Afeganistão: diversos

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Miguel

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« Responder #150 em: Setembro 05, 2008, 05:58:11 pm »
pelo menos um dos paras franceses, foi morto por arma branca :!:  "baioneta?"

um deles era um legionario do 2°REP (enfermeiro) que perdiu a vida a tentar salvar os outros.

Ficam em paz.
 

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nelson38899

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« Responder #151 em: Setembro 05, 2008, 06:06:06 pm »
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A magazine photo spread of Taliban fighters posing in the uniforms of 10 French soldiers killed last month has sparked an angry response.

The latest edition of Paris Match includes photos of the Taliban fighters and their commander, "Farouki," wearing French uniforms, helmets and using French assault rifles and walkie-talkies.

Farouki, aged 30-35, claims in the accompanying story to have led his group in the August 18 ambush which killed 10 French troops and injured a further 21 in the Sarobi District, 40 miles east of Kabul. It was the French army's single highest death toll in 25 years.

He said the area was "our territory" and the attack was a "legitimate" part of its defense.

Farouki said it did not need a lot of planning, with the French soldiers only spotted a short time before the assault.

He said the soldiers had died for "[George W.] Bush's" cause and that if France did not return the rest of its troops home they would all be killed.

Farouki said they would continue fighting till the last man.

French Defense Minister Herve Morin accused the magazine of helping the Taliban.

"Should we be doing the Taliban's promotion for them?" he asked in the French daily newspaper Liberation.

Joel Le Pahun, father of one of the killed soldiers, told the newspaper the pictures were "despicable."

Green MP Daniel Cohn-Bendit called them "voyeurism."

However, Paris Match editor Laurent Valdiguie defended the publication, saying it was "legitimate" given the importance of the story.

The story's author, Eric de Lavarène, said only he and photographer Véronique de Viguerie met the group and he asked his questions via their "fixer."

http://edition.cnn.com/2008/WORLD/europ ... index.html

"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Miguel

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« Responder #152 em: Setembro 05, 2008, 08:36:51 pm »
Herois os paras franceses, dignos dos seus antepassados.

Foi Camerone.
 

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dremanu

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« Responder #153 em: Setembro 05, 2008, 08:57:28 pm »
É dificil de compreender como um bando de guerrilheiros matrapilhas conseguiram emboscar, e matar, um monte de soldados professionaís, ocidentaís, e treinados pelos métodos da NATO. Com certeza existe algo de errado nesta situação.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Scarto

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« Responder #154 em: Setembro 05, 2008, 10:04:16 pm »
Embora alguns sejam realmente guerrilheiros maltrapilhas,tambem contam com muitos combatentes bem experientes nas suas fileiras!Se for verdade o que alguns serviços secretos dizem,podem-se encontrar chechenos,iranianos,etc...

O infeliz resultado desta operação,talvez se prenda com a falta de experiencia em campo,o uso de equipamento nao adequado,confiança a mais.Tantos ses,que nunca saberemos!

Agora,infelizmente existe um tipo de jornalismo,que parece que prefere exaltar este tipo de atitudes,em vez de lhes negar ainda mais publicidade!Pois,qualquer "radical" que veja isso,ficará com mais vontade de combater as forças da Nato  :?
 

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tyr

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« Responder #155 em: Setembro 08, 2008, 01:43:58 pm »
os talibãs têm decadas de experiencia de combate, mas para montar uma emboscada e matar uma catreifada de gente, bem ou mal treinada, é só preciso um obstaculo e 2 homens com uma metrelhadora e um RPG (e um terreno apropriado).
os Franceses tiveram azar, mas quem vai para uma zona de conflito ja sabe os riscos que corre.
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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dremanu

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« Responder #156 em: Setembro 08, 2008, 10:57:12 pm »
De facto, é arrogante descontar os talibans, porque não verdade esses gajos, ou os pais deles, lutaram contra os soviéticos, e fizeram-lhe a vida negra. E todos os dias le-se notícias de mortes de tropas ocidentáis no Afeganistão.

Quanto à embosca, não acredito que terá sido algo que aconteceu ao acaso, eles já deviam andar a observar os Francêses a algum tempo, identificaram quais eram os pontos fracos na forma de actuar dos mesmos, e estavam preparados para eles.
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nelson38899

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« Responder #157 em: Setembro 09, 2008, 11:18:36 am »
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Lightning

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« Responder #158 em: Setembro 09, 2008, 12:16:54 pm »
Eu acho que um erro grande é supor isso mesmo, que eles são um bando de ignorantes a camelo com catanas a gritar Alá!!! e a cavalgar em direcção aos europeus e americanos em cargas suicidas.

