faz parte da nossa Historia! Agora somos somente os "cipaios" (ou "supplétifs", como dizem os francius) de Wall Street ou da City :)

Outra coisa é a condiçao militar ! Aqui ha muitos progressos a fazer . Nao concordo nada com a ideia que um soldado de 30 anos ja nao serve ! Nao é por acaso que a Legiao Estrangeira recruta homens dos 18 aos 40 anos . Sera que sao estupidos ? Um bom profissional é como um bom vinho : afina-se com o tempo e com a experiencia. E é preferivel partir ao combate com homens solidos e experimentados do que com miudos de 18/20 anos !  
Veja-se o que se passou por exemplo na guerra das Malvinas, onde uma força inglesa de soldados "velhos"  (mas profissionais...) desbaratou um exército de "jovens" (e conscritos) argentino !

Por outro lado, lançar no desemprego e na precaridade centenas ou milhares de homens altamente especializados na arte da guerra é um risco enorme e uma estupidez politica, que se podem pagar caro !
 

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Ranger Rebelde

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« Responder #21 em: Setembro 29, 2008, 11:26:45 am »
Faço das suas, as minhas palavras  :Palmas:
 

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Trafaria

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« Responder #22 em: Setembro 30, 2008, 05:47:11 pm »
Um soldado com mais de 30 anos serve, claro que serve, para receber o vencimento todos servimos.

A pergunta que se impõe é: para que o exército consiga manter 20 mil deles com capacidade operacional quantos terá de ter encostados, a “lateirar” e a “polir” as esquinas dos quartéis?
Desconheço a resposta mas o rácio será necessariamente muito, mas mesmo muito, elevado!

Essa da legião estrangeira aceitar homens dos 18 aos 40 é outro mito. Começando logo porque ninguém é obrigado a declarar a idade nem o estado civil (na verdade são todos considerados solteiros); se se quiser até se pode “inventar” uma identidade completamente nova (as aspas significam que já não é bem assim hoje em dia, já não é o que era). Nem falando da dureza daquela recruta convém no entanto ter presente que as provas físicas de acesso estão feitas de maneira a filtrar a idade. Aqueles sprints curtos, intermitentes, com idas ao chão e arranques sucessivos são mesmo só para jovens … não há hipótese!

As Malvinas…
O Reino Unido sempre foi uma grande potencia militar e naquela altura, em plena guerra fria, ainda o era mais que hoje. Pelo inverso o exercito argentino (bem como a sua armada e FA), não seria muito diferente do português daquela altura… muita tropa, um ou dois quartéis por cidade, mas de uma operacionalidade a roçar o caricato. Não é curial comparar o que é incomparável e se diferenças haviam – e eram abismais – o estatuto do seu pessoal não é de certeza das mais relevantes.

Citar
Por outro lado, lançar no desemprego e na precaridade centenas ou milhares de homens altamente especializados na arte da guerra é um risco enorme e uma estupidez politica, que se podem pagar caro !

Ou se tem uma mentalidade criminógena ou não tem!  
Qualquer funcionário ou ex-funcionário da rede ferroviária nacional, qualquer técnico ou ex-tecnico da REN, qualquer administrador de sistemas informáticos, ou funcionário da PT pode provocar mais danos ao país e à sociedade com uma simples chave de fendas do que o mais pintado e especial dos ex-militares de OPEspeciais, ex-Pára ou ex-Comando com uma tonelada de explosivos.

Acho ridículas insinuações dessa natureza, revelam uma enorme falta de carácter para não dizer de coisas mais básicas, como a de inteligência. Sobretudo são reveladoras de que quem as profere não é digno de pertencer a essas elites…

Ou se é de boa índole ou não é!
::..Trafaria..::
 

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Ranger Rebelde

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« Responder #23 em: Outubro 01, 2008, 09:43:07 am »
Essa de “lateirar” e a “polir” as esquinas dos quartéis é um must... faz-me lembrar essa escumalha de funcionariozecos públicos que se arrastam todos os meses com o objectivo de o "mamar" no final do mês, já para não falar no rigor das provas de acesso em algumas destas entidades, onde só os melhores são seleccionados c34x
 

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legionario

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« Responder #24 em: Outubro 01, 2008, 07:34:36 pm »
O  Trafaria revela muitas lacunas na informaçao que dispoe sobre o recrutamento na legiao e sobre a guerra das Malvinas...
Sobre o resto tambem nao revela grande sabedoria :(

