Menina desaparecida no Algarve

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Upham

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« Responder #30 em: Maio 10, 2007, 05:52:50 pm »
Boa tarde!

Provavelmente casos por resolver acontecem um pouco por todos os paises (e serão certamente situações muito frustrantes não só no que respeite a opinião pública, mas principalmente para os agentes envolvidos na investigação).
Supunho também (uma vez que não sei como se processa esse trabalho) que tão decisivo num investigação seja o peso de toda a palafernália técnica utilizada pela policia ciêntifica como também os "miolos" e a organização do trabalho de investigação.

Quanto á maior parte da imprensa Inglesa presente..........(e porque também no nosso pais temos imprensa de m***a), deixa-los falar pois são livres de emitir a opinião que quiserem e eu de não lhes passar crédito nenhum, apesar de me sentir revoltado com algumas opiniões e com a má imagem que é criada pela dita imprensa de m......

Aguardemos pacientemente os resultados da investigação e a tal conferência de imprensa mais logo.

Cumprimentos!
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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« Responder #31 em: Maio 11, 2007, 08:45:34 am »
Afinal qual foi a "bomba"?  :?

ps-vcs não acham estranho tantas horas de interrogatório aos Pais?
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #32 em: Maio 11, 2007, 09:35:58 am »
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Pais e funcionários do aldeamento sob suspeita



JOSÉ MANUEL OLIVEIRA PAULA MARTINHEIRA    
 
PJ pressiona casal, dizendo que quer "esclarecimentos"
Os pais de Madeleine, a criança inglesa desaparecida na quinta-feira, na Praia da Luz, entraram às 13.45 no Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Portimão, onde foram sujeitos a interrogatório. Kate McCann saiu por volta das 22.10, mas às 23.00, o marido continuava a ser ouvido.

Muito embora o inspector-chefe da PJ Olegário Sousa tenha assegurado, em conferência de imprensa, que o casal McCann voltou a ser inquirido por "necessidade de esclarecimentos da investigação, sendo certo que sobre os mesmos não recai qualquer tipo de suspeita", causou estranheza tão longo interrogatório.

Tanto mais que, enquanto o casal era ouvido pelos investigadores, o apartamento onde passaram férias até ao desaparecimento da menina voltou ontem, ao fim da tarde, a ser passado a pente fino pelos agentes da PJ e elementos da Polícia Científica, bem como por cães pisteiros de buscas e salvamento da GNR. Foram ainda inspeccionados os apartamentos contíguos ao que os McCann ocuparam, bem como todos os que estão à volta, tanto do aldeamento, como em seu redor. O apartamento já tinha sido inspeccionado há uma semana, nomeadamente pela Polícia Científica, que recolheu vestígios, impressões digitais e outros dados, sobretudo nas portas, janela e persianas do quarto onde dormia Maddy, que amanhã faz quatro anos, com os irmãos, de dois.

Para além do casal, foram ouvidos pela PJ os avós da criança e um casal amigo dos McCann que passa férias no The Ocean Club.

Contactados pelo DN, alguns funcionários do aldeamento sugerem o envolvimento dos pais de Madeleine no seu desaparecimento. A suspeita prende-se, por um lado, com a firme recusa do casal em aceitar o serviço de baby-sitting nocturno que estava incluído no pacote de férias (o serviço da baby-sitter só era solicitado durante o dia) e, por outro, com o facto de na noite em que desapareceu a menina, os pais "não terem saído da mesa para irem ao quarto ver os filhos, enquanto jantavam", ao contrário do que tem sido noticiado desde a primeira hora. "Os meus filhos ficam muito bem assim", terá afirmado um dos elementos do casal a um funcionário do The Ocean Club.

As atenções da PJ estão agora centradas no resort da Praia da Luz, onde continuam a ser interrogados actuais e ex-funcionários. Ganha, por isso, cada vez mais consistência a possível implicação de algum, ou alguns empregado(s), no desaparecimento da menina, que tudo indica ter sido raptada. Isto apesar de a PJ continuar a não tipificar o crime cometido, limitando-se a dizer que se trata de um "crime grave". Ontem, o inspector-chefe Olegário Sousa afirmou laconicamente que "pode ser homicídio, violação, rapto".  


http://dn.sapo.pt/2007/05/11/sociedade/ ... suspe.html
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Ricardo

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« Responder #33 em: Maio 11, 2007, 11:49:44 am »
Esta verdadeira "novela" e todos os seus intervenientes, só merece um comentário:

"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles há de ser o reino dos céus!"
 

