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Votação encerrada: Outubro 04, 2005, 06:44:14 pm

Presidênciais 2006

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Moi

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« Responder #45 em: Outubro 21, 2005, 08:47:48 pm »
Citação de: "papatango"
Citação de: "Moi"
«Como os portugueses sabem, não sou um político profissional...» :lol:  :lol:  :lol:  :lol:  :mrgreen:

O Cavaco Silva, queira-se ou não, goste-se ou não, escapa desse estereotipo. Quando saiu do governo, não foi para deputado, não ficou nas estruturas do PSD, não se candidatou a cargos nas autarquias, e voltou à vida académica.

Tem por isso o direito de dizer o que disse. Direito que não teria a esmagadora maioria dos politicos portugueses que são de facto profissionais, e que sempre viveram no ambiente poluido da vida politica de Lisboa e do Porto.

= = =

Quanto ao facto de Cavaco já ter sido rejeitado uma vez, não vejo qual o problema.
Afinal, ainda agora discutimos a questão do aborto. Já houve um referendo sobre o aborto em Portugal. Será que não é suficiente?
Se os portugueses já se expressaram uma vez, deve-se perguntar aos portugueses outra vez?

Um cidadão tem o direito de se apresentar aos eleitores!

Por essa ordem de razões, se Mario Soares, já foi presidente, faz sentido querer ser outra vez?
Será que foi um presidente tão bom que se justifique a sua volta?

Não creio que se tenha apresentado  como "Salvador da Patria". Aliás, Mário Soares é que apareceu como um Messias, vindo ao mundo em tempo de desgraça, para evitar que o Diabo, desfilasse triunfalmente pela Avenida da Liberdade.

E Manuel Alegre, também segue o mesmo diapasão: É um Messias, que tenta evitar a vinda do Anti-Cristo.

O Messianismo, o Sebastianismo e outros ismos não são monopólio de ninguém, e encontram-se onde menos se espera.

Cumprimentos


Papatango


Quer dizer, os políticos que se dedicam unicamente à política, são vistos como os maus da vida, esses desgraçados que se dedicam só á política porque não têm onde cair mortos...
Já os outros, os políticos amadores (!?) esses sim, merecem a nossa confiança, porque esses sim, que passam pelo poder temporariamente sabe-se lá com que interesses, são os verdadeiros bons da fita. Os que merecem reconhecimento...

Obviamente o estereotipo é seu. Cavaco é um político que como qualquer político almeja o Poder, o resto entra no mundo das fábulas.

Por outro lado, mas haverá alguém que é só político de profissão?
Entra uma pessoa para um partido, e depois faz o quê, paga as quotas e fica à espera que o chamem para um cargo de poder?
Não me parece.

Para mim, os políticos só se deviam dedicar à política. É que de políticos que fazem outras asctividades e depois misturam o Poder e as influências de ambos os seus ramos de actividade está o país farto. Fora com os pólíticos amadores, que só querem ambientes dos ambientes solarengos.

Voltando ao artigo de opinião do Mourinho. Permita-me fazer o paralelismo, que eu acho interessante.

Dizia ele (Mourinho) que o Cruyf, ao sair em 1995 e a dedicar-se apenas a artigos críticos, tinha conseguido fazer esquecer os seus resultados negativos. As pessoas, passado este tempo, apenas se lembram dos bons resultados, que tinha sido tetracampeão pelo Barça e Campeão Europeu... esquecendo-se que em três das ocasiões ganhou o campeonato na última jornada, sendo que numa delas porque o Real tinha empatado em Villareal e outra porque um jogador do Corunha falhou um penálti no último minuto. Por outro lado, ganhou a Liga dos Campeões num ano, mas no outro perdeu a final por 4-0 com o Milão e levou um baile de bola.

Voltando ao Cavaco, que levou 4-0 nas eleições presidenciais, surge agora como o cronista salvador, que já se sabia iria voltar numa manhã de nevoeiro, para salvar o país, não sem antes lançar umas bordoadas de quem estava de fora, e imunes a críticas porque «quem está fora não racha lenha», como foi o caso de :Está na altura de os políticos responsáveis colocarem os políticos no seu lugar - recado mandado a Sampaio para colocar Santana na Rua...