Se V.  pensa que a gerra hoje se faz aos pulos e a correr atraz do adversario para depois o matar dum golpe de Taekwondo, esta equivocado !
- O militar do séc XXI trabalha com equipamentos ultra sofisticados que necessitam de  outra coisa que correr os "100 metros" em 10 segundos ou fazer 100 "barras de traçao" .
- Pela minha experiencia pessoal, como chefe de grupo, sempre trabalhei com equipas de pessoal entre os 18 e os 44 anos ! Estes ultimos, certo, ja nao eram tao ageis fisicamente, (velhos cabos e cabos-chefe) mas eram quem trazia a experiencia ao grupo, experiencia essa adquirida ao longo das muitas operaçoes exteriores que fizeram, ... inclusivé pela   "calme des vieux troupes"  ,  muito util, por exemplo, debaixo de fogo...em que os mais novos e inexperimentados apreciam alguem experiente au seu lado.

Penso que se deveria oferecer uma "carreira" de praças nas FA identico ao que se faz na GNR .
No seio do exército, nao é preciso que sejam todos "rambos", tambem ha lugar para os "menos atletas" que podem ocupar todo o tipo de outras funçoes . Claro, que um militar se quer em boa forma, seja qual for a idade... para isso exitem o exercicio fisico obrigatorio e os testes de aptidao anuais .
 

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Miguel

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Re: Força Legionaria
« Responder #25 em: Outubro 01, 2008, 07:40:39 pm »
Citação de: "cofa29"
para quando estara a criaçao de uma força legionaria em portugal ?
gostaria que os srº governantes ou chefes militares vissem com bons olhos a criaçao de uma força desta natureza para que todos aqueles que de facto gostam da vida militar nao tivessem de abandonar o nosso país para ir combater por outras naçoes como foi o meu caso.pois enquanto se quiser preparar as nossas forças militares com meninos de colegio como se tem visto, aquilo a que estamos sujeitos é um dia a vizinha espanha tomar conta disto e la vamos nos ver os meninos de colegio com os livros na mao a dizer como se deve defender o país. e uma vergonha para mim como portugues ter tido de escolher a legiao estrangeira para poder continuar a vida militar. actualmente estou no meu país a ver se percebo como isto funciona pois os nossos militares ao fim de algum tempo vêm para casa com uma mao a frente e outra atras a espera de ingressar na psp ou gnr . bem com isto termino deixando aqui um forte abraço a todos aqueles que de facto sao militares ou ja o foram e que com algum recentimento nao têm uma opurtunidade de carreira como militar no nosso pais asim como eu .



Impossivél, aquilo que foi me disserem era que existia problemas demais dentro das nossas FA para criar uma nova unidade.

Ja agora se calhar nos conhecemos nos ? somos varios legionarios neste forum :arrow:

 :arrow: http://fr.youtube.com/watch?v=qvbooGeRlC8&NR=1
CAMERONE
 

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legionario

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« Responder #26 em: Outubro 04, 2008, 09:05:34 am »
Para quem nao sabe, a "vedeta" de Camerone, o capitao Danjou, para alem de ser deficiente (era maneta...) , era um "velho"  oficial amanuense...trabalhava numa secretaria !

obrigado Miguel pelo video :):):)
 

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Trafaria

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« Responder #27 em: Outubro 06, 2008, 09:36:53 pm »
Ranger Rebelde,

Quando estabeleço um marco aos 30 anos para o "prazo de validade" do soldado estou apenas a emitir uma opinião, nada mais. No fundo ao sugerir essa idade (que nem entendo como fixa ou limite, antes sim uma referencia) afirmo apenas a minha concordância com o actual sistema de RV/RC, seus princípios, prazos e limites de revalidação. E a opinião é como a asneira, vivemos em democracia, portanto é livre. Também tenho direito à minha!

Não sou um entendido nestas matérias, nunca o fui e nunca o serei, não o quero ser nem nunca o quis; nem tenho a necessária motivação. Estou apenas nelas imbuído da curiosidade própria de quem por lá passou e gostou de por lá ter passado (pedi antecipação do SMO + mais um contrato).

Também a minha posição na hierarquia era modestíssima, não me sendo por isso ministrados ou exigidos especiais conhecimentos. Fui cabo, mas só e porque todos da minha especialidade a esse posto eram promovidos.

Essa especialidade era a de condutor auto, das tais funções que se podem exercer sem problemas até à idade da reforma, reconheço.