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« Responder #34 em: Maio 11, 2007, 12:38:21 pm »
Citação de: "Ricardo"
Esta verdadeira "novela" e todos os seus intervenientes, só merece um comentário:

"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles há de ser o reino dos céus!"


 :?:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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comanche

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« Responder #35 em: Maio 11, 2007, 04:30:28 pm »
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Duas mulheres e um homem estão a ser interrogados esta manhã nas instalações da PJ de Portimão, no âmbito do caso Madeleine. Segundo fonte da Judiciária, em declarações ao PortugalDiário, três pessoas de nacionalidade estrangeira estão a ser interrogadas «pela primeira vez» neste caso, escusando-se a referir se estão a sê-lo na qualidade de suspeitos. Outra fonte adiantou ao PortugalDiário que as pessoas ouvidas são amigas da família MacCann.

A PJ referiu ainda que ontem a Judiciária «só interrogou familiares e amigos da criança» e frisou que nenhum deles é suspeito ou arguido neste caso. As longas horas de interrogatório foram justificadas com a necessidade de traduzir as perguntas e as respostas, já que os casais interrogados são estrangeiros.

Os pais da pequena Madeleine mantêm-se «optimistas» em relação ao aparecimento da menina. Num comunicado lido pelo pai informa-se que ontem puderam ver «em primeira mão, o trabalho que a polícia tem feito no processo de Madeleine e o seu forte desejo em encontrá-la». O casal acrescentou ter visto ainda «todos os meios que estão a ser usados nesta investigação».

«Estamos a fazer tudo o que podemos para ajudar a polícia e não deixaremos nenhuma pedra por levantar na procura da nossa filha», sublinharam.

Tal como o fizeram de outras vezes, o casal de médicos dedicou as últimas palavras a um agradecimento «por todos os esforços e ofertas de apoio que estamos a receber de todo o mundo».

«Sentimo-nos tocados pelo enorme empenho das pessoas que estão a ajudar». Remataram com uma palavra de esperança. «Como dissemos antes, estamos optimistas e concentrados nas investigações».

Cães-pisteiros detectam rasto de Madeleine em segundo apartamento

Os cães-pisteiros utilizados nas buscas da pequena Madeleine detectaram o rasto da menina num segundo apartamento no Ocean Club, na Praia da Luz.

Fonte ligada à investigação confirmou ao PortugalDiário que as equipas cinoténicas utilizadas ontem nas buscas ao aldeamento permitiram confirmar que a menina passou por um segundo apartamento.

Segundo o «Correio da Manhã» a PJ teria ouvido ontem durante toda a tarde dois suspeitos que terão ficado instalados no Ocean Club ao mesmo tempo que a família MacCann, mas que entretanto se deslocaram para outro local no Algarve. A deslocação dos pais da menina às instalações da PJ em Portimão ter-se-ia destinado a levar os pais a identificar presencialmente os suspeitos.

Recorde-se, no entanto, que segundo referiu ontem à tarde o porta-voz da PJ, não foi feita qualquer detenção no âmbito das investigações em curso.

Buscas no terreno chegaram ao fim

As buscas da GNR no terreno terminaram esta sexta-feira à meia-noite, mantendo-se o posto móvel junto ao apartamento «enquanto por preciso», referiu ao PortugalDiário uma fonte ligada à investigação.

As equipas cinotécnicas vão manter-se em actividade, assim como dez homens da GNR para buscas específicas. Ao longo de uma semana, mais de 150 homens bateram diariamente por diversas vezes uma área de 200 quilómetros quadrados.
Madeleine MacCann completa este sábado quatro anos de vida.

PJ só pergunta sobre estrangeiros

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário a PJ descartou desde muito cedo a possibilidade de o rapto ter sido executado por portugueses.

Ao longo das última semana, nas várias deslocações que empreendeu aos estabelecimentos comerciais na Vila da Luz, os inspectores apenas colocaram questões sobre movimentação de estrangeiros. Os retratos-robôs foram exibidos aos funcionários do empreendimento turísitco bem como aos moradores vizinhos do aldeamento.

Os proprietários do restaurante onde a família MacCann deu de jantar às crianças, na noite do rapto, enviaram as imagens de videovigilância às autoridades na expectativa de que forneçam alguma pista útil às investigações.



http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=807539&div_id=291
 

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comanche

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« Responder #36 em: Maio 12, 2007, 12:45:31 am »
Maddie: Descrição da PJ semelhante a suspeito em Espanha


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Um dos homens procurados pela PJ devido ao desaparecimento da menina inglesa Madeleine tem uma descrição semelhante à do suspeito de uma violação em Espanha, disse hoje à Lusa fonte policial espanhola.

Uma fonte da Polícia espanhola disse à agência Lusa que a descrição na posse dos investigadores portugueses se assemelha à do homem que, em Julho passado, violou uma rapariga de dez anos em Veçindaro na Grã Canária espanhola.

O suspeito, que continua a monte, terá entre 30 e 35 anos, estatura média, pele morena e, tal como o homem descrito pelas autoridades aos comerciantes da Praia da Luz, cabelo penteado para trás.

O indivíduo abusou sexualmente da menina, que conseguiu escapar com vida na sequência da distracção do homem.

Este caso poderá estar relacionado com um outro, de um menino de sete anos, desaparecido em Março deste ano quando jogava à bola na rua perto de casa, na mesma localidade da ilha espanhola.

A mesma fonte da Polícia espanhola acrescentou que as autoridades daquele país foram alertadas «poucas horas depois» do desaparecimento de Madeleine Mccann no Algarve e continuam a acompanhar o caso, com a colaboração das Polícias portuguesa e britânica.

A fonte policial espanhola adiantou, ainda, que dispõe de todas as informações sobre a criança inglesa e algumas complementares, que não podem ser reveladas.

Nos últimos dias, as autoridades portuguesas têm intensificado os contactos com a Interpol e a Europol, à medida que se acumulam suspeitas de que a criança poderá ter sido levada para fora do país.

Madeleine Mccan, que completa quatro anos no sábado, desapareceu no dia 03 de Maio de um aldeamento turístico na Praia da Luz, estando os pais a jantar num restaurante dentro do empreendimento e próximo da habitação onde a menina dormia, juntamente com dois irmãos gémeos
 

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TOMKAT

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« Responder #37 em: Maio 12, 2007, 02:03:50 am »
Em toda esta lamentável situação apenas vislumbro um aspecto positivo.

Este caso vai servir de termo de comparação para uma qualquer futura intervenção das autoridades portuguesas num qualquer desaparecimento de uma qualquer criança portuguesa (... ou de outra qualquer nacionalidade) em território nacional.

Acredito que nada vai ficar como dantes, no que diz respeito ao envolvimento de meios em casos identicos ao da criança inglesa.

Pelo interesse (quase mórbido) que os média portugueses têm demonstrado por estes casos, cultivando um exagerado uso da desgraça alheia como cativação de audiências, a comparação com o caso presente no envolvimento de meios será sempre inevitável.

Lamentável a cobertura que os tablóides ingleses estão a dar ao caso, pretendendo dar lições de dividosa moral às forças policiais portuguesas.

Olhassem para o próprio umbigo, comparassem com o que se passa no seu próprio quintal, e talvez conseguissem alguma credibilidade como orgãos de comunicação social, mas creio que isso não faz parte da sua "cultura" jornalística.

Em Portugal o número de crianças desaparecidas que se encontram na base de dados das forças policiais não chega a 1 dezena.
Em Inglaterra, só no ano passado, desapareceram mais de 70 crianças (que pasme-se, tal a sabedoria e experiência dos bifes no assunto, ainda não foram encontradas).
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Jorge Pereira

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« Responder #38 em: Maio 12, 2007, 03:31:01 am »
Está quase… c34x
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Spectral

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« Responder #39 em: Maio 12, 2007, 11:15:26 am »
OT : outro dia coloquei um post aqui neste tópico, sobre a maneira como o assunto tem sido visto por aqui, que até teve uma resposta ( o do Upham em que refere a jornalista da Sky, n 2a página de discussão), mas entretanto o meu post parece ter desaparecido, suponho que devido a alguns problemas de software...
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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ricardonunes

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« Responder #40 em: Maio 12, 2007, 12:35:25 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Está quase… c34x


Fonte credível :?:
Potius mori quam foedari
 

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papatango

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« Responder #41 em: Maio 12, 2007, 03:11:14 pm »
Quanto à cobertura da televisão britânica, a úinca referência que tenho é a Sky News e a BBC.

