Rússia a ferro e fogo

  • 22 Respostas
  • 6914 Visualizações
*

Lynx

  • Membro
  • *
  • 133
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +3/-0
(sem assunto)
« Responder #15 em: Setembro 03, 2004, 06:21:01 pm »
Citar
o perímetro de segurança em torno da escola era perfeitamente inexistente

Tem muita razão como é que é possivel que não se crie um corredor de segurança para se transportar os feridos para o hospital, inclusive os civis tiveram que arrastar carros mal estacionados para facilitar as manobras das ambulâncias (que eram obsoletas).

Citar
o GOE, as unidades da GNR, ou mesmo unidades militares como o DAE e os OE de Lamego, têm equipamento consideravelmente melhor


... hoje vi um soldado russo encostado a uma arvore calçando umas sapatilhas  :shock:  entre outras coisas referidas pelo JNSA.
 

*

JNSA

  • Analista
  • ***
  • 833
  • +1/-2
(sem assunto)
« Responder #16 em: Setembro 03, 2004, 06:35:51 pm »
Completamente de acordo, Lynx.

Já agora, aqui vão algumas imagens para se ter a ideia da confusão e da desorganização...


Quem serão estes "civis" armados? Com esta confusão de unidades, uniformes e agentes à paisana, não é de estranhar que alguns terroristas conseguissem fugir...

Reparem no equipamento dos soldados à esquerda (ténis  :shock:

É realmente triste pensar nas vidas que poderiam ter sido salvas se houvesse melhor organização... :(
 

*

Paisano

  • Especialista
  • ****
  • 901
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-0
    • http://defesabrasil.com/forum
(sem assunto)
« Responder #17 em: Setembro 04, 2004, 10:08:20 pm »
Ex-presidente da Chechênia diz que tragédia de Beslan é uma vergonha para os chechenos

PLANTÃO - Versão on line

MOSCOU - O ex-presidente da Chechênia, Said Khassan Abumuslimov, disse que a tragédia de Beslan é uma vergonha pa- ra os chechenos. "Nós estamos indignados", disse Abumuslimov, que vive no exílio em Berlim. Ele afirmou ao Globo que "os terroristas apenas mancharam a imagem dos separatistas chechenos, mostrando-os como pessoas sedentas de sangue, o que eles não são".
 
Fonte: O Globo (4 de setembro de 2004 - 16h35m)
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
_________________
Volta Redonda
_________________
 

*

JNSA

  • Analista
  • ***
  • 833
  • +1/-2
(sem assunto)
« Responder #18 em: Setembro 05, 2004, 12:16:33 am »
Citar
Último balanço aponta para 330 mortos
O número de vítimas mortais na tomada de reféns em Beslan, Ossétia do norte, subiu para 330, de acordo com o último balanço avançado, este sábado, por Lev Dzougaïev, porta-voz do governo daquela região do Cáucaso russo.
 
( 20:16 / 04 de Setembro 04 )

   
O balanço divulgado anteriormente pelas autoridades russas não tinha em conta o número de sequestradores mortos, dos quais pelo menos 26 perderam a vida.

Dzougaïev, que também pertence a cédula de crise que esta a resolver a situação, não precisou o número de crianças que figuram entre os mortos. O último balanço provisório indicava a existência de 156 corpos de crianças.


fonte: http://www.tsf.pt/online/internacional/interior.asp?id_artigo=TSF153788
 

*

JNSA

  • Analista
  • ***
  • 833
  • +1/-2
(sem assunto)
« Responder #19 em: Setembro 05, 2004, 12:17:29 am »
Citar
• VLADIMIR PUTIN
«Demos uma prova de fraqueza face ao terrorismo»
Num discurso dirigido à nação, o presidente russo Vladimir Putin reconheceu que as forças russas deviam ter agido de uma forma mais profissional. O chefe de Estado acrescentou que vai reforçar as medidas de segurança em todo o país.
 
( 15:31 / 04 de Setembro 04 )

 
 
 
A tomada de reféns numa escola da Ossétia do Norte (Cáucaso russo), que causou pelo menos 322 mortos, foi «um desafio a toda a Rússia», disse este sábado o presidente russo, Vladimir Putin, num discurso dirigido à nação.

Numa declaração pública sobre a tragédia de Beslan difundida pela televião, Putin prometeu a adopção de medidas de reforço da segurança em todo o país, e admitiu que as forças de segurança russas foram incapazes de lidar com a situação de forma eficaz.