E então quem se apresenta como o Salvador da Pátria?

Para mim, ele pode candidatar-se à vontade dele, até o Manuel João o fez, não tivesse fotocopiado uma centenas de assinatura em falta e sabe-se lá onde poderia chegar. Assim com o Soares o pode.

Ambos não devem, tiveram o seu tempo. A partir daqui é só mais do mesmo, infelizmente.

Quanto ao Post do Mar Verde....
Eu não dou grande importância a um artigo de opinião do Semanário Económico, apoiando um economista a um cargo de poder, quanto mais assinado por um, (tosse) perdão..., «Thomaz».
 

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Mar Verde

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« Responder #46 em: Outubro 21, 2005, 10:17:30 pm »
Citar
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/ ... .html#more

Não me Resigno

“Não podemos resignar-nos a esta situação. Eu não me resigno”. É uma frase forte. É uma frase que se dirige certeira a um país deprimido, que perdeu a confiança nos dirigentes políticos, que perdeu a confiança nas suas instituições, que perdeu a confiança em si próprio. É uma frase que consubstancia tudo o que o país pode aspirar de momento: não se resignar. É uma frase enxuta, sem retóricas adicionais que a embelezassem literariamente mas lhe obscurecessem o vigor.

Muitos o acusarão de tentar protagonizar uma figura messiânica, um D. Sebastião surgindo do nevoeiro – mas não é isso que os portugueses procuram desesperadamente? Alguns acusá-lo-ão de ter ajudado à construção deste Moloch que nos esmaga actualmente – mas não foram essas medidas que lhe deram as maiorias absolutas como 1º Ministro? É acusado de não ter uma visão liberal da economia – é um facto; mas não foi no seu consulado onde se deram os passos mais significativos e decisivos na liberalização da economia portuguesa? É acusado de ser de direita e ter tomado medidas anti-populares – mas não foram essas medidas alegadamente anti-populares que lhe permitiram recolher votos em todos os quadrantes políticos? É acusado de se colocar numa postura supra-partidária – mas não há uma náusea generalizada no nosso país face à partidocracia? Aquilo de que é acusado é o que lhe dá força eleitoral.

Cavaco regressou, depois de uma travessia do deserto, em que a crise dos 3 últimos anos da sua governação foi esquecida e submersa pela enxurrada dos maiores disparates governativos que o país alguma vez havia assistido. Cavaco cometeu erros, mas quem arrastou o país para o abismo foi quem lhe sucedeu. A memória dos erros de Cavaco foi apagada pelos disparates dos sucessores. E regressou com a lição sabida: frases simples, enxutas, directas, sem floreados. Não precisa de grandes promessas, basta-lhe falar em estabilidade, confiança, credibilidade e mobilizar as energias nacionais. A diferença entre a banalidade e a consistência daquelas palavras não está nelas próprias, mas em quem as profere. Na situação actual do país, aquelas palavras, ditas por Cavaco, oferecem consistência, são eficazes. Resta saber se não se banalizarão. Tudo dependerá do faro político de Cavaco Silva.
 

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papatango

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« Responder #47 em: Outubro 22, 2005, 11:55:44 am »
Citação de: "Moi"
Quer dizer, os políticos que se dedicam unicamente à política, são vistos como os maus da vida, esses desgraçados que se dedicam só á política porque não têm onde cair mortos...
Já os outros, os políticos amadores (!?) esses sim, merecem a nossa confiança, porque esses sim, que passam pelo poder temporariamente sabe-se lá com que interesses, são os verdadeiros bons da fita. Os que merecem reconhecimento...

Obviamente o estereotipo é seu...
Não, meu caro Moi, o estereotipo, não é meu. Eu nunca proferi essas palavras. Quando muito, esse estereotipo, corresponde ao que você acha que eu acho, e nada mais. Logo, todo o seu raciocinio daí decorrente, deixa de fazer sentido.

