pchunter escreveu:
Isto infelizmente resulta de uma característica do pais em que vivemos. Fazemos tudo em cima do joelho, compramos os aviões com a ajuda da comunidade europeia porque não temos guito e não celebramos qualquer contrato para a manutenção dos mesmos, nem OGMA nem Agustawestland agora temos os pássaros na gaiola bonito serviço! Estavam à espera que durassem para sempre? São bons mas nem tanto!
Pois bem:
compramos os aviões com a ajuda da comunidade europeia porque não temos guito
Não sei se sabe mas foram comprados com o nosso guito - e foram bem caros, diga-se. Portanto não foram comprados pelos outros. Sairam-nos do nosso bolso e até já estão pagos.
Contudo, deve-se querer referir aos dois SIFICAP ( nºs 19607 e 8 ) que, esses sim, tiveram uma aceitável comparticipação da UE. Mas também não são helicópteros militares, in strictu sensu, são destinados à fiscalização costeira e pesqueira e
não só da ZEE portuguesa.
Como vê, não tem razão.
Fazemos tudo em cima do joelho,
Sabe que no início deste ano a Força Aérea Canadiana parou uma esquadra inteira de EH-101? Será que o Canadá também só faz " tudo em cima do joelho "? e os ingleses? e os italianos?também não têm relatado incidentes e problemas com os que possuem?
Azar... fizeram " tudo em cima do joelho ".
temos os pássaros na gaiola bonito serviço!
http://dn.sapo.pt/2008/03/11/nacional/m ... _peca.htmlNesta notícia de Março refere-se o seguinte:
Diferentes fontes da FAP adiantaram ontem ao DN que o ramo está a viver "uma situação crítica e muito melindrosa": por um lado,
a empresa Agusta-Westland não consegue fornecer sobressalentes em número suficiente para manter a frota de 12 helicópteros a voar;
Ninguém a desmentiu.
Não sei se ouviu a extensa entrevista que o CEMFA deu à Antena 1, também em Março, e onde este assunto foi um dos temas principais? O General CEMFA a dizer de viva voz o que esta noticia diz tem o seu valor, ou não? Será que não é sério e mente?
Por amor de Deus.
Por outro lado, reparou nesta noticia do DI, de 11 de Abril, no seguinte:
Outra das razões poderá ter a ver com o incidente ocorrido na ilha de S.Jorge, em Novembro do ano transacto, que provocou ferimentos graves numa médica terceirense que se encontrava a bordo.
As causas do acidente, de acordo com a Força Aérea Portuguesa, prenderam-se com problemas no computador de bordo, coisa que a empresa construtora tem vindo a negar, pelo que o acidente ocorrido em são Jorge não tem, por enquanto, causas definitivas.
E por último:
Todas as aeronáuticas militares, por esse mundo fora, se debatem com falta de pilotos, neste caso muito em particular pilotos-comandantes. A FAP não foge à regra. Há falta de pilotos, é verdade.
Acha que, mesmo assim, ainda irão desencantar 10 ou 15 pilotos para reactivar 4 pumas? e as qualificações para quem já não voa neste tipo há quase dois anos? Isto não é como nas obras em que o motorista sai do camião mercedes e pega de imediato no scania. E senão houver motorista de pesados até o de ligeiros dá uma mão...
não celebramos qualquer contrato para a manutenção dos mesmos,
Na notícia do DN cujo link acima se indica, refere-se:
O actual ministro, Nuno Severiano Teixeira, autorizou há um ano que fosse feito um contrato com a Agusta-Westland - através da Defloc, uma empresa da holding estatal para as Indústrias de Defesa, EMPORDEF - por um prazo de seis meses, prorrogável por mais seis. Esse período serviria para negociar um contrato de longo prazo para as áreas de manutenção e operação dos EH101 Merlin da FAP, em cujo programa foram investidos cerca de 450 milhões de euros.
Fonte oficial do Ministério da Defesa assegurou ontem ao DN que "as negociações do contrato para os próximos 5 anos estão finalizadas". Quanto à data de assinatura do documento, ela "será autorizada brevemente". Ficou também por saber se a OGMA (empresa aeronáutica de Alverca onde o Estado tem uma participação de 35%) vai assumir parte das operações de manutenção dos helicópteros.
É verdade que o contrato hoje ainda não foi assinado mas também é verdade que até agora à Agusta compete a manutenção.
Cumprimentos,