«Demos uma prova de fraqueza face ao terrorismo», reconheceu o chefe de Estado russo.

Vladimir Putine sublinhou, no entanto, que apesar de a Rússia «ter dado prova de fraqueza» ao lidar com a tomada de reféns em Beslan, «não cederá a chantagens» de terrorismo «seja em que caso for».

«Nós não tínhamos compreendido a complexidade e o perigo dos processos que se desenrolam no nosso país e no mundo», declarou o presidente.

«Não soubemos reagir de forma apropriada. Demos prova de
fraqueza e os fracos são vencidos», admitiu.


fonte: http://www.tsf.pt/online/internacional/interior.asp?id_artigo=TSF153777
 

*

Ricardo Nunes

  • Investigador
  • *****
  • 1256
  • Recebeu: 4 vez(es)
  • Enviou: 5 vez(es)
  • +3/-0
    • http://www.falcoes.net/9gs
(sem assunto)
« Responder #20 em: Setembro 05, 2004, 01:50:36 am »
Declaração impressionante de Vladimir Putin. Nunca pensei que fosse possível vinda de quem veio.

Tiro o meu chapéu ao Kremlin por ter admitido aquilo que seria mais díficil.
É pena que a falta de organização russa tenha custada a vida de centenas de pessoas, mas esta declaração de "mea-culpa" é meio caminho andado para melhorar a situação.

Que desncansem em paz os falecidos.
Ricardo Nunes
www.forum9gs.net
 

*

Paisano

  • Especialista
  • ****
  • 901
  • Recebeu: 6 vez(es)
  • +1/-0
    • http://defesabrasil.com/forum
(sem assunto)
« Responder #21 em: Setembro 07, 2004, 02:19:30 am »
Objetivo de ataque à escola de Beslan era desatar guerra no Cáucaso, diz suspeito preso

Agências Internacionais

BESLAN, Rússia - Um homem preso por suspeita de participação no seqüestro da escola de Beslan, em que mais de 330 reféns, metade deles crianças, acabaram mortos, disse que o objetivo dos terroristas era "começar uma guerra no Cáucaso". Na semana passada, ainda durante o cerco, um dos principais negociadores da crise advertiu que isso poderia acontecer, dependendo do desfecho. Depois do desenlace trágico da sexta-feira e da ira demonstrada pelas famílias de Beslan, na Ossétia do Norte, crescem os temores de confrontos.

O homem já havia sido mostrado no domingo, falando à TV russa. Nesta segunda-feira, foi divulgado um novo vídeo e mais detalhes de como teria sido planejada a ação - um dos mais dramáticos ataques terroristas da História. O suposto seqüestrador não identificado, que teria raspado a barba para tentar fugir entre os reféns, disse que os mentores da ação, foram o líder rebelde radical checheno Shamil Basayev, considerado o homem mais procurado da Rússia, e o ex-presidente Aslan Maskhadov, que lidera uma ala do movimento de resistência considerada menos radical.

Ele contou que o grupo, integrado por árabes, chechenos e uzbeques, foi reunido em regiões de floresta por um homem que identificou como "O Coronel".

- Eles nos reuniram na mata e "O Coronel" disse que deveríamos tomar uma escola em Beslan. Essa era nossa ordem, Quando indagamos por que faríamos isso, qual era o objetivo, "O Coronel" respondeu: porque precisamos começar uma guerra no Cáucaso.

As autoridades da região do Cáucaso temem que o massacre na escola em Beslan desencadeie uma onda de ódio étnico e religioso entre as populações locais, etnicamente diferentes, repetindo-se o ocorrido nos enfrentamentos de 1992, quando milhares de ossetas e inguches morreram. Agora, o governo diz que havia chechenos e inguches envolvidos no massacre.

Num site na internet dedicado ao movimento checheno, o www.kavkazcenter.com, Maskhadov negou envolvimento no massacre de Beslan, dizendo que os ataques a civis "atrapalhavam o reconhecimento internacional de um Estado checheno independente".

No vídeo anterior, exibido pela TV russa no domingo, o seqüestrador disse que teve pena das crianças e não atirou.

- Claro que tive pena das crianças, juro por Alá. Eu tenho filhos, eu não atirei. Juro por Alá. Não quero morrer. Juro por Alá. Quero viver - disse ele.

Pessoas que foram reféns do comando rebelde nas 52 horas de terror dentro do ginásio da escola de Beslan dizem que todos os terroristas abriram fogo.