Muitos deles combatem desde crianças e não sabem fazer mais nada, e apesar de não terem a superioridade tecnológica da NATO (apoio aéreo, comunicações, logistica, etc) nem treino de tropas especiais tem sim a experiencia de combate desde os anos 80 contra os Soviéticos, depois uns contra os outros e agora contra a NATO e por fim tem um conhecimento indiscutivel do teatro de operações.

Se segundo muitos foristas o que nos vale a nós contra os Espanhois (num suposto conflito no futuro) é o elemento humano pois no elemento técnológico já fomos ultrapassados, podemos fazer a mesma analogia com os Afegãos.

Acho que não se devem substimar, as balas afegãs matam tão bem como as da NATO (ou talvez matem melhor pois a AK-47 usa munição 7.62 enquanto que a maioria da NATO usa o 5.56).

E ir para o terreno com a ilusão que por serem Pára-quedistas, Comandos, Marines, Legionários, ou outra coisa qualquer que estão imunes a morrer é um grave erro, que pode resultar neste tipo de acontecimentos.
 

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FoxTroop

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« Responder #159 em: Setembro 09, 2008, 06:20:09 pm »
Não tenham duvidas que a unica coisa que mantem as tropas da NATO/USA no terreno é mesmo a superioridade tecnológica e material.

A capacidade humana junto com as convicções por a qual combatem e uma enorme capacidade de adaptação destes combatentes fazem deles instrumentos bastante eficazes mesmo contra unidades muito bem preparadas e com toda a panóplia de equipamentos.

O pior é que as unidades pertencentes a tropas de elite mas ainda sem expriencia de combate tendem a subvalorizar o adversário. É só ouvir um legionário, ranger, paraquedista que tenha passado por lá e comparar com um que vá agora para lá pela 1ª vez. Principalmente os americanos encarregues de entar nas grutas e tuneis dos taliban mostram um respeito enorme pelos adversários patente em varias entrevistas.
 

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FoxTroop

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« Responder #160 em: Setembro 09, 2008, 07:34:07 pm »
Mas também é patente o desgaste na motivação das forças NATO/USA.
As chefias têm cada vez mais dificuldade em galvanizar os homens para as suas missões (muito por causa da instrução dada, mas isso é outra história) e o laxismo e falta de disciplina tactica instalam-se muitas vezes.

Rommel, um dos maiores tacticos de sempre, afirmou que um chefe enérgico e decidido, mesmo com poucos meios, toma vantagem sobre alguem mais inteligente e mais bem equipado mas a que falta determinação, obrigando-o a reagir em vez de agir. Esse ensinamento é extremamente valido em guerrilha.

Os ensinamentos de anos de guerras de guerrilha e especialmente os ensinamentos da guerra URSS-Afeganistão, cairam em saco roto.
 

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FoxTroop

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« Responder #161 em: Setembro 09, 2008, 07:45:16 pm »
Em vez de unidades pesadas com uma enorme logistica, dificeis de manobrar no terreno e que na maior parte das vezes corre a abrigar-se dentro das suas bases deixando ao fogo de apoio e aviação o trabalho de combater o que seria necessario é unidades pequenas com capacidade de se ajustarem, em material e nº ao tipo de situação, com grande mobilidade e, muito importante, capazes de dar caça ao inimigo perseguindo-o, indo atrás dele, retirando-lhe a iniciativa.

Claro que isso significa mais exposição a baixas, coisa que nenhum governo ocidental estás disposto, e também tropas bem moralizadas, treinadas e decididas, coisa que pode ser muito dificil de conseguir, tendo em conta o modo de pensar ocidental.
 

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nelson38899

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« Responder #162 em: Setembro 10, 2008, 10:19:25 am »
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Al-Qaida chief of Pakistan killed

DERA ISMAIL KHAN, Pakistan: Two top al-Qaida operatives were among four foreign militants killed in a suspected US missile strike in Pakistan's northwest, intelligence officials said on Wednesday.

One allegedly was in charge of the terror network's activities in Pakistan's tribal regions, semiautonomous areas that the US fears have become a haven for al-Qaida and Taliban fighters involved in attacks on American and NATO forces in neighboring Afghanistan.

The suspected missile strike occurred Monday in the North Waziristan tribal region, destroying a seminary and houses associated with a Taliban commander.

The presence of al-Qaida operatives added to evidence of cooperation between homegrown militants in Pakistan and Afghanistan and the largely Arab terror group. The tribal belt is considered a possible hiding place for Osama bin Laden and al-Qaida No. 2 Ayman al-Zawahri.

Several suspected missile strikes in recent days indicated the US is escalating direct efforts to root out militants along the lengthy, porous Afghan-Pakistan border. The US military and the CIA operate drone aircraft believed to have carried out such strikes, including ones that killed two senior al-Qaida commanders earlier this year.

