Quer factos. Vamos ver factos.
O que foi verdadeiramente foi dito. Eu propus SAMP/T e o dc falou em Patriot que são muito mais caros e que nunca referi. Mesmo assim com o preço de um Patriot o que propôs construir por $900M foi:
Claro que haverá sempre vantagens e desvantagens, e o ideal seria ter sistemas de longo alcance em terra e no mar, como aliás fazem aqui ao lado. O problema é que não há dinheiro para tudo, e entre escolher fragatas com bom potencial AAW por 900 milhões cada, ou uma única bateria AA terrestre pelo mesmo valor, prefiro as fragatas. Nem que para isso nos tivéssemos que "contentar" com baterias NASAMS ou IRIS-T SLX em terra, que, valor por valor, acabam por cobrir uma área maior e ter mais sobrevivabilidade que uma só bateria de longo alcance, devido ao maior número de sensores e lançadores.
Entretanto, a capacidade de sobrevivência do navio contra ameaças aéreas até é maior que o Patriot, apesar de ter tudo no mesmo casco. Desde logo porque um bom navio de defesa aérea, possui a tal capacidade de defesa por camadas. Por exemplo, se uma bateria Patriot sozinha, tem tipicamente 24 mísseis prontos a lançar, uma fragata AAW com apenas 32 VLS, pode ter o mesmo número de SM-2/SM-6, em 24 células, e as restantes 8 com 32 ESSM quad-packed, mais um possível RAM de 21 mísseis, opção ainda de um segundo RAM ou CIWS de canhão ou arma laser, mais o canhão de 76mm com munição PFF. Agora imagina um navio com VLS de 64 ou mais células.
Agora chama a isso "uma fragata decente", com SM-6 ESSM2, SM-", Lasers e RAM. Fica ao critério de quem lê ssobre deturpação de dados.
Pois, mais uma vez, não percebe nada do que é dito. Ora em primeiro lugar, o preço de uma bateria varia muito. Não adianta muito (ou nada mesmo) comparar o custo por bateria do SAMP/T com o do Patriot, se num tiverem incluídos, por exemplo, 200 mísseis, e no outro 100. Quando perante os dois concorrentes, países como a Suécia e Polónia, escolheram Patriot. Se o SAMP/T é equivalente (e para muitos considerado superior), e "muito mais barato", não se percebe como é que não vendem tantos.
Da wikipedia, portanto vale o que vale:
As of 2012, France had spent €4.1bn at 2010 prices on 10 SAMP/T launchers, 375 Aster 30 missiles and 200 Aster 15 missiles.
A realidade é esta, tu vais buscar à net um dos muito poucos relatos do custo dos SAMP/T (supostamente 500 milhões por bateria), e achas que aquilo é 100% fidedigno. Mas os mesmos valores aplicados à construção de uma fragata, também tirados da net, já não são fidedignos. Há coisas tão convenientes pá.
Depois tu não percebes o que se diz, e fazes suposições (daí naquela discussão, teres mencionado a Type 26 como exemplo). Para ti falar de uma fragata decente/com bom potencial para AAW é uma Type 26 (ironicamente um navio primariamente ASW na RN). Na tua cabeça não existem alternativas abaixo disso (como as AH140, Meko A300 e outras). Claro que os preços depois podem variar muito, consoante o radar que compras, quantos mísseis de cada compras para a fragata, etc. Claro que se fizeres as contas, para uma só fragata, e por alguma razão, incluis na matemática 200 mísseis de cada, ora bem, claro que vai ficar mais cara. Por isso é que compras uma classe (de 3 preferencialmente no nosso caso), e divides os custos desses mísseis por 3 navios, dando-te um valor médio p/navio bem inferior. Custa muito admitir que é possível construir um navio com uns míseros 32 VLS, um radar decente e tudo o resto que se espera de uma fragata dessas? 1000 a 1200 milhões andam a custar navios assim, de projectos novíssimos, e com sensores topo de gama, portanto a contar com custos de desenvolvimento.
