Programa de substituição do C-130

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Pilotasso

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2595 em: Maio 04, 2024, 04:44:23 pm »
Vai haver sempre interessados em C-130H ou ainda mais velhos que essa variante. São aviões que aguentam muita pancada em condições operacionais difíceis e são fáceis de reparar. :Tanque:  :G-bigun: Isso vai continuar a voar durante muito tempo pelo mundo fora durante décadas, não estou nada com pressa de os ver ir embora. O KC-390 é mais vocacionado para transporte de maior rapidez e cómodo mas em pistas preparadas no "mundo civilizado", e o aspecto de reabastecedor nem vamos aproveitar. Se fossem operados de pistas em terra batida duravam menos tempo que os C130 duram. Os paises com clima mais hostil preferem o C-130 analógico ao C-130J digital ou o KC-390. Não há limitadores digitais e os pilotos podem voar para além dos limites normais se tal for preciso numa emergência. O C-140J ou o KC-390 simplesmente ficariam de "ecrã azul" parados no chão.  :mrgreen:
« Última modificação: Maio 04, 2024, 04:44:36 pm por Pilotasso »
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2596 em: Maio 05, 2024, 10:04:26 pm »
Parece-me um ótimo exemplo para o que podem servir os C-130H e deixar os C-295M, e Persuader, e o KC-390 para outras andanças mais militarizadas...

https://www.jm-madeira.pt/regiao/doentes-dos-acores-transportados-no-c130-da-forca-aerea-portuguesa-FO15820621
 

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Major Alvega

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2597 em: Maio 06, 2024, 12:34:42 am »
Sinceramente nem digo futuramente, é mesmo vender já

É chegar alguém e dizer, temos estes C-130 modernizados/ a ser modernizados

Quando o segundo KC estiver em serviço transferimos logo um C-130 e etc

Assegurar já o contrato antes que não exista ninguém que os compre

 Vender os C-130H pode não ser uma operação simples. Recordo que a modernização do cockpit foi efectuada, recorrendo ao expediente dos fundos comunitários (algo contado a um estrangeiro, ele não acreditaria seguramente) e não sei se em caso de venda das aeronaves, não teríamos de devolver o montante do apoio à UE. Neste caso, a margem de venda seria residual e mal daria, se calhar, para pagar dois jogos de pneus para o KC-390.
« Última modificação: Maio 06, 2024, 12:36:47 am por Major Alvega »
 

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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2598 em: Maio 06, 2024, 05:02:30 am »
Porque é que teriamos de devolver o dinheiro? O avião recebeu uma modernização obrigatória para continuar a voar sobre a Europa, ele continua com a capacidade de voar no "Céu Único" europeu, que diferença faz se é ao serviço de Portugal, Grécia, etc?
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2599 em: Maio 06, 2024, 04:46:03 pm »
O C-130 vai-se transformar no aparelho de transporte de referência para os inspectores da PJ em missão na Madeira.
E transporte de presos inter-ilhas e ilhas-Continente!

Isto é um verdadeiro triunfo do duplo uso, que cada vez mais mata o uso militar..... :N-icon-Axe:
 

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P44

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2600 em: Maio 06, 2024, 04:53:25 pm »
Uma frota para fazer inveja à DHL 💪
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2601 em: Maio 06, 2024, 09:18:59 pm »
Porque é que teriamos de devolver o dinheiro? O avião recebeu uma modernização obrigatória para continuar a voar sobre a Europa, ele continua com a capacidade de voar no "Céu Único" europeu, que diferença faz se é ao serviço de Portugal, Grécia, etc?

A modernização podia ser obrigatória mas não era obrigatório a UE financiar essa mesma modernização e muito menos sustentar parasitas. Se a verba foi subsidiada com o propósito e a finalidade única e específica dessas aeronaves portuguesas poderem voar nos corredores aéreos europeus. Se elas forem vendidas, deixam de ser portuguesas e essa finalidade deixa de existir. Por isso a verba subsidiada tem de ser devolvida. Qual é a tua dúvida?
Havia de ser bonito?! Os C-130H eram vendidos por exemplo para África e os contribuintes europeus é que pagavam o cockpit modernizado.
E escusas de vir com mais argumentação que essa dúvida foi mesmo hoje esclarecida por alguém que está na área jurídica do Estado e que lida todos os dias com fundos europeus.
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2602 em: Maio 06, 2024, 10:05:14 pm »
Porque é que teriamos de devolver o dinheiro? O avião recebeu uma modernização obrigatória para continuar a voar sobre a Europa, ele continua com a capacidade de voar no "Céu Único" europeu, que diferença faz se é ao serviço de Portugal, Grécia, etc?

A modernização podia ser obrigatória mas não era obrigatório a UE financiar essa mesma modernização e muito menos sustentar parasitas. Se a verba foi subsidiada com o propósito e a finalidade única e específica dessas aeronaves portuguesas poderem voar nos corredores aéreos europeus. Se elas forem vendidas, deixam de ser portuguesas e essa finalidade deixa de existir. Por isso a verba subsidiada tem de ser devolvida. Qual é a tua dúvida?
Havia de ser bonito?! Os C-130H eram vendidos por exemplo para África e os contribuintes europeus é que pagavam o cockpit modernizado.
E escusas de vir com mais argumentação que essa dúvida foi mesmo hoje esclarecida por alguém que está na área jurídica do Estado e que lida todos os dias com fundos europeus.

Entram em cena as depreciações! De facto é verdade, sem margem para dúvidas, que qualquer cofinanciamento feito pela a UE não pode ser alienado, nem pelo Estado e nem pelos privados, enquanto durar a vida útil dos mesmos! E de facto o dinheiro integral teria de ser devolvido à UE...... se esta desse conta!!!!!!

Mas aqui o truque é a vida útil (depreciações contabilísticas). Olhando para o Decreto Regulamentar n.º 25/2009 de 14 de Setembro, para a tabela de depreciações das aeronaves, confirmamos que a mesma é depreciada à taxa máxima de 20% ao ano ou à mínima de metade da máxima (10% ao ano), o que extrapula que a vida útil de uma aeronave varia entre 5 a 10 anos para as Finanças (o custo de qualquer objecto acima de 1.000€ não é aceite pelas Finanças, só são aceites as depreciações escritas nesta legislação e pelo período de tempo referido).

Resumidamente, e assumindo que a modernização é contabilizada como uma grande reparação e logo, vai ampliar a vida útil da aeronave, se a mesma foi feita à mais de 5 anos (depreciações à taxa de 20%) ou à mais de 10 anos (taxa mínima de 10%), o Estado não teria de devolver coisa nenhuma!!!!! Porque contabilisticamente uma aeronave com mais de 10 anos e sem prolongar a vida útil, não vale nada!

Isto é no mundo dos Fundos comunitários e da contabilidade, na vida real tb não vejo porque iríamos vendê-los sem substituto!  :mrgreen:
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2603 em: Maio 06, 2024, 10:41:19 pm »
Porque é que teriamos de devolver o dinheiro? O avião recebeu uma modernização obrigatória para continuar a voar sobre a Europa, ele continua com a capacidade de voar no "Céu Único" europeu, que diferença faz se é ao serviço de Portugal, Grécia, etc?

A modernização podia ser obrigatória mas não era obrigatório a UE financiar essa mesma modernização e muito menos sustentar parasitas. Se a verba foi subsidiada com o propósito e a finalidade única e específica dessas aeronaves portuguesas poderem voar nos corredores aéreos europeus. Se elas forem vendidas, deixam de ser portuguesas e essa finalidade deixa de existir. Por isso a verba subsidiada tem de ser devolvida. Qual é a tua dúvida?
Havia de ser bonito?! Os C-130H eram vendidos por exemplo para África e os contribuintes europeus é que pagavam o cockpit modernizado.
E escusas de vir com mais argumentação que essa dúvida foi mesmo hoje esclarecida por alguém que está na área jurídica do Estado e que lida todos os dias com fundos europeus.

Entram em cena as depreciações! De facto é verdade, sem margem para dúvidas, que qualquer cofinanciamento feito pela a UE não pode ser alienado, nem pelo Estado e nem pelos privados, enquanto durar a vida útil dos mesmos! E de facto o dinheiro integral teria de ser devolvido à UE...... se esta desse conta!!!!!!

Mas aqui o truque é a vida útil (depreciações contabilísticas). Olhando para o Decreto Regulamentar n.º 25/2009 de 14 de Setembro, para a tabela de depreciações das aeronaves, confirmamos que a mesma é depreciada à taxa máxima de 20% ao ano ou à mínima de metade da máxima (10% ao ano), o que extrapula que a vida útil de uma aeronave varia entre 5 a 10 anos para as Finanças (o custo de qualquer objecto acima de 1.000€ não é aceite pelas Finanças, só são aceites as depreciações escritas nesta legislação e pelo período de tempo referido).

Resumidamente, e assumindo que a modernização é contabilizada como uma grande reparação e logo, vai ampliar a vida útil da aeronave, se a mesma foi feita à mais de 5 anos (depreciações à taxa de 20%) ou à mais de 10 anos (taxa mínima de 10%), o Estado não teria de devolver coisa nenhuma!!!!! Porque contabilisticamente uma aeronave com mais de 10 anos e sem prolongar a vida útil, não vale nada!