Se se der ao trabalho de ler coisas que eu já escrevi anteriormente, encontrará criticas de minha parte às expressões do tipo "Os politicos são todos corruptos".
Eu não acho que os politicos sejam nem todos corruptos, nem uma cambada de inuteis.
Posso no entanto achar que há politicos que estão demasiado interessados nos seus interesses privados, e que há demasiados dessa estirpe numa instituição chamada Assembleia da República.

Citar
Por outro lado, mas haverá alguém que é só político de profissão?
Entra uma pessoa para um partido, e depois faz o quê, paga as quotas e fica à espera que o chamem para um cargo de poder?
Não me parece.


Haver a 100%  é capaz de não haver, mas a realidade é que com o tempo grande parte dos politicos profissionais, abandonou a sua outra fonte de rendimento, porque a da politica, será mais rentável.

Aqueles que conseguem ganhar mais fora da politica, normalmente acabam por abandonar a politica, para se dedicarem a outras coisas. No entanto, em grande parte das situações é a politica que lhes deu o relevo que lhes possibilitou encontrar emprego.

Temos os casos de Pina Moura e de António Vitorino, para dar exemplos conhecidos. MAs não custa muito ir à procura daqueles que, ou pela sua qualidade, ou pela sua capacidade de "vender alguma fracção do estado" passaram para a sociedade civil.

A verdade é que o politico "não profissional" em Portugal, e normalmente nos países latinos da Europa Ocidental, é um acadêmico, dependente do Estado, normalmente professor, investigador ou funcionário público de algum relevo. Este é o estereotipo do politico "não profissional". E há muitos, de diversos quadrantes. Além do Cavaco, tem o Carrilho, o falecido  Sousa Franco, o Marcelo Rebelo de Sousa e outros, menos conhecidos.

O politico profissional, é aquele que entrou para uma "Jota" e que faz vida na politica, baseado na sua teia de conhecimentos dentro do partido, seja o PS seja o PSD e mesmo no PCP, a outro nível (eu tenho pessoalmente conhecimento de alguns casos - admito que pouco significativos, que chegaram ao meu conhecimento mais por razõe sfamiliares, que por se tratar de algo muito comum).

Esse politico profissional, pode até ter familiares na politica que lhe permitiram a entrada no meio. Já tinha conhecimentos e uma coisa gera a outra, uma mão lava a outra, etc...

Acha o Moi, que alguma vez João Soares tinha existido se não fosse a capacidade que Mário Soares tinha dentro do PS de decidir quem seria quem?
E João Soares não é um caso isolado, é apenas o mais conhecido.
Veja-se o caso do Maçon mor de Aveiro, que já convenientemente meteu o filho na politica. O filho é uma nódoa tal, que na Assembleia da República até lhe trocam o nome pelo do Pai, de tal forma a alimária é incompetente, vazia, cinzenta e quase transparente.

O Cavaco, é um Zé-Ninguém.  filho de um merceeiro do Algarve, que, como muita gente já vai fazendo em Portugal, achou que a educação que se dá aos filhos não tem preço.

Deste ponto de vista, Cavaco é de facto um Outsider.
E a Elite, de senhores doutores, e filhos de senhores doutores, que acham que o país lhes pertence, fica absolutamente "enxovalhada" com o topete do filho do merceeiro, que já chegou a Primeiro Ministro e agora até quer ser Presidente.
A parte socialista da elite, viscosa, cheia de tiques afectados, tem um "treco" quando pensa na possibilidade de Cavaco ser Presidente.

Eles são os Dantas Moi, eles são os Dantas. Os Dantas, que continuam sebosos, com os mesmos cabelos cheios de brilhantina, a cheirar a quantidades enormes de algum Hugo Boss, para camuflar o mau cheiro e a pestilência que exalam, porque isto de andar na Noite, deixa um cheiro do catano.
Esses mesmos Dantas das festas do Jet Set, onde as mesmas alimarias se deleitam, com a ilusão efémera de que são alguém na vida e onde trocam favores, empregos no Estado. Não fazem negócios, porque não são pessoas empreendedoras. Seo o Estado, e sem os empregos e subsidios, deixam de existir.

