"Novas" fragatas

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luis filipe silva

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« Responder #45 em: Maio 17, 2007, 10:05:21 pm »
SSK escreveu:
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Não disse que não se compre. Eu estou-me a referir às fragatas classe "M", acho que deveriam ser AAW e não mais umas ASW. já que as missões humanitárias, que acabou por ser o que foi a da guiné embora fosse zona de conflito (com vários obuses a cair a uma distância considerável dos nossos navios e com helis da Guiné-conacri a aproximarem-se dos nossos navios) e é mais certo ser necessário o AAW nestas situações do que o ASW.

Que por acaso eram senegaleses.
Não vão querer um SM2 a abater uma porcaria de um heli. Isso é trabalho para uma peça de 40 mm.
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Luis Filipe Silva
 

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SSK

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« Responder #46 em: Maio 17, 2007, 10:09:18 pm »
Exactamente, senegaleses, obrigado pela correcção.

quem diz helis podem ser outro tipos de aeronaves ou misseís...

Ou não equaciona essa hipótese...
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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papatango

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« Responder #47 em: Maio 17, 2007, 10:10:28 pm »
Os eventuais helicópteros do Senegal teriam sido alvos muito simples para os canhões de 100mm ou para os mísseis Sea-Sparrow, embora evidentemente, isso provocasse "borrasca" da grossa...

Mas o Senegal também não tinha grandes meios lá.
O problema é que tos senegaleses tinham o supermercado ambulante ali perto...


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ATENDENDO AO NOSSO DISPOSITIVO NAVAL (imaginando sub's novos, navpol e outras fragatas que não as vasquinho) NÃO SERIA MELHOR A AQUISIÇÃO DE NAVIOS AAW?
É uma questão de dinheiro.
Os dois navios comprados à Holanda são muito bons, mas uma fragata AAW custa mais do dobro do que vamos pagar pelos dois navios.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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SSK

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« Responder #48 em: Maio 17, 2007, 10:37:50 pm »
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É uma questão de dinheiro.
Os dois navios comprados à Holanda são muito bons, mas uma fragata AAW custa mais do dobro do que vamos pagar pelos dois navios.


Eu sei disso.

É a tal história dos ovos e das omoletas...
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
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papatango

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« Responder #49 em: Maio 17, 2007, 10:44:35 pm »
Tem que se ficar por um ovito cozido... :mrgreen:

De qualquer forma, como já temos falado aqui, provavelmente a opção pelas KD será a melhor, porque é possível aumentar a capacidade de defesa aérea  utilizando mísseis ESSM.

Isto, embora os ESSM tenham um alcance bastante inferior aos SM-2.

Mas mesmo assim, com mais algum gasto seria possivel transformar os navios em armas mais capazes do ponto de vista da defesa aérea (defesa de ponto).

Evidentemente que, isto se prende com a necessidade de um navio capaz de dar alguma protecção a um eventual LPD ou navio de apoio logístico, seja ele qual for.

Também não deixa de ser verdade que para ameaças como aquelas da Guiné, a defesa aérea não é exactamente uma prioridade e teria sido muito mais útil dispor de um LPD do que de uma fragata de defesa aérea.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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JLRC

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« Responder #50 em: Maio 18, 2007, 12:59:55 am »
Citação de: "SSK"
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Acaba por ser sempre a Marinha Mercante a ter que fazer o trabalho da Marinha de Guerra (veja-se a Guiné em 98, e até o Líbano o ano passado).

timha ideia que na guiné tinha estado duas corvetas, uma fragata nova e o bérrio e não navios da marinha mercante :conf:


Mas quem fez a principal evacuação de civis foi um navio mercante julgo que fretado por Portugal.
 

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luis filipe silva

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« Responder #51 em: Maio 18, 2007, 01:02:55 am »
SSK escreveu:
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quem diz helis podem ser outro tipos de aeronaves ou misseís...

Ou não equaciona essa hipótese...


Todas as hipóteses são possíveis, especialmente em países que não possuem forças aéreas credíveis. Estaria mais preocupado se para lá mandásse-mos os F 16. Aí sim esses países poderiam ripostar por meio de armas e mísseis anti-aéreos. Creio bem que a intervir-mos nesses países, será em missões humanitárias, com pouco risco para as nossas forças. E acredite, na Guiné o nosso problema eram os franceses.
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Lightning

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« Responder #52 em: Maio 18, 2007, 10:54:43 am »
Também ouvi falar isso dos franceses, e que eles foram a razão de 1 P-3 ter sido destacado para Cabo Verde...
 

