Votação

Foram as João Belo uma opção acertada?

Péssima opção, já eram velhas em 1964
0 (0%)
Opção aceitável, para a realidade da altura
5 (41.7%)
Eram do melhor que havia no momento
2 (16.7%)
Não eram muito sofisticadas, mas serviam - faltou a modernização
5 (41.7%)

Votos totais: 12

Votação encerrada: Outubro 19, 2004, 10:58:36 pm

Fragatas João Belo 1964-2004

  • 1 Respostas
  • 4084 Visualizações
*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7445
  • Recebeu: 952 vez(es)
  • +4509/-863
Fragatas João Belo 1964-2004
« em: Setembro 19, 2004, 10:58:36 pm »
Uma curiosidade, sobre a qual escrevi estas palavras, e gostaría de ouvir opiniões

Citar
Comemoram-se no próximo dia 24 de Setembro, 40 anos da data da assinatura do contrato de compra das quatro fragatas de classe Comandante João Belo, e dos quatro submarinos da classe Albacora.

São os navios que têm sido referidos por várias vezes, quando se fala da sua substituição pelas futuras fragatas da classe “Oliver Hazard Perry”, que deverão ser incorporadas futuramente ao efectivo da marinha portuguesa.

Ao mesmo tempo que nos aproximamos daquela data, vem-me à memória o que escreveu o então ministro dos negócios estrangeiros do governo de Oliveira Salazar. O embaixador Franco Nogueira, escreve nas suas memórias o seguinte, quando se refere ao dia 24 de Setembro de 1964:

Lisboa, 25 de Setembro (…) Assinado ontem em Paris o contrato de construção de quatro novas fragatas e de quatro novos submarinos – tudo dentro da mais moderna e apurada tecnologia naval. Enfim, os princípios de uma esquadra nova. (Franco Nogueira, um politico confessa-se – Diário – 1960-1968)

Ora estas palavras escritas pelo ministro de Salazar, fazem-me voltar ás palavras que ouvi há uns anos, da boca de um oficial da marinha de guerra portuguesa, referindo que, as fragatas da classe João Belo estavam completamente obsoletas quando foram incorporadas na marinha, e que foram uma “má compra” já na altura. As João Belo não estavam armadas com mísseis, sendo portanto pouco melhores que os contra-torpedeiros da segunda guerra mundial.

Deparou-se o autor destas linhas, portanto, com uma contradição. Por um lado o ministro Franco Nogueira foi contemporâneo da assinatura e embora não estivesse especialmente relacionado com a defesa, o seu ministério, numa altura conturbada de embargos internacionais contra Portugal, inevitavelmente seria sempre chamado à coação, nestes assuntos. Por outro lado, um oficial da marinha, nomeadamente uma alta patente, certamente que estaria melhor informado que o ministro, mesmo o dos negócios estrangeiros.

Então, quem tinha razão?


O resto do texto (a minha opinião) está aqui:
http://freehost01.websamba.com/areamilitar/opiniao/opiniao.asp?NrNoticia=12
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

Spectral

  • Investigador
  • *****
  • 1437
  • +4/-1
(sem assunto)
« Responder #1 em: Setembro 20, 2004, 12:13:26 am »
Parecem-me navios adequados à sua missão quando foram comprados: exercer a presença da Marinha nas águas coloniais. Basta ver que a Marinha francesa seguiu uma política bastante semelhante, com as Cmdt. Riviere

O problema foi que com o fim das colónias ficamos com estes navios relativamente novos e que num cenário europeu/norte-atlântico NADA podiam fazer.

A adopção de Exocets ( e de um míssil como o Seacat) ou de um sonar eficaz/plataforma para heli seria um passo na tentativa de dar à Marinha alguma capacidade real em caso de guerra ( àparte os submarinos).

No geral concordo com o Papatango no texto do site, excepto num ponto: Um sistema como o Seawolf ( que demonstrou a sua eficência nas Falklands) é MUITO superior a uma peça de 100mm, independentemente das diferenças de alcance máximo ( que tenho a ideia que são relativamente iguais aliás).
A comparação com o Seacat ( 1 geração anterior) é muito mais válida, mas em minha opinião os mísseis trazem uma nova dimensão e possibilidades ao comandante do navio.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman