Do Diário Digital
"IGT denuncia má gestão e violação da lei na Abraço
A Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (IGT) detectou várias falhas no funcionamento da associação de apoio a doentes com HIV/SIDA Abraço, as quais vão desde a má gestão à violação da lei e dos estatutos da organização.
Segundo a edição desta quinta-feira do jornal Público, a Abraço, que há vários anos apresenta prejuízos financeiros (em 2003, o passivo foi de 421 mil euros, mais 118 mil do que em 2002), já respondeu à IGT garantindo que as situações foram entretanto regularizadas.
Segundo o documento a que o Público terá tido acesso, «a Abraço violou a lei» em 2003, quando criou uma direcção executiva paralela à existente, estabelecendo com os seus três membros contratos de trabalho por tempo indefinido, numa medida que visou manter os mesmos dirigentes à frente da associação, uma vez que não podiam concorrer a mais de dois mandatos seguidos e porque não havia candidatos.
Esta segunda direcção incluía Margarida Martins e Maria José Campos, a quem foi atribuído o vencimento-base de 3250 euros por mês, e Paulo Nuno Santos (2900 euros). Acresciam ainda 3,70 euros por dia útil de trabalho para refeições, com direito a despesas de transportes, alojamento e refeições, sendo que as duas directoras executivas tinham ainda direito a um cartão de crédito com um plafond que ronda os 1000 euros e o uso de telemóvel a custas da Abraço.
Para a inspecção, os custos remuneratórios são «elevados» para a associação, «que é uma instituição particular de solidariedade social e vive essencialmente de verbas comparticipadas pelo Estado». "
Nada como ser gorda e mandar umas piadas na televisão...