São esses mesmos Dantas que não gostam da ideia de mudar alguma coisa, porque a mais pequena mudança, destapa-lhes a careca da sua ignominiosa incompetência, e mostra que no nosso parlamento e na nossa classe politica, o Rei Vai Nu, mas segue acompanhado por deputados igualmente despidos.

Não é só o Rei que vai nú, é toda a elite podre.

É claro que o Cavaco está do lado de fora. Há uma parte do PSD, aquela que se confunde com o PS, que também não gosta do Cavaco. Mas engole-o porque não pode fazer outra coisa.

E o Cavaco, também não gosta deles e toda a gente sabe. Ou por acaso acha que o Cavaco não suporta o Santana Lopes por causa da cor dos olhos?

Os D. Sebastião, não se apresentam Moi. Eles são criados pelas próprias pessoas, na sua ansia de encontrar quem lhes facilite a vida.
Não há nenhum D. Sebastião, se nós não o criarmos na nossa cabeça.

É a nós, os cidadãos que compete aceitar que não existem milagres, nem "Salvadores da Pátria".

Mas também temos a obrigação de saber separar o Trigo do Joio, e entender ao que realmente se joga. Entender quem joga para que a familia possa continuar a jogar, e quem joga porque este jogo está viciado e é preciso começar outro novo.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Moi

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« Responder #48 em: Outubro 22, 2005, 01:13:52 pm »
Papatango

Acho que já entrámos na fase da não discussão. Você diz que afinal o esteriotipo é meu, mas depois embrenha-se numa profusão de esteriótipos que acabam por se complementar, uns aos outros.

E eis que surge perante o Anti-Herói, que acaba por ser Herói, sem o querer.

Cavaco o que veio de fora, Cavaco o que veio de uma família humilde.  Parabéns, a ele a aos milhões que o fazem, de todos os quadradantes políticos, raças e géneros... E isso por si só é exemplo de quê? Bondade? Justiça?... Obviamente não.

Compreendo que o admire, compreenda que eu o odeie.

Não faço parte do novo riquismo nascido na década de poder cavaquista, não me montei num Fundo Social Europeu qualquer, ou num Feoga, ou num Feder, para criar empresas inexistentes, para comprar jipes, roubando para mim o que era destinado a todos, porque no poleiro estava um tecnocrata, autocrata e autista, que da economia fazia leis, do abandono do interior e da injustiça social fazia danos colaterais, na defesa de uma sociedade bem estratificada e estanque, em que cada um saiba exactamente o seu lugar, não sem antes deixar de construir com os tais «fundos» uma base eleitoral.

O girondino de Boliqueime e o seu «Cavaquistão» nunca me seduziu, nem o discurso, nem os resultados.
Houve um socialista, aqui ao nosso lado, que com as mesmas armas fez mais. Esteve no poder 14 anos.

Quanto às críticas angustiadas que faz ao PS, acho que entra novamente em conceitos que se cruzam com os do PSD. Não serão ambas as elites dos dois partidos convidadas para as galas de Davos, as reuniões do Grupo Bilderberg? E por aí fora. Lembre-se que um desses partidos foi fundado após o 25 de Abril, um facto «interessante», longe de ser um pormenor.

Ainda assim, não me alongo, porque não sou socialista.

Cumprimentos.
 

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emarques

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« Responder #49 em: Outubro 22, 2005, 08:27:35 pm »
Citação de: "Mar Verde"
http://www.semanarioeconomico.com/opini ... ollo2.html
"desarrollo". Começa bem. :lol:
Citar
Motivação política. As quatro candidaturas de esquerda (Mário Soares, Manuel Alegre, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã) confessam uma motivação principal: que a direita perca. A candidatura de Cavaco Silva tem uma motivação diferente: que Portugal ganhe.
Quem será que o tal Thomaz quer que ganhe? :mrgreen:

Citar
2. Prevendo que o resultado final se decida entre as candidaturas de Cavaco Silva e Mário Soares, avanço uma primeira apreciação destas candidaturas, agora subjectiva, com base na seguinte grelha de critérios: pluralismo político, sentido do apelo ao voto e credibilidade.
Pluralismo político. Com o legislativo e o executivo (e até a sua fiscalização pelo Tribunal de Contas) maioritariamente socialistas, a eleição de Mário Soares representa uma ameaça latente à natureza pluralista do regime.
Sentido do apelo ao voto. Num País que tarda em encontrar um rumo para o futuro, Mário Soares vai pedir votos em nome de um passado - ninguém discute a importância da Fonte Luminosa, mas aconteceu há 30 anos...
Credibilidade. O descrédito que grassa nas instituições não reclama a habilidade extrovertida e a argúcia política que ninguém pode negar a Mário Soares - antes pede para Belém, como já disse António Barreto, “uma fonte de racionalidade, um travão à demagogia, um filtro de trapalhices, e um obstáculo à tropelia”.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Leonidas

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« Responder #50 em: Outubro 22, 2005, 11:18:30 pm »
Saudações guerreiras, Emarques.


Citação de: "emarques"
"desarrollo". Começa bem. :)


E começa mesmo "bem". Talvez isto já seja um sinal dos tempos. E só estamos  no começo (a concretizar-se) (de uma outra etapa).
Segundo li, já não sei onde e há quanto tempo, há ou havia um jornal reputado na área da ecónomia que estava ou está para ser adquirido pelo grupo Prisa que todos nós sabemos o que representa. Coincidência ou não acho que era mesmo o Semanário Económico, mas posso estar confundido. Uma coisa é certa, se este pertencer ao grupo de comunicação social que controla a TVI, então está tudo explicado. Eles (prisa) ainda não compraram o grupo, no entanto segundo algumas noticias de alguns dias atrás, na administração da TVI já há ou haverá muito brevemente alguém a falar algo que não o português.

Será legítimo pergunta ao assinante do "artigo de opinião", qual foi o partido que "encomendou" o grito de propaganda? Se foi deste ou do outro lado?
Cuidado. Já agora um olho no burro e o outro no...
Um olho na informação e outro na desinformação.
Haja travão, haja travão.
 
Cumprimentos
 

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papatango

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« Responder #51 em: Outubro 23, 2005, 11:43:09 pm »
Citação de: "Moi"
Cavaco o que veio de fora, Cavaco o que veio de uma família humilde. Parabéns, a ele a aos milhões que o fazem, de todos os quadradantes políticos, raças e géneros... E isso por si só é exemplo de quê? Bondade? Justiça?... Obviamente não.

Compreendo que o admire, compreenda que eu o odeie.

É a minha análise. Eu não vejo Messias nem Sebastiões em lado nenhum, apenas faço uma análise das pessoas, e decido tão racionalmente quanto possivel se a sua acção na politica será vantajosa para o país ou não.

Citação de: "Moi"
Não faço parte do novo riquismo nascido na década de poder cavaquista, não me montei num Fundo Social Europeu qualquer, ou num Feoga, ou num Feder, para criar empresas inexistentes, para comprar jipes, roubando para mim o que era destinado a todos
Não faz você, nem faço eu, nem faz a esmagadora maioria das pessoas.

Citação de: "Moi"
O girondino de Boliqueime e o seu «Cavaquistão» nunca me seduziu, nem o discurso, nem os resultados.
Houve um socialista, aqui ao nosso lado, que com as mesmas armas fez mais. Esteve no poder 14 anos.
Aí a argumentação fica complicada.
É que enquanto o Cavaco foi Primeiro Ministro, contrariamente ao que veio a ocorrer posteriormente, Portugal cresceu acima da média Europeia, Portugal cresceu mais que a Espanha, e foi no tempo do Cavaco que ultrapassámos a Grécia e mais nos apróximámos da Espanha.

É no entanto evidente, que o país não estava preparado para ter mão nos ecageros e nos truques decorrentes do aproveitamenteo dos dinheiros europeus, lembrando eu no entanto, que não fomos dos paises onde mais dinheiro foi desperdiçado.

Toda esta história faz-me lembrar o ouro do Brasil. Criou-se na sociedade portuguesa a ideia de que o ouro do Brasil foi todo gasto na construção do convento de Mafra. No entanto, Mafra não custou nem 10% do dinheiro qu veio do Brasil, que já de si, correspondia a 20% do ouro minerado.