O que foi dito:
Isto refere-se ao AR3 também?
Se por "laser illuminators" estão a falar de iluminar alvos com laser (suponho que sim), deve ser o primeiro drone nacional com esta capacidade. Poder ter drones iluminadores de alvos para armas guaidas a laser lançadas de outras aeronaves, é uma capacidade muito interessante.
Obviamente ninguém estava a falar de cenários de alta itensidade. Estavam a falar do AR3.
Fica ao critério de quem lê quanto a deturpações.
Mas é que mesmo que fosse a dar o benefício da dúvida, por não ter falado explicitamente nos cenários de alta intensidade, o que é que eu disse na mensagem original, que te fizesse pensar que um drone relativamente pequeno, com versão VTOL, barato, nacional e que por acaso teria a capacidade de designar alvos por laser, tem alguma coisa a ver com o Super Tucano?
Ou o teu cérebro não se lembrou que também temos F-16 com os pods Litening, que fazem o mesmo? Se calhar, se eu sei disso, e mencionei na mesma a questão dos drones, é porque havia alguma razão por trás do que disse. Se calhar não é por achar que era uma capacidade inédita e inimaginável, mas sim a pensar no potencial que poderia ter, não?
Lá está, é a fome de falar no ST em tudo o que é tópico!
Perante uma notícia que diz que o KC pode vir a abastecer por boom o dc diz isto:
Parte-se do princípio que os fabricantes americanos não vão ficar de mãos cruzadas, e deixar o KC-390 sem qualquer competição. Na volta ou a LM sai dali com um C-130 com Boom, ou algum dos grandes fabricantes americanos vê nisto a possibilidade de desenvolver um novo avião de transporte para substituir os C-130. Na loucura, a Boeing cria um C-17 com Boom, já que se é possível no muito mais pequeno KC, também será no C-17, quiçá até reabrem a linha de produção.
Vêm o MRTT aí? Não, pois não. Fui eu que inseri o KC na conversa? Não fui não senhor. Foi o usuário "Rogério" e quem responde a este comentário antes do dc é o "Charlie Jaguar" e não eu. Fica ao critério de quem lê sobre deturpações.
Tens razão, não foi naquela situação que falaste nisso.
Mas como eu sabia que tinhas atirado o tema em algum momento da conversa: (de 19 de Setembro de 2022)
Vocês estão a preocupar-se com coisas que não interessam. O que interessa é que vai ser possível reabastecer com boom o que é fantástico para Portugal e as comunicações vão ser "beefed up" para encriptações e operações em domínios EW impossiveis para agora.
Como vês, aqui tinhas 100% de certeza que tal ia acontecer, e que a FAP ia ter a dita versão do KC-390.
O que eu disse:
DC, se os Apaches levam Hellfire o ST pode disparar os Cilit turcos desenhados para os Cobra e que deram origem aos Mam usados nos TB2. E pode transportar Mavericks e Paveway II.
Se me perguntassem se queria ir para a Ucrânia num Cobra ou num ST eu antes queria era ir a pé pois nenhum terá muita sobrevivência. Mas o ST peloenos é mais rápido e tem bancos ejetáveis o que deve de ajudar alguma coisinha (que não muito) na sobrevivência dos pilotos. A performance dos Ka52 tem que abrir os olhos de muita gente. São bons helis e resistentes mas mesmo assim caem que nem moscas.
O que um sr. chamado dc disse na altura:
Mas tu estás a ver a panóplia de armamento que pode levar. Eu estou a falar do armamento que pode levar de uma vez, que é o que define o poder de fogo. Se comprarmos o ST, não vais ter essas opções todas, até porque muitas delas fazem praticamente a mesma missão. Já o ST poder usar armas do Bayraktar é um bom argumento, excepto que, se (politicamente) podes comprar armas turcas para o ST, então também podes ir comprar o próprio TB2, mais o dito armamento, que é muito mais barato que o ST e ainda pode vir com a desculpa de vigilância florestal no Verão.
Aparentemente o argumento fazia sentido na altura mas agora já não faz. Fica ao critério de quem lê sobre deturpações.