A BBC deu alguma combertura ao assunto. Aliás ainda ontem a própria CNN deu algum relevo à notícia, entrevistando uma senhora que afirmava ter visto tudo  :roll:

Até ao momento, a combertura mais cretina que vi foi de facto a da CNN, onde um reporter tirou conclusões entrevistando a primeira testemunha que encontrou na esquina...

A Sky News, neste Sábado está a transmitir praticamente em directo do Algarve durante o dia todo.
Há de tudo. Desde comentários com sentido, até comentários descabelados.

Infelizmente os portugueses entrevistados não têm dado muita conta de si.
Vi uma entrevista com um tal de Mendes Bota (se não me engano) em que num inglês péssimo parecia estar mais preocupado com o turismo, aliás na mesma linha que já foi seguida pelo presidente da câmara de Lagos quando há uns dias atrás foi entrevistado também pela Sky News.

A Sky News está aliás a mostrar as diferenças entre as investigações que foram feitas para encontrar crianças portuguesas desaparecidas e comparando com o que se está a fazer neste caso.

Também noto que os «media» britânicos parecem estar sempre atrás nas notícias. Eles não têm contactos na policia e por isso ficam limitados às conferências de imprensa e às declarações dos pais da criança.
O resto, têm que inventar, tentando contactar com pessoas de origem britânica que também não parecem estar especialmente informadas.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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« Responder #42 em: Maio 12, 2007, 10:21:41 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Está quase… c34x

não levem a mal, espero que tenham razão, já o Lancero tinha dito algo de parecido, mas já parece o episodio das declarações "Bombásticas " da UnI

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Caso Madeleine: Ministério Público chama a si investigação

12.05.2007, Idálio Revez


PJ sem indícios que possam revelar paradeiro da menor. Investigações centram-se agora nos funcionários
e hóspedes do complexo turístico



Nove dias após o desaparecimento de Madeleine Beth McCann, a Polícia Judiciária (PJ) não recolheu qualquer indício que possa levar ao seu paradeiro. As buscas revelaram-se infrutíferas e não há suspeitos nem testemunhas.