Os erros dos governos Cavacos, foram bastantes, mas as estatísticas são obvias. Portugal nunca cresceu tanto, e a economia nunca esteve tão florescente.

Nunca me esqueço de que falei em 1993, com um ex deputado do parlamento da Baviera, que tinha passado para o mundo dos negócios, e que me disse que nesse mesmo ano tinha estado na Grécia, referindo:
"... No vosso país as coisas mexem. Na Grécia, não se entende o que estão a fazer com o dinheiro..."

Este é apenas um pequeno exemplo. Eu não digo que tudo tenha sido bom. De maneira nenhuma. Não há governos absolutamente bons, nem governos absolutamente maus. No entanto há governos que são mais bons que maus, e há governos que são mais maus que bons.

Temos como exemplo disso o governo que sucedeu a Cavaco, e no qual eu votei, porque achei que a politica de Cavaco estava demasiado "rigida". Mas os "lobbies" e os grupos de pressão, viram em Guterres um alvo fácil. Um homem de diálogo...
Diálogo é a palavra mágica dos "lobbies", e das corporações. E foi o forrobodó que se viu.

Quanto mais não fosse pela comparação, o Cavaco tería ganho o campeonato. Não é um bom candidato, mas é provavelmente dos menos maus. Isto, não é no entanto razão para eu ter decidido em quem votar, que ainda não decidi.

Mas da mesma forma que não devemos criar "Anjos Salvadores" também não devemos criar "Demónios destruidores".

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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TOMKAT

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« Responder #52 em: Outubro 24, 2005, 01:11:55 pm »
Citação de: "papatango"
...
É que enquanto o Cavaco foi Primeiro Ministro, contrariamente ao que veio a ocorrer posteriormente, Portugal cresceu acima da média Europeia, Portugal cresceu mais que a Espanha, e foi no tempo do Cavaco que ultrapassámos a Grécia e mais nos apróximámos da Espanha.

É no entanto evidente, que o país não estava preparado para ter mão nos ecageros e nos truques decorrentes do aproveitamenteo dos dinheiros europeus, lembrando eu no entanto, que não fomos dos paises onde mais dinheiro foi desperdiçado.

Toda esta história faz-me lembrar o ouro do Brasil. Criou-se na sociedade portuguesa a ideia de que o ouro do Brasil foi todo gasto na construção do convento de Mafra. No entanto, Mafra não custou nem 10% do dinheiro qu veio do Brasil, que já de si, correspondia a 20% do ouro minerado.

Os erros dos governos Cavacos, foram bastantes, mas as estatísticas são obvias. Portugal nunca cresceu tanto, e a economia nunca esteve tão florescente.

Nunca me esqueço de que falei em 1993, com um ex deputado do parlamento da Baviera, que tinha passado para o mundo dos negócios, e que me disse que nesse mesmo ano tinha estado na Grécia, referindo:
"... No vosso país as coisas mexem. Na Grécia, não se entende o que estão a fazer com o dinheiro..."

Este é apenas um pequeno exemplo. Eu não digo que tudo tenha sido bom. De maneira nenhuma. Não há governos absolutamente bons, nem governos absolutamente maus. No entanto há governos que são mais bons que maus, e há governos que são mais maus que bons.

Temos como exemplo disso o governo que sucedeu a Cavaco, e no qual eu votei, porque achei que a politica de Cavaco estava demasiado "rigida". Mas os "lobbies" e os grupos de pressão, viram em Guterres um alvo fácil. Um homem de diálogo...
Diálogo é a palavra mágica dos "lobbies", e das corporações. E foi o forrobodó que se viu.

Quanto mais não fosse pela comparação, o Cavaco tería ganho o campeonato. Não é um bom candidato, mas é provavelmente dos menos maus. Isto, não é no entanto razão para eu ter decidido em quem votar, que ainda não decidi.

Mas da mesma forma que não devemos criar "Anjos Salvadores" também não devemos criar "Demónios destruidores".