Isto é no mundo dos Fundos comunitários e da contabilidade, na vida real tb não vejo porque iríamos vendê-los sem substituto!  :mrgreen:

Não me leves a mal, mas o Decreto Regulamentar n.º 25/2009 de 14 de Setembro aqui do tasco que evocas vale zero. Isso é mero paleio de contabilista. Porque a lei portuguesa não se pode sobrepor-se às leis ou normas comunitárias quando o dinheiro é comunitário e não português.
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2604 em: Maio 06, 2024, 10:55:23 pm »
Então a unica hipótese aceitável é a valorização da aeronave ser superior ao valor a devolver, um bocado como as casas, eu se fizer obras de 10.000 e vender a casa por um valor superior 20 ou 30.000, já compensou.
 

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Viajante

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2605 em: Maio 06, 2024, 11:59:22 pm »
Não me leves a mal, mas o Decreto Regulamentar n.º 25/2009 de 14 de Setembro aqui do tasco que evocas vale zero. Isso é mero paleio de contabilista. Porque a lei portuguesa não se pode sobrepor-se às leis ou normas comunitárias quando o dinheiro é comunitário e não português.

Meu caro, eu não levo a mal.

Estou a falar-lhe com conhecimento de causa, de décadas a depreciar activos financiados pela UE, desde computadores, a automóveis, mobiliário, etc, do abate desses bens, quer para reciclagem (computadores e outros equipamentos), venda de móveis e imóveis, já completamente amortizados. Desde que tenha esses registos (exigido pelas Finanças). Até hoje nunca foi devolvido 1 cêntimo!!!!
Já tivemos cortes por outros motivos, mas nunca no imobilizado!

Acha que as instituições com décadas de financiamentos comunitários (desde a Defesa, Escolas, Universidades, Câmaras,......), com quase todas as compras a serem financiadas por fundos comunitários, vão manter no activo, por exemplo computadores dos anos 80 e 90?
 

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dc

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2606 em: Maio 07, 2024, 12:14:23 am »
Então e não seria possível negociar? É que a UE não ganha grande coisa com a FAP a manter os C-130, e o valor a devolver seria relativamente baixo, por outro lado, se na negociação se acordasse que a substituição dos C-130 teria que ser feita por uma aeronave fabricada na UE (MRTT  :mrgreen:), não teríamos que devolver nada.

Parece-me que neste caso, a UE ficaria a ganhar.
 

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Charlie Jaguar

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2607 em: Maio 07, 2024, 10:57:34 am »
Imagens da cerimónia oficial de entrega do 1º C-130H-30 modernizado à FAP.

https://www.flickr.com/photos/forcaaereaportuguesa/albums/72177720316682528/with/53696388784
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Pescador

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2608 em: Maio 07, 2024, 03:52:46 pm »
Não é lógico é manter os C-130 em serviço ao mesmo tempo que os KC-390. Para combate aos fogos, compram-se meios mais adequados para a função (reforço da futura frota de CL-515). Para capacidade de transporte, compra-se um par de aeronaves maiores, idealmente MRTT ou KC-767, que acrescentam capacidade AAR para os F-16.

Por muito que goste dos nossos C-130 (que têm quase a mesma idade que eu), vendê-los futuramente para que a verba pudesse eventualmente reverter na aquisição de 2/3 A400M ou 1 KC-767, ou ainda mais um par de DHC-515, seria sem dúvida um passo lógico após a modernização das 4 aeronaves estar concluída e as entregas do seu sucessor estarem completas. Até pelo número de tripulações disponíveis para operar os dois sistemas de armas.

Completamente de acordo!!

O Atlas deveria ser adquirido ASAP, por exemplo usando a verba da venda dos quatro C', reforçada com os 180 Milhões dos TuTanitos, e os cerca de 100 milhões, Deus queira que não se concretize, do sexto C390.

Com esse valor a FAP, poderia conseguir mais de 50% do necessário para comprar três A400, que com os cinco 390, permitiriam à FAP, possuir uma frota de oito cargueiros com uma capacidade de carga excelente, aproximadamente 220 Tons.

Abraço

Gostava que alguém desse aqui uma ideia de o quê iríamos depois transportar com esses 8 cargueiros.

Mais de 2 anos depois do início da guerra, não vejo NADA a acontecer no EP.
Devem estar á espera de capacidade de transporte.

A questão não será tanto os 8, mas ter outros que possam levar o que o Kacetinho não pode. Assim havia escolha e mais disponibilidade. Uma coisa é certa, mas mesmo rigorosamente certa, o que não faz falta são os tucanitos nato. E esse dinheiro tem tanto onde ser usado com mais urgência e pertinência.

Assim olhassem para o exército que está incompleto e em partes obsoleto e mudassem um pouco já havia motivo para os cargueiros. Embora mais cargueiros não seja, no meu ponto de vista, a prioridade no estado actual das coisas.
« Última modificação: Maio 07, 2024, 03:57:01 pm por Pescador »
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #2609 em: Maio 07, 2024, 04:47:46 pm »
Pescador, é melhor fazeres um desenho, cansas-te menos, e fica mais bonito.

Abraço
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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