África: Moçambique lidera no crescimento sustentado

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Lancero

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África: Moçambique lidera no crescimento sustentado
« em: Novembro 14, 2007, 05:15:43 pm »
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África: Moçambique lidera no crescimento sustentado na última década

Lisboa, 14 Nov (Lusa) - Moçambique foi o país africano que cresceu de  forma mais diversificada e sustentada na década até 2005, seguido de perto  por São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, revelam dados hoje divulgados pelo  Banco Mundial.  

     

   Com um crescimento médio de 8,3 por cento entre 1996 e 2005, Moçambique  supera Ruanda (7,6 por cento), São Tomé (7,1 por cento) e, também, Botsuana  e Uganda, na lista das economias "diversificadas".  

     

   As "economias diversificadas" são um dos agrupamentos em que o Banco  Mundial dividu os países do continente africano, na análise feita de perto  de 25 anos de informação estatística.  

     

   Os outros dois agrupamentos são de "economias petrolíferas" e "economias  de baixo crescimento".  

     

   No mesmo período, Cabo Verde registou um crescimento médio de 5,8 por  cento, a sexta economia "diversificada" que mais cresceu.  

     

   Sem Petróleo, Moçambique alcançou um crescimento muito próximo do de  Angola - 8,5 por cento na década - que foi a terceira economia petrolífera  com maior aumento do PIB, atrás do Chade (9,0 por cento) e da Guiné Equatorial  (30,8 por cento).  

     

   Registando um crescimento médio do PIB de 0,47 por cento entre 1996-2005,  a Guiné-Bissau surge como um dos países pior colocados no grupo dos que  menos cresceu, que é liderado pela Zâmbia (3,8 por cento) e Guiné-Conacri  (3,7 por cento).  

     

   A Guiné-Bissau regista um abrandamento constante do crescimento económico,  de 3,8 por cento no período 1980-89 para menos 0,5 por cento entre 2000  e 2005.  

     

   Também a economia de Cabo Verde tem vindo a travar, de 6,3 por cento  na década de 80 para 4,7 por cento nos últimos cinco anos, período em que  Angola e Moçambique atingiram o "pico" do seu crescimento nos últimos 25  anos, respectivamente para 9,9 por cento e 8,4 por cento.  

     

   Os dados divulgados pelo Banco Mundial indicam que o crescimento médio  anual no continente sub-saariano tem vindo a acelerar continuamente, de  1,8 por cento na década de 80 para 2,4 por cento na de 90 e 4,4 por cento  nos cinco anos até 2005.  

     

   "Muitas economias africanas parecem ter mudado de rumo e podem estar  a entrar num caminho de crescimento económico mais rápido, necessário para  reduzir os elevados níveis de pobreza", afirma o Banco Mundial no relatório  hoje divulgado.  

     

   "A performance económica robusta de África na década 1995-2005 contrasta  acentuadamente com o colapso económico de 1975-1985 e a estagnação de 1985-1995.  Diversificar e sustentar o crescimento no futuro pode ser alcançado através  da aceleração da produtividade e aumento do investimento privado", considera.  

     

   Para isso, adianta, é necessária "melhoria do clima de negócios e das  infra-estruturas, bem como estimular a inovação e criar capacidade institucional".  

     

   Os dados das últimas décadas de desenvolvimento económico em África  indicam uma volatilidade do crescimento, e custos indirectos de exportação  (entre 18 por cento e 35 por cento dos custos totais) muito superiores ao  do resto do mundo, que comparam com oito por cento na China, por exemplo.  

     

   "As empresas africanas eficientes podem concorrer com chinesas ou indianas  em temos de custos de fábrica, mas tornam-se menos competitivas devido aos  maiores custos indirectos de negócios, incluindo infra-estruturas", afirma  o relatório.  

     

   Estima-se que as necessidades actuais de infra-estruturas no continente  impliquem custos anuais de 22 mil milhões de dólares, cerca de cinco por  cento do PIB.  
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