Lá está, diria o Ranger Rebelde que me contradigo. Mas veja:
Como condutor pertencia a uma normalíssima Companhia de Comando e Serviços – CCS, e como se tratava de uma unidade de formação tinha-mos também uma Companhia de Apoio à Instrução – CAI. Havia ainda duas companhias de atiradores (para alem das companhias de instrução de praças e de milicianos). Era um quartel cheio de vida e movimento, tinha alturas que parecia um enxame.

Podemos então dizer: óptimo, num cenário de uma carreira de praças as companhias de atiradores irão alimentando as outras companhias de serviços e apoio à medida que o seu pessoal vai ficando “pesado”. E eu pergunto: o que fazer aos que já lá estavam?
Vão polir esquinas?

Perdoe-me a imodéstia: devido a um percurso profissional que qualifico de muito interessante tenho tido o que designo do privilégio de ter encontrado e tido como colegas em missões no exterior homens e mulheres provenientes de todo o tipo de forças (experiencia que estou prestes repetir, mais uma vez). Coube-me já, por exemplo e de entre muitos outros, a sorte e a honra de trabalhar e conviver com Gurkas e Marines, forças profissionais sobejamente conhecidas pelas quais tenho um especial apreço, especialmente pelas primeiras.

Privando com eles como privei é claro e natural que este tema, a duração dos contratos, tipos de vinculo, reservas, reformas, etc…, acabasse por vir à baila nas nossas conversas. No caso dos Marines é simples: celebram mais ou menos o que poderíamos chamar de contrato de longa duração valido por 20 anos findo o qual recebem um “prémio de aposentação” e ficam com uma pequena (mas mesmo pequena para os padrões dos EUA) reforma mensal (e sem direito a assistência médica e outras regalias que por cá consideramos básicas). No caso dos Gurkas é mais complexo: teoricamente (dizem-lhes que) podem lá ficar 30 anos mas na realidade se lá permanecerem mais de 15 é muito bom, e muito raro, com a agravante de ficarem com uma reforma de miséria, nem à nacionalidade britânica terem direito (e só há muito pouco tempo poderem permanecer no RU depois de “passados à disponibilidade”).

Portanto acredite que quando defendo o actual esquema de RV/RC em vigor tenho por detrás alguma experiencia e informação para lhe dar suporte, não se tratando de preconceito meu, antes sim de uma ideia algo maturada.

É assim: enquanto os ingleses vão às encostas dos Himalaias aliciar os jovens (mesmo muito jovens) Nepaleses que (com o cinismo típico dos britânicos) depois descartam com toda a facilidade e quando acharem oportuno, os americanos com todo o músculo económico e financeiro que possuem não os descartam mas quase - mandam-nos para casa aguardar pelo fim do contrato, uns passando pelo Fort de vez em quando e outros numa espécie de semi-reserva ou reserva; uns com a obrigação de se apresentarem assim que convocados e outros nem tanto.

Nenhuma dessas situações desejo ou acho adequada ao nosso país; uma porque desonesta e impraticável e outra porque absolutamente inviável.

Julgo que o esquema existente é o mais apropriado ao nosso caso; as FA devem é apostar nos incentivos (no fundo estão no mercado da mão-de-obra) e sobretudo cumprir com eles. Por sua vez a juventude deve entender o serviço militar como uma oportunidade e uma experiencia de carácter temporário. A passagem aos quadros deve ser vista como uma possibilidade só ao alcance dos melhores e mais vocacionados e não como uma obsessão e muito menos como uma certeza. Para evitar desilusões a AM e ESE nunca devem ser usadas como “engodo”, mas são-no; todos os candidatos às FA devem ser devidamente elucidados das reais dificuldades de acesso às mesmas.

Mudando de assunto:
Ingénuo, eu? Sim, talvez, de vez em quando, porque não! … mas lorpa ou totó é que não sou, pode crer. Não papo grups, rio-me da insinuação e tentativa de ensaio de “chantagem” dos que ameaçam de possíveis perigos oriundos dos “ex-não sei quê” prestes a entrarem em “sobrevivência”! Dou mais importância e preocupo-me mais com “toxinas” em fuga à ressaca; e os organismos do estado também, e bem!
Todos nós podemos dar um aproveitamento socialmente são e útil aos conhecimentos que possuímos, ou então inútil e danoso. Isto quando somos cidadãos validos e conscienciosos ou então … tendencialmente ou mesmo prejudiciais à sociedade.

Não se envereda pelo crime pelo que se sabe, antes sim por via do que se é!