Cumprimentos


Subscrevo as tuas palavras na totalidade Papatango.
E acrescento o seguinte:
A primeira razão invocada pelos outros candidatos potenciaias ganhadores (Soares e Alegre ) para concorrerem é evitarem o "passeio triunfal" de Cavaco.
É uma razão demasiado redutora das suas próprias convicções.
São candidatos pela negativa.
De negativismos está Portugal cheio.
Cavaco, inteligentemente, saíu com um discurso diferente.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Moi

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« Responder #53 em: Outubro 25, 2005, 11:49:04 am »
Já que estamos numa de citações, peço emprestado um texto de um leitor do Jornal de Negócios Online, visto ir ao encontro da minha opinião.

  :arrow: CAVACO, UM MAU EXEMPLO EM BELÉM! . a) É ou não verdade que, no seu longo consulado de dez anos, Cavaco beneficiou de condições absolutamente excepcionais, algumas das quais irrepetíveis — avultados fundos comunitários, receitas chorudas da venda de empresas públicas, petróleo a baixo preço, dólar barato, economia internacional em expansão? . b) É ou não verdade que, Cavaco governou a maior parte do tempo com maiorias absolutas, o que constitui uma inegável vantagem para uma governação eficaz? . c) É ou não verdade que o betão e o asfalto foram os principais legados do "milagre cavaquista", ficando o CCB para a história como um monumento à derrapagem e falta de rigor orçamental? . d) É ou não verdade que Cavaco nada fez para combater a corrupção , designadamente no que se refere ao roubo — porque de roubo se tratou! — dos fundos comunitários? . e) É ou não verdade que, enquanto os fundos comunitários se "evaporavam", as pescas, a agricultura e a indústria (particularmente a têxtil) levavam o "golpe de misericórdia"? . f) É ou não verdade que o "especialista das finanças públicas" e "defensor do rigor orçamental" nunca conseguiu conter as despesas públicas e aproximar o défice dos 3% dos critérios de convergência (6,6 7,6 4,8 8,0 7,7 5,5 — de 90 a 95)? . g) É ou não verdade que Cavaco, apesar de ter gozado de condições de governabilidade excepcionais, foi incapaz de colocar o país na rota do desenvolvimento (tendo antes aberto o caminho para o seu irremediável afundamento na cauda da Europa) enquanto outros (Irlanda, Espanha,?) quiçá com condições menos favoráveis, conseguiram desenvolver-se? . Obviamente que tudo isto é verdade. Pelo menos para quem veja as coisas com um mínimo de seriedade intelectual. Ainda que seja adepto do Professor? . Cavaco pode (ou não) ser considerado um reputado economista e um brilhante académico. É uma questão de opinião. . Já como PM a sua "obra" fala inequívocamente por si: malbaratou um dos períodos melhores da nossa história recente para arrancar Portugal do atraso e do marasmo em que infelizmente ainda nos encontramos! . É por isso que eu não o quero em Belém! Por muito que fale, será sempre um mau exemplo para quem queira governar seriamente este país!
 

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TOMKAT

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« Responder #54 em: Outubro 25, 2005, 01:08:32 pm »
Moi será caso para dizer que Cavaco foi o único culpado do estado em que o nosso país se encontra. Guterres nunca existiu. Foi apenas uma miragem.
E se Cavaco foi esse "demónio" que se apregou-a, se fez todas essas coisas abjectas, será caso para perguntar o que é que os outros candidatos fizeram enquanto governantes?

E usar o exemplo de Espanha e da Irlanda é uma falácia da esquerda.

Espanha chegou onde chegou à custa de uma taxa de desemprego elevada ( na Galiza chegou a ser quase 50% ) que ainda hoje é muito superior à nossa.
Nós com uma taxa de 5 a 6%, à simples subida de 1 ponto, cai o "Carmo e a Trindade".