O desenlace trágico do seqüestro teria começado quando explosivos foram detonados dentro da escola pelos terroristas - ainda não se sabe se de propósito ou não. As crianças teriam se apavorado e muitas teriam corrido. Os seqüestradores abriram fogo, e as forças de segurança russa invadiram o local.

Fonte: O Globo (06/09/2004 - 21h00m)
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
_________________
Volta Redonda
_________________
 

*

JLRC

  • Investigador
  • *****
  • 2505
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +4/-85
(sem assunto)
« Responder #22 em: Setembro 10, 2004, 02:35:23 am »
Russia Threatens Pre-emptive Strikes Against Terrorists
 
 
(Source: Deutsche Welle German radio; issued Sept. 8, 2004)
 
 
 In the aftermath of the school hostage-taking crisis in southern Russia, a high-ranking general announced Wednesday that Moscow would adopt the US policy of carrying out pre-emptive strikes on "terrorist bases."  
 
Russia's top general said his country was ready to attack "terrorist bases" anywhere in the Caucasus, central Asia and other areas near Russia. According to Russian news agencies, Chief of Staff General Yuri Baluyevsky threatened pre-emptive strikes against organizations harboring terrorists.  
 
"Our position on pre-emptive strikes has been stated before, but I will repeat it. We will take steps to liquidate terrorist bases in any region of the world," he said after talks with US General James Jones, NATO's supreme allied commander for Europe.  
 
Baluyevsky admitted that "military steps are an extreme measure in the fight against terrorism," and said his country would not revert to the use of the country's massive nuclear arsenal. "This does not mean that we will resort to the use of nuclear force," he said in a statement that has perplexed many European observers.  
 
A first for Moscow?  
 
Embroiled in a five-year guerrilla war in rebel Chechnya, Moscow has frequently staged attacks against the break-away province, but outside its own borders Russia has been hesitant to carry out pre-emptive strikes against terrorists. So far it has only dropped a few bombs on the Panskisi Gorge in neighboring Georgia, where it suspects Chechen rebels are hiding and training.  
 
It is therefore all the more surprising that Baluyevsky would make such statements, especially since President Vladimir Putin has not made any comments along the same lines since the hostage-taking crisis in a school in the Russian province of North Ossetia shocked the country and world a week ago.  
 
A spokeswoman for EU External Relations Commissioner Emma Udwin said the threats would have more weight if coming from the Russian president. "I would pay more attention if it had come from Putin," she said when asked about Baluyevsky's remarks.  
 
Kremlin adopts US policy?  
 
The European Commission's chief spokesman, Reijo Kemppinen, also dismissed the comments, saying instead: "I think I've heard that kind of statement before. Not from Russia though."  
 
Western analysts said Wednesday's remarks from Chief of Staff Yuri Baluyvsky carried echoes of the US doctrine in the "war on terror" of countering threats by launching first strikes, instead of waiting to be attacked.  
 
On the other hand, Russia's sharply limited reach means the general's warning would apply in practice to former Soviet republics in the Caucasus and Central Asia which Moscow still regards as its sphere of influence.  
 
"In practice this doctrine can only apply to the countries adjacent to Russia which are not part of a global alliance," Jonathan Eyal, Russia analyst at the Royal United Services Institute in London, told Reuters wire service.  
 
US-Russian cooperation  
 
The Chief of Staff's statements came during the first visit to Russia by NATO's top commander. Jones, who stressed the two former Cold War foes had entered a new friendly relationship since the September 11 attacks in the United States, said the bond between Washington and Moscow had grown even stronger after the seizing of the school in the town of Beslan by terrorists.  
 
"We face common threats and common challenges," Jones said. "We are entering a period of heightened cooperation against these threats and this is very, very important."  
 
At least 336 civilians, including hundreds of children, died in the three-day school siege in the North Ossetian province which borders Chechnya. The American general referred to the hostage-taking as an "insidious attack."  
 
Just like before the launch of the US-led strike against Afghanistan that Russia backed in October 2001 as a retaliation for the September 11 attacks staged by the Afghan-based al Qaeda terror network, the two generals said the Beslan attack should redouble the two sides' efforts to fight terror.  
 
"Today international terrorism has become an international force, and only through joint action (with NATO) can we fight this scourge," Baluyevsky said.  
 
The Russian general added that the two sides agreed to exchange information on terror cells around the world and to coordinate a rapid response team to fight them.  
 
-ends-