O dinheiro é da parte de nenhum dos dois, da mesma forma que o EP e a MGP não pagaram um cêntimo pelo KC, nem pela aeronave CAS. É apenas fingimento poético. O NAVPOL será tão ou mais usado pela Protecção Civil do que pelo Exército, e a PC (ou o MAI) também não vai pagar um cêntimo.
Mesmo compartimentando as verbas, cerca de 100 milhões (que eram 150) já dava para alguma coisa. 30 milhões no EP duplicava a verba do programa SHORAD por exemplo, 60 milhões na MGP permitiam reforçar stocks de munições, ou aumentar ligeiramente a verba para os dois AORs, ou canalizar a verba para substituir as VdG.
Para a Marinha, é mais um navio a mamar recursos e guarnição. Uma Marinha que já se vê à rasca para manter o pouco que tem. Mantendo-se o interesse no NAVPOL + o PNM, não se entende para quê os 2 AORs. Com a opção feita por 2 AORs e o PNM, não se entende o porquê de um NAVPOL. Certamente não na conjuntura actual, onde a capacidade de combate continua a ser relegada para 3º plano.
O CAS é uma invenção para comprar o ST. Com os 180 milhões do CAS + os 110 do 6º KC, conseguias substituir os Alpha Jet por um turboprop mais barato (que até podia ser o ST não combatente e em menor número, já que não seria usado para destacamentos), conseguias duplicar ou triplicar a verba dos helis de evacuação, que permitia adquirir mais helis e mais bem equipados (e com capacidade CAS incluída), e ainda sobrava verba, fosse para contribuir para o MLU dos Merlin ou C-295, fosse para armamento para os F-16.
Ter pouco dinheiro já é lixado, agora ter pouco e geri-lo mal, é ainda pior!