Essas bocas, umas subtilmente lançadas e outras patetamente arremessadas, referindo os possíveis perigos decorrentes dos conhecimentos adquiridos pelos ex-militares só podem – desculpe a redundância - fazer-me sorrir de condescendência.

É potencial e exponencialmente mais perigoso um simples e analfabeto servente mentalmente desorganizado do Ricardo Jorge a viajar no Metro munido de uma campânula roubada recheada de certos vírus do que um ex-militar frustrado ou em “sobrevivência” com um semi-reboque carregado de trotil.

Cumprimentos,
« Última modificação: Outubro 07, 2008, 12:50:19 am por Trafaria »
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Trafaria

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« Responder #28 em: Outubro 06, 2008, 10:20:34 pm »
Legionário,

Eu não sei onde é que foi inventar essa quando diz que revelo muitas lacunas no que diz respeito ao recrutamento da LE. Note: referi apenas um exercício e um detalhe referente à idade (ou melhor, quanto à declaração da mesma) e de relevante para o efeito mais nada disse … as “muitas lacunas” que me atribui ser~ao portanto uma criação sua… espaços vazios nesse seu cérebro que preencheu indevidamente com aquilo que pensa que eu disse ou escrevi. Não se preocupe, não é grave, tem tratamento.

Não tenho a veleidade ou pretensão de tudo saber ou dizer saber; já não tenho 18 anos, agora são mais as minhas duvidas que as certezas.

Portanto descanse, nada me custa admitir estar equivocado, ou melhor, ter sido induzido em erro; afinal a fama de aldrabão precede qualquer legionário. Normalmente dou-lhes um desconto generoso, mas admito ter de corrigir a estratégia… é simples: passo a duplicar o desconto, se for português elevo-o ao quadrado!!

Saiba que sobre a Guerra das Malvinas dei apenas expressão a um facto, sublinho, um facto e não uma opinião ou qualquer verborreia à pressa “pescada” na net – modalidade de que não sou praticante. Na altura – sim, já era crescidinho, já via telejornais e lia jornais – ninguém teve dúvidas de que os Generais (da Junta Militar então no poder) se atiraram às Malvinas numa tentativa de apelo ao patriotismo (e nacionalismo) dos argentinos como táctica e ensaio para inverter a sua crescente impopularidade e clima de pré-guerra civil que então se vivia no país. Apostaram simultaneamente numa intervenção de cariz meramente político-diplomática e não militar por parte de Margaret Thatcher 1ª ministra inglesa de então. Enganaram-se, rebentou-lhes a castanha nas unhas.

As notícias e comentários dos peritos da época já pouco ecoam na minha memória e nunca me dediquei ao estudo desse conflito (nem de qualquer outro). Tenho outros interesses e mais que fazer. Diga vc o que sabe, presumo que muito, sobre o assunto. Enriqueça o fórum com sua sabedoria. Sou dos que agraddcem…

Quanto ao soldado do século XXI!
Será um paralelo com o do século XX, com o do XIX, XVIII, etc… reflectirá a mudança dos tempos (tecnológicas e não só), sempre assim foi, sempre assim será. As tecnologias entram nos exércitos, umas vezes puxadas por eles, noutras eles impulsionados por elas e na maioria dos casos uma combinação de ambas… é uma inevitabilidade, e claro, uma trivilalidade do ponto de vista do conhecimento!

A "calme des vieux troupes" é uma máxima, tão comum, quase banal; é aplicável a todos os trabalhos e serviços feitos no colectivo, em todas as profissões… uma questão de senso comum.

Não vim aqui para esgrimir os meus conhecimentos. Também os terei, necessária e naturalmente, alguns clássicos, curriculares e outros de experiencia feitos, mas embora não julgando este fórum como um concurso de sabedorias não hesitarei - espontaneamente ou sempre que o entender - em recorrer ao que sei para dar significado ao que escrevo. Recomendo-lhe que faça o mesmo contra-argumentando com o que sabe, com os seus saberes e conhecimentos.

A negação pura, simples e ordinária não favorece quem a pratica. Socorra-se da net, use técnica do “corta e cola”, mas justifique-se. O que não falta na rede é informação, nem toda de confiança, não será o mesmo que conhecimentos … mas que lhe interessa isso!!

Afinal não se diz por ai que na net qualquer cão coxo facilmente se faz passar por doutor?
… e, digo eu, porque não por engenheiro, astronauta, pára, comando, fuzileiro … ou legionário!!!??????