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MERLIN

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« Responder #53 em: Maio 18, 2007, 11:43:03 am »
Os franceses têm sempre importantes meios navais naquela zona.
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LM

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« Responder #54 em: Maio 18, 2007, 12:23:06 pm »
Sempre tive muita curiosidade de saber detalhes do dia a dia das operações, com os Franceses e aliados a tentar dificultar as coisas...

Claro que sei que não havia perigo de acabarmos aos tiros, mas tinha interesse em saber o que se faz para chatear/provocar e dificultar operações deste tipo... EW, manobras, o quê?
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SSK

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« Responder #55 em: Maio 18, 2007, 01:38:22 pm »
Pelas conversas que ouvi durante a evacuação do pessoal da embaixada houve situações bem complicadas (troca de tiros), mas ainda bem que os fuzos têm uma preparação bem adequada.

No que diz respeito a complicar as missões, pelo conhecimento que tenho o mais plausivel de ter acontecido seja a EW. Com jamming às comunicações entre os navios e as equipas em terra. Mas não tenho conhecimento que algo desse tipo tenha existido.
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Yosy

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« Responder #56 em: Maio 18, 2007, 07:50:13 pm »
Citação de: "JLRC"
Citação de: "SSK"
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Acaba por ser sempre a Marinha Mercante a ter que fazer o trabalho da Marinha de Guerra (veja-se a Guiné em 98, e até o Líbano o ano passado).

timha ideia que na guiné tinha estado duas corvetas, uma fragata nova e o bérrio e não navios da marinha mercante :conf:

Mas quem fez a principal evacuação de civis foi um navio mercante julgo que fretado por Portugal.

E foi:

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Neste dia 11 de Junho o navio mercante “Ponta de Sagres”, em condições muito difíceis, com o apoio do pessoal militar junto da Embaixada de Portugal em Bissau, retira do Porto da cidade 2.250 refugiados, 500 dos quais portugueses.


De http://www.fuzileiros.tk/index.php?menu=5&sec1=7
 

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papatango

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« Responder #57 em: Maio 18, 2007, 09:50:47 pm »
Citar
Sempre tive muita curiosidade de saber detalhes do dia a dia das operações, com os Franceses e aliados a tentar dificultar as coisas...

Não tenho conhecimento de que os franceses tentassem complicar as coisas, pelo menos directamente.

É claro que eles também estavam à espera da «borrasca» porque senão não tinham lá o LPD "Foudre" que foi mandado explicitamente para apoiar as forças senegalesas, a pedido do governo do Senegal.

O facto de os militares do Ansumane Mané terem bombardeado o centro cultural francês, também não ajudou nada...

O problema das forças portuguesas parece-me ser mais um problema de poder ficar entre dois fogos.

Sabemos também que do lado do governo (Nino Vieira + Senegaleses) ficaram irritados quando souberam que os portugueses tinham fornecido equipamento de comunicações aos rebeldes do Ansumane Mané (na prática era apenas para ele contactar com as forças portuguesas).

Há quem afirme que a presença dos navios portugueses provavelmente impediu um abastecimento mais extenso por parte dos franceses. Ou seja: A presença dos navios portugueses «negou» aos senegaleses a utilização do mar, ao mesmo tempo que os rebeldes negavam aos senegaleses a utilização do aeroporto.

Creio também que o Senegal enviou para Bissau algumas AML com canhão de 90mm.

O tipo de operação Guiné/98 é provavelmente o mais complexo que Portugal terá capacidade para fazer de forma autonoma.
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typhonman

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« Responder #58 em: Maio 18, 2007, 10:19:43 pm »
A fragata não esteve debaixo de fogo de morteiro?
 

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luis filipe silva

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« Responder #59 em: Maio 19, 2007, 12:11:43 am »
Papatango escreveu:
Citar
Há quem afirme que a presença dos navios portugueses provavelmente impediu um abastecimento mais extenso por parte dos franceses. Ou seja: A presença dos navios portugueses «negou» aos senegaleses a utilização do mar, ao mesmo tempo que os rebeldes negavam aos senegaleses a utilização do aeroporto.


É um facto, além de que na altura retirámos a hegemonia da França, numa área muito sensível para eles.
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Luis Filipe Silva