A Irlanda para se desnvolver liberalizou ao máximo a sua lei laboral, muito próxima da lei americana.
Aqui para se mexer em alguns artigos da lei, vem logo o "rega bofe" habitual das organizações sindicais, a defenderem a sua dama é certo,
mas pouco coerentes usando os exemplos supracitados.

ps.Não sou cavaquista, nunca fui, considero-me mais um socialista desiludido, graças a um tal Guterres, desilusão maior que conseguiu a coisa que para mim me parecia impossível que foi sentir algum respeito por Cavaco Silva. :?
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« Responder #55 em: Outubro 25, 2005, 02:53:34 pm »
Eu votei no Gugu para tirar do governo Cavaco e sua camarilha prepotente (Dias Loureiro e quejandos) e deu-me imenso prazer assistir à sua derrota. Todavia, quem se seguiu era IMENSAMENTE pior, independentemente do partido em questão.
Cavaco representa a última ideia de autoridade e serenidade política que vivi e por isso faço intenção de a recuperar.
Quanto ao resto, argumentos contra ou a favor, tendem a assemelhar-se mais a questões que se aproximam da religião e do futebol. Cada um tem o seu campo e o resto apenas serve para fazer eco nas consciências de quem emite opinião.
O Moi, por exemplo, não mudará a sua posição independentemente dos argumentos, nem eu mudarei a minha, porque ambos temos a ideia que a NOSSA é a certa.
Portanto, who cares...

Mas que o Cavaco vai ganhar isso é verdade :wink:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Mar Verde

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« Responder #56 em: Outubro 25, 2005, 03:31:19 pm »
Citação de: "Luso"
....Cavaco representa a última ideia de autoridade e serenidade política que vivi e por isso faço intenção de a recuperar.
Quanto ao resto, argumentos contra ou a favor, tendem a assemelhar-se mais a questões que se aproximam da religião e do futebol. Cada um tem o seu campo e o resto apenas serve para fazer eco nas consciências de quem emite opinião.
O Moi, por exemplo, não mudará a sua posição independentemente dos argumentos, nem eu mudarei a minha, porque ambos temos a ideia que a NOSSA é a certa.
Portanto, who cares...

Mas que o Cavaco vai ganhar isso é verdade :mrgreen:


partilho da mesma opinião e acrescento: Cavaco vai ganhar com maioria absoluta na primeira volta  8)
 

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« Responder #57 em: Outubro 25, 2005, 03:47:39 pm »
Citação de: "Luso"
- E quem não concordar com isso eu expulso!


Agora parecias mesmo o Dias Loureiro 8)
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-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Yosy

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« Responder #58 em: Outubro 25, 2005, 04:53:35 pm »
Citação de: "Luso"
Eu votei no Gugu para tirar do governo Cavaco e sua camarilha prepotente (Dias Loureiro e quejandos) e deu-me imenso prazer assistir à sua derrota. Todavia, quem se seguiu era IMENSAMENTE pior, independentemente do partido em questão.
Cavaco representa a última ideia de autoridade e serenidade política que vivi e por isso faço intenção de a recuperar.
Quanto ao resto, argumentos contra ou a favor, tendem a assemelhar-se mais a questões que se aproximam da religião e do futebol. Cada um tem o seu campo e o resto apenas serve para fazer eco nas consciências de quem emite opinião.
O Moi, por exemplo, não mudará a sua posição independentemente dos argumentos, nem eu mudarei a minha, porque ambos temos a ideia que a NOSSA é a certa.
Portanto, who cares...

Mas que o Cavaco vai ganhar isso é verdade :wink:


Acho que estão a meter no mesmo saco os 2 mandatos do Guterres. O 2º for francamente mau (Ministério da Igualdade, lembram-se?) mas o 1º até não foi.

O Cavaco ganha quase de certeza. É até provável que ganhe na 1ª volta, se conseguir cumprir o papel de D.Sebastião.

Mas o cenário mais provavel é que passe a 2ª volta para disputar a eleição com o vocalista dos Ena Pá 2000.  :P
« Última modificação: Outubro 25, 2005, 09:35:21 pm por Yosy »
 

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Luso

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« Responder #59 em: Outubro 25, 2005, 05:01:02 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "Luso"
- E quem não concordar com isso eu expulso!

Agora parecias mesmo o Dias Loureiro 8)


Bóbi, Tareco:
- Busca, busca! :wink:
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