Passe bem!
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Ranger Rebelde

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« Responder #29 em: Outubro 07, 2008, 12:08:02 pm »
Citação de: "Trafaria"
Quando estabeleço um marco aos 30 anos para o "prazo de validade" do soldado estou apenas a emitir uma opinião, nada mais. No fundo ao sugerir essa idade (que nem entendo como fixa ou limite, antes sim uma referencia) afirmo apenas a minha concordância com o actual sistema de RV/RC, seus princípios, prazos e limites de revalidação. E a opinião é como a asneira, vivemos em democracia, portanto é livre. Também tenho direito à minha!
Já somos 2 em relação ao direito à opinião pessoal... Em relação ao actual sistema de RV/RC vê-se que está longe da realidade conforme ela se apresenta aos militares nestes regimes, principalmente depois do término dos contratos. É questão de se informar, se estiver disposto a isso.
Citação de: "Trafaria"
Não sou um entendido nestas matérias, nunca o fui e nunca o serei, não o quero ser nem nunca o quis; nem tenho a necessária motivação. Estou apenas nelas imbuído da curiosidade própria de quem por lá passou e gostou de por lá ter passado (pedi antecipação do SMO + mais um contrato).
Que grande contradição de quem não sabe o que quer. Acontece!!!
Citação de: "Trafaria"
Privando com eles como privei é claro e natural que este tema, a duração dos contratos, tipos de vinculo, reservas, reformas, etc…, acabasse por vir à baila nas nossas conversas. No caso dos Marines é simples: celebram mais ou menos o que poderíamos chamar de contrato de longa duração valido por 20 anos findo o qual recebem um “prémio de aposentação” e ficam com uma pequena (mas mesmo pequena para os padrões dos EUA) reforma mensal (e sem direito a assistência médica e outras regalias que por cá consideramos básicas). No caso dos Gurkas é mais complexo: teoricamente (dizem-lhes que) podem lá ficar 30 anos mas na realidade se lá permanecerem mais de 15 é muito bom, e muito raro, com a agravante de ficarem com uma reforma de miséria, nem à nacionalidade britânica terem direito (e só há muito pouco tempo poderem permanecer no RU depois de “passados à disponibilidade”).
Esta é a mania típicamente portuguesa de se copiar a merd... que os outros fazem. Estamos a tentar debater ideias que se coadunem à realidade nacional e nada mais.
Citação de: "Trafaria"
Portanto acredite que quando defendo o actual esquema de RV/RC em vigor tenho por detrás alguma experiencia e informação para lhe dar suporte, não se tratando de preconceito meu, antes sim de uma ideia algo maturada.
Clara contradição da afirmação acima exposta. Defende algo que na prática prejudica os militares porque os políticos não cumprem a legislação em vigor no ordenamento jurídico português. Já agora quem não cumpre as leis é o quê? :evil:
Citação de: "Trafaria"
Mudando de assunto:
Ingénuo, eu? Sim, talvez, de vez em quando, porque não! … mas lorpa ou totó é que não sou, pode crer. Não papo grups, rio-me da insinuação e tentativa de ensaio de “chantagem” dos que ameaçam de possíveis perigos oriundos dos “ex-não sei quê” prestes a entrarem em “sobrevivência”! Dou mais importância e preocupo-me mais com “toxinas” em fuga à ressaca; e os organismos do estado também, e bem!
Todos nós podemos dar um aproveitamento socialmente são e útil aos conhecimentos que possuímos, ou então inútil e danoso. Isto quando somos cidadãos validos e conscienciosos ou então … tendencialmente ou mesmo prejudiciais à sociedade.

Não se envereda pelo crime pelo que se sabe, antes sim por via do que se é!

Essas bocas, umas subtilmente lançadas e outras patetamente arremessadas, referindo os possíveis perigos decorrentes dos conhecimentos adquiridos pelos ex-militares só podem – desculpe a redundância - fazer-me sorrir de condescendência.

É potencial e exponencialmente mais perigoso um simples e analfabeto servente mentalmente desorganizado do Ricardo Jorge a viajar no Metro munido de uma campânula roubada recheada de certos vírus do que um ex-militar frustrado ou em “sobrevivência” com um semi-reboque carregado de trotil.

Cumprimentos,

 :twisted: Apenas e conforme referi anteriormente presto serviço como formador certificado nas áreas que domino e onde me formei e cada um tire daí as dilações que bem entender. Sou um profissional de consciência tranquila, e sobre a última observação deixe-me :lol: tenho esse direito!!!