Three Pakistani intelligence officials identified four foreign militants killed in the Monday strike as Abu Qasim, Abu Musa, Abu Hamza and Abu Haris. The officials spoke on condition of anonymity because of their jobs' sensitivity.

Abu Haris led al-Qaida efforts in the tribal areas, while Abu Hamza led activities in Peshawar, the main northwest city, according to the intelligence officials, who said they got the details from informants and agents in the field.

Abu Haris' nationality had yet to be confirmed, but Abu Hamza was from Saudi Arabia, the officials said. Abu Hamza was believed to be a bomb-making expert as well. Abu Qasim was Egyptian, while Abu Musa also was Saudi, but both appeared to be lower-ranking al-Qaida members.

An army spokesman, Maj. Murad Khan, said Wednesday the military had no information about the identity or nationality of the men killed in what he called "explosions" in North Waziristan.

"We don't know who died in the explosions there," he said. A US military spokesman in Afghanistan said he had no information he could release on the subject but did not deny an American connection.

Two of the intelligence officials said Tuesday that the overall death toll from the strike rose to 20 after residents and militants pulled more bodies from the rubble.

Witnesses said two Predator drones were in the sky shortly before multiple explosions hit the seminary and houses in the village of Dande Darba Khel on Monday morning.

The targets were associated with Jalaluddin Haqqani, a veteran of the fight against Soviet troops in Afghanistan in the 1980s who American commanders now count as a dangerous foe. Haqqani is alleged to have close connections to al-Qaida and to have helped funnel foreign fighters into Afghanistan.

Haqqani and his son, Siraj, have been linked to attacks this year including an attempt to kill Afghan President Hamid Karzai and a suicide attack on a hotel in Kabul. Haqqani network operatives also plague U.S. forces in Afghanistan's eastern Khost province with ambushes and roadside bombs.

US officials say the elimination of insurgent hideouts in Pakistan is critical to stemming the growing Taliban insurgency in Afghanistan. Pakistan's fledgling government has struggled to contain militancy, despite using peace talks and force.

Separately, militants fired several rockets overnight at two military camps in North Waziristan's two towns of Mir Ali and Miran Shah, but the rockets fell in open areas and caused no troop casualties, Khan, the Pakistan army spokesman, said on Wednesday. He said the troops returned fire, but they had no information about any militant casualties.


http://timesofindia.indiatimes.com/Al-Q ... 466684.cms
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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FoxTroop

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« Responder #163 em: Setembro 10, 2008, 08:03:32 pm »
Bombardear o Paquistão é um erro tremendo.

Com as relações da NATO/USA com a Russia a piorarem colocando em risco o corredor de abastecimento de não letais para o Afeganistão, com a impossibilidade obvia de reabastecer essas forças pelo Irão, se se continuar a hostilizar o Paquistão através destes bombardeamentos que muitas vezes causam mais baixas entre civis que outra coisa a situação das tropas no terreno pode ficar ainda mais critica.

Se o Paquistão num acto (pouco provavel, mas...) limitar a entrada de letais nos seus portos e aeroportos, com o motivo de essas mesmas cargas serem depois usadas contra o seu território toda a estrutura montada no Afeganistão entrará em colapso obrigando a uma retirada prematura das forças da NATO/USA.

A guerra nesse TO, devido à estupida aventura iraquiana, está cada vez mais perto de estar irremediavelmente perdida e para tal basta um movimento destes.
 

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André

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« Responder #164 em: Setembro 17, 2008, 01:43:52 pm »
Gates anuncia investigação sobre morte de civis



O secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, anunciou hoje uma investigação conjunta com as autoridades do Afeganistão sobre um bombardeamento de civis, que pode ter sido o pior erro da coligação liderada pelos Estados Unidos em sete anos de guerra no país.

Em declarações à imprensa na base militar de Bagram, a norte de Cabul, Gates disse que aceitou a proposta do ministro afegão de Defesa, Abdul Rahim Wardak, de criar uma comissão conjunta para esclarecer o ocurrido no bombardeamento da localidade de Azizabad, oeste afegão, a 22 de Agosto.

Segundo os números do governo afegão e da ONU, o ataque matou 90 civis, incluindo muitas mulheres e crianças.

As forças norte-americanas afirmaram que morreram de 30 a 35 milicianos talibãs e entre cinco e sete civis, mas abriram uma investigação após a divulgação de imagens, filmadas com telemóveis, de vários corpos alinhados frente a uma mesquita antes de serem sepultados.

«Nas raras ocasiões em que cometemos um erro, quando existe erro, devemos pedir perdão rapidamente, oferecer rapidamente compensações e abrir uma investigação», disse Gates.

A coligação internacional no Afeganistão, integrada quase exclusivamente por tropas norte-americanas, recorre cada vez com mais frequência aos bombardeamentos aéreos, para minimizar as próprias perdas.

Lusa