As conversas do armamento do ST não se ficaram por aí. Não mintas.
Olha uma: (7 de Setembro 2022)
Acho que já se está a sibvalorizar o ST. A vantagem em armamento, velocidade e range não deve ser desvalorizada.
Ao qual respondi:
Tem mais armamento que um helicóptero de transporte armado, armamento equivalente a um helicóptero de ataque e UCAV, armamento muito inferior a um F-16.
E tu respondeste:
Desculpa mas um heli de ataque não carrega o mesmo armamento de um ST.
Se na tua cabeça "levar mais armamento" é ter a lista de armamento possível na wikipedia maior, então não sabes o que é que realmente se está a falar relativamente a "levar mais armamento". E mesmo que mudes o debate para "tem mais opções de armamento", é bastante debatível. Por exemplo, um helicóptero de ataque não leva uma Paveway (não por incapacidade, mas porque não existe vantagem nisso, em usar armas de queda livre numa aeronave lenta), mas leva, por exemplo, Hellfire em várias versões especializadas (teoricamente consegues no mesmo voo, levar váriantes diferentes do míssil, de forma a ter maior adaptabilidade diferentes ameaças), leva ainda um canhão, que no caso do Apache é de 30mm, enquanto que o ST leva apenas duas .50 (pode levar mais, mas aí abdica de pylons nas asas), o Apache pode levar Stinger e Sidewinder, não leva o Cirit* mas leva o APKWS, não leva o Maverick mas, além do Hellfire, também tem sido testado com o bastante superior Spike NLOS.
*os helicópteros americanos não levam o Cirit, mas o T-129 turco leva.
O UH-60, numa configuração tipo AH-60 Battlehawk, acaba por ser em quase tudo equivalente a um AH-60 em termos do potencial de armamento. Perde é pelo facto de não ter o canhão de 30mm incluído (pode ser instalado num dos pylons das asas), e por não ter (creio eu) possibilidade de receber Stinger ou Sidewinder nas pontas das asas, mas ganha ao poder ter 1 Minigun em cada uma das portas laterais.
Não consigo encontrar esta discussão, mas por favor se alguém encontrar pode por aqui. A ideia nunca foi de usar Harpoon em ST em vez dos F-16. Foi fazer QRA com ST nas ilhas porque toda a gente diz que vêm a caminho e nesse caso sempre se tinha alguma capacidade aérea nas ilhas. E no futuro até quem sabe poder colocar misseis anti-navio num ST.
Por isso é fácil. Os factos falam por si. Os factos estão aí. Uns quando discordam acusam os outros de ser pagos por alguém, ou mentirosos, ou estar a fugit às conversas. Outros mostram os factos.
É que nisto da internet escrever sempre mais que os outros e perder tempo com verboreias não é sinónimo de saber argumentar. É só sinónimo de alguém que tem zero confiança nos argumentos que apresenta e tenta por os outros abaixo para tentar ter sempre a última palavra.
Pois, a ideia de usar os apenas 10/12 Super Tucanos que se fala em adquirir, em 2 ou 3 QRAs distintos, mais missões COIN, mais treino avançado. Se tal ideia não era já de si absurda, por implicar que a taxa de disponibilidade dos ST seria de 100/120% (2 nos Açores, 2 na Madeira, 2 em Beja, 4 para treino, 2 COIN em África), ou obrigar a que se comprem ainda mais STs e por obrigar uma FAP com falta de pilotos e pessoal de terra, a fazer algum milagre para desdobrar/retirar de outras esquadras este mesmo pessoal, para poder ter tanto ST em missões operacionais. Ainda juntas a fantasia de adicionar mísseis anti-navio numa aeronave a hélice, quando a aeronave que é a primeira linha de defesa do país (F-16) continua ao fim destes anos todos, sem armamento para essa função. É que nos arquipélagos, até para ter algum tipo de arma anti-navio, bastava ter baterias costeiras montadas em camiões, com Harpoons.
Pronto, os factos estão aí.