A própria Força Aérea desenvolveu drones, em parceria com universidades e como uma das contrapartida de um programa qualquer (creio que da modernização dos P-3). Algumas empresas de drones começaram em garagens, agora uma garagem é uma complexo industrial? O mercado civil de drones não paga o suficiente para financiar os drones militares da empresa. Uma empresa para obter financiamento de 2 milhões de euros, precisa de vender 2000 drones de 1000 euros (e vamos fingir que este valor não tem que pagar salários nem matéria prima), num mercado civil completamente saturado com concorrência feroz (drones made in china equivalentes a custarem metade do preço). Por outro lado, é bem mais fácil a dita empresa simplesmente obter um investimento de 2 milhões para desenvolver determinada capacidade.
Neste momento temos a Tekever, a UAVision e a BeyondVision, estas duas últimas continuam a ser de pequena dimensão por falta de investimento. Ainda assim, a UAVision venceu o concurso dos UAVs da FAP, e continua a produzi-los numa garage.
Não seria inconcebível ter no Exército um pequeno grupo capaz de desenvolver um pequeno número de RWS .50 para testes em conjunto com alguma universidade, ainda por cima sabendo que existe a necessidade de uma solução para a falta de protecção para os atiradores montados em Pandur e não só.
Para isso, nem sequer é preciso investir na capacidade industrial, visto que não seria algo para produzir em massa (a não ser que surgisse mercado para isso), sendo que a mesma lógica dos drones produzidos numa garagem se aplicaria a uma RWS. A maior parte do equipamento seria off the shelf, realisticamente não se produzia nada, tal como já acontece com alguns drones.
Mas isto sou eu a ultrapassar a etapa do "brainstorming" para o "brainarmageddon".