O Ministério Público, através do procurador de círculo de Portimão, José Magalhães Menezes, chamou entretanto a si o processo de investigação do desaparecimento da criança inglesa. A investigação passa assim a ser dirigida por este magistrado, que está sob dependência directa do procurador distrital de Évora, Luís Verão. Contudo, a PJ continua a ter autonomia técnica para investigar.
O que aconteceu na noite em que Kate Healy deu pela falta da sua filha de três anos, que dormia no apartamento do complexo turístico onde passavam férias, no Algarve, permanece um mistério. Ninguém viu nem ouviu nada naquele local tranquilo e sem movimento.
Os investigadores têm, no entanto, pela frente uma longa e árdua tarefa: dezenas de informações provenientes das mais diversas fontes para analisar, alertas para responder, diligências para realizar, interrogatórios, telefonemas, análises, buscas. É preciso confirmar ou infirmar informações, explorar todas as hipóteses, não colocar de parte nenhuma possibilidade.
É o que os inspectores da PJ estão a fazer na Praia da Luz e em vários outros pontos do Algarve, de Portugal e de Inglaterra. Até hoje, e apesar disso, não há rasto nenhum de Madeleine, que faz hoje quatro anos. Todas as possibilidades continuam em aberto, uma semana passada sobre o seu desaparecimento.
Alguns inspectores sentem-se incomodados com a pressão que, através das notícias divulgadas na comunicação social, se faz sentir na investigação. O incómodo dos investigadores nota-se, aliás, durante as conferências de imprensa, sem a mínima tradição em casos deste tipo em Portugal, que se viram forçados a realizar. Contrariamente à prática da polícia britânica, a PJ parece preferir o silêncio e o segredo, confiando que nestes está a chave do sucesso da investigação.
Até o pedido do PÚBLICO para o fornecimento de dados sobre a composição e funcionamento do departamento vocacionado para a investigação das pessoas desaparecidas foi negado. "A PJ não considera oportuno. Assim, indefere-se o requerido", determina o despacho da direcção nacional da Judiciária, ontem recebido na redacção do jornal.
Em declarações ao PÚBLICO, o procurador-geral da República afirmou que não existe "nenhuma razão para apontar críticas à PJ". "Nenhuma polícia na Europa faria melhor", disse Pinto Monteiro.
Hóspedes interrogados
As investigações estão agora centradas nos cerca de 400 funcionários e hóspedes que deram entrada no Ocean"s Club nas últimas quatro semanas. Ontem, duas mulheres e um homem, todos britânicos e clientes do empreendimento, foram ouvidos durante nove horas nas instalações da PJ de Portimão. A polícia confrontou-os com várias imagens de pessoas captadas nos últimos dias por câmaras de videovigilância na região algarvia e justificou uma vez mais o longo interrogatório com a barreira linguística, a obrigação legal de usar intérpretes e a necessidade de ouvir as testemunhas em separado.
O mesmo aconteceu na véspera, quando os pais de Madeleine foram ouvidos pela PJ durante mais de 13 horas. Após essa diligência, os cães pisteiros da GNR voltaram ao Ocean"s Club para inspeccionar, sem êxito, os apartamentos contíguos ao de onde desapareceu a criança.
As operações de busca com os cães pisteiros da GNR foram suspensas à meia-noite de ontem e nas estradas já só ocasionalmente se vê a Brigada de Trânsito a fiscalizar o trânsito. No entanto, os repórteres não arredam pé da Praia da Luz. O retrato-robô do suspeito, elaborado pela PJ, não chegou a ser distribuído aos militares da GNR.
"Queremos agradecer, em primeiro lugar, pelo forte desejo de encontrar Madeleine. Estamos a fazer tudo para ajudar a polícia e não vamos deixar pedra sobre pedra", disseram ontem de manhã Gerry e Kate McCann, numa declaração lida aos jornalistas.
À noite, a população respondeu em massa ao apelo do padre José Pacheco para acender "uma luz de esperança" numa vigília na Praia da Luz. Na igreja local, cerca de 300 pessoas, a maioria trajando de verde, manifestaram solidariedade aos pais e esperança no regresso da menor. Com Paula Torres de Carvalho
O procurador--geral da República saiu ontem em defesa da PJ: "Nenhuma polícia na Europa faria melhor"
O futebolista internacional inglês David Beckham fez ontem um emocionado apelo público na televisão espanhola na tentativa de ajudar a encontrar a criança inglesa desaparecida há uma semana na Praia da Luz. "Se viram esta rapariga, por favor, vão junto das autoridades locais ou da polícia e forneçam essa informação. Por favor, por favor, ajudem-nos a encontrá-la", disse Beckham, segurando um poster de Madeleine McCann. Depois dos apelos dos futebolistas portugueses Paulo Ferreira e Cristiano Ronaldo, a "estrela" do Real Madrid também se envolveu na procura da sua jovem compatriota. Ontem soube-se também que um empresário escocês residente no Mónaco ofereceu uma recompensa de 1,4 milhões de euros por informações que possam levar ao paradeiro da criança. A recompensa oferecida por Stephen Winyard junta-se aos 170 mil euros já oferecidos anteriormente por diferentes pessoas e jornais, como os britânicos The Sun e Daily Mail.



http://jornal.publico.clix.pt/
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comanche

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« Responder #43 em: Maio 14, 2007, 02:33:10 pm »
Imprensa chinesa com Portugal na primeira página

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A imprensa oficial chinesa dá hoje destaque de primeira página ao desaparecimento de Madeleine McCann, de quatro anos, de um aldeamento do Algarve, com as capas de jornais a mostrar fotografias da vigília de sábado no santuário de Fátima, noticia a Lusa.

O China Daily, o único diário estatal chinês com difusão nacional publicado em língua inglesa, publica hoje uma foto-legenda que exibe em primeiro plano um peregrino a segurar um retrato da menina inglesa e a multidão ao fundo segurando velas durante a vigília nocturna, onde os fieis rezaram pelo aparecimento da criança.

O diário chinês cita ainda o pai da menina raptada, dizendo que a notícia deixou devastadas as pessoas que a conheceram no aldeamento da Praia da Luz, em Lagos, e toda a comunidade local.

O caso de Madeleine McCann merece também um artigo na primeira página da secção Internacional do China Daily, que incide sobre a recompensa oferecida em Inglaterra em troca de informações sobre o paradeiro da criança.

Também o Beijing Youth Daily, órgão oficial da Liga da Juventude Comunista Chinesa, publicado em chinês, dá eco à história que marca a actualidade em Portugal, descrevendo as circunstâncias do desaparecimento e as operações de busca da polícia portuguesa.

O periódico de Pequim afirma na edição de hoje que «cerca de 300 pessoas participaram numa actividade na igreja da localidade do sul do país», com os pais da menina presentes e vestidos de verde, «cor que representa esperança em Portugal».

O jornal recorda ainda que sábado foi o dia do quarto aniversário de Madeleine e realça o apelo dos seus pais para a realização de mais esforços para a encontrar.

A imprensa estatal chinesa dá também destaque às ondas de apoio manifestadas na Inglaterra, Irlanda, América, Canadá e Nova Zelândia, onde vivem familiares ou amigos da família inglesa.

Madeleine McCann desapareceu no passado dia 03 de Março do seu quarto num apartamento no Algarve e ainda não foi encontrada.

 

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comanche

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« Responder #44 em: Maio 14, 2007, 09:46:57 pm »
Maddie: PJ ouve «vizinho»



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A Polícia Judiciária (PJ) e a GNR estão desde as 19:15 de hoje a fazer buscas na vivenda de um indivíduo de ascendência britânica situada a 100 metros do local onde desapareceu há 11 dias Madeleine McCann. Três pessoas, incluindo o «vizinho» do aldeamento, estão a ser ouvidas no Tribunal de Instrução Criminal de Portimão, avança também a Lusa.

O indivíduo é divorciado e vive com a mãe, uma inglesa de 79 anos, e com o filho de três anos. Segundo a Sky News homem já estará nas instalações da Polícia Judiciária a ser ouvido pelas autoridades. A informação foi dada aos jornalistas pela mãe do homem que terá dito que ele não foi preso.

Segundo a estação de televisão, o britânico é casado e tem uma filha que vive no Reino Unido. O próprio terá dito várias vezes que Madeleine era muita parecida com a sua filha.

As buscas de hoje resultaram de uma denúncia de uma jornalista britânica, Gaynor de Jesus, do «Sunday Mirror», que estranhou o comportamento do homem durante os primeiros dias de investigação.

De acordo com a repórter, o dono da casa quando se referia às buscas dizia sempre que «já era tarde de mais ou que Madeleine já estaria em Espanha». Por outro lado, acrescentou Gaynor de Jesus, o indivíduo dizia que era porta-voz da família McCann, o que não correspondia à verdade.

«Estranhei que ele não falasse muito da menina, mas sobretudo do que a polícia andava a fazer e do andamento da investigação», contou a repórter do «Sunday Mirror», que transmitiu as suspeitas às autoridades portuguesas.

A mãe do indivíduo montou há dias uma banca de recolha de depoimentos sobre o desaparecimento da menina de quatro anos, com o argumento de que pretendia recolher testemunhos de pessoas que, por qualquer razão, tivessem medo de contactar com as autoridades.

Dentro da vivenda, que é rodeada por um muro alto, estiveram já elementos da polícia científica que recolheram vestígios. Segundo a RTP a piscina foi esvaziada e os cães-pisteiros voltaram a ser usados, desta vez no quintal da habitação. Ainda segundo este canal, o britânico terá ajudado a própria Polícia Judiciária com traduções.

O individuo foi também um dos britânicos que desde o inicio ajudou a Sky News em traduções. Ian woods, repórter da estação explicou que este homem esteve sempre no «coração da investigação». No entanto, nunca deixou que as câmaras o filmassem.

O início das buscas nesta casa foi marcado por uma correria dos jornalistas portugueses e estrangeiros que estavam no «Ocean Club», o complexo turístico da Praia da Luz (Lagos) de onde desapareceu a menina de quatro anos, aguardando o depoimento do embaixador britânico. A GNR montou um apertado esquema de segurança em redor da casa e vedou o acesso ao quarteirão.



http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=808850&div_id=291