Portugal desaparece aos poucos...

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PILAO251

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #30 em: Julho 01, 2011, 12:45:25 pm »
Essa treta do preto já chateia.

O preto que anda no gamanço é um caso de polícia.
O preto que andou comigo na tropa é um caso de amizade e camaradagem.

Simples não é.

Saúde e desporto
 

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Lusitanian

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #31 em: Julho 02, 2011, 02:06:17 pm »
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É muito simples, se estiver disposto a por os seus filhos a trabalhar aos 16 anos (com o 9º ano de escolaridade) e não se importar que um ou outro ande no gamanço facilmente consegue ter 5 ou 6 filhos. Agora se quer ter filhos que vão para a universidade e comecem a trabalhar só aos 23-24 anos de facto não é fácil ter mais de 1 ou 2. Isto é tudo uma questão de escolhas, se quer ter muita descendência ou se quer ter boa descendência...

Agora essa sua mentalidade de portugueses serem só os brancos é que não posso concordar. Portugal sempre foi uma sociedade multi-étnica, renegar isso é renegar as nossas origens. Muitos dos mais valorosos combatentes portugueses na guerra colonial eram por exemplo de descendência africana, e há excelentes trabalhadores em Portugal de descendência africana e que fazem cá muita falta. Tenho um professor meu africano (leia-se negro, mesmo muito negro) que é dos indivíduos mais inteligentes que por aqui andam na universidade.
:?
Mas eu não estou a dizer que estou contra eles.
Estou a questionar como conseguem sustentar tantos filhos. Se os portugueses mal um conseguem, como é que um imigrante consegue com 7 filhos? É isso que me intriga. Não estão em Africa, aqui paga-se a casa, os carro, a luz, a electricidade, a comida, e têm fiscais muitos competentes. Como têm então dinheiro para tudo? São pessoas simples como nós, vivem em prédios como nós. Isso é que não entendo.

Agora voce abriu um tema interessante! Portugal sempre foi multicultural? Ah sim, á pelo menos 37 anos, sim visivelmente sempre foi multicultural. Mas daí para trás, o que faz quase 900 anos, Portugal foi o quê? Sempre somos mais tolerantes e envolvemos, mas multicultural não! Multicultural entendo como várias culturas. Ser-se preto ou amarelo não é multicultural, é apenas diferente na cor da pele, mas portugues acima de tudo. Agora com estas influências estrangeiras desde há 37 anos sempre fomos multiculturais? E é bom? Onde está a minha cultura de 900 anos? Não a vejo!!! Nunca consegui ver tanta "publicidade" como fazem com Kizomba ou com outras coisas. Só vejo uma cultura e essa é portuguesa, e reside no interior. No litoral só temos palermas que lá por conseguirem ouvir isto ou aquilo dizem que faz parte de Portugal. Poupe-me, sempre somos multiculturais...essa é boa. Entenda, o preto ou um amarelo que aja como portugues, que tenha o comportamento, a lingua (sem sotaque), isso é bom. Agora portugues a falar com sotaque africano, outro criolo, outro portugues espanholado, poupe-me, dê a multiculturidade aos EUA, que lá abunda. Por exemplo, faça como eu, ouça e dançe o Kizomba, como na discoteça Ondeando, mas não me diga que faz parte da minha cultura. Isso para mim é ser-se degenerativo. Sou portugues e ao sê-lo danço e divirto-me em musicas nos sitios apropriados (discotecas, festas ou um evento de dia nacional á cultura de um grupo estrangeiro) mas nunca direi que faz parte de mim. Esse é o mal, ouvem e começam logo a tomá-la como seu. Falta de respeito pelas suas raízes é o que eu acho, quando se faz isso. É por isso que os portugueses andam "perdidos". Não sabem o que são nem o que foram, por adoptam culturas de outros, como de africanos. Somos tolerantes e misturámo-nos, mas não nos tomámos como outros, somos um povo, e ele deve ser dominante, não dominado por estrangeiros, só porque entendarem ser mais "porreiro".  Mas prontos, é a minha opinião e eu sei lá o que digo...
Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce.
Por Portugal, e mais nada!
Tudo pela Nação, nada contra a nação!
 

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cromwell

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #32 em: Outubro 09, 2011, 09:34:41 pm »
Voltei. Tenho estado muito ocupado, e não irei por muitos posts nos próximos tempos.

Gostaria de pôr aqui o que o senhor Cavaco disse no dia 5 de Outubro:

“…Temos de redescobrir o valor republicano da austeridade digna…”

Se o "nosso" Chefe de Estado diz isto, então não tenho dúvidas que o país está a desaparecer aos poucos.

Depois de o PS, é o PSD. Depois de estes meses de governação de Passos Coelho, não vejo nenhuma diferença entre este e Socrátes.
Seja o actual ou o anterior, a austeridade está sempre lá.    

Mas porque é que realmente Portugal desaparece aos poucos? bem, vocês já sabem a minha resposta...
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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vmpsm

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #33 em: Outubro 10, 2011, 10:55:03 pm »
Portugal pode deixar de existir como país, alerta o sociólogo António Barreto  

O sociólogo António Barreto admite que Portugal  deixe de existir como estado independente dentro de algumas décadas e esteja  integrado noutro modelo europeu.

"É possível que Portugal, daqui a 30, 50, 100 anos não seja um país  independente como é hoje", disse o investigador à agência Lusa, admitindo  que o país surja integrado "numa outra Europa", com outra configuração,  com outro desenho institucional e político que não tem hoje.

Em declarações à margem da inauguração do 2 ano letivo do Instituto  de Estudos Académicos para Seniores, na Academia das Ciências de Lisboa,  onde foi o orador convidado, o ministro do I governo constitucional (1976)  disse que não faz a afirmação com sentido alarmista ou de tragédia. "Mas convém perguntarmos o que vai acontecer no futuro", recomenda.

No seu discurso de 20 páginas, António Barreto, 68 anos, citou o académico  norte-americano Jared Diamond, que no seu livro "Colapso" fala sobre o desaparecimento  de uma dúzia de povos, numa analogia ao futuro possível de Portugal.

O caso mais conhecido é o da Ilha de Páscoa, no Oceano Pacífico, cujos  habitantes desapareceram "pelas decisões tomadas e pela maneira como viviam".

"Ele (Jared Diamond) diz que são gestos e comportamentos deliberados,  não para se matarem nem para se extinguirem, mas que não têm consciência  que estão gradualmente a destruir o seu próprio habitat, a sua própria existência",  explica António Barreto. "Cito o caso (dos povos desaparecidos) porque, muitas vezes, quando  se discute o caso de Portugal ou da Europa tem-se sempre a ideia de que  as coisas são eternas, que tudo é eterno, e agora não é", considerou.

"Os nossos gestos de hoje, as nossas decisões de hoje, sem que muitas  vezes percebamos o quê e como, vão mudar e construir as grandes decisões  daqui a 50 ou daqui a 100 anos", acrescentou.

"Com a crise que estamos a viver há alguns anos e com as enormes dificuldades  que vamos ter para resolver e para ultrapassar, põe-se sempre o caso de  se saber se daqui a dez, 30 ou 50 anos Portugal será o que nós conhecemos  hoje".

 O investigador social, presidente do conselho de administração da Fundação  Francisco Manuel dos Santos, admite que seja igualmente possível uma "alteração  dos dados atualmente conhecidos e que Portugal reassuma um papel de estado  independente". "Depende da nossa liberdade e das nossas decisões de hoje saber o que  vamos construir daqui a um século", considera.  

No seu discurso, o sociólogo que já negou ser candidato às próximas  presidenciais, teceu duras críticas no seu discurso aos dirigentes que governaram  Portugal nos últimos anos, acusando-os de iludir a realidade e omitir factos  que contribuíram para as dificuldades em que o País se encontra.

"A verdade é que se escondeu informação e se enganou a opinião pública.  A acreditar nos dirigentes nacionais, vivíamos, há quatro ou cinco anos,  um confortável desafogo", afirmou.  

Depois de uma situação que permitia "fazer planos de grande dimensão  e enorme ambição", passou-se, "em pouco tempo, num punhado de anos", a uma  "situação de iminente falência e de quase bancarrota imediata".  

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2011/10/10/portugal-pode-deixar-de-existir-como-pais-alerta-o-sociologo-antonio-barreto-
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Portugal desaparece aos poucos...
« Responder #34 em: Outubro 11, 2011, 11:19:17 am »
Continuando nessa linha:

Citar
Segundo o economista Paul De Grauwe

Unificação política poderá combater crises de dívida

O Banco Central Europeu (BCE) deve ser o credor de última instância no mercado de dívida pública da Zona Euro, o que será, em todo o caso, insuficiente para evitar crises, sendo, por isso, necessária uma maior unificação política, defende o economista Paul De Grauwe.


"Para a governação da Zona Euro é necessário que o BCE se assuma como credor de última instância no mercado de dívida soberana, mas isso não é suficiente. Para prevenir crises na Zona Euro, serão necessários passos significativos no sentido da unificação política", escreve o economista belga, num artigo recentemente divulgado pelo CESifo, um centro de investigação  económica.

No artigo "O Banco Central Europeu: emprestador de última instância nos mercados de dívida pública?”, De Grauwe reconhece que "foram dados passos nessa direcção quando o Conselho Europeu decidiu reforçar o controlo nos processos orçamentais nacionais e nas políticas macroeconómicas dos países". No entanto, essas decisões "são insuficientes e são precisas mudanças mais fundamentais no governo da Zona Euro".  

O professor da Universidade Católica de Lovaina defende ainda que as decisões devem ser tais que o BCE "garanta que as suas responsabilidades de credor de última instância nos mercados de dívida não conduzam a uma dinâmica infindável de criação de dívida".  

Para De Grauwe, "o mercado de títulos dos governos numa união monetária está sujeito a fragilidades porque os governos nacionais emitem dívida numa moeda 'estrangeira'  (...), sobre a qual não têm controlo".  

Como tal, estes governos "não podem garantir aos credores que terão sempre a liquidez necessária para pagar a dívida a uma dada maturidade", explica o conselheiro da Comissão Europeia. A falta desta garantia torna os mercados de dívida "propensos a crises de liquidez e a forças de contágio, tal como os sistemas bancários que não têm credor de última instância".  

Esta instabilidade pode ser travada "mandatando o banco central para ser credor de última instância". Sabendo desta possibilidade, os depositantes ficam mais confiantes, pelo que raramente é utilizada.    

Não sendo o credor de última instância no mercado de dívida soberana  de uniões monetárias, o banco central terá de assumir-se como credor de  última instância dos bancos dos países afectados por uma crise de dívida,  o que é "quase sempre mais dispendioso", sustenta.

 :arrow: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